segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

RESUMO 3: PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES – DANIEL A . MOREIRA (CAP.6)
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO – DAVIS/AQUILANO/CHASE (pág. 258 à 263)

CAPACIDADE: é a quantidade máxima de produtos ou serviços que podem ser produzidos numa unidade produtiva, num determinado período de tempo.
UNIDADE PRODUTIVA: fábrica, departamento, setor, armazém, loja, posto de atendimento, máquina;

A Capacidade de um Sistema de Produção define os limites competitivos da empresa:
. determina a taxa de resposta da empresa ao mercado;
. “ sua estrutura de custos;
. “ a composição de sua força de trabalho;
. “ seu nível de tecnologia;
. “ sua estratégia geral de estoques; etc.

Se a Capacidade é inadequada, a empresa pode perder clientes pela lentidão no serviço ou por permitir que competidores entrem no mercado. Se a Capacidade é excessiva a empresa pode ter que reduzir seus preços para estimular a demanda, subtilizar sua força de trabalho, produzir estoque em excesso ou buscar produtos adicionais e menos lucrativos para continuar no negócio.


Cálculo de Capacidade: Num setor de montagem de uma peça trabalham 05 empregados, com uma jornada diária de 08 horas. Cada empregado monta 20 peças a cada hora. Determine sua Capacidade.
C = 05 (empregados) x 08 (horas/dia) x 20 (peças/hora.empregado) = 800 peças/dia.

Capacidade Utilizada (nível de operação):
Produção 640 peças/dia ---- C(ut) = 640/800 = 0.80 - Operando 80% da Capacidade.
“ “ 800 “ ------------ C(ut) = 800/800 = 1.00 - “ “ 100 % “ “
“ “1000 “ ------------ C(ut) = 1000/800 = 1.25 - “ “ 125 % “ “

CAPACIDADE MÁXIMA E CAPACIDADE ÓTIMA: em operações de serviços. Devido à interação direta do cliente com as instalações e com o prestador do serviço, o administrador pode defrontar-se com quatro situações:
1. a demanda excede a capacidade máxima, afstando os clientes;
2. a demanda excede a capacidade ótima, resultando em mau atendimento aos clientes;
3. a demanda iguala a capacidade ótima;
4. a demanda é menor que a capacidade ótima, resultando em cacapacidade ociosa.


FATORES QUE AFETAM A CAPACIDADE
a) internos: instalações (tamanho, layout, condições locais, economia e deseconomia de escala), composição dos produtos e serviços, projeto dos produto e do processo, fatores humanos, fatores operacionais , administração de materiais, sistemas de controle de qualidade, formas de gestão;
b) externos: legislação governamental (trabalho, segurança, ambiente), acordos com sindicatos, capacidade de fornecedores, exigência de clientes, concorrência, política econômica, globalização.
MELHOR NÍVEL OPERACIONAL E NÍVEL ÓTIMO OPERACIONAL
O melhor nível operacional é a capacidade para a qual o custo unitário médio esteja no mínimo.
Economia e Deseconomia de Escala: a medida que crescem os volumes de produção, o custo unitário (custo médio por unidade) decresce. Este conceito pode ser relacionado a um nível ótimo operacional para um dado tamanho de planta.


À medida que abaixamos a curva do custo unitário para cada tamanho de planta, obtemos economias de escala até que atinjamos o melhor nível operacional (Va, Vb, Vc e Vd, para cada planta), para então encontrar deseconomias de escala quando ultrapassamos este ponto.
Economia e Deseconomias de Escala podem ser encontradas não apenas entre as curvas de custo unitário para cada planta, mas dentro de cada uma também.

FLEXIBILIDADE DE CAPACIDADE: ter a capacidade de entregar o que o cliente quer dentro de um tempo relativamente curto. Esta flexibilidade é obtida a partir de:
a) plantas flexíveis (planta com tempo zero de troca de ferramentas);
b) processos flexíveis (sistemas flexíveis de manufatura e equipamentos simples e de fácil preparação, que permitem a troca rápida e de baixo custo de uma linha de produto a outra – economias de escopo);
c) trabalhadores flexíveis (trabalhadores com qualificações múltiplas e a capacidade de mudar facilmente de uma tarefa para outra);
d) uso de capacidade externa (subcontratação e o compartilhamento de capacidade).

EQUILIBRIO DE CAPACIDADE: em uma planta perfeitamente equilibrada, a saída de cada estágio fornece a demanda exata do estágio subsequente. Na prática, este projeto perfeito é geralmente impossível:
. os melhores níveis operacionais para cada estágio geralmente diferem;
. a variabilidade na demanda do produto e os próprios processos geralmente levam a um desequilíbrio (exceção para as linhas de produção automatizadas, que são como uma grande máquina).

ALTERNATIVAS PARA O DESEQUILÍBRIO
a) acrescentar capacidade àqueles estágios que são gargalos (horas-extras, locar equipamentos, subcontratação, contratar empregados temporários);
b) uso de estoques de amortecimento à frente do estágio de gargalo (para garantir que ele sempre tenha algo a ser trabalhado);
c) duplicação das instalações/equipamentos para o estágio gargalo (eliminação do gargalo).

ESTRATÉGIAS DE CAPACIDADE – Para acrescentar capacidade (manufatura), três estratégias:
1. PRÓ-ATIVA – a administração antecipa o crescimento futuro e constrói a instalação, de forma que ela estará pronta e funcionando quando a demanda lá chegar;
2. NEUTRA – adota-se uma abordagem de meio-termo: a capacidade adicional torna-se disponível quando a demanda é cerca de 50% da capacidade total;
3. REATIVA – a capacidade da planta não é acrescentada até que todas as saídas planejadas da instalação possam ser vendidas (a planta não é alinhada até que a demanda iguale 100% da sua capacidade).

PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE: o objetivo é especificar qual nível de capacidade irá satisfazer às demandas de mercado de uma maneira eficiente, em termos de custo, segundo horizontes de tempo de longo, médio e curto prazo. O nosso foco é no Planejamento de Longo Prazo, no qual a empresa toma decisões estratégicas/importantes de investimentos: planejar grandes parcelas de capacidade (expansões ou uma nova planta), estimar demandas de linhas de produtos individuais, capacidade de plantas individuais e alocação de produtos em toda a rede de plantas.

fonte: http://www.unicap.br/salesvidal/arquivos_dea/a6%20-%20PRODI_CAPACIDADE_%20RESUMO3.doc

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