segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE DE MASSAS

A EVOLUÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA SOCIEDADE DE MASSAS

Publicado Abril 16, 2008 Actualidade , Trabalho , curiosidades


No início do Século XX, a concentração da população Europeia nos grandes centros urbanos, a generalização do ensino e o desenvolvimento exponencial dos meios de comunicação fizeram surgir uma nova cultura: a cultura de massas.

A cultura de massas, como o próprio nome indica, é uma cultura que pela sua simplicidade é acessível a toda a população.

Amplamente difundida pelos mass media, é típica das sociedades industriais do século XX. Sendo assim, a cultura tornou-se num bem industrial, seguindo um meio de produção estandardizada, o que provocou o consumo maciço dos bens culturais. Pelo seu sucesso, influenciaram e transmitiam valores e modos de estar que se impuseram como padrões culturais

Os meios de comunicação foram essenciais para o desenvolvimento da sociedade capitalista tal e qual como a conhecemos hoje.

Dos meios de comunicação mais importantes podemos destacar a Rádio, o cinema e a imprensa que apesar de não terem sido criados no século XX, a sua maior evolução verificou-se, na primeira metade deste século, principalmente após a primeira guerra mundial. Mais tarde na segunda metade deste século surge a televisão e décadas depois a Internet.

A melhoria das condições económicas e a difusão do ensino criaram condições propícias para o desenvolvimento da imprensa. Desta forma, a imprensa tornou-se acessível, utilizava frases curtas, um vocabulário simples e tornou-se substancialmente mais barata. O livro deixou de ser um símbolo das elites, democratizou-se tornando-se produto de consumo corrente e popular.

Dentro desta linguagem simples, surgiram novos géneros literários: o Romance cor-de-rosa (com grandes histórias de amor, sempre com um final feliz) e a Banda Desenhada (cujo os protagonistas vivem grandes aventuras em prol do mundo e da sociedade).

Os jornais também sofreram alterações. Para atraírem leitores, encheram as suas páginas de histórias sensacionalistas, de títulos mirabolantes e de fotografias chocantes. Começaram a surgir, também, as páginas dedicadas ao desporto e as páginas “cor-de-rosa” (dedicadas especialmente ao público feminino). A par dos jornais generalistas, começaram a surgir as revistas temáticas. Estas, rapidamente passaram a ser rotina dos leitores de classe média.

Os meios de comunicação serviram não só para entretenimento, informação, mas com eles surgiram também, conceitos completamente novos e ousados, como é o caso da publicidade e de propaganda política.

Os media foram os maiores impulsionadores da sociedade capitalista e do consumo em massa. Estes, através de campanhas publicitárias induziam a população a adquirem determinados produtos, muitas vezes supérfluos ou mesmo inúteis.

A outra inovação criada pelos media foi a propaganda política. Os dirigentes serviam-se dos meios de comunicação, para convencer e manipular a opinião pública.

Desta forma temos que considerar que os meios de comunicação social tiveram uma cota parte na implantação dos regimes totalitários na Europa vicentista, na implementação de novos estilos de vida, novos hábitos, novos valores, na massificação da vida pública e sobretudo consolidaram a sociedade de consumo em que hoje vivemos.

Com a enorme adesão do público surgiu a guerra das audiências e das vendas. Os jornais caíram no sensacionalismo, na exploração do sentimento como uma técnica de vendas. Começaram a proliferar títulos sem o mínimo nexo e cujo o único objectivo é obter o máximo lucro independentemente da forma como este possa ser obtido. Tinha-se subvertido o papel da imprensa e do jornalismo, o seu objectivo já não era informar era entreter, vender. Passou-se de uma sociedade do ser, em que ser humano era considerado pelas suas capacidades e virtudes, para uma sociedade do ter, do poder, onde o capital é rei e senhor.


Fonte: http://imediaj.com/2008/04/16/a-evolucao-dos-meios-de-comunicacao-na-sociedade-de-massas/


DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

A Democratização da Comunicação é uma questão (e a respectiva campanha) que discute a ampliação às massas do acesso tanto à recepção quanto à emissão de produtos de comunicação.


Introdução
Nos últimos dez anos ocorreu um salto qualitativo nas discussões sobre direitos humanos no Brasil. Se por um lado os temas de direitos humanos remetiam o cidadão comum a relacioná-los às questões voltadas para a violência e segurança pública, por outro levava os acadêmicos a tratarem de elementos muitas vezes incompreensíveis para a maioria das pessoas. Assim, tínhamos de um lado, a simplificação dos direitos humanos e de outro um arcabouço teórico e conceitual extremamente sofisticado.

Este cenário é alterado substancialmente quando as organizações da sociedade civil começam a trazer os direitos humanos econômicos, sociais e culturais para o seio das discussões de direitos humanos tradicionais. Avança-se no sentido de resgatar a Conferência de Viena (1993), que afirmou a indivisibilidade e universalidade dos direitos. Desta forma, tratar os direitos civis e políticos como direitos de primeira geração e os direitos econômicos, sociais e culturais como de segunda geração, passou, não apenas a ser um erro conceitual mas propiciou, sobretudo, a construção de um novo discurso e a possibilidade de um novo olhar sobre os direitos humanos no país.

As conferências nacionais de direitos humanos promovidas pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara e por organizações da sociedade civil, também contribuíram efetivamente para dar aos direitos humanos, econômicos e sociais (Dhesc) uma visibilidade que até então era restrita aos círculos acadêmicos ou da militância mais antenada com as discussões internacionais.

Em 2000 a Conferência Nacional de Direitos Humanos discutiu e aprovou que o país apresentasse perante o Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas, um relatório sobre a situação destes direitos no país. Um ano depois, uma comissão viajava a Genebra para apresentar este informe. As articulações que levaram à produção do relatório, sua apresentação em Genebra e posterior retorno às organizações nacionais possibilitaram o surgimento da Plataforma Brasileira de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais (Dhesc Brasil) que é hoje, sem dúvida, a principal.


A Cris-Brasil
As discussões preparatórias para a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação fizeram surgir na Europa a campanha Comunication Rights in Information Society (Direito à Comunicação na Sociedade da Informação) – Cris. Hoje a Cris já se amplia para a Ásia, América do Norte e na América do Sul já está estruturada na Colômbia, Bolívia e no Brasil.

Em agosto deste ano foi realizada na sede da Associação Brasileira de Imprensa, uma reunião com importantes organizações que lidam com a temática da informação e da comunicação no país e se formulou a criação da Cris-Brasil que, ao invés de nascer como uma campanha, tal como suas irmãs estrangeiras, optou por estruturar-se como uma articulação da sociedade civil em torno do direito à comunicação na sociedade da informação. Ou seja, o tema que dá nome à campanha internacional é assimilado pela articulação brasileira como um elemento voltado para discutir questões como: 1) A estruturação de um sistema público de comunicação, o que inclui a criação de um fundo público para meios comunitários; a democratização do acesso aos meios de produção no campo da comunicação; atuação com relação ao controle e acompanhamento de políticas e regulação; 2) Diversidade cultural; 3) Propriedade intelectual e direitos de autor/a; 4) Apropriação social das Tecnologias de Informação e Comunicação – o que inclui a convergência tecnológica.

A opção por estes temas não significa desconsiderar outros de tal ou maior relevância, mas a Cris-Brasil surge para ser um pólo aglutinador de organizações em torno de novos temas. Aqueles que já vêm sendo discutidos por outras instituições serão apoiados pela Cris-Brasil à medida em que a articulação se desenvolva e se fortaleça.

A Cris-Brasil é uma articulação aberta, em constante renovação, sem uma estrutura hierárquica. Ela surge com um nível de capilaridade amplo, incluindo organizações do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país. Em novembro deste ano será feita uma reunião de planejamento no Recife e algumas atividades estão sendo programadas para o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre.

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Democratização_da_Comunicação

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