quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cursos de férias são alternativa de reciclagem profissional

Estudos curtos sinalizam aos empregadores que o trabalhador não tem perfil acomodado e procura se manter atualizado com tendências


Pedro Marques, do iG Carreiras 15/12/2010 00:49


As férias estão chegando e você ainda não decidiu o que vai fazer com o tempo livre: se vai para a praia, se guarda o dinheiro... Mas por que não aproveitar para investir na carreira e fazer um curso? Pode parecer ideia de quem é bitolado no trabalho, mas muitas universidades e instituições de ensino oferecem cursos rápidos nessa época do ano. Eles podem ser uma boa para reciclar conhecimentos, conhecer gente e, por que não, começar a pensar no trabalho de um jeito diferente.



Para especialista, cursos de curta duração funcionam como "degustação" antes de fazer investimento maior

Para Flávio Innocentini, sócio-fundador da Valuing HR Solutions, “todo o tipo de qualificação na qual o trabalhador vai aprender uma coisa que vai ser exigida no dia a dia vale a pena”. Carmen Bennet, coordenadora de Recursos Humanos da Manpower, acrescenta: “Se o profissional puder, é bom fazer. Dessa forma, além de ampliar seus conhecimentos técnicos e acadêmicos, ele passa a argumentar com mais propriedade e segurança sobre os temas relacionados ao seu campo de atuação.”



Caio Infante, diretor de Marketing da Fellipelli, empresa especializada em recursos humanos, destaca outra vantagem de se fazer um curso de férias. “Além de novos conhecimentos e tendências de mercado, o profissional amplia seu network nesses cursos”, afirma. Segundo Innocenti, da Valuing, é muito comum os profissionais entrarem em contato com colegas de outras empresas que atuam no mesmo mercado. “Isso é muito rico não só para trocar experiências, mas também pelos contatos profissionais que podem levar para outro trabalho.”



Hora da escolha

Uma vez tomada a decisão de aproveitar as férias para estudar, o passo seguinte é escolher bem o curso e onde fazer, já que existem, literalmente, centenas de opções. Instituições como a ESPM, Estácio e Universidade de Guarulhos são apenas algumas que já aceitam inscrições para cursos de férias.



“Escolher um curso apenas pela reputação não é o melhor caminho”, diz Infante. Ele acredita que “cursos práticos, que realmente auxiliem a carreira do profissional”, são os mais indicados. “O conteúdo vale mais que um nome bacana.”



Já Innocentini, aconselha “conversar com gente que já fez um estudo semelhante e investigar um pouco do currículo dos profissionais que vão ministrar as aulas”.



“Degustação”

Na opinião dos profissionais ouvidos, os cursos de curta duração não são um fator decisivo para uma contratação, mas contam pontos preciosos. “Se o estudo for pertinente à área (de atuação), será um componente a mais na hora de decisão”, acredita Carmen Benet, da Manpower.



Na visão de Innocentini, a qualificação complementar mostra que o profissional busca atualização, o que é um bom sinal. “Pessoas acomodadas ou que já acham que sabem tudo estão perdendo cada vez mais espaço para profissionais mais atualizados e antenados em seus mercados”, ressalta.



Além de contarem pontos, os cursos de curta duração podem incentivar o desenvolvimento a longo prazo, seja por meio de um MBA ou de uma pós-graduação. “O curso de curta duração dá a oportunidade de degustar o conhecimento antes de fazer um investimento maior”, opina Innocentini. O importante, diz Infante, é manter-se sempre atualizado e nunca deixar de estudar. “Conhecimento é sempre bem-vindo.”







FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRA

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