quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

FMI ALERTA PARA AMEAÇA INFLACIONÁRIA NA AMÉRICA DO SUL

Fundo Monetário Internacional avalia que elevação das taxas de juro agravaria problema da valorização das divisas



EFE 11/02/2011 20:36



O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou nesta sexta-feira para a ameaça inflacionária na América do Sul, mas reconheceu que os países da região enfrentam um difícil "dilema" porque aumentar as taxas de juros exacerbaria o problema da valorização das divisas.



"A inflação está claramente aumentando", disse nesta sexta-feira o responsável pelo FMI para a América Latina, Nicolás Eyzaguirre, quem ressaltou que não são só os preços dos alimentos e dos combustíveis os que estão subindo. O núcleo da inflação (que exclui os preços mais voláteis de alimentos e energia) também é maior, afirmou o diretor do FMI, para quem o "aquecimento" das economias da região está se transformando "claramente" em um problema.



O especialista declarou durante uma conversa em um centro de estudos de Washington que essa pressão sobre os preços é fruto da combinação de fatores internos e externos. Internamente, os Governos mantêm o gasto público elevado, uma política justificável durante a crise financeira e econômica, mas que não deveria ser aplicada em momentos de tranquilidade como o atual.



"É hora de mudar isso", afirmou o responsável pelo FMI para a região, quem ressaltou que os Governos da América Latina continuaram atuando no ano passado como se a crise ainda estivesse vigente, quando ela já estava superada. Nesse sentido, ele afirmou que o ajuste fiscal para 2011 recém anunciado pelas autoridades brasileiras é "um bom sinal" para a região. O especialista lembrou que há fatores que escapam do controle da região e que também contribuem para a alta dos preços. Entre os mais evidentes, citou o poder da economia chinesa, que contribui para os elevados preços das matérias-primas. A isso se soma a saída em massa de fluxos de capital, que, segundo ele, devem alcalçar "níveis recorde" este ano. EFE tb/abb



FONTE: IG ECONOMIA

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