quarta-feira, 9 de março de 2011

Novas medidas cambiais também vão baixar custo fiscal das reservas

O anúncio de novas medidas cambiais pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre quarta e quinta desta semana, além de barrar a queda do dólar, terá efeito de conter também o custo fiscal das reservas monetárias do País.



POR GUILHERME BARROS

Segundo o economista da FGV Francisco Vignoli, apesar de o principal objetivo do governo ser impedir a depreciação do câmbio, as medidas acabam tornando desnecessário o uso pelo Banco Central das reservas para compra da moeda norte-america, o que acarreta um custo fiscal.



“Se considerarmos bom desempenho da balança fiscal, o objetivo do governo é assegurar que esta situação se prolongue ao melhorar o balanço de pagamentos do País ao mesmo em que estimula às exportações”, avalia Vignoli. “O custo fiscal das reservas está dado, mas novas intervenções podem significar um aumento deste custo.”



Isso porque, ao estimular as exportações, o governo aumenta o superávit e, assim, tende ao equilíbrio na conta de transações correntes do balanço de pagamentos, o que significa maior volume de dólares no mercado brasileiro.



Assim, o governo mantém o preço da moeda estável e torna desnecessária a compra de dólares pelo BC.



Entre as medidas que poderiam ser adotadas pelo governo brasileiro, na opinião de Vignoli, estão o aumento das exigências aos bancos e a conseqüente limitação da margem para compra de dólar pelas instituições autorizadas. Outra possibilidade é a desoneração de tributos em setores exportadores, como o agrícola.

FONTE; IG COLUNISTAS

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