quarta-feira, 18 de maio de 2011

CONFIANÇA ECONÔMICA NA AMÉRICA LATINA TEM LEVE QUEDA, BRASIL PIORA

Após dois trimestres de estabilidade, Índice de Clima Econômico recuou 0,2 ponto entre janeiro e março, segundo FGV






Reuters 18/05/2011 09:38





A confiança econômica da América Latina teve uma ligeira queda no segundo trimestre, após dois trimestres de estabilidade, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do instituto econômico Ifo divulgada nesta quarta-feira.



A queda do Índice de Clima Econômico (ICE) foi de 0,2 ponto, para 5,6 pontos no primeiro trimestre.



"A evolução no trimestre é explicada pela queda do indicador de expectativas que, embora continue na zona favorável, passou de 5,7 para 5,3 pontos, ficando abaixo da média dos últimos dez anos (5,5 pontos)", informou a FGV em nota.



"A avaliação sobre a situação atual não mudou em relação à sondagem de janeiro do corrente ano (índice de 5,9 pontos) e está acima da média dos últimos dez anos (4,8 pontos)."



O índice econômico do Brasil caiu de 6,7 pontos em janeiro para 5,9 pontos em abril. O componente de situação atual declinou de 7,7 para 7,2 pontos, enquanto o de expectativas caiu de 5,7% para 4,6%.



"O Brasil entrou na fase de decínio, pela queda do IE (índice de expectativas)... Esse resultado foi acompanhado pela redução na projeção do crescimento econômico para 2011 de 5,4% para 4,4% e do aumento da taxa de inflação de 5,5% para 6,2%", acrescentou a FGV.



A inflação foi uma preocupação geral na região. "Predominam incertezas quanto ao rumo das respostas das políticas econômicas num cenário de aceleração da taxa de inflação, mas com um passado recente de crise e desemprego. Logo, a piora nas expectativas refletiria principalmente incertezas", afirmou a FGV.



Dos 11 países pesquisados, três registraram aumento no índice de clima econômico --Argentina, Colômbia e México--, enquanto em janeiro seis tinham tido melhora --Chile, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.



Os maiores ICE registrados em abril foram os de Chile, Paraguai e Uruguai --todos com índices iguais ou superiores a 7,0 pontos. Chile ficou com 7,4 pontos, Paraguai teve 7,0 pontos e Uruguai também 7,0.



"Na classificação dos países por ciclos econômicos, apenas a Venezuela e a Bolívia, com índice de situação atual e índice de expectativas desfavoráveis, seriam enquadrados nos critérios da pesquisa como se estivessem em ambiente recessivo. Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai estão na fase expansiva do ciclo", acrescentou a FGV.



No ranking da região medido pelo índice, o Chile passou da terceira para a primeira posição. O Brasil caiu de quarto para quinto.



FONTE: IG ECONOMIA

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