- Como escolher as ações que vão compor a carteira
"Comprar ações é como comprar uma casa", diz Raffi Dokuzian, da BanifInvest; veja quais aspectos devem ser avaliados
Carla Falcão e Olívia Alonso, iG São Paulo
21/03/2011 05:40
Comprar ações é como comprar uma casa. “Quando vai comprar o imóvel, é preciso saber se vai bater sol, quanto custa o condomínio, se tem garagens, se a região é promissora. Com ações de empresas, é a mesma coisa,” diz Raffi Dokuzian, superintendente da BanifInvest. Antes de fazer qualquer loucura, é preciso estudar o mercado e buscar informações com profissionais, com as próprias companhias e na internet.
Antes de montar a carteira de ações, é preciso estudar a empresa e o mercado
Assim como o investidor se preocupa com diversas questões na hora de comprar o imóvel, pelo menos seis aspectos devem ser observados no momento da escolha das ações, segundo Dokuzian. O primeiro deles é o faturamento da companhia. Em seguida, é preciso estudar o setor em que está concentrada, para saber se as perspectivas são positivas.
O terceiro ponto é a dívida da empresa e como este débito está composto. A relação da dívida sobre a geração de caixa (ebitda), a relação do preço da ação sobre o patrimônio também são indicativos importantes da situação da empresa e do rumo que deve tomar. Por fim, o comprador deve verificar se a companhia é boa pagadora de dividendos.
Todas essas informações estão nos balanços das companhias e podem ser discutidas tanto com os corretores de valores, como com as próprias empresas. Se o investidor decidiu que quer ações, não deve ter vergonha de perguntar tudo ao analista, pois é trabalho do profissional ajudar os clientes a tomarem suas decisões. Da mesma forma, deve ficar à vontade para tirar suas dúvidas com a equipe de relações com investidores (RI) da empresa. Todas as companhias negociadas na Bolsa de Valores apresentam um site de RI com informações aos acionistas, além do telefone e do e-mail do diretor da área.
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A internet, afirma Amerson Magalhães, diretor do EasyInvest, também pode ajudar. “Hoje a web é bastante rica, com conteúdos que já permitem ter um bom conhecimento do mercado", afirma. Segundo ele, não é exagero acompanhar tudo. "A partir do momento que uma pessoa começa investir em ações, ela deve entender a empresa que está comprando.”
Observados os detalhes das empresas, a diversificação é a palavra de ordem. Apostar todas as fichas em empresas de um mesmo setor pode ser uma estratégia arriscada. A carteira deve ter participação de pelo menos três setores, segundo os especialistas. Se um fator externo derrubar o preço do petróleo, por exemplo, o investidor que só possui papéis de petrolíferas terá um grande prejuízo. Se o portifólio estiver restrito ao setor de bancos, uma medida do governo que afete o crédito pode provocar uma desvalorização generalizada na carteira.
Feitos os primeiros investimentos, é importante acompanhar o movimento dos papéis. Neste momento, especialistas dizem que é imprescindível ter controle emocional. “Não se animar muito com os ganhos e não sofrer com as perdas. É preciso ter equilíbrio e sempre lembrar que as ações são um investimento de longo prazo,” diz Magalhães.
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FONTE: IG ECONOMIA
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