sexta-feira, 30 de setembro de 2011

BOLSAS GLOBAIS ENCOLHEM 9% NO ANO E PERDAS SOMAM R$ 10 TRILHÕES

Mercados de ações do mundo agora valem R$ 101 trilhões; Ásia amarga maiores perdas, de R$ 5,3 tri, cerca de 15% de seu valor


Olívia Alonso, iG São Paulo | 30/09/2011 05:50


Bolsas asiáticas perdem US$ 2,9 trilhões de janeiro a agosto, 15% de seu valor
A crise econômica global está encolhendo as bolsas de todo o mundo neste ano. Até agosto, as principais bolsas de valores do mundo já tinham perdido US$ 5,4 trilhões (R$ 9,92 trilhões) em valor de capitalização e, juntas, somavam US$ 54,9 trilhões (R$ 100,9 trilhões), contra US$ 60,4 trilhões (R$ 111 trilhões) em dezembro de 2010.

Os dados são da organização internacional World Federation of Exchange (WFE), que compila informações dos 52 principais mercados de ações do mundo, em dólares.

As praças asiáticas foram as que mais perdera. Sozinhas, tiveram seu valor total de capitalização reduzido em 15%, ou cerca de US$ 2,9 trilhões (R$ 5,3 trilhões), mais da metade das perdas globais.

No total, os principais mercados de ações da região Ásia Pacífico totalizavam US$ 16,4 trilhões (R$ 30,1 trilhões) no fim de agosto deste ano. Enquanto isso, tanto as bolsas americanas, como as europeias e as africanas viram seus valores de capitalização diminuírem em cerca de 6%.

Os mercados de ações das Américas perderam US$ 1,3 trilhão de janeiro a agosto – sendo que a bolsa de valores brasileira, a BM&FBovespa, encolheu US$ 141 bilhões (R$ 259 bilhões), cerca de 9,2% de seu tamanho. No oitavo mês do ano, as bolsas das Américas somavam um capital de US$ 20,8 trilhões (R$ 38,2 trilhões).

As bolsas de valores europeias, por sua vez, somam uma perda de US$ 830 bilhões no ano, para US$ 12,7 trilhões, enquanto as principais praças da África e do Oriente Médio, juntas, ficaram US$ 318 bilhões menores, somando US$ 5 trilhões.


46 mil empresas listadas

Além do destaque por seu menor valor de capitalização, as bolsas da Ásia também lideram em número de novas companhias listadas, com 410 companhias a mais em seus mercados de ações em 2011. Só na bolsa chinesa de Shenzhen o número de empresas abertas subiu de 1.169 no fim de dezembro do ano passado para 1.352 em agosto deste ano.


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No total, o número de novas companhias com ações nas 52 bolsas associadas à WFE cresceu em 606, passando de 45.541 para 46.147.

O aumento é maior do que o de 2010, quando o número de empresas listadas aumentou em 202 em relação ao fim do ano anterior, de acordo com os dados da WFE.



Chipre tem maior perda, Irlanda maior ganho

A bolsa de valores da ilha de Chipre, no mar Mediterrânio, amarga a maior perda percentual, até agosto, de 37,8%, cerca de US$ 2,6 bilhões. Enquanto isso, o maior ganho foi do mercado de ações da Irlanda, de 51,8% (31 bilhões).


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Veja quais são os países mais endividados do mundo

Bovespa quer experiência chinesa em IPO de pequenas empresas


Como Baixar Vídeos Do Youtube – Aula 3

 

O vídeo que você irá obter estará no formato Flash Vídeo (.flv), que não é suportado por players comuns como Winamp e Windows Media Player. Mais você pode usar o FLVPlayer, disponível no final da tutorial.

Para converter os vídeos para você pode gravar em um DVD ou ver no Winamp e Windows Media Player, usa o programa FFmpeg, disponível no final da tutorial.

A seguir copie o vídeo com extensão .flv para o dentro da pasta do programa.

Depois, vá ao menu Iniciar e, em Executar, digite cmd para acessar o prompt. Alterne para a pasta ffmpeg com o comando CD: Cd c:\ffmpeg

Agora é só digitar os comandos para a conversão de um formato em outros.

Exemplo:

Ffmpeg –i teste.flv –ab 56 –ar 22050 –b 500 –s 230×240 teste.mpg

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

COM ALTA DE 15%, DÓLAR FOI A MELHOR APLICAÇÃO DE SETEMBRO

 
Lista das aplicações (Economatica)

Investir em dólar foi a melhor opção de aplicação no mês de setembro, segundo levantamento de Einar Rivero, da Economatica. Entre 31 de agosto e 28 de setembro, o retorno da aplicação foi de 15%.

No ranking das melhores aplicações, a moeda norte-americana vem seguida do euro e do ouro, que tiveram retornos de 8% e 1%, respectivamente.

No levantamento de 31 de dezembro de 2010 a 30 de setembro de 2011, o ouro ficou no topo das aplicações, com retorno de 17,07%.

Já a Bolsa de Valores brasileira teve o pior desempenho entre as aplicações, tanto na lista do mês quanto no ranking do ano.

O Ibovespa, principal indicador da Bovespa,  caiu 5,71% em setembro e 23,14% no ano.
Veja a tabela das aplicações ao lado.



Notas relacionadas:

Como Baixar Vídeos Do Youtube – Aula 2


O primeiro passo, obviamente, é encontrar o vídeo que você quer baixar no YouTube ou no Google Vídeo. A seguir, copie a URL que estiver aparecendo na barra de endereços de seu navegador.

Esse será o parâmetro usado pelo VideoDl.org para ajudar você no download.

Acesse o endereço www.videodl.org e cole a URL no campo que aparece bem no meio da pagina.

 





A seguir, de um clique no botão Get it. Aparecera um link de download; clique sobre ele para copiar o arquivo para o seu computador. Isso pode demorar um pouco.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crise e inflação prejudicam acordos salariais e estimulam greves

Negociações para reajustes neste ano ocorrem em cenário mais conturbado tanto para empresários quanto para trabalhadores

Danilo Fariello, iG Brasília | 28/09/2011 05:40
O Brasil atravessa uma onda de greves em setores fundamentais da economia. A aceleração da inflação e o ambiente de incertezas diante da crise internacional têm abalado as negociações salariais de categorias com tradição de quentes embates entre trabalhadores e empresários.

Atualmente são pelo menos dois grandes setores trabalhando em parte do potencial por conta de negociações salariais: carteiros e bancários. Em Minas Gerais, os professores estão parados, assim como em diversos outros estados há manifestações na área de educação. Outras áreas de grande relevância ameaçam parar, como policiais federais e juízes.

Trabalhadores de obras da Copa de 2014, como o Maracanã e o Mineirão, cruzaram os braços recentemente e outros segmentos fundamentais à economia, como os comerciários e petroleiros, estão em tensas negociações de reajuste.

A conjuntura econômica tem prejudicado as negociações nesta temporada, avalia José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Quanto mais alta a inflação, maior a dificuldade nas negociações.”

Em setembro deste ano, a inflação acumulada em 12 meses é de 7,4% pelo INPC, enquanto que no ano passado era de 4,4%. Nesse cenário, patrões endurecem por dizer que o aumento de faturamento não revelou produtividade maior e trabalhadores também pedem mais, para que o aumento não seja todo consumido pelo aumento.

No caso das estatais, já eram esperadas negociações mais complicadas depois da clara indicação do governo federal, em maio, de que o controle fiscal mais austero deveria ter reflexo em negociações salariais nas companhias públicas, avalia Silvestre. Havia um medo no governo também de que os reajustes salariais poderiam acelerar ainda mais o aumento dos preços, que parecia poder sair do controle no início do ano.

Patrões e empregados divergem
Do lado patronal, o presidente do Conselho de Associações Sindicais da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio-SP), Ivo Dall’Ácqua Júnior, diz que, mesmo que as pretensões de reajuste dos trabalhadores neste ano sejam as mesmas do ano passado, a inflação tornará o aumento real pouco expressivo.

O comércio paulista tem data-base de negociações em 1º. de setembro, mas as negociações se arrastam até hoje. Dall’Ácqua destaca que os empresários estão relutantes em acordo tendo em vista um claro recuo na intenção de consumo das pessoas. “Um aumento expressivo dos salários fatalmente vai onerar mais os consumidores lá na frente e todos perdem com isso.”

O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, reconhece que os empresários têm colocado a crise e as incertezas globais como argumento nas mesas de negociações, mas destaca que o reajuste tem de levar em conta o passado, e não o futuro. “Eles esquecem ou não querem lembrar que 2010 foi um ano muito bom para todos e que o futuro se negocia no próximo ano.”

Como Baixar Videos Do Youtube – Aula 1


O que você irá aprender:

•Fazer o download de um vídeo do Youtube
•Converter para o formato padrão

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Chance de crise atual repetir a de 2008 é de 62%, diz JPMorgan

Sentimento dos investidores refletido nos contratos futuros de real é de que o pior da crise ainda não passou

AE | 27/09/2011 07:41
Mesmo após as intervenções do Banco Central para tentar estabilizar o mercado de câmbio, o sentimento dos investidores refletido nos contratos futuros de real é de que o pior da crise ainda não passou.

"Por causa do movimento agudo das cotações nas últimas duas semanas, muita gente começou a pensar que a maior parte do processo de desalavancagem dos ativos de riscos que precisava ser feito já foi feito nessas últimas semanas", disse à Agência Estado um dos autores do levantamento, Arindam Sandilya, estrategista de câmbio do JPMorgan em Nova York. "Mas a principal mensagem desse levantamento é que as coisas podem ficar bem pior."

Os analistas do JPMorgan mediram a volatilidade no mercado à vista dos pares de moedas de países desenvolvidos, como a oscilação na negociação do dólar versus euro ou do dólar versus iene japonês, por exemplo. Para moedas de países emergentes que não são conversíveis, mas tenham negociação no mercado futuro, como o Brasil, foi levada em conta a volatilidade de contratos de derivativos como os non deliverable forwards (NDF), cujos prazos vão de um mês até um ano.

No par euro/dólar, que tem a maior liquidez no mercado mundial de câmbio, a volatilidade das cotações do mercado à vista já aponta uma probabilidade de 70% de repetição de uma crise à la Lehman Brothers. No par dólar/franco suíço, a volatilidade indica 83% de chance.
 

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bancários rejeitam nova proposta e mantêm greve na terça-feira (27/09/11}

Reajuste de 8% proposto pela Federação Nacional dos Bancos não foi bem recebido pelos funcionários

iG São Paulo | 26/09/2011 08:18 - Atualizada às 11:54
Insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), bancários de todos o país pretendem iniciar uma greve na próxima terça-feira (27). A categoria quer reajuste de 12,8%, mas a última proposta da Fenaban, apresentada na sexta-feira (23), foi reajuste de 8%, com um ganho real de 0,56%. A proposta anterior, que também foi rejeitada pelos bancários, era de 7,8%.
Em reunião realizada hoje, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial para a categoria. Esta é a quinta rodada de negociações e até agora o entendimento entre as partes não avançou.
 O presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, disse que, com a rejeição, a categoria deve iniciar uma greve na próxima terça-feira. Os sindicatos devem se reunir com os trabalhadores na segunda-feira para a deliberação.

"As alterações feitas pela Fenaban acabaram frustrando nossas expectativas", disse o presidente da Contraf", Carlos Cordeiro. Segundo ele, os pisos pagos pelos bancos no Brasil chegam a ser menores do que na Argentina. "Por que o Brasil tem que ter um piso inferior ao da América Latina se a maior parte do lucro dos bancos vem daqui?", questionou.

De acordo com Cordeiro, a Fenaban alega que os custos de um reajuste de 12,8% (inflação mais aumento real de 5%, pedido pela Contraf-CUT) seriam muito elevados. "Não tem justificativa. O lucro dos seis maiores bancos cresceu 24% em média nos últimos dois anos e os gastos com custos subiram em média 7%".

Na pauta da Campanha Nacional de 2011, os bancários também reivindicam a valorização do piso salarial, aumento do vale-alimentação, auxílio-educação com pagamento para graduação e pós-graduação, ampliação das contratações, mais segurança nas agências, combate às terceirizações e à rotatividade e aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
(Com AE e Agência Brasil)

Como fazer seu dinheiro render no curto prazo

Saiba como investir para se preparar para formatura, casamento, viagem, abrir um negócio, comprar a casa própria ou o carro novo

Olívia Alonso, iG São Paulo | 20/01/2011 05:30
 
 
Thaís Helena Santos, de 27 anos, vai se casar em dezembro de 2011. Ela já tem o dinheiro da festa e do vestido e agora procura uma aplicação financeira. O seu objetivo é deixar o capital render, sem correr o risco de perder o que já conseguiu juntar. No fim do ano, quando chegar a hora de pagar as despesas do casamento, ela resgatará o que acumulou. Em situações assim, em que os recursos serão aplicados para o saque no curto prazo, a sugestão de especialistas é esquecer a bolsa de valores e buscar modalidades de renda fixa, que têm menor risco.

Dependendo do valor em mãos e da quantidade de meses até o dia de usar o dinheiro, as recomendações variam, mas não muito. Para quem pretende dar entrada em uma casa própria, comprar um carro ou pagar uma pós-graduação, por exemplo, as aplicações mais sugeridas pelos especialistas são duas modalidades de renda fixa, os títulos do Tesouro Direto e o CDB DI (Certificado de Depósito Bancário indexado ao Depósito Interbancário), que são títulos vendidos por bancos, em que o rendimento do dinheiro acompanha a taxa básica de juros brasileira, a Selic.

"Para não frustrar qualquer objetivo de curto prazo, a aplicação financeira tem que ser de renda fixa, porque se der um problema no caminho, a renda variável pode fazer com que ele perca o que tinha", diz o consultor financeiro Mauro Calil, autor do livro "A Receita do Bolo".

Modalidades de renda variável, como as ações de empresas em bolsa de valores, são arriscadas para pequenos períodos, diz Calil. "As ações não são recomendadas de jeito nenhum quando se tem um objetivo para o dinheiro. Caso ocorra uma crise financeira, por exemplo, o poupador pode ver seu dinheiro sumir de uma hora para outra e pode não ter tempo para recuperar tudo até o dia em que vai precisar do capital", acrescenta Wilson Pires, professor de Finanças da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

Dentro do universo da renda fixa - que inclui também a poupança - os especialistas indicam o CDB DI e o Tesouro Direto por apostarem em alta ou manutenção do juro no curto prazo. Apesar de a presidenta Dilma Roussef ter declarado que pretende baixar o juro real no País (que é a Selic com o desconto da inflação), a opinião dos consultores, professores e profissionais do mercado consultados pelo iG é de que a taxa seguirá alta.

"Eu acho que a Selic vai subir. Pela primeira vez em muitos anos, temos inflação de demanda [quando a forte procura por bens e serviços leva as empresas a subirem os preços]", diz Ricardo Humberto Rocha, professor do Insper e do Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA). Segundo ele, para controlar essa inflação, um dos principais instrumentos da equipe econômica do governo é o aumento do juro.

Assim, se a Selic subir, o rendimento do CDB DI também aumenta. Isso acontece porque essa modalidade de aplicação nada mais é do que um título que representa uma dívida do banco para com o investidor, cujo prêmio pago pela instituição tem como referência a taxa básica brasileira. Na hora de adquirir o título, o investidor negocia com a instituição bancária a porcentagem que vai receber do rendimento da aplicação. Quanto mais dinheiro e maior o prazo disponível, maior o poder de barganha do cliente. "Caso tenha R$ 60 mil ou mais, se ele pesquisar em vários bancos, pode conseguir até 102% do retorno", diz Rocha.

A recomendação de títulos do Tesouro Nacional segue a mesma linha de raciocínio do CDB DI. Flávio Lemos, coordenador da Trader Brasil Escola de Investidores, sugere as LFT (Letras Financeiras do Tesouro) e NTN-B (Nota do Tesouro Nacional de série B). A rentabilidade do primeiro tipo varia de acordo com a Selic, equanto o retorno das NTN-B depende da inflação.

"Eu aconselharia o investidor a comprar as LFT, que é um título sem risco, posfixado, e que vai acompanhar o juro", diz Lemos. Uma vantagem dessa aplicação em relação ao CDB DI é que o investidor adquire o título diretamente do governo - via instituições autorizadas - e não precisa pagar taxas cobradas pelos bancos. Por outro lado, o CDB traz comodidade para quem já é cliente de uma instituição bancária, pois basta fazer a transferência do dinheiro que está na conta para a aplicação.

As NTN-B estão entre as melhores opções na opinião de Lemos porque funcionam como uma proteção. Como o investidor tem o objetivo de adquirir bens ou serviços, que podem ficar mais caros durante o período em que o dinheiro será aplicado, a modalidade vai acompanhar eventuais aumentos de preços.
Nos dois casos sugeridos - CDB DI e Tesouro Direto - o imposto de renda (IR) pago pelo investidor acompanha a tabela regressiva de renda fixa. Se o resgate for feito em até seis meses, a taxa será de 22,5%. Caso a retirada seja nos meses seguintes, em até um ano, o rendimento terá um desconto de 20%. A poupança, que é isenta de IR, vale a pena quando o valor aplicado é pequeno, como no caso em que o investidor possui R$ 5 mil e pretende usar o dinheiro no fim do ano para pagar uma festa de formatura e uma viagem, por exemplo.

Com a ajuda de consultores financeiros, o iG selecionou modalidades de investimentos mais apropriadas para seis situações: pagar a festa de casamento no fim do ano, comprar um carro novo ou fazer uma viagem ao exterior em seis meses, abrir um negócio no início do ano que vem, dar entrada em uma casa própria ou pagar a festa de formatura. Em cada uma delas, o poupador começa com uma quantia de dinheiro. Em todos os casos, o objetivo é de curto prazo.

FONTE: IG ECONOMIA

Corretoras cortam taxas do Tesouro Direto para atrair clientes

Empresas apostam nos títulos do governo para conquistar investidores afastados das ações por causa da crise global

Olívia Alonso, iG São Paulo | 26/09/2011 05:45

Conquistar clientes tornou-se uma tarefa difícil para as corretoras de valores nos últimos tempos, desde que a crise global vem deixando os investidores mais afastados do volátil mercado de ações. Para driblar esta dificuldade, muitas corretoras de valores brasileiras resolveram reduzir taxas cobradas para operações no Tesouro Direto - sistema de compra e venda de títulos públicos pela internet -, como uma forma de atrair investidores.

Hoje, a taxa de administração mais alta praticada no mercado é de 1%, sendo que a maioria das agentes de custódia do Tesouro Brasileiro cobra entre 0,2% e 0,5%. Há dois anos, algumas instituições chegavam a cobrar até 3,5% pelos mesmos serviços. Agora, cinco casas estão com taxa zero, sendo que a última a entrar para este grupo foi a Título Corretora, há dois meses. Veja as taxas cobradas por todos os agentes.

Foto: Fellipe Bryan Sampaio/iG Ampliar
Sala onde analistas do Tesouro definem os preços dos títulos

“Optamos por baixar a taxa para incentivar os investidores a investirem no Tesouro sempre que tiverem possibilidade,” diz Amerson Magalhães, diretor do Easynvest, home broker da Título. Assim que reduziu o custo de administração, a corretora afirma que passou também a divulgar os títulos do governo em seus canais de comunicação.

“Está muito mais difícil atrair clientes agora, por causa da crise. O brasileiro tende a preferir as ações em apenas momentos de otimismo, o que não estamos vendo,” diz Rogerio Manente, gerente de homebroker da corretora Socopa. "Incentivamos o Tesouro pois a partir do momento que o cliente ele se cadastra, ele passa a ter uma conta na corretora e recebe os nossos relatórios. Aos poucos, percebe que a renda variável pode valer a pena,” afirma.

Na Socopa, cerca de 20% dos clientes que começam a operar no Tesouro Direto passaram, em algum momento, a comprar ações, segundo Manente. “Quando a bolsa melhora um pouco, os investidores acabam migrando para renda variável. Essa mudança é bastante espontânea,” afirma.

O mesmo tem acontecido na Renascença. “Percebemos que as pessoas abrem a conta, começando pelo Tesouro Direto, mas aos poucos começam a aprender sobre renda variável e se interessar,” acrescenta Eric Cardoso, gerente da RenaTrader, home broker da corretora.

Ainda que as operações com ações rendam maiores ganhos às empresas – principalmente com corretagem e taxa de custódia -, vale a pena até ter prejuízo com o Tesouro Direto para conseguir ganhar clientes, segundo as corretoras.
“Diretamente, não ganhamos nada com o Tesouro. Hoje, teoricamente, até temos prejuízo. Mas nosso objetivo é fomentar novos investidores, objetivando uma migração. Quando o cliente tiver vontade, acreditamos que ele vai buscar outros produtos,” diz Bruno di Giorgio, superintendente de marketing do Banif Invest, home broker da Banif Corretora.



Competindo com os bancos


O Tesouro Direto, que foi lançado em 2002 e hoje tem um estoque de cerca de R$ 6,5 bilhões, também tem sido uma arma das corretoras para competirem com os bancos.
“É uma forma de concorrermos com o CDB,” diz Manente, da Socopa. “Às vezes o cliente quer tirar dinheiro de bolsa e colocar em outra opção de renda fixa. O Tesouro é uma opção para que esse investidor não busque um produto de um banco,” acrescenta Magalhães, da Título.



Incentivo da Bolsa

Em 2011, as corretoras ganharam um terceiro motivo para dar uma atenção especial os títulos do governo. Em janeiro, a BM&FBovespa lançou um programa em que dá desconto no pacote de serviços cobrados das corretoras de acordo com o volume que movimentam com os títulos do governo.

No primeiro semestre deste ano, 74 casas pouparam cerca de R$ 2,7 milhões, no total, segundo a bolsa de valores brasileira. O objetivo da bolsa, com o programa, é o mesmo das corretoras: atrair investidores que possam, no futuro, operar ações.

O bom retorno das aplicações no Tesouro Direto também contribui para que a estratégia das corretoras faça ainda mais sentido. Como os títulos são prefixados, indexados à inflação ou indexados às taxas de juros, o alto ganho - em um cenário de inflação em torno de 7% e juro a 12% - é garantido.

“As pessoas estão buscando aplicações atreladas aos juros e à inflação,” diz Cardoso, da RenaTrader.
Apenas em agosto deste ano, 6.239 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto, segundo dados oficiais do Tesouro. No total, 258.968 investidores estavam inscritos no programa ao final do mês passado. “Ao oferecer os títulos, aproveitamos a oportunidade do momento favorável para criar um relacionamento com essas pessoas,” acrescenta. 


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sábado, 24 de setembro de 2011

Entenda por que o dólar disparou nos últimos dias

Procura por "porto seguro" e pacote do FED pressionam valorização da moeda americana

iG São Paulo | 23/09/2011 11:45
Entre as moedas emergentes e de países desenvolvidos, o real é a que mais caiu ante o dólar nos últimos dias. Em 26 de julho, a moeda americana estava cotada a R$ 1,54, ao passo que ontem ela chegu a ultrapassar a marca de R$ 1,90. Veja, abaixo, sete razões pelas quais essa alta brusca tem acontecido:

Foto: Getty Images Ampliar
Especulação também motiva alta: maioria dos investidores aposta no real fraco


1) Busca de um porto seguro – Com as bolsas do mundo todo enfrentando turbulências, devido às más notícias produzidas na zona do euro e nos EUA, os investidores tendem a comprar ativos mais seguros, como títulos do governo americano e dólar. A maior demanda pela moeda eleva o preço;

2) Saída de recursos do País – A frase do momento é recapitalizar as instituições financeiras, ou seja, levantar dinheiro para enfrentar os momentos difíceis. Esse dinheiro terá de sair de algum lugar e os emergentes são candidatos a "pagar" essa conta. O mesmo acontece com empresas de diversos setores da economia. Apesar de estarem bem no Brasil, agora têm de ajudar suas matrizes externas. A falta de liquidez pressiona a alta da moeda americana;

3) Especulação – A alta no dólar foi antecedida por uma zerada de posição vendida no mercado futuro (ou seja, sair da aposta no real e passar a apostar no dólar). Fernando Bergallo, gerente de cambio simplificado da TOV Corretora, afirma que a troca de posições vendidas por posições compradas – que ganham com a alta do dólar – continua acontecendo. "Há um mês, tínhamos US$ 14 bilhões em posições vendidas. Hoje, o saldo é de US$ 1,5 bilhão de posições compradas," diz, citando dados da BM&FBovespa.

4) Pacote americano – O mercado aguardava com ansiedade o governo americano anunciar os detalhes do Afrouxamento Quantitativo 3 (ou QE3), que deveria ajudar na retomada econômica dos EUA. Mas o mercado avaliou que as medidas, anunciadas essa semana pelo FED, terão pouco efeito real sobre a situação nos EUA;

5) Ajuste de câmbio – Enquanto existem agentes que acreditam que estamos passando apenas por um episódio de volatilidade extremada, que em breve o real voltará a mostrar sua robustez, também pode-se ouvir de analistas que dólar a R$ 1,80 é novo piso do mercado. Ou seja, a moeda americana estava mesmo muito “barata” e a alta faz parte de um ajuste natural.

6) “Mundo mais fraco” – Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, não é o dólar que está mais forte: é o mundo que ficou mais fraco. “[Após o anúncio do FED, mencionado no item 4, acima] ficou no ar uma sensação incômoda de que chegamos no limite do que a ponte entre o presente e o futuro (expressa na curva de juros) pode fazer por nós no presente.”, diz o economista. “O dólar reagiu como este porto seguro num mundo onde tudo é fluido e se desmancha no ar. O dólar não está ficando mais forte, é o mundo que está mais fraco e com isto liquida-se o presente (fugindo para os ativos mais líquidos) em nome de um futuro que não está mais lá”, afirma.

7) Corte nos juros – A recente decisão do Banco Central de baixar os juros em 0,5 ponto percentual torna o Brasil um destino um pouco menos atraente para o dólar dos investidores estrangeiros. A baixa nos juros significa que investir capital nos títulos nacionais passa a ter uma remuneração menor, o que dá mais uma razão a quem pensava em sacar os dólares aplicados no mercado brasileiro. Para o investidor que vinha ganhando duplamente com aplicações no Brasil – aproveitando tanto o juro brasileiro como a valorização do real – a alta recente do dólar é outro motivo para que leve seus recursos de volta ao seu país, o que contribui para o movimento altista da moeda norte-americana.


Leia também:
 

Justiça concede liminar a importadora para adiar aumento do IPI

Decisão favorece Isper Comércio de Veículos Ltda, de Ribeirão Preto, e se baseia em emenda à Constituição

agencia brasil | 23/09/2011 20:52

A Justiça Federal concedeu hoje (23) liminar para uma importadora de veículos de Ribeirão Preto (SP) para que a exigência de aumento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) só comece a valer 90 dias após a publicação do decreto que definiu a nova alíquota.


Na decisão, que favorece a Isper Comércio de Veículos Ltda., o juiz federal substituto da 7ª Vara Federal José Márcio da Silveira e Silva, disse que o pedido do empresa foi deferido com base em uma emenda à Constituição que diz que a variação de alguns impostos só pode entrar em vigor 90 dias após a publicação do decreto ou lei que o estabeleceu.

Para o juiz, o IPI não foge a essa regra, conhecida como noventena.

A liminar determina que a Receita Federal não exija o recolhimento do novo IPI dos veículos trazidos pela importadora até o fim do prazo de 90 dias contados a partir da publicação do decreto. A União pode recorrer.
 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NATAL FICARÁ MAIS CARO PARA OS CONSUMIDORES COM ALTA DO DÓLAR

Varejistas dizem que não aceitarão reajustes e que já contrataram mercadorias importadas, mas repasses devem ser inevitáveis

Claudia Facchini, iG São Paulo | 23/09/2011 05:00

Dólar deve deixar o Natal mais caro

Preparem o bolso. A valorização do dólar, que acumula uma alta de 19,3% em setembro em relação ao real, deve deixar o Natal mais caro para os consumidores neste ano.

Não deverão ser só as mercadorias importadas que possivelmente chegarão às prateleiras das lojas com preços mais altos, como vestuário, alimentos, bebidas e os ornamentos natalinos trazidos da China. Produtos que são fabricados com componentes importados, como aparelhos de informática e eletrônicos, também poderão ter seus preços reajustados.

Em que medida os preços irão subir, no entanto, ainda é uma incógnita, até porque as empresas não sabem em que ponto irá parar a taxa de câmbio. Os repasses também vão depender do poder de negociação de cada varejista e do interesse de cada indústria de ganhar participação de mercado.

“Ninguém consegue prever, neste momento, em qual patamar o dólar vai se estabilizar”, afirma Fernado Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da indústria Têxtil (ABIT).

A volatilidade na taxa de câmbio dificulta a formação de preços no mercado interno e atrapalha as negociações entre clientes e fornecedores ao longo da cadeia de abastecimento de vários setores. As empresas estão em compasso de espera.



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Aumenta procura por produto nacional

Segundo Pimentel, nas últimas semanas, desde que o dólar começou a subir, as indústrias têxteis nacionais começaram a receber um maior número de consultas, o que mostra que os compradores já estão mais preocupados em garantir abastecimento no mercado interno e reduzir, assim, a sua exposição ao câmbio.

“Mas, por enquanto, são só consultas”, diz Pimentel.

O maior impacto do dólar, na sua avaliação, deve ser sentido no início de 2012, quando o varejo de vestuário começará a comprar a coleção outono/inverno. Se a trajetória de alta do dólar for mantida, é provável que as importações percam fôlego. "O impacto será positivo para a indústria brasileira", diz Pimentel


Qual será o reajuste de preços?

Uma grande varejista de eletroeletrônicos afirmou ao iG que “não aceitará aumentos” dos fornecedores. As grandes cadeias de supermercados e mesmo operações de comércio eletrônico, como o Comprafácil, afirmam que já contrataram a maioria dos produtos importados que serão vendidos no fim do ano.


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Segundo o Grupo Pão de Açúcar, uma boa parte dessas mercadorias já está até mesmo em seus depósitos. Como as negociações já foram fechadas, as varejistas garantem que poderão vender as mercadorias no Natal com as taxas de câmbio antigas.

Muitas das mercadorias importadas, avalia o diretor da ABIT, também estão vendidas com margens altas de lucro. "As empresas poderão, se quiserem, absorver em parte a alta do dólar e não repassá-la integralmente aos preços", afirma.

No entanto, parece impossível que o varejo consiga frear plenamente os repasses. A elevação dólar deve acelerar a inflação, dizem os economistas.

"É possível que haja um aumento de 10% nos preços em reais dos manufaturados no Natal", afirmou José Augusto de Castro, ice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em entrevista à Agência Estado. Segundo ele, apesar já terem fechado contratos, as empresas precisam levar em conta o custo de reposição dos estoques, que ficarão mais altos daqui para frente.

ALTA DO DÓLAR É INEVITÁVEL, DIZ EX-DIRETOR DO BC

Luís Eduardo Assis avalia que não há nada que o governo possa fazer para conter a trajetória de valorização da moeda

AE | 23/09/2011 08:31

Luís Eduardo Assis, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central
Ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, o economista Luís Eduardo Assis avalia que não há nada que o governo possa fazer para conter a trajetória de alta da moeda americana em relação ao real. "O que estamos assistindo é uma fuga para a qualidade", afirma o economista.

Ontem, depois que o dólar experimentou a cotação máxima de R$ 1,953 - no fim do dia fechou a R$ 1,910 -, surgiram no mercado especulações de que a equipe econômica poderia rever as medidas adotadas para conter a valorização do real em relação ao dólar, em especial o Imposto sobre Operações Financeira (IOF) de 1% sobre as chamadas posições vendidas de bancos e empresas que não casarem com as posições compradas.

Em entrevista à Agência Estado, o economista atenuou o impacto dessa natureza sobre o câmbio, alegando que a trajetória de alta do dólar é inevitável e reflete a fuga para a qualidade de investidores que estavam posicionados em juros.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

P - Com a alta do dólar, começam a surgir especulações de que o governo poderá rever as medidas adotadas recentemente para conter a valorização. Qual a sua avaliação sobre isso?
R - O governo até pode rever algumas medidas. Mas não será isso que vai resolver o problema. A trajetória de alta do dólar é inevitável, e quanto a isso não há muito o que fazer.

P - Por quê?
R - Porque o que estamos assistindo é uma fuga para a qualidade. E a qualidade, diante deste momento de crise, é o dólar. Por um tempo, a moeda americana ficou muito barata. O dólar foi vendido a R$ 1,80, a R$ 1,70 e ganhou-se muito dinheiro. Muita gente que fez arbitragem com juro está vendo agora o dólar subir e o juro cair. Estão ganhando menos e, antes que comecem a entrar no prejuízo, correm para o dólar como forma de congelar as perdas.


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P - Então, quanto mais o dólar subir, mais gente vai querer comprar?
R - Pois é, o dólar ficou lá embaixo por muito tempo e agora se solta como se fosse uma mola. E quanto mais a moeda americana sobe, mais compradores vão aparecendo. Por isso é inevitável a trajetória de alta.

P - Enquanto o dólar estava baixo, o Banco Central (BC) aproveitou para comprar reservas internacionais. E agora?
R - Esse movimento mostra também que a ideia de que reservas internacionais são poupança para o Brasil é equivocada. Grande parte do ativo do BC (reservas) tem como passivo alguma empresa brasileira. Ou seja, as reservas têm como contrapartida dívidas. Não se sabe o quanto, mas é dívida.