quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dólar segue em forte alta e opera em torno de R$ 1,82

Moeda avança 2% com bancos e investidores estrangeiros à espera de notícias do Fed e apostando na alta da divisa norte-americana

Olívia Alonso, iG São Paulo | 21/09/2011 11:04

O dólar opera em forte alta nesta quarta-feira, com os investidores estrangeiros e bancos brasileiros ajustando suas posições na moeda norte-americana. Eles esperam que os Estados Unidos anunciem hoje uma medida de fortalecimento da economia que leve ao fortalecimento da divisa.

Nesta manhã, o dólar chegou a bater R$ 1,829, maior patamar desde 9 de junho de 2010 (R$ 1,848). Há pouco, a moeda subia 1,90% e valia R$ 1,820, após quatro dias seguidos de ganhos, em que acumulou 6,5% de valorização.

O que está impulsionado a alta da moeda norte-americana nesta quarta-feira é um movimento de compra e de montagem de posição comprada – que ganha com a alta do dólar – em grandes volumes, segundo operadores.

“Os bancos estão invertendo montagens de posições, trocando as vendidas por compradas. Ao mesmo tempo, há uma forte compra por estrangeiros, diante da expectativa do que o Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] deve anunciar,” afirma Luiz Antonio Abdo, gerente de câmbio as Souza Barros corretora.

A expectativa dos compradores, segundo Abdo, é de que o Fed tome uma medida que fortaleça o dólar no exterior. “Aqui não vai ser diferente”. Nesta quarta-feira termina a reunião do banco central norte-americano, que já teve uma rodada de conversas ontem.


Recurso escasso

Segundo Abdo, a preocupação com a Grécia também impulsiona a compra do dólar, o que já vem acontecendo nos últimos dias.

Na opinião do gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo, está acontecendo uma forte especulação. "Os investidores estão se protegendo. Eles temem uma nova crise bancária que seria causada por uma possível quebra da Grécia. Os recursos ficariam muito escassos", afirma.

Ainda hoje, os especialistas vão analisar atentamente o fluxo cambial da semana passada, que será divulgado pelo Banco Central. O mercado espera uma piora, com exportadores atuando menos do que na segunda semana do mês e saídas financeiras um pouco mais fortes. Ainda assim, seria uma surpresa um dado negativo forte. Por enquanto, está sendo unânime nas mesas de operações a percepção de que a mudança no rumo do dólar não está sendo reflexo de fuga de recursos.

(Com agências)

FONTE: IG ECONOMIA - MERCADOS

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