segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hobby aumenta renda extra em até 90%

CONHEÇA HISTÓRIAS DE QUEM CONSEGUIU FAZER DO HOBBY UMA FONTE EXTRA DE RENDA E NÃO COMPROMETEU A PROFISSÃO "OFICIAL". 



Funcionária pública, terapeuta e parteira: tudo ao mesmo tempo

Veja histórias de quem consegue até dobrar sua renda mensal com atividades que pouco (ou nada) têm a ver com sua profissão

Carla Falcão e Olivia Alonso, iG São Paulo | 24/10/2011 05:40

Conheça quatro histórias de quem conseguiu fazer de um hobby ou atividade uma fonte extra de renda, sem comprometer sua profissão "oficial".

Funcionária pública, doula e terapeuta

 
Nome: Rachel Bessa
Idade: 32 anos
Profissão: Funcionária pública
Atividade extra: Doula (parteira) e terapeuta reikiana
Participação da atividade extra na renda mensal: mais de 90%

Funcionária pública concursada em uma estatal do setor elétrico, Rachel Bessa desempenha, fora do horário de trabalho, duas funções completamente diferentes de sua atividade profissional. Além de atender como terapeuta reikiana, Rachel atua como doula em partos humanizados. Entre um relatório e outro na empresa pública, Rachel Bessa já apoiou gestantes em trabalhos de parto que chegaram a durar 36 horas.
“Como trabalho em uma gerência que utiliza o sistema de banco de horas, administro o meu horário na empresa de forma que eu possa dispor de tempo para atender como terapeuta e doula, sem prejudicar meu trabalho”, afirma.

Formada em Letras há 10 anos, Rachel trabalhava como professora na iniciativa privada, até fazer um curso de formação de doulas em 2008. Encantada pela atividade de prestar apoio emocional e físico às mulheres em trabalho de parto, ela resolveu buscar um trabalho que oferecesse a segurança financeira necessária para que pudesse exercer o papel de doula. Aprovada em um concurso público em 2010, ela atua na área de faturamento de uma empresa do setor elétrico e usa suas horas livres para trabalhar com o que mais gosta.


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“De oito da manhã às cinco da tarde, trabalho como funcionária pública. Às seis, começo a atender como terapeuta e tenho, em média, quatro consultas por noite”, diz Rachel, que costuma fazer um ou dois partos por mês.

Com as consultas e os partos, Rachel chega a dobrar sua renda todos os meses. “O que eu ganho como funcionária pública daria apenas para pagar as contas. Minhas duas fontes de renda extra me permitem investir em lazer e, sobretudo, em educação. Além de pagar um bom colégio e cursos extracurriculares para minha filha, estou sempre estudando para me manter atualizada como terapeuta e doula”, afirma.



Analista de comunicação e negociante


Nome: Thiago Coletti
Idade: 27 anos
Profissão: Analista de comunicação
Atividade extra: Vende produtos em sites de compra e venda
Participação da atividade extra na renda mensal: Entre 10% e 50%
 
Há cinco anos, Thiago cansou de olhar para seus equipamentos de baseball antigos, amontoados em seu quarto há alguns anos, e resolveu vender tudo. Abriu uma conta em um site de compra e venda de produtos pela internet e conseguiu fazer negócio. Ainda que o dinheiro não tenha sido muito, foi o suficiente para que ele perceber que poderia conseguir uma boa renda extra se continuasse se desfazendo de itens que não utilizava mais. “Comecei a vender várias coisas que eu tinha em casa. Primeiro as minhas, depois as da minha mulher, depois dos meus pais. Passei a ver o que tenho em casa como fonte de lucro,” diz.

Ele afirma nunca ter tido problemas com os compradores e diz que a renda adicional já é uma parte significativa do orçamento. “Já aconteceu de eu ganhar o equivalente a 50% do meu salário. Normalmente, consigo elevar minha renda em 10%,” afirma. Thiago já vendeu 160 produtos para todo o país. “Já vendi até sapato furado, dizendo no site que estava furado. Tem gente que compra,” diz. Entre outros produtos que pareciam improváveis de serem comprados, estão uma máquina de waffle quebrada – “também avisei que não estava funcionando,” diz -, uma bota ortopédica, um perfume usado e um brinquedo que vem dentro de um kinder ovo.

Também já lhe renderam um bom dinheiro seus livros de faculdade, notebooks antigos, celulares usados, camisetas de times de futebol, brinquedos e roupas de bebê, um gravador de som e um purificador de água. Ele atribui o sucesso nas vendas à credibilidade que tem no site. “Desde que comecei, todas as minhas vendas receberam avaliação positiva dos compradores,” diz. Como as notas são publicadas, os novos compradores tendem a confiar mais nos vendedores com boas recomendações. Além disso, Thiago também procura vender os produtos em suas caixas originais. “Tenho um armário em casa só para guardar os manuais, as caixas e as notas fiscais,” diz.

Mas ele não cogita deixar o trabalho como analista de comunicação para dedicar-se em tempo integral às vendas. “Nunca pensei em viver disso, é impossível. Não porque o site não seja confiável, mas preciso de estabilidade financeira,” diz.
  

Professora, designer e cozinheira

 
Nome: Denise Baptista
Idade: 28 anos
Profissão: Professora
Atividade extra: Faz cupcakes, layouts para blogs e vende cestas para café da manhã
Participação da atividade extra na renda mensal: Aproximadamente 30%

Da disposição de ajudar os conhecidos e do gosto por cozinhar, a professora Denise Baptista conseguiu três atividades que hoje representam quase um terço de sua renda mensal.
Quando ainda dava aulas para o ensino fundamental, ela criou alguns blogs personalizados. O layout diferenciado fez sucesso com amigos e seguidores , que começaram a encomendar a diagramação de seus próprios blogs.

“Comecei fazendo alguns por cortesia para divulgar o trabalho. Depois, passei a vender e, conforme meu trabalho foi melhorando com a prática, o preço aumentou gradativamente”, diz Denise.

Com os cupcakes não foi muito diferente. Denise conta que, depois de aprender a fazer o bolinho, levou alguns cupcakes para o trabalho e para reuniões informais. Ao poucos, as encomendas foram surgindo e hoje ela chega a vender até 300 bolinhos por mês. Já a produção de cestas de café da manhã surgiu quando ela se ofereceu para montar uma para a sogra, que queria presentear uma amiga. “Quando percebi que era algo simples, comecei imediatamente a fazer a divulgação do trabalho”, afirma.

Juntos, o trabalho de diagramação de blogs e as vendas de cupcakes e cestas de café da manhã chegam a representar 30% da renda mensal de Denise. “Uso esse dinheiro para pagar contas e também para investir nessas atividades extras".



Publicitário e DJ

Foto: Arquivo pessoal
Fábio Reche, analista de e-commerce, eleva sua renda mensal em 30% trabalhando como DJ

Nome: Fábio Reche
Idade: 22 anos
Profissão: Publicitário
Atividade extra: DJ em festas e boates
Participação da atividade extra na renda mensal: Entre 10% e 50%

No fim do dia de sexta-feira, Fábio deixa o escritório e vai para casa desfrutar o fim de semana que tem pela frente após cinco dias de trabalho diante da tela do computador. Entretanto, para ele, isso não quer dizer exatamente descanso. Na mesma noite, ele retorna ao trabalho. Desta vez, em festas e boates, onde ganha uma renda extra como DJ. “Concilio as duas atividades de uma forma muito cômoda e acabo conseguindo um dinheiro adicional no fim do mês”, afirma.

Algumas vezes, os ganhos como DJ se igualaram ao salário que recebe no escritório. Mas, em média, os pagamentos que Fábio recebe pelo trabalho como DJ nas noites de São Paulo e região – onde costuma tocar com maior frequência – elevam sua renda mensal em cerca de 30%.

Apesar de ser um valor significativo, considerando que ele atua como DJ apenas às sextas-feiras e sábados, ele não pensa em deixar o trabalho como analista de e-commerce para dedicar-se à música todos os dias da semana. “Se eu saísse do escritório, poderia perder a estabilidade financeira, pois correria o risco de ficar sem nenhum caixa. Pode acontecer de não surgir convites por duas ou três semanas, por exemplo”, diz. Além disso, com carteira de registro de trabalho ele pode contar com os benefícios como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O aumento da renda mensal foi o principal motivo para Fábio decidir continuar exercendo uma atividade paralela. Ele tocou pela primeira vez em uma festa de terceiros por acaso e não teve dúvidas sobre as vantagens do serviço. “Eu já sabia tocar, mas não fazia isso profissionalmente. Um dia, um amigo me convidou para ir com ele a um trabalho. Naquela noite, eu toquei também e acabei gostando, já que a renda extra é interessante,” diz.



FONTE: IG ECONOMIA - FINANÇAS PESSOAIS

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