sábado, 17 de março de 2012

INTERNET SE TRANSFORMA EM ALIADA NA COMPRA DA CASA PRÓPRIA

Construtoras e imobiliárias oferecem ferramentas para facilitar escolha de imóvel; veja os riscos e conheça seus direitos


Soraia Duarte, especial para o iG | 31/08/2011 05:24


Já pensou em comprar uma casa ou apartamento pela televisão? Esse é o novo hábito que a Tecnisa, construtora e incorporadora sediada em São Paulo, espera estimular a partir de setembro, quando algumas “smart TVs” – aquelas que contam com dispositivos que permitem acessar conteúdos na web – passarão a ser vendidas com aplicativos para navegar por seu website. “Será mais um canal de relacionamento com os clientes”, resume Romeo Busarello, diretor de E-business e Relacionamento com Clientes da Tecnisa.

A novidade visa atrair o público para o site da Tecnisa, que já oferece diversos aplicativos compatíveis com tablets e smartphones e está presente nas principais redes sociais. O investimento em novas tecnologias vai ao encontro dos resultados já obtidos pela empresa. A cada 100 pessoas que compraram apartamentos da Tecnisa no ano passado, 97 chegaram ao imóvel pela web. “A internet é o principal canal de vendas e de construção da nossa marca”, afirma Busarello.

O esforço de fortalecer a presença na internet não é uma exclusividade da Tecnisa. Há dois anos, a MRV, construtora sediada em Belo Horizonte, investiu na criação de uma equipe de corretores que permanece online 24 horas por dia. “Notamos que 20% dos clientes acessavam nosso site fora do horário comercial”, justifica Rodrigo Resende, diretor de marketing da MRV. E a construtora tem apostado nesse tipo de atendimento. Afinal, 30% das vendas do ano passado – que totalizaram 36 mil imóveis – foram iniciadas com essa interação virtual. Nesse ano, Resende diz que espera elevar essa parcela para 35% das vendas.


Leia também:
Investir em imóvel é um bom negócio?
Descubra o que valoriza seu imóvel
Saiba onde está o dinheiro
Já a Lopes, empresa paulista de comercialização de imóveis, tem ampliado a oferta de aplicativos. Neste mês passou a oferecer a ferramenta para iPhone, após ter lançado, em junho, a versão mobile de seu portal. No dia do lançamento do aplicativo, de acordo com Adriana Sanches, gerente de marketing da Lopes, foram contabilizados mais de 300 downloads. “Todas as iniciativas relacionadas à internet são bem recebidas pelos clientes”, acredita. “Uma empresa do mercado imobiliário não pode deixar de dar atenção a isso”, enfatiza.

Essa concorrência virtual entre as empresas, na avaliação de Luciano de Souza Godoy, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito Fundação Getulio Vargas (FGV), é bastante positiva para quem quer comprar um imóvel. “A grande vantagem da internet é o acesso à informação”, afirma. “É um benefício pesquisar preços, condições de pagamento, qualidade e localização sem despender um dia de trabalho ou o fim de semana”.


Luciano de Souza Godoy, da FGV: "a grande vantagem da internet é o acesso à informação"


Internet substituiu classificados

A opinião é compartilhada por Gerson Rolim, consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. A internet, afirma, é de grande ajuda para a pesquisa de imóveis prontos, substituindo os antigos classificados de jornais. Mas as muitas ferramentas que hoje são disponibilizadas pelos sites das construtoras são especialmente úteis para imóveis na planta. “Permitem a experimentação do imóvel sem que ele exista”, diz.

As facilidades não param aí. A expansão do crédito para os imóveis, nos últimos anos, aliada ao aumento de oferta de casas e apartamentos, refletiu-se em um processo de compra menos burocrático e mais acessível. Godoy comenta que as exigências de documentos, por parte das construtoras, são menores que tempos atrás. Para alguns empreendimentos, basta apresentar CPF, RG e certidão de casamento, quando for o caso, com o único intuito de checar o regime de comunhão. Comprovante de renda, obrigatório em qualquer compra em um passado não muito distante, nem sempre é pedido, principalmente em empreendimentos voltados à classe C.

“Muitos não têm como comprovar a renda, o que inviabilizaria a transação”, diz Godoy. Para levantar informações sobre os compradores, as construtoras acabam recorrendo a bancos de dados, como os da Serasa e do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito). “Com tanta concorrência, quem é mais burocrático, perde o negócio”.

A adesão aos sites das corretoras tem sido crescente. Porém, comenta Godoy, são poucos os que sabem que os sites das construtoras são uma espécie de pré-contrato, sob a ótica jurídica. “O site da construtora ou incorporadora é uma proposta”, explica Godoy. Por isso, ao concordar os termos, o comprador deve assinar um documento pessoalmente, saindo do contato virtual com a construtora, etapa que também é viabilizada sem maiores complicações. Muitas construtoras ou incorporadoras levam o documento até o comprador, para colher a assinatura.


Direitos dos clientes

Comprar um imóvel pela internet – ou apenas iniciar os contatos para essa negociação - envolve cuidados e direitos similares às transações do mundo real. É preciso verificar a existência, solidez ou idoneidade da construtora ou imobiliária. Essa prática, no caso de imóveis na planta, deve ser acrescida ao acompanhamento e supervisão da obra.

Já em relação aos direitos, o cliente tem assegurado o cumprimento da proposta. No caso de atraso da entrega do imóvel, o comprador tem direito a ser ressarcido com a multa que recai sobre a construtora. Mas quem compra pela internet, ainda que tenha apenas iniciado os contatos pelos portais dos imóveis, tem um direito adicional, que é o de se arrepender. Previsto no Código de Defesa do Consumidor, permite que o comprador desista da compra até sete dias corridos após a assinatura do contrato, sem ter de justificar as razões e com a segurança de ter a devolução dos valores pagos. “Comprar um imóvel em casa, pela internet, deixa o comprador em uma condição vulnerável”, justifica Godoy. “Por isso, a lei prevê que ele pode se arrepender”.

Por um lado, o comprador encontra uma burocracia mais branda na compra de imóveis. Mas as construtoras e incorporadoras também estão mais seguras, pois houve uma melhora das garantias para que retomem os imóveis dos inadimplentes. Godoy explica que, caso o comprador acumule três prestações em atraso, poderá ser cobrado e correrá o risco de ter de desocupar o imóvel em até seis meses. “Apesar das facilidades, as pessoas precisam ter consciência do nível de endividamento”, alerta. Depois de devolver o imóvel à construtora, ele será encaminhado a leilão. Nessa etapa, já será tarde para se arrepender.


Veja também:

Saiba como dividir gastos ao morar com amigos
Ser um mau vizinho pode pesar no bolso
Diferença de preços em bairros paulistanos chega a 400%



FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 16 de março de 2012

CARTÕES DE CRÉDITO CRESCEM 550% EM UMA DÉCADA E ATRAEM NOVATOS

Ex-executivo da Visa cria bandeira que promete parcelar eletrodomésticos em até 200 vezes no cartão


Danielle Brant, iG São Paulo | 15/03/2012 21:26


Poucos setores cresceram tanto no Brasil na última década quanto o segmento de cartões de crédito. Impulsionados por uma expansão inédita nos empréstimos à classe média e integração de milhões de brasileiros à sociedade de consumo, as empresas desse setor viram seu faturamento crescer mais de 550% nos últimos 10 anos. Com raras exceções, o crescimento anual nunca ficou abaixo de 20%, cinco vezes mais que a expansão média do PIB nos oito anos do governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. E mesmo com todo esse vigor, a expectativa é de que o dinheiro de plástico mantenha o ritmo nos próximos anos.

Diante de um cenário tão positivo em tempos de incerteza no cada vez mais instável mundo financeiro, o setor observa não só investimentos agressivos das duas líderes do mercado – Visa e Mastercard -, mas também apostas ousadas de pequenos investidores que também querem surfar na onda dos cartões de crédito.

Veja: Ela tinha 16 cartões de crédito. Hoje, ensina educação financeira

O mais novo deles é o ex-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Waldemar Petty, um ex-funcionário da Visa. Com apenas R$ 5,8 milhões, Petty está criando uma bandeira para chamar de sua e concorrer com as duas gigantes do setor, que juntas, dominam 90% desse mercado.

Sua estratégia nessa briga é oferecer o que nenhum outro cartão oferece hoje: prazo. Petty quer dar o consumidor a opção de comprar uma simples geladeira com um número de prestações semelhante ao de quem compra uma casa. De acordo com o comunicado que sua empresa divulgou, será possível parcelar as compras em até 200 vezes.

O foco de Petty está na leva de mais de 30 milhões de brasileiros que ascenderam das classes D e E para a Classe C. De acordo com ele, até julho desse ano espera vender 600 mil cartões e outros 2 milhões até o segundo ano de operação.

Para oferecer essas vantagens, o ex-presidente da Abecs montou um plano agressivo. “Vamos reduzir o preço que o lojista paga para manter a maquininha. Atualmente, eles pagam até R$ 188 de aluguel. Queremos cobrar R$ 30, pois nosso objetivo não é ter receita com a máquina”, explica. Além disso, Petty quer eliminar a taxa de intercâmbio, aquela cobrada pela operadora, que é de 4,5%, em média.

Outro foco da Shopcards será a fidelização de clientes por meio de um banco de dados cujo objetivo será fazer a ponte entre lojistas e compradores. “Temos sempre que deixar esse banco atualizado. Podemos oferecer descontos para os clientes que atualizarem os dados”, conta Petty.

Fora o alongamento das parcelas, a operadora também vai disponibilizar diferentes maneiras de pagamento. “As parcelas podem variar conforme a necessidade do cliente. Se ele não puder efetuar o pagamento mínimo de 15%, podemos reduzir para 5%. Ele pode pagar duas prestações por mês, se quiser”, ressalta. “Não se faz varejo sem mercadologia. Vamos unir tecnologia, crédito e maior conhecimento do cliente”, afirma.

Para conquistar seu público-alvo, a empresa vai colocar pontos de venda dentro de shoppings ou próximo a lojistas. “Montamos um estande no shopping Center D&D, de São Paulo. Também temos pontos em shoppings em Recife e no Mato Grosso”, diz.



As gigantes se movem

A tarefa de Waldemar Petty se torna ainda mais complicada diante da mobilização da Mastercard e da Visa em busca de novas tecnologias para facilitar o dia a dia do consumidor. A Mastercard, por exemplo, investe forte na plataforma inControl,. A ferramenta permite determinar onde, quando e como os cartões são utilizados. Para descobrir isso, se baseia no valor da compra, tipo de estabelecimento, local da compra e horário.

A plataforma também alerta toda vez que é realizada uma operação com o cartão, conforme os parâmetros estabelecidos pelo cliente. A tecnologia ainda está em implantação no Brasil, mas sem previsão de lançamento.

A Visa, por sua vez, aposta na tecnologia contactless, explica Marcelo Sarralha, diretor de Produtos da Visa do Brasil. “Ele foi desenvolvido para pagamento de pequenos valores, até R$ 50. Ele pode comprar um café, por exemplo, e pagar aproximando o cartão de uma leitora compatível com a tecnologia. Não precisa usar senha”, explica. Quando o “saldo” terminar, é só o cliente fazer uma compra pelas vias normais, com a senha, que o valor será “recarregado” e ele poderá voltar a pagar com o contactless.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 15 de março de 2012

ESPECIAL => IMPOSTO DE RENDA, SOFTWARE PASSO A PASSO

Um aviso automático diz que o contribuinte poderá, a qualquer momento, comparar se vale a pena fazer a declaração completa ou simplificada. O imposto a pagar – ou restituição a receber – aparecerão no canto inferior esquerdo da tela. 


Para preencher a declaração do IR 2012, o contribuinte deve passar por todas as fichas, uma a uma, no menu do lado direito da tela do programa. Se preferir, pode selecionar as fichas no menu superior, no item “Fichas”. É possível selecionar qualquer ficha a qualquer momento, mas especialistas aconselham que o preenchimento seja feito na ordem sugerida pela Receita, para facilitar o processo.
próxima
 
FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 14 de março de 2012

CONSUMO PELA INTERNET DEVE CRESCER 25% E MOVIMENTAR R$ 23,4 BI EM 2012

Compras por meio de smartphones e tablets, que hoje são só 1%, devem crescer acentuadamente nos próximos anos


Claudia Facchini, iG São Paulo | 13/03/2012 14:14


Consumo por meio de smartphones e tablets deve crescer acentuadamente nos próximos anos

As vendas pela internet deverão movimentar R$ 23,4 bilhões em 2012, cifra 25% maior que em 2011, quando o comércio eletrônico cresceu 26% e movimentou R$ 18,7 bilhões.

As estimativas são da empresa de consultoria e-bit, do grupo Buscapé, e consideram apenas a aquisição de bens. Os números não incluem a comercialização de passagens áreas, veículos e serviços, como a venda de ingressos.

Leia no iG Tecnologia:

Novo iPad tem mais apelo para gamers e fotógrafos

TVs de altíssima resolução são a nova tendência

Agora, a nova fronteira do varejo online são os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, além das ferramentas de marketing comportamental, que tentam decifrar como os consumidores se comportam, avalia o diretor do e-bit, Pedro Guasti.

A consultoria ainda fará um estudo sobre o consumo por meio de aparelhos móveis. Estima-se que apenas 1% do que é vendido online seja comprado em smartphones e tablets, mas a previsão é de que esse mercado cresça de forma acelerada nos próximos anos. Isso deve fazer com que as empresas busquem novas formas para alcançar os consumidores.



Classe C e Copa do Mundo

Com a entrada de mais consumidores da classe C e a maior diversidade de produtos comprados nas lojas virtuais, o valor médio desembolsado pelos internautas por compra (tíquete médio) deve continuar caindo no País. O valor deve recuar de R$ 350 em 2011 para R$ 340 em 2012, prevê o e-bit, depois de já ter caído 6,5% no ano passado. Nos Estados Unidos, onde o comércio eletrônico é mais maduro, o tíquete é de US$ 120.

Mas em 2010, ano de Copa do Mundo, o tíquete médio no comércio eletrônico foi recorde no Brasil, alcançando R$ 373, devido à aquisição de televisores e equipamentos mais sofisticados pelos consumidores.

O número de pessoas que consomem pela internet continua apresentando forte crescimento no Brasil, totalizando 31,9 milhões em 2011. No ano passado, 9 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez em lojas online. Desde 2007, quando apenas 9,5 milhões fizeram aquisições pela internet, o número de usuários mais do que triplicou no País.



Serviços melhoraram no Natal

Muitas empresas conseguiram melhorar o serviço de entregas durante o Natal, após darem vexame em 2010, quando muitos clientes não receberam suas encomendas a tempo para as festas. O índice de atrasos por entrega caiu 17% durante a temporada de Natal em 2010 para 13% em 2011. O nível de satisfação dos clientes cresceu de 85% para 86%.



Compras coletivas

Os brasileiros gastaram no ano passado R$ 1,6 bilhão em sites de compras coletivas, como o Groupon e Peixe Urbano, de acordo com o e-bit. Mas o valor desembolsado por quem busca pechinchas na internet foi de R$ 78, bem inferior ao total gasto pelos consumidores que fazem compras nos sites tradicionais de comércio eletrônico, nos quais o valor médio gasto pelos consumidores foi de R$ 350.

O número de pessoas que fizeram compras em sites de compras coletivas aproximou-se de 10 milhões em 2011, enquanto o número de consumidores que fizeram compras em lojas online aproximou-se de 32 milhões no País. 



FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 13 de março de 2012

COMO DECLARAR IMÓVEIS NO IMPOSTO DE RENDA???


Confira dicas de como preencher o formulário do IR com a compra ou venda da propriedade, e envie suas dúvidas para nós

iG São Paulo | 13/03/2012 05:38
Comprou ou vendeu algum imóvel no ano passado? Quer saber se é possível ou não atualizar o valor do apartamento pelo preço do mercado? Tire essas e outras dúvidas aqui nesse espaço e confira dicas para declarar casas e apartamentos no Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.


Baixe aqui no iG o programa para declarar o Imposto de Renda


Envie sua pergunta para imposto_renda@ig.com.br. Consultores da IOB Folhamatic vão responder às perguntas enviadas pelos leitores. As respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito e não serão enviadas por e-mail.


Não deixe de conferir a página especial do iG sobre o IR


- Comprei um imóvel em 95 por R$ 100 mil, lancei benfeitorias nos anos de R$ 40 mil, vendi em dezembro 2011 por R$ 200 mil. Como o valor é baixo terei que pagar imposto sobre esta diferença?
Resposta: Alienação, por valor igual ou inferior a R$ 440 mil, do único bem imóvel que o titular possua está isenta de tributação desde que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel. Nesse caso, o lucro apurado na venda será informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” linha 4. Não sendo único imóvel, apure o imposto sobre o ganho de capital, mediante o preenchimento do programa GCAP/2011 e importe as informações para o Demonstrativo de Ganho de Capital da declaração de ajuste anual.


- Nas minhas declarações anteriores eu sempre declarei um imóvel no valor de R$ 40 mil que estava em meu nome, só que em novembro de 2011 eu transferi o mesmo para o nome dos meus filhos (maiores de idade). Como faço hoje para declarar a transferência do mesmo nessa declaração atual?
Resposta: Informe na ficha “Bens e Direitos”, campo “discriminação do imóvel o nome e CPF dos beneficiários da doação (seus filhos) e o valor constante do instrumento de doação. Deixe em branco o campo “Situação 31/12/2011”.
Na ficha “Pagamentos e Doações Efetuados”, informe a doação efetuada a seus filhos, com o código 81. Perante o imposto de renda a transferência pode ser efetuada pelo valor constante da declaração do doador ou a valor de mercado, sendo que neste último caso a operação fica sujeita a apuração do imposto de renda sobre o ganho de capital.


- Vendi minha casa ano passado por R$ 150 mil, mas como ainda estava financiada a própria Caixa abateu a divida, nos repassando apenas R$ 93 mil. Essa casa eu tinha comprado por R$ 73 mil. Devo declarar ganho de capital? Li no site da receita que ganho de capital é somente para imóveis acima de R$ 440 mil, está correto?
Resposta: Alienação de imóvel, por valor igual ou inferior a R$ 440.000,00, está isenta de tributação, desde esse seja o único imóvel que o titular possua e que não tenha efetuado, nos últimos cinco anos, outra alienação de imóvel. O lucro isento será informado na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” linha 4.


- Como fazer para atualizar o valor de imóvel? Há 20 anos ele tem o mesmo valor na declaração, mas o preço de mercado variou muito.
Resposta: Não há previsão legal para atualização do custo de aquisição de imóvel a preço de mercado. O custo de aquisição do imóvel somente poderá ser alterado caso sejam efetuadas despesas com construção, ampliação ou reforma no referido imóvel.


- Divorciei-me ano passado e o único bem do casal foi vendido no final de 2010, tendo o dinheiro ficado sob a guarda de minha ex esposa até a divisão, em maio. Originalmente também o imóvel somente estava na declaração de minha ex esposa. Ou seja, o apartamento foi vendido em 2010, mas não consta esta entrada de dinheiro na minha declaração. Como lançar a entrada de 50% do valor do imóvel na minha declaração deste ano?
Resposta: Na sua declaração de ajuste anual 2012, ano calendário 2011, informe o valor recebido pela meação em “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, linha 10.


FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 9 de março de 2012

IR 2012: SAIBA O QUE DEDUZIR DE GASTOS COM EMPREGADA DOMÉSTICA

Veja qual o valor máximo que pode ser abatido no Imposto de Renda; tire essa e outras dúvidas nesse espaço

iG São Paulo | 09/03/2012 05:36

Contribuições à Previdência Social das empregadas domésticas podem ser deduzidas no IR
Você sabia que pode deduzir no Imposto de Renda a contribuição paga à Previdência Social referente ao empregado doméstico? Essa e outras dúvidas você pode tirar a partir de agora neste espaço, dedicado ao tema. Envie suas perguntas para o e-mail Imposto_renda@ig.com.br.

As respostas serão publicadas aqui no portal, e não serão enviadas por e-mail. E não deixe de conferir nossa página especial com todas as dúvidas sobre o Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.

Baixe aqui o programa do Imposto de Renda 2012

Veja as principais dúvidas sobre o tema:

- Cônjuge dependente do marido figura como empregadora de empregada doméstica. Como deduzir tais despesas na declaração do marido, inclusive porque ele é quem paga o salário da doméstica? É possível?

Resposta: Pode ser deduzido do imposto apurado a contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico, ainda que na declaração em conjunto. Informe em “Pagamentos e Doações Efetuadas” código 50.

- Qual o valor máximo que pode ser declarado no caso de empregada doméstica.? Qual é a base de fundamentação desse valor?

Resposta: No caso de contribuição patronal recolhida pelo empregador doméstico, o valor máximo que pode ser deduzido do imposto de renda devido é de R$ 866,60.

- Em 2011 deixei de recolher o INSS de alguns meses da Empregada Doméstica. Se eu pagar esse ano eu ainda posso incluir como sendo despesa de 2011?

Resposta: Na hipótese de recolhimentos das contribuições em atraso, se os pagamentos ocorrerem em exercícios seguintes às das respectivas competências, as contribuições pagas não podem ser aproveitadas para fins de incentivo do imposto sobre a renda.

- Quem paga um salário mínimo para empregada doméstica pode deduzir no imposto de renda?

Resposta: O que pode ser deduzido do imposto devido é a parcela paga pelo empregador relativo à contribuição patronal recolhida no ano-calendário a que se referir à declaração, até o valor máximo de R$ 866,60.

- Tenho e pago a previdência social de dois empregados domésticos. Desejo saber se posso abater, de que maneira e até quanto, se for o caso, desconto no IR pessoa física.

Resposta: A dedução do imposto relativo à contribuição patronal de empregada domestica está limitada a um empregado por declaração, até o valor de R$ 866,60.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 7 de março de 2012

PRODUÇÃO INDUSTRIAL ABRE 2012 EM BAIXA

Produção industrial cai 2,1% em janeiro

Queda foi de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado; resultados ficam abaixo do esperado por economistas

iG São Paulo | 07/03/2012 09:07 - Atualizada às 09:55
Foto: AE
Baque na indústria automotiva: atividade 30,7% menor em janeiro por férias coletivas
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou hoje que a produção industrial brasileira teve uma queda de 2,1% em relação a dezembro e de 3,4% em relação a janeiro de 2011.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, além do número atual (-3,4%) ser o quinto resultado negativo consecutivo, o ano começa com o pior resultado desde setembro de 2009 (-7,6%). 
Já a baixa de 2,1% em relação a dezembro, na série livre de influências sazonais, vem logo após taxas ligeiramente positivas em novembro (0,1%) e em dezembro (0,5%).
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, em trajetória descendente desde outubro de 2010 (11,8%), assinalou em janeiro de 2012 (-0,2%) o primeiro resultado negativo desde março de 2010 (-0,3%).
Ainda na série com ajuste sazonal, na evolução do índice de média móvel trimestral, o total da indústria mostrou queda de 0,5% em janeiro de 2012 frente ao patamar de dezembro de 2011 e permaneceu com o comportamento predominantemente negativo observado desde maio de 2011.
 
Dados piores que previsões

A queda do ritmo de produção no País surpreende, dizem os economistas do Banco Fator e da Gradual Investimentos. "Os dados da Produção Industrial no Brasil foram decepcionantes," comenta André Perfeito, economista chefe da Gradual.
A expectativa de economistas consultados pela agência Reuters e pela Bloomberg era de uma queda de 0,80% em janeiro sobre dezembro, segundo a mediana das projeções.
Para a comparação com janeiro do ano passado, a previsão era de queda de 1,5% para os especialistas consultados pela Reuters e de 1,4% para o consenso do mercado formulado pela Bloomberg.


Motivos para a queda

Segundo o IBGE, o declínio de 2,1% da atividade industrial na passagem de dezembro de 2011 para janeiro de 2012 pode ser explicada em grande parte pelo recuo na produção de 14 dos 27 ramos investigados, com destaque para o impacto negativo vindo de veículos automotores (-30,7%), pressionado principalmente pela concessão de férias coletivas que atingiu várias empresas do setor.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de indústrias extrativas (-8,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-26,3%), que devolveu parte do crescimento de 28,0% assinalado em dezembro último, bebidas (-7,7%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-12,2%), produtos de metal (-6,1%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,1%).

FONTE: IG ECONOMIA

IR 2012: COMO DECLARAR AÇÕES E OUTROS INVESTIMENTOS

Consultores da IOB Folhamatic respondem às dúvidas dos leitores sobre como evitar erros na declaração do Imposto de Renda 2012

iG São Paulo | 07/03/2012 05:55

Aplicar na bolsa de valores exige uma série de cuidados, principalmente na hora de tomar a decisão de investimento. Apurados os lucros ou prejuízos, há uma preocupação extra: declarar corretamente o ganho de capital no Imposto de Renda. Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, convidamos consultores da IOB Folhamatic para responder às perguntas enviadas pelos leitores.

Está com alguma dúvida sobre o tema? Envie sua pergunta para imposto_renda@ig.com.br. As respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito e não serão enviadas por e-mail. E não deixe de conferir nossa página especial com todas as dúvidas sobre o Imposto de Renda 2012, ano-calendário 2011.

Baixe aqui o programa do IR 2012

- Durante o ano de 2011, não fiz nenhuma venda de ações que ultrapassasse o limite de isenção de R$ 20.000 em um mês. Porém, houve determinado mês em que tive prejuízo com as vendas. Portanto, gostaria de declarar estes prejuízos para futuras compensações.

E quando uma ação diminui de valor após uma distribuição de dividendos da empresa correspondente, o valor referente à distribuição de dividendos deve ser considerado no cálculo do custo médio da ação?

Resposta: Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subseqüentes, inclusive nos anos calendário seguintes, exceto no caso de perdas em operações de day-trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mesma espécie. Portanto, a perda será apurada pelo valor líquido de R$ 400,00. Informe a perda apurada no demonstrativo “Renda Variável”. A distribuição de dividendos não altera o custo de cada ação.

- Eu posso compensar o valor do IR devido em renda variável (Operação Comum/Day Trade) com a restituição que tenho a receber? Eu posso informar o prejuízo de um determinado mês lançando o mesmo em renda variável com o sinal negativo? Tenho que prestar mais alguma informação sobre este prejúizo ou basta este lançamento negativo?

Resposta: O valor do imposto de renda devido a título de renda variável não é compensável com a restituição a receber. O imposto devido é exclusivo na fonte. Informe no demonstrativo de “Renda Variável” o prejuízo apurado no mês, precedido do sinal negativo. O programa transporta para o próximo mês o prejuízo apurado a compensar.

- Comprei algumas ações da Petrobras na agência da caixa econômica federal e gostaria de saber como declarar.

Resposta: Informe na ficha “Bens e Direitos” código 31, indicando a aquisição no campo discriminação e o valor no campo Situação em 31/12/2011.

- Como faço para declarar fundo de aplicação em DI? Posso restituir o valor retido em fonte?

Resposta: Informe o valor aplicado na ficha “Bens e Direitos” e no campo discriminação, detalhe a aplicação. O imposto retido na fonte é exclusivo e não pode ser restituído.

- Como declarar prejuízo na venda de ações em outubro, para poder compensar quando eu tiver lucro? E como declarar o valor das ações, pois eu só declaro os dividendos e juros?

Resposta: Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos no mês. Informe no demonstrativo de “Renda Variável” as perdas apuradas, precedidas do sinal negativo.


FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 6 de março de 2012

Lojas de 1,99 viram redes de magazines populares

Empresários do ramo estudam agora como vender pela internet. Concorrência externa não assusta

Dubes Sônego, iG São Paulo | 06/03/2012 05:00

Foto: Dubes Sônego
Os irmãos Jandovy Lui Junior (à esquerda) e Joacy Sant’Anna Lui, proprietários da Aki 1,99.

A Aki 1,99 Utilidades e Presentes, como o nome sugere, é o que se convencionou chamar no Brasil de loja de R$ 1,99, estabelecimentos onde centenas de itens são vendidos pelo mesmo preço. Apesar disso, um dos carros chefe deste pequeno comércio, localizado no coração do bairro paulistano de Pinheiros, são grandes caixas de plástico, usadas para guardar todo tipo de coisa, e que chegam a custar quase R$ 100 cada. Pode parecer contraditório, mas os irmãos Joacy Sant’Anna Lui e Jandovy Lui Junior, proprietários do negócio, longe de serem exceção, estão em linha como uma das mais fortes tendências do setor. “Ser uma loja de 1,99 hoje significa vender mais barato que as convencionais”, diz Joacy.


Leia também:
Varejo vai crescer 5% em 2012, diz Fecomercio
Varejo brasileiro já atrai mais que o chinês


Comuns nos Estados Unidos desde meados do século passado, as de lojas de 1,99 surgiram no Brasil somente na década de 1990, na esteira do Plano Real, que acabou com uma inflação que chegava a quase três dígitos ao mês. Até então, o cenário econômico brasileiro inviabilizava qualquer modelo de negócio baseado em mercadorias com preço final fixo. A novidade, em um país acostumado a remarcações diárias, causou sensação.
As primeiras lojas surgiram no Sul do Brasil e vendiam todo tipo de quinquilharia, em especial utilidades domésticas, artigos de decoração e brinquedos de plástico e vidro, importados da China. Também havia ferramentas, fitas adesivas e outros materiais de escritório. A qualidade, de modo geral, era baixíssima. Mas o preço era imbatível. “A demanda inicial foi tanta que se formavam filas. Não se dava conta de repor os estoques”, diz o argentino Eduardo Todres, que há doze anos criou o que é hoje a maior feira do setor no país e virou referência para informações sobre o tema.
De lá para cá, a atividade não parou de crescer, impulsionada pelo aumento do emprego e da renda no país. No ano passado, levantamento feito pela empresa de Todres estimou o mercado em algo entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões. A expectativa de crescimento para 2011 era de 5% sobre o montante, o que significa que, se mantida a média neste ano, o conjunto de lojas de 1,99 no Brasil poderá faturar mais de R$ 10 bilhões.


Nova cara

As características do mercado, porém, vêm mudando. Mais que um teto, o preço de R$ 1,99 virou um piso. Foi por isso que o próprio Todres mudou o nome de sua feira, de 1,99 Brasil para Feira 1 a 99 Brasil. “Antigamente, o lojista aceitava trabalhar com margem de lucro bruto de 30% a 35%”, conta. “Hoje, entendeu que precisa de mais e não paga acima de R$ 1,20 por mercadoria que vai vender a R$ 1,99” - as margens líquidas, por causa de encalhes, são bem menores.
Com os altos e baixos do câmbio, com picos de até R$ 4 na última década, tornou-se quase impossível manter a fórmula original. “No início, era tudo por R$ 1,99, porque o dólar custava R$ 1. Depois que cambio mudou, não deu para continuar”, conta Luiz Cláudio Santarém Neves, diretor da Promoções Tem Tudo, há 13 anos no ramo. “Hoje, os preços são variáveis, mas são preços populares. Ainda vendemos muito mais barato que lojas de shoppings”.
A maior elasticidade dos preços, porém, abriu espaço para produtos a compra de melhor qualidade, para a entrada de fornecedores brasileiros no mercado e para investimentos em gestão. Hoje, nas estimativas de Todres, 30% de uma lista de mais de 12 mil itens vendidos pelas lojas de 1,99 são nacionais e já houve momentos em que o percentual chegou a 50%. A maior parte dos estabelecimentos trabalha com sistemas de gestão de estoque e atendimento informatizados, alguns desenvolvidos sob medida.
Mais que isso. Como reflexo, o mercado agregou novos públicos e ganhou corpo. Alguns exemplos de redes que vem sendo bem sucedidos, aponta Todres, são as lojas Amigão, no Rio de Janeiro; Magazine Diniz, em Minas Gerais; Lojas Teddy, no interior de SP; e Econômica, na capital. “Muitas famílias detêm três, quatro, cinco pontos. Algumas tinham mais de dez lojas e decidiram reduzir número de pontos de venda e aumentar área, para 500 m2, porque muitas unidades dificultam a administração”, diz.
Dono de seis lojas nas regiões Sul e central do Rio de Janeiro, e de uma em Niterói, Neves, da Promoções Tem Tudo, é outro exemplo. No ano passado, o empresário diz que registrou alta 6% nas vendas, percentual que considerou abaixo do ideal. Mas vêm investindo para aumentar a lucratividade ganhando escala. Em 2011, inaugurou um centro de distribuição e, neste, tem planos de abrir duas lojas.
Vender pela internet também é uma intenção, que Neves agora estuda concretizar. O primeiro passo foram sorteios para cadastrar e-mails e informações de clientes. Para este ano, o empresário quer ao menos manter contato com os cadastrados, enviando parabéns na data de aniversário e promoções exclusivas para que visitem eventualmente as lojas.
É nada perto do que fazem grandes redes americanas do ramo, como a Dollar General, dona de mais de 9,8 mil lojas e faturamento de mais de US$ 13 bilhões, que já vendem pela internet, em site bem estruturado. Ou as gigantes do varejo supermercadista Brasileiro, encabeçado por nomes tradicionais como Pão de Açúcar e Carrefour. Mas o vigor do mercado brasileiro de 1,99 - e principalmente as perspectivas que se abrem a cada aumento do salário mínimo -, tem sido suficiente para chamar a atenção ao menos de algumas redes estrangeiras, como a japonesa Daiso-Sangyo, que há poucas semanas divulgou planos de abrir sua primeira loja em São Paulo.
Ainda que os japoneses cheguem com o peso de 2,5 mil lojas em seu país e outras 550 em 24 outros mercados ao redor do mundo, Jandovy, da pequena Aki 1,99, de Pinheiros, não vê motivo para preocupação. “Acho pouco provável que vinguem", diz o empresário. "Lá fora, as lojas de preço único são comuns. Aqui, isso virou outro tipo de negócio”.

FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 5 de março de 2012

Nova lei trabalhista prevê contratação eventual e por hora

Proposta que será encaminhada pelo governo ao Congresso tem objetivo de estimular a formalização e faz parte do Plano Brasil Maior

AE | 04/03/2012 09:30
O governo Dilma Rousseff vai propor ao Congresso mudanças nas leis trabalhistas para criar duas novas formas de contratação: a eventual e por hora trabalhada. A proposta vai beneficiar o setor de serviços, que é o que mais emprega no País, estimulando a formalização de trabalhadores que hoje não têm carteira assinada. A alteração faz parte do Plano Brasil Maior, como é chamada a nova política industrial.

Leia também: Lula rejeita flexibilizar regra trabalhista para evitar cortes

"Estamos formatando a proposta", disse o ministro do Trabalho, Paulo Roberto dos Santos Pinto. "Vamos concluir o mais rapidamente possível."

As mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) podem dar mais dinamismo ao mercado e, na prática, permitir carteira assinada para quem trabalha dois dias por semana ou três horas por dia, por exemplo, com direito a pagamento de férias, 13.º salário e FGTS.

Para reduzir as eventuais críticas, o governo pretende vender as mudanças na CLT como uma "modernização" do marco regulatório do mercado de trabalho. Também será repetido que as mudanças não representarão perdas de direitos trabalhistas.


Leia ainda: Planalto estuda negociar redução da jornada de trabalho junto com redução de encargos trabalhistas


Em janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, defendeu a ideia em Nova York. "Podemos avançar nesse campo sem comprometer um único direito trabalhista já conquistado. As propostas feitas pela classe empresarial às quais eu tive acesso preservam os direitos que os trabalhadores brasileiros têm", afirmou o ministro, petista histórico e próximo de Dilma há quatro décadas.


Modalidades

 
As mudanças permitirão que as empresas contratem um empregado que só vai receber quando for chamado para alguma atividade. Esse mecanismo deve beneficiar, por exemplo, as empresas que realizam shows, curta-metragens, ou mesmo serviço de buffet.
No caso do "horista", o contrato deve ajudar na complementação de pessoal em bares, restaurantes e eventos sazonais, como Natal e feriados. Com isso, o governo acredita que o trabalhador poderá usar o horário livre para investir em qualificação.

FONTE: IG ECONOMIA

domingo, 4 de março de 2012

Os 7 mandamentos da tolerância religiosa

Bons conselhos para conseguir conviver em paz com amigos, parentes ou colegas de religiões e crenças diferentes das suas



Julia Batista, especial para o iG São Paulo | 04/03/2012 07:00



Foto: Getty Images Ampliar
Não misture amizade e religião, a combinação nunca dá certo

A velha máxima “futebol e religião não se discutem” deveria pautar qualquer conversa, seja em família, entre amigos e colegas de trabalho. Avós e manuais de comportamento desde sempre ensinam isso.

E especialistas reforçam: proselitismo fora da comunidade religiosa é deselegante, chato e inconveniente. E pode até caracterizar crime. “As pessoas precisam se convencer da importância de respeitar a crença de cada um”, afirma a consultora de etiqueta Dóris Azevedo, autora de “Etiqueta e Contra-etiqueta”.


Não se intimide numa situação constrangedora envolvendo proselitismo ou evangelização

Tolerância religiosa começa dentro de você. Respeite seu direito de ser diferente e não tenha medo de assumir sua liberdade mesmo diante dos amigos mais íntimos.

Como lidar então com aquela amiga, parente ou colega que insiste na pregação?

“Você tem o direito de dizer clara e firmemente: ‘eu não quero falar sobre o assunto’, mas também pode optar por uma brincadeira para tornar um pouco mais ‘light’ a 'saia justa'”, aconselha a consultora.

Ela conta que já passou por este tipo de situação algumas vezes. Em uma delas, por exemplo, Dóris estava doente na cama de um hospital, quando uma senhora se aproximou com a Bíblia. A reação da consultora foi tão imediata quanto inesperada. Ela gritou “Socorro, estão me convertendo!”. Todos os presentes riram e o episódio virou piada.


Intolerância religiosa não é só um constrangimento, pode ser crime

Brincadeira à parte, o assunto é sério. Liberdade religiosa existe e está garantida na Constituição, mas na prática isso nem sempre acontece. E os estudiosos estão preocupados com o avanço de ideias menos liberais e intolerantes. “A liberdade religiosa está ameaçada no País e a justiça religiosa também”, afirma a antropóloga Débora Diniz, autora do livro “Laicidade e Ensino Religioso no Brasil”.

“Segmentos religiosos mais intolerantes perseguem outras religiões”, acrescenta Ivanir dos Santos,
interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.

A Comissão, organizada pela sociedade civil e sem vínculo com intituições governamentais, promove, desde 2008, a Caminhada contra Intolerância Religiosa. Ela acontece na praia de Copacabana, no Rio, no segundo domingo de setembro. A última edição reuniu cerca de 180 mil pessoas, segundo Ivanir. O resultado pode ser visto no livro, lançado em janeiro, “Caminhando a gente se entende”, que reúne fotos das caminhadas e textos de representantes de diversas crenças.

Mesmo a Constituição Brasileira sendo laica e protegendo a liberdade de expressão, o credo e o não-credo, a intolerância religiosa cresce e tem marginalizado determinadas crenças e seus seguidores, em especial as religiões de matriz afro-brasileira, como o candomblé e a umbanda.

“Politicamente, existe um favorecimento ao cristianismo, que oprime e impede que as minorias religiosas e as organizações não-religiosas dedicadas à difusão de uma cultura de tolerância ocupem espaços e tenham voz”, analisa Débora.

Para a antropóloga, a TV acaba favorecendo essa visão. As religiões petencostais e neopetencostais, estão se firmando no Brasil como as “religiões eletrônicas”, por causa do espaço que foram conquistando na TV aberta, em rádios e jornais. Para a antropóloga, esses programas religiosos são uma 'ameaça à liberdade de expressão'.

“As pessoas consomem, prioritariamente, a programação da TV aberta, concedida pelo estado laico a alguns grupos de comunicação, que vendem seus espaços para as igrejas milionárias. Isso quando as próprias organizações religiosas não acabam comprando diretamente canais de televisão. O público fica sem alternativa e sem acesso à informação de qualidade e, consequentemente, sem ferramentas para a formação de opinião”, reflete.

No dia a dia, a melhor forma de exercitar a tolerância religiosa é abrir espaço para a liberdade de crença e deixar cada um viver sua fé.


Os 7 mandamentos da boa convivência religiosa:
Trate os outros como você quer ser tratado
Este é o principal ensinamento de qualquer religião, credo ou filosofia. Não quer ser desrespeitado por suas escolhas, então não desrespeite o próximo. “Respeite para ser respeitado é a principal dica”, aconselha Dóris.


Respeite a crença religiosa dos outrosConseguir aguentar o fato de que os outros podem ter opiniões diferentes das nossas é pré-requisito para a boa convivência humana. Lembra do início da matéria? Futebol e religião não se discute. No caso da religião, não se discute e se respeita. “Tolerância uma hora ou outra pode se tornar intolerância. Deve haver respeito”, conclui Pai Gumarães de D’Ogum, presidente da Associação Brasileira de Templos de Umbanda e Candonblé.


Não brinque nem desrespeite as práticas religiosas dos outros.
Sua amiga muçulmana cobre-se com um véu? Não cabe a você fazer piada, criticar ou, pior ainda, fazer  comentários maldosos sobre essa prática. No máximo, tente entender o ponto de vista dela. Talvez você até se surpreenda.


Cuidado com a forma como você se aproxima de símbolos e rituais de outras religiões.
Você pode até achar que não existe diferença nenhuma entre a imagem de Nossa Senhora, vestida de azul dentro do oratório que enfeita a escrivaninha da sua colega, e qualquer outro objeto ou enfeite, mas existe e é grande. Evite comentários, na dúvida, nem toque. Vale perguntar, desde que a curiosidade seja legítima, sem resquício nenhum de brincadeira.


Não deixe diferenças religiosas afastarem você da sua família. Família não tem que comungar a mesma religião, admita que num país como o nosso, de maioria cristã, mas onde o sincretismo é forte, cada membro da família pode serguir um rumo diferente e conviver em harmonia dentro de padrões pré-estabelecidos de comum acordo, por exemplo, no Natal segue-se a tradição cristã, no Ano-novo a família se reúne para levar flores para Yemanja.

Monitore o ensino religioso do seu filho. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) tornou obrigatório o ensino religioso nas escolas públicas brasileiras. Isso favorece a tal discussão de ideias e a troca de informações, mas também pode criar espaços permeáveis ao proselitismo. Converse com seu filho sobre isso


Evite enviar e repassar correntes religiosas por email e redes sociais
Bloquear o amigo virtual, deletar emails e cancelar assinatura são opções para não receber mensagens religiosas e de pregação.



Intolerância religiosa é crime


FONTE: IG DELAS
A Lei n.º 7.716/89 (Lei Caó) do Código Penal diz : a) ofender alguém com xingamentos relativos à sua raça, cor, etnia, religião ou origem. (Art. 140 do Código Penal (injúria), com a qualificadora do §3º. Pena: um a três anos de reclusão). Inclui-se aqui o ato de ofender alguém com xingamentos à sua religião.
Em São Paulo, ocorrências de natureza preconceituosa podem ser registradas na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. A ONG Liberdade Religiosa auxilia vítimas de intolerância religiosa a procurarem seus direitos.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Centenas de clientes fazem fila para comprar carro de R$ 200 mil

Range Rover Evoque, lançado em novembro, tem ao menos 270 interessados na espera

Pedro Carvalho, iG São Paulo | 01/03/2012 05:55
Foto: Divulgação Ampliar
Interesse é provocado pelo "design revolucionário", diz diretor da Caltabiano

O novo Range Rover Evoque, lançado no final do ano passado, tem sido responsável por uma situação pouco comum: clientes endinheirados que precisam enfrentar longas e demoradas filas para comprar o que desejam. Cerca de trezentos clientes estão em listas de espera para adquirir o carro, que custa R$ 174 mil no modelo mais básico e R$ 200 mil na opção mais vendida.




Na rede Caltabiano, uma das três revendedoras autorizadas da Land Rover no País, existem 270 pessoas na espera para comprar o modelo. Quem entrar na fila agora, deve demorar até 120 dias para retirar o veículo. “É um modelo de enorme sucesso, com um design revolucionário, que deve responder por 40% a 50% das vendas da montadora no Brasil em 2012”, diz Denis Cicuto, diretor comercial da Caltabiano.

Apesar da colocação de itens opcionais atrasar a entregas de alguns carros premium, Cicuto deixa claro que o caso do Evoque é provocado por excesso de demanda. A Caltabiano tem 20 lojas e 85% das vendas do grupo estão ancoradas no setor de luxo.

"Isso é um sinal da mudança econômica pela qual está passando o País", afirma Silvio Laban, professor de marketing e coordenador dos programas de MBA Executivo do Insper. "Não acredito que seja algo negativo para as empresas envolvidas, porque significa que existe uma porção de pessoas com disposição de esperar e pagar por um valor que elas reconhecem no produto", diz.

Na definição dos especialistas do iG, o Evoque é mesmo um carro inovador e com desenho transgressor. "Meio SUV, meio crossover, o termo para o 'jipe urbano', o novo veículo da Land Rover é tão diferente a ponto de não ter concorrentes diretos". De qualquer forma, confira abaixo alguns modelos que poderiam substituir o Evoque, para clientes que não queriam esperar na fila:

<span>O disputado Evoque: tão diferente a ponto de não ter concorrentes diretos</span> - <strong>Foto: Divulgação</strong> <span>Audi Q3: o crossover de menor porte da Audi acaba de ser lançado e custa R$ 150 mil</span> - <strong>Foto: Divulgação</strong> <span>O BMW X1 é um crossover médio que sai por até R$ 175 mil</span> - <strong>Foto: Divulgação</strong> <span>O Hyundai ix35 foi lançado em 2010 e é o sucessor natural do Tucson; sai por até R$ 113 mil</span> - <strong>Foto: Divulgação</strong> <span>O Toyota Hilux SW4 é um automático 4x4 que não sai por menos de R$ 160 mil</span> - <strong>Foto: Divulgação</strong> <span>Por R$ 114 mil, dá para comprar também um Kia Sportage 2012, outro crossover médio</span> - <strong>Foto: Divulgação</strong>

Ainda que indique a alta procura por um carro, o segmento de revenda de veículos normalmente evita falar em filas. Quando uma rede admite o fato, pode passar a impressão de que não tem mercadoria suficiente para abastecer a clientela. “A fila não é necessariamente boa, pode fazer a pessoa desistir da compra”, diz Guilherme Passsalacqua, diretor de operações da Eurobike em Ribeirão Preto (SP).

“As filas vêm existindo nos últimos dois anos, quando houve aumento de demanda por carros mais caros, mas passamos a solicitar maiores remessas de produtos para as montadoras”, explica o diretor, cuja unidade vendeu 1.300 veículos de luxo novos – “tudo de R$ 100 mil para cima”, diz ele – no interior paulista em 2011, alta de 30% em relação ao ano anterior.

“Agora as montadoras começaram a abastecer melhor o mercado brasileiro”, acredita Cicuto. “Aconteceu uma mudança de postura. Nos últimos meses, por exemplo, os quatro vice-presidentes da Mercedes vieram ao Brasil. Antes, as montadoras mais importantes só mandavam o terceiro escalão para cá”, afirma.
Para Laban, do Insper, o risco que um consumidor poderia ter ao entrar numa fila é apenas cambial. "Se houver uma variação significativa do dólar no período de espera, o preço final do bem pode se alterar", explica.

As outras duas redes de concessionárias autorizadas da Land Rover, a Itavema e a Autostar, não comentaram o assunto, embora funcionários admitam que existe alguma fila pelo modelo. A Land Rover do Brasil também foi procurada diversas vezes e não atendeu à reportagem.


Filas imaginárias
Outros modelos consagrados que serão relançados em novas versões também provocam filas de compradores. Mas são “filas imaginárias”: como ainda não chegaram ao mercado, ninguém sabe se a lista de espera vai mesmo se converter em compras.

O novo Porsche 911 ainda não chegou ao Brasil e pelo menos 20 pessoas formam fila para comprá-lo, na Eurobike de Ribeirão Preto. O preço não está definido, mas o antecessor saía por R$ 495 mil. “Quem entrar na lista agora, vai aguardar até 90 dias para pegar o carro, após a chegada dele”, diz Passsalacqua.
A sequência do Porsche Boxter, cujo modelo anterior custava R$ 330 mil, também tem 30 interessados na espera. É um modelo de R$ 330 mil. Outro exemplo é a picape Dodge Ram, que a Chrysler deve relançar no Brasil, por preço em torno de R$ 150 mil. Na Caltabiano, 70 pessoas já estão cadastradas na espera.

Antecipar a restituição do IR pode trazer alívio ao bolso dos endividados

Bancos oferecem linhas de crédito calculadas sobre o valor da restituição; taxa é menor do que a de outros tipos de financiamento

iG São Paulo | 02/03/2012 05:47

Antecipar a restituição do Imposto de Renda é o sonho de boa parte dos contribuintes. De olho nesse público, alguns bancos passaram a oferecer a seus correntistas linhas de crédito calculadas sobre o valor a ser devolvido pela Receita Federal. Esse tipo de financiamento, porém, é mais indicado para quem precisa pagar dívidas cujos juros são maiores que a taxa Selic – que referenda a restituição do IR -, como cartão de crédito e cheque especial.




“Muitas pessoas se atrapalham no começo do ano com o pagamento de IPVA, matrícula e material escolar, por exemplo. Essa linha pode ajudar esses contribuintes a quitarem dívidas como essas”, afirma Rogério Estevão, superintendente executivo de Empréstimos Pessoa Física do Santander. O banco é um dos que oferecem o recurso, ao lado de Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e HSBC.




A taxa de juros cobrada pelas instituições varia de 2,30% ao mês - caso do Banco do Brasil – até 2,99% ao mês – HSBC e Santander. Além dos juros menores, a vantagem para o contribuinte é não ter que pagar uma parcela mensal, como ocorreria se tomasse um empréstimo comum. Quando a restituição do IR é liberada pela Receita, o banco identifica e debita o valor e os juros, em parcela única.
Entre os bancos, o Santander oferece limite mínimo de R$ 100 para contratação do crédito, enquanto Bradesco e Banco do Brasil oferecem teto de R$ 20 mil. Para tomar o empréstimo, é necessário levar uma cópia da declaração do IR a uma agência bancária ou realizar os trâmites pela internet.
Se por um lado o dinheiro pode representar um alívio para os contribuintes endividados, por outro pode ser uma ‘roubada’ para quem quer usar a restituição para investir na bolsa ou reformar a casa, segundo Flávia Barbosa, gerente da consultoria Domingues e Pinho Contadores. “A restituição é sua. Você estará tomando emprestado e com juros seu próprio dinheiro. Então se não for urgente, recomendo esperar”, afirma.




É importante também prestar atenção na hora de preencher a declaração para não cair na malha fina, alerta o contador e administrador de empresas Antonio Carlos Bordin, presidente da Assessor Bordin Consultores Empresariais. “Se houver algum erro, pode atrasar a restituição. E aí a dívida pode virar uma bola de neve, já que o dinheiro pode demorar até ser liberado pela Receita”, explica.

Ficou com dúvidas? Envie suas perguntas para o e-mail imposto_renda@ig.com.br. Elas serão respondidas por consultores da IOB Folhamatic. As respostas serão publicadas no portal, de acordo com o tema a que dizem respeito e não serão enviadas por e-mail.

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 1 de março de 2012

Como se organizar para a declaração do imposto de renda

Veja os quatro passos a serem seguidos desde já para que o compromisso com o leão seja mais suave neste ano


Olívia Alonso, iG São Paulo | 19/01/2012 05:50

A declaração de Imposto de Renda fica muito mais fácil e rápida quando o contribuinte tem em mãos tudo o que vai precisar para fazer o preenchimento dos formulários. Quem vem se organizando desde o início do ano passado terá mais facilidade agora. Mas quem ainda não parou para pensar no assunto deve começar agora a organizar seus documentos para preencher sua declaração com tranquilidade.

“A partir deste mês, os informes de rendimentos começam a ficar disponíveis. Quem ainda não guardou todos os documentos referentes ao ano passado pode aproveitar o final de janeiro e o próximo mês para se organizar,” diz Eliana Lopes, especialista em IR da H&R Block. O ideal é começar o quanto antes. Para a tarefa ficar mais suave, o iG elaborou um passo-a-passo com a ajuda de Eliana e de Juliana Fernandes, especialista em Imposto de Renda da MG Contécnica.



Foto: Getty Images Ampliar
Separe em pastas comprovantes de compras e vendas de bens e recibos de despesas dedutíveis


1) Consiga a cópia da declaração do ano anterior

Com o documento do ano anterior fica mais fácil identificar o que mudou de um ano para outro. Assim, o contribuinte consegue sequência ao que já foi declarado.
Além disso, a declaração de 2011 pode servir como um check list para a organização de todos os documentos que serão necessários para o preenchimento do formulário neste ano. “Isso ajuda muito, principalmente na parte de declaração de bens. A declaração do ano anterior pode ajudar o contribuinte a lembrar do que comprou e vendeu durante o ano.” diz Eliana.
Quem não guardou a cópia quando fez a declaração, no ano passado, mas possui o certificado digital pode pegar o documento na internet. Também é possível conseguir, no site da Receita, com o número do CPF, do recibo de entrega da declaração, a data de nascimento e o título de eleitor.
Há ainda a opção de pedir uma cópia física para a Receita Federal, indo até a unidade mais próxima. Será preciso preencher um requerimento e pagar uma taxa de R$ 10, diz Juliana. Cerca de dez dias depois o documento estará pronto e o contribuinte terá que voltar ao mesmo endereço para retirá-lo.


2) Reuna os documentos e comprovantes de aquisições de bens realizadas durante o ano

Se comprou um carro, por exemplo, o contribuinte precisará da nota para preencher as datas e valores exatos na declaração. Se financiou um apartamento, serão necessários também os dados do financiamento, como os valores das parcelas e as datas.
Também é preciso ter em mãos as informações referentes a compra e vendas de ações. Quem não fez o acompanhamento e anotou tudo durante todo o ano deve ir atrás da corretora para pedir a chamada “nota de corretagem”. Com esse documento é possível ver as despesas que são apropriadas ao custo da aquisição das ações. “É preciso acionar a corretora e pedir o documento o quanto antes. Já vi casos em que o contribuinte conseguir rápido, mas outras situações em que demorou meses,” afirma Eliana.
Juliana lembra que o roubos de carros também devem ser declarados. Ainda que a indenização do seguro seja isenta do imposto, é preciso oficializar o ocorrido. Se não possui um comprovante da indenização, o contribuinte deve ligar na seguradora o quanto antes para solicitar.



3) Separe os documentos referentes às despesas feitas durante 2011 que possam ser aproveitadas para a dedução do imposto

Quem já guardou recibos de dentistas, médicos e cursos, por exemplo, deve reunir tudo em uma pasta . Quem ainda não fez isso pode tentar puxar pela memória  os eventos podem entrar na declaração. Para ajudar, vale olhar os compromissos que foram anotados em agendas do ano passado.
“O contribuinte não pode colocar nenhuma despesa sem comprovar, então é bom conseguir todos os documentos. Nos casos de escolas, valem cursos de faculdade ou pós-graduação, tanto do titular como de dependentes,” lembra Eliana.
Não é bom esperar muito para providenciar os documentos que ainda não tem, pois pode ser que o contribuinte não consiga a tempo, alerta Juliana. Muitas vezes os prestadores de serviços, como os médicos, não armazenam o documento de uma maneira fácil de providenciar.
Ainda no caso da despesa médica, Eliana esclarece que o valor que foi reembolsado pela empresa não pode ser deduzido do imposto de renda, apenas o percentual pago pelo contribuinte. Juliana acrescenta que desde o não passado a Receita Federal consegue cruzar as declarações dos pacientes com as dos médicos. Assim, a exatidão é ainda mais imprescindível. “Também por isso, é preciso também ter os comprovantes destes pagamentos,” afirma.


4) Fique atento aos documentos que estarão disponíveis em janeiro e fevereiro, como os informes de rendimentos das empresas e dos bancos

A partir deste ano, as instituições bancárias não precisam mais enviar os documentos por correio. Assim, o contribuinte deve ficar atento ao seu e-mail e ao internet banking. No caso das empresas, o documento deve estar disponível até o final de fevereiro, mas muitas já começam a enviar aos funcionários em janeiro.
A última recomendação das especialistas é que o contribuinte não deixe para reunir os documentos na última hora, pois corre o risco de não conseguir todos. Além disso, quanto antes se organizar, mais cedo poderá fazer a declaração. Se tiver direito à restituição, maiores serão as chances de ser um dos primeiros a recebê-la.

Leia mais:

FONTE: IG ECONOMIA