quinta-feira, 17 de maio de 2012

Brasileiro do Facebook deixa de ser americano e economiza US$ 67 mi

Valor é referente a impostos que Eduardo Saverin, cofundador da companhia, deixará de pagar ao abrir mão de cidadania

iG São Paulo | - Atualizada às
Foto: Economia"Dislike": se o governo americano considerar que Severin abriu mão da cidadania para evitar impostos, pode impedí-lo de voltar aos EUA.
A notícia, publicada pela Bloomberg na sexta-feira, era baseada em uma nota divulgada pela IRS (equivalente americano da Receita Federal) em abril, entitulada pessoas "que optaram pela expatriação".


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O Facebook planeja levantar até US$ 10,6 bilhões em um IPO (abertura de capital na bolsa de valores) que poderá elevar o valor da companhia a US$ 9,6 bilhões.
A oferta inicial de ações poderá deixar Saverin, dono de quase 5% da companhia, com uma conta de impostos a pagar por ganho de capital, estimada pela Bloomberg em US$ 67 milhões.


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Saverin vendeu o suficiente de suas ações no Facebook para não aparecer nos documentos do IPO que apontam quem são os acionistas com mais de 5% das ações da companhia, ainda que o volume de ações que possui, acredita-se, seja substancial.

Um porta-voz do brasileiro não respondeu aos várias pedidos para que comentasse porque Saverin renunciou a sua cidadania.



Ilha-Estado

Saverin hoje vive em Cingapura, uma cidade estado asiática que não cobra impostos sobre ganhos de capital. Nos Estados Unidos, há uma taxa mínima de 15% para ganhos de capital de longo prazo, para pessoas com alta renda.

Saverin, nascido no Brasil - é neto do fundador da marca de roupas infantis Tip Top -, foi educado em Harvard, nos Estados Unidos, aonde criou com Mark Zuckerberg e outros colegas o Facebook.


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A questão da cidadania americana virou tema de debate esta semana depois que Michele Bachmann, ex-candidata a presidência pelo partido Republicano, revelou que ter conseguido a dupla cidadania americana-suíça - ela tem o direito por ser casada, desde 1978, com um suíço.

Renunciar a cidadania americana é um processo longo e complicado que demanda um juramento assinado e a apresentação diante de um funcionário diplomático americano, de acordo com o site do Departamento de Estado dos Estados Unidos. É um ato irrevogável.

De acordo com o mesmo relatório em que foi identificado o nome de Saverin, outro nome conhecido que abriu mão da cidadania americana no último trimestre foi Philip Radziwill, sobrinho de Jackie Onassis, mulher do presidente assassinado John F. Kennedy.

Segundo a Business Insider, Saverin corre o risco de não poder voltar aos EUA. Pela legislação americana, pessoas que renunciam a cidadania para evitar o pagamento de impostos podem não receber novos vistos de entrada no país.

(Com Reuters)

FONTE: IG ECONOMIA

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