Apesar da anunciada redução da taxa de juros no financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal, os clientes do Feirão da Casa Própria no Rio de Janeiro saíram do primeiro dia do evento sem sentir a diferença no bolso.
O Feirão, realizado no Rio e em mais quatro capitais até o próximo
domingo, marcou o início da adoção pelo banco das novas taxas.
Segundo a Caixa, as taxas de juros passaram de 10% ao ano para
9%, em relação aos imóveis de até R$ 500 mil. Os clientes do banco, com uma
conta salário, tiveram redução ainda maior, chegando a 7,9% ao ano para
financiamento de imóveis de até R$ 450 mil pelo Sistema Financeiro da Habitação
(SFH).
Mas as condições não agradaram a todos os clientes. A dona de
casa Ana Maria da Silva, de 52 anos, participava do seu terceiro Feirão em busca
de uma casa na região de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. 'A gente tem uma
expectativa, mas quando chega vê que não é assim. Em comparação com as
simulações que fiz antes, vejo que os valores são os mesmos', afirmou.
De acordo com a superintendente da Caixa no Rio de Janeiro,
Nelma Souza Tavares, as taxas foram reduzidas substancialmente. 'Para quem pegar
o financiamento com taxa de 9%, a economia será de R$ 1,8 mil, ao fim do
primeiro ano', explicou. A expectativa da Caixa é de que nove mil negócios sejam
fechados nesta edição do evento, movimentando cerca de R$ 1,3 bilhão.
Quem conseguiu aproveitar a redução dos juros comemorou a
compra da casa própria. O aposentado Victor Hugo de Souza, de 73 anos, fechou
negócio logo na manhã do primeiro dia do evento. Segundo ele, apesar da pouca
redução dos juros, o financiamento pela Caixa ainda é mais vantajoso em relação
a outros bancos.
No Rio, o evento ocupou uma área de 10 mil m² no Riocentro,
reunindo 53 construtoras e 50 imobiliárias com opções de imóveis que variavam
entre R$ 75 mil e R$ 5 milhões. Na média, os imóveis custavam R$ 150 mil. O
Feirão também passará por outras 12 cidades brasileiras durante o mês de maio.
Em São Paulo, o evento ocorrerá entre os dias 18 e 20. Em todo o País, são 430
mil imóveis à venda.
No Recife, foi preciso esperar pelo menos três horas na fila
para ser atendido no primeiro dia do feirão de imóveis da Caixa. Até as 16h30,
690 pessoas, a maioria com renda inferior a R$ 3 mil, haviam sido atendidas.
Ao ter o crédito aprovado, Maria Alves da Silva, 54 anos, com
renda formal de um salário mínimo, deu pulos de alegria. Conseguiu um crédito de
R$ 50 mil, a ser pago em 25 anos.
fonte: ESTADÃO - MSN
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