quinta-feira, 19 de julho de 2012

Atenta ao exterior, Bolsa sobe 1,4% e bate 55 mil pontos

Bolsa marcou o 3º pregão consecutivo de ganhos com ajuda das ações da Petrobras, que subiram quase 2%. Dólar cai a R$ 2,01

Agência Estado |

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A melhora do humor nos Estados Unidos, a trégua de notícias negativas vindas da Europa e os preços atrativos dos papéis no mercado brasileiro parecem ter feito os investidores enxergarem uma luz no fim do túnel e irem às compras, fazendo a Bovespa marcar o terceiro pregão consecutivo de ganhos, acima dos 55 mil pontos. A valorização desta quinta-feira foi puxada, principalmente, pelas ações da Petrobras, que subiram quase 2%.
O Ibovespa encerrou em alta de 1,4%, aos 55.346,65 pontos. Na máxima, o índice chegou aos 55.498 pontos (+1,66%), enquanto na mínima foi aos 54.588 pontos (+0,01%). No mês, o principal índice da Bolsa acumula ganho de 1,83%, embora tenha perda de 2,48% no ano. O giro financeiro totalizou R$ 5,403 bilhões. Os dados são preliminares. O bom humor dos investidores foi motivado por um conjunto de fatores, na avaliação do gerente de renda variável da H. Commcor, Ari Santos.


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O fato de o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, ter reiterado na véspera que, se necessário, irá adotar novos estímulos econômicos para o país, continuou influenciando os negócios, além de balanços positivos divulgados nos Estados Unidos. Para alguns analistas, a ata do Copom, divulgada pela manhã, não fez preço.
Outra ala, que aposta na continuidade do ciclo de cortes na Selic, acredita que o fato de a autoridade monetária ter deixado em aberto seus próximos passos pode ter ajudado a Bolsa, já que juros menores aumentam a atratividade dos investimentos em renda variável. As ações ON da Petrobras fecharam em alta de 1,86%, enquanto as PN subiram 1,50%, na esteira da valorização dos contratos futuros de petróleo no mercado internacional.


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Na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o barril da commodity com vencimento em agosto foi aos US$ 92,66, com avanço de 3,1%. Os papéis também são beneficiados pela possibilidade de o governo promover um novo reajuste dos combustíveis neste ano. Os papéis da Vale encerraram sem direção comum, com os ON subindo 0,13% e, os PNA, recuando 0,08%. A queda no preço do minério pesou negativamente, enquanto a expectativa de que a presidente Dilma Rousseff vete o artigo que elevou a cobrança dos royalties da mineração ajudou.
Entre os destaques de queda do Ibovespa, as ações da TIM encerraram com declínio de 8,77%, afetadas pela decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de proibir a venda de novas linhas de telefone celular, a partir de segunda-feira, em 19 Estados onde a companhia atua. Nos EUA, o mercado fechou no azul. O índice Dow Jones avançou 0,27%, o S&P subiu 0,27% e o Nasdaq registrou avanço de 0,79%.


Câmbio
Índices acionários globais no terreno positivo pelo segundo dia seguido, impulsionados por resultados corporativos favoráveis, e dados ruins nos Estados Unidos, que reforçam expectativas de estímulos pelo Federal Reserve, abriram espaço para que os agentes financeiros continuassem trazendo o dólar para baixo ante o real.
O dólar à vista no balcão intensificou o declínio no início da tarde, em linha com a trajetória da moeda norte-americana ante outras divisas.
No balcão, o dólar fechou a quinta-feira cotado a R$ 2,01, em queda de 0,40%. A moeda cedeu a R$ 2,0140 na mínima e bateu R$ 2,0260 na máxima.

fonte: IG ECONOMIA

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