quinta-feira, 26 de julho de 2012

BRASIL PODERÁ VENDER DOLAR ATÉ EM PADARIA

Governo autoriza operação de câmbio em caixa eletrônico

Conselho Monetário Nacional permite trocar moeda nacional por estrangeira e vice-versa em terminal de autoatendimento e, a partir de agora, "até uma padaria" pode oferecer o serviço


iG São Paulo |


Getty Images
BC simplifica pequenas operações de câmbio

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na quinta-feira o uso de terminais de autoatendimento para operações de câmbio. No caixa eletrônico, será possível trocar moeda nacional por estrangeira (por exemplo, dólar e euro) e vice-versa. Serão permitidas transações no valor de até US$ 3 mil. A operação, segundo o Banco Central, segue a exigência atual de identificação do cliente.
Em nota, o BC informa que foi eliminada a restrição quanto ao tipo de empresa que pode ser contratada para fazer o câmbio. Até agora, só empresas do ramo de turismo - com credenciamento no Ministério do Turismo - eram autorizadas. A partir de agora, qualquer pessoa jurídica, independentemente do setor, poderá fazer o câmbio como correspondente. "Até uma padaria", disse o secretário-executivo do BC, Geraldo Magela Siqueira.



"As medidas simplificam as operações de câmbio de pequeno valor e proporcionam mais alternativas de acesso", cita o BC.
"As medidas encontram-se em linha com as ações do governo federal para simplificar e modernizar o mercado de câmbio e possibilitam, sem abrir mão da segurança, a criação de rede compatível com centros turísticos dos mais variados portes", acrescenta o comunicado.



Novas máquinas
A nova operação de câmbio em caixas eletrônicos será feita em equipamentos que ainda não existem no Brasil. Comuns na Europa e Estados Unidos, as chamadas "máquinas cambiadoras" permitem que diferentes moedas sejam trocadas automaticamente. O terminal será instalado e operado por instituições financeiras autorizadas.
No equipamento, o brasileiro que viajar ao exterior pode, por exemplo, introduzir reais e obter dólares ou euros. Estrangeiros que visitam o Brasil podem fazer a operação contrária. "No equipamento tradicional, só é permitido o saque, operação que vai para a fatura do cartão ou da conta. Na nova máquina, o cliente poderá trocar moedas. Se colocar reais, vai sair a moeda estrangeira", explicou o secretário executivo do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira.
Siqueira diz acreditar que as novas máquinas não vão incentivar o uso do câmbio para fins ilegais, como a lavagem de dinheiro. "O cliente será identificado e pode estar sujeito a explicar operações. Transações são acompanhadas e podem cair no radar do BC, que pode cobrar explicações das instituições financeiras ou ainda cair no COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras)", disse o representante do BC.



Troca de dinheiro
Assim como no câmbio tradicional, a troca de dinheiro acontece mediante a identificação do cliente. Nas novas máquinas, o procedimento será feito com o uso de um cartão bancário internacional, como um cartão de crédito. O dado servirá apenas para identificação, sem que ocorra outro registro da conta utilizada.
Na transação de câmbio, a instituição financeira responsável pela máquina poderá operar livremente com a taxa de compra e venda. Também poderá ser cobrada uma tarifa, desde que prevista pelas atuais regras do BC. Nos caixas eletrônicos, o limite por operação será equivalente a US$ 3 mil.
* Com Agência Estado

FONTE: IG ECONOMIA

Nenhum comentário: