terça-feira, 31 de julho de 2012

INADIMPLÊNCIA EMPRESARIAL

Inadimplência das empresas tem maior alta desde 2009, diz Serasa

Calotes cresceram 16,5% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período em 2011

Valor Online |

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A inadimplência das empresas cresceu 16,5% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período em 2011 revelou a Serasa Experian nesta segunda-feira. É a maior alta para o período desde 2009, quando houve crescimento de 35,8%, informa a entidade. Em junho, inadimplência recuou 5,7% na comparação com maio. No confronto com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve elevação de 11,4%.


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Tipos de dívidas

As dívidas não pagas junto aos bancos foram as que mais cresceram no primeiro semestre de 2012: alta de 23,9% ante o mesmo período de 2011. Já os protestos e as dívidas não bancárias cresceram em ritmos praticamente idênticos no período: altas de 19% e de 18,9%.

Por fim, o volume de cheques devolvidos por falta de fundos avançou 3,7% no primeiro semestre de 2012. De acordo com a Serasa Experian, a queda na comparação mensal ocorreu por conta do recuo na inadimplência do consumidor.

Como grande parte das empresas brasileiras, considerando as de pequeno e médio porte, estão no varejo e no setor de serviços, elas lidam diretamente com o consumidor e refletem rapidamente esse movimento.


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Outros fatores que influenciaram o recuo foram a base de comparação elevada em maio e a menor quantidade de dias úteis em junho.

Por outro lado, as empresas continuam a enfrentar dificuldades por causa da desaceleração da economia, do ainda alto nível de dívidas não pagas pelos consumidores e da maior seletividade das instituições financeiras na concessão de crédito, fatores que mantiveram a inadimplência das pessoas jurídicas em alta no semestre, de acordo com a Serasa.


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Valor médio das dívidas

Nos seis primeiros meses de 2012, as dívidas não bancárias (fornecedores, cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) tiveram valor médio de R$ 775,08, aumento de 4,3% ante igual período de 2011.

As dívidas com bancos, por sua vez, tiveram valor médio de R$ 5.293,25,13, aumento de 5,5% na mesma base de comparação. O valor médio dos títulos protestados no primeiro semestre foi de R$ 1.932,23, com elevação de 10,9% sobre igual acumulado do ano anterior. Por fim, os cheques sem fundos tiveram, nos seis primeiros meses de 2012, um valor médio de R$ 2.203,03, representando um aumento de 6,7% quando comparado com o acumulado de janeiro a junho de 2011.

FONTE: IG ECONOMIA

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