segunda-feira, 17 de setembro de 2012

TRÂNSITO

Oito em cada dez paulistanos consideram o trânsito ruim ou péssimo, diz pesquisa

Cidadãos gastam em média duas horas e meia em seus deslocamentos diários, seja qual for o tipo de transporte utilizado; mais de 2 milhões usam carro todos os dias na capital

Agência Brasil |
 

Agência Brasil


Pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo em conjunto com o Ibope revelou que o trânsito na cidade de São Paulo é considerado ruim ou péssimo por oito em cada dez entrevistados. De acordo com a pesquisa, feita com 805 moradores da cidade, o trânsito está entre as quatro áreas mais problemáticas da cidade, citado por um terço das pessoas.

Os resultados da Pesquisa sobre Mobilidade Urbana foram divulgados nesta segunda-feira, na capital paulista, pela Rede Nossa São Paulo como parte das atividades da Semana da Mobilidade, que vai de 16 a 22 de setembro.


 
Luiz Claudio Barbosa/Futura Press
Na zona sul, área mais populosa de SP, 39% dos moradores citam o trânsito como maior problema urbano

A pesquisa revelou ainda que mais de 2 milhões de paulistanos utilizam o carro todos os dias ou quase todos os dias para se locomover, mas 65% disseram que deixariam o carro caso tivessem opção de transporte adequado. Entre dez entrevistados, oito apontaram a necessidade de investimento no transporte público.

A medida necessária mais citada pelos entrevistados para reduzir o uso de automóvel foi a construção e ampliação das linhas de metrô, mas houve crescimento do número de pessoas que citam os corredores de ônibus como uma solução: 34% em 2011 para 41% em 2012.

Segundo a pesquisa, os cidadãos paulistanos gastam em média cerca de duas horas e meia em seus deslocamentos diários, seja qual for o tipo de transporte utilizado. Na zona sul, área mais populosa da cidade, 39% dos moradores citam o trânsito como maior problema urbano. A média de tempo para deslocamento nessa região também chega a duas horas e meia.


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Os dados mostram que os problemas relacionados ao trânsito são sentidos principalmente pelos que utilizam o carro como meio de transporte diário. Entre os entrevistados, 40% citam o trânsito como maior problema da cidade. Já entre os que não usam o veículo diariamente, esse valor fica em 30%.
Além disso, o número de pessoas que usam o carro quase todos os dias diminuiu de 13% em 2011 para 9% em 2012. Na Zona Norte, os entrevistados são os que menos usam o carro, caindo de 29% para 18%. Na Zona Leste foi de 27% para 21%.

A maioria da população desaprova medidas polêmicas para a melhoria do trânsito. No caso de pedágio urbano, só 17% aprovam, e entre os motoristas habituais essa porcentagem baixa para 13%. Já o rodízio de veículos no centro expandido em dois dias da semana, e não apenas um, é mais bem aceita por 37% das pessoas. A ampliação das ciclovias é aprovada por 88% dos moradores e 91% dos motoristas habituais.

A percepção da população de que a faixa de pedestres tem sido mais respeitada pelos motoristas aumentou de 26% para 47%. Mas a pesquisa descobriu que os cidadãos não estão contentes com a sinalização para o pedestre, fazendo a nota cair de 4,7 para 2,8. A localização das faixas recebeu nota 4,5 e o tempo de travessia dos pedestres teve notas passando de 4,6 para 4.

Com relação à poluição na cidade, a do ar é citada como a mais importante por sete a cada dez moradores, e apontada como o problema mais grave por 78% dos entrevistados. Os caminhões são colocados como os vilões da poluição em São Paulo por 44% das pessoas e os veículos velhos por 34%.

A pesquisa revelou também que a satisfação do paulistano com a qualidade de vida na cidade caiu de 62% em 2011 para 59% em 2012. A saúde continua sendo avaliada como a área com mais problemas (69%). Em seguida, aparece a segurança pública (45%) e educação (43%).

A Rede Nossa São Paulo é integrada por mais de 600 organizações da sociedade civil, de acordo com informação publicada no site da entidade. Entre seus associados organizacionais estão empresas como a Embraer e a Nestlé e institutos corporativos como a Ford Foundation.

FONTE: IG BRASIL

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