segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EMPRESA DA FAMILIA

Pedir demissão para os pais pode ser difícil
  • Pedir demissão para os pais é difícil
  • Ser franco ajuda a deixar a empresa da família


  • Papai, eu me demito!
    Pode ser difícil pedir as contas quando você trabalha para uma empresa familiar. Confira as recomendações da consultora

    Quem trabalha em uma empresa familiar e não se sente realizado pode ter um calafrio só de pensar em pedir demissão aos pais. Por mais que a situação seja delicada, não dá para ficar eternamente insatisfeito com a carreira, né? “O preço a pagar por não tomar essa decisão e fazer algo só em nome da família é muito alto”, afirma Bruna Dias, gerente da divisão de carreira da Cia de Talentos.

    O jovem deve buscar uma maneira amigável de sinalizar a insatisfação, mas não tem jeito: depois de pensar bastante, o primeiro passo para quem resolve sair da empresa da família é mesmo conversar com os pais. Ainda que você responda para outras pessoas dentro da organização, a consultora não recomenda que a família fique sabendo da sua decisão por terceiros. “Isso pode quebrar a confiança que eles têm em você”, sugere.


    Discutir o tema em casa antes de tomar qualquer atitude também é importante para que todos entendam suas razões, se preparem para fazer transição internamente e consigam apoiar a decisão. “O jovem deve pontuar por quais motivos não se sente realizado na empresa, por exemplo, contar que não tem liberdade de relacionamento para realizar o seu trabalho sem sofrer comparações”, explica Bruna.


    Segundo ela, nesses casos é comum que o processo seja mais longo do que em um desligamento comum. “Dificilmente o jovem vai sair de um dia para o outro ou dizer que arranjou um novo emprego, até porque a notícia pode chocar a família.”


    Durante esse período de transição, o jovem deve proceder como se estivesse em outra organização, ou seja, deixar todas as tarefas em ordem. Dependendo do cargo, ele também terá que mostrar como realiza suas atividades ao novo funcionário. E, como em qualquer outro lugar, a recomendação é sair deixando as portas abertas.


    Enquanto isso, o jovem pode ir procurando alternativas no mercado e se estruturar emocional e financeiramente para viver sem a ajuda da família. “Se você vai em busca do seu próprio caminho, precisa avaliar os recursos que têm para fazer isso sozinho”, pontua.


    Aqui é o meu lugar – Para Bruna, o jovem não deve assumir o negócio da família como se fosse um destino natural, mas se perguntar se aquilo é mesmo o que quer. “Há um envolvimento emocional muito grande por conta da família, mas cada um tem que buscar sua realização profissional.”


    Mas e se depois de um tempo longe o jovem resolver voltar para a empresa da família? Para Bruna, isso não é impensável, principalmente se o candidato teve uma experiência proveitosa no período em que atuou na organização e tem credibilidade para trabalhar com as mesmas pessoas.


    No entanto, é preciso tomar cuidado para que a empresa da família não se torne uma alternativa quando os desafios profissionais surgirem ou “tudo der errado”. É necessário fazer um planejamento e saber quais são os motivos que te fizeram querer trabalhar lá novamente. “Você precisa encarar aquele emprego como uma possibilidade real de construir a trajetória da sua carreira”, ensina a consultora.

    Rachel Sciré
    Rachel Sciré


    fonte: CLICK CARREIRA - MSN

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