sábado, 20 de outubro de 2012

NOVA ACELERADORA

Fundadores do Zuppa lançam nova aceleradora em São Paulo

Aceleratech, sediada na ESPM, tem programa de 12 semanas para empresas do mercado digital
 
            
   Divulgação
 
 
Criada por Mike Ajnsztajn e Pedro Waengertner – fundadores do Zuppa, site de reservas de restaurantes comprado pelo Peixe Urbano em fevereiro –, a Aceleratech chegou ao mercado no início de outubro, engrossando o caldo das aceleradoras brasileiras. Sediado na ESPM, em São Paulo, o programa tem duração de 12 semanas, abordando módulos de mídias sociais, mobile marketing, modelo de negócios, execução de ideias e experiência do usuário. O investimento inicial nas startups, por sua vez, é de R$ 20 mil. Além do capital, a Aceleratech também oferece o tradicional pacote de mentoria, suporte jurídico-contábil e networking. Em entrevista ao site Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Ajnsztaj fala sobre o novo projeto e o cenário de aceleradoras nacional. As inscrições para o programa podem ser feitas no site da Aceleratech até o dia 15 de novembro.

Como surgiu a ideia da Aceleratech?
Depois da venda do Zuppa, comecei a investir em startups no Brasil. Eu já conhecia modelos de aceleradoras americanas sediadas dentro de universidades e resolvemos adaptar esse conceito para o mercado brasileiro. Apresentamos o projeto para ESPM, onde o Pedro é coordenador do Núcleo de Estudos e Negócios em Marketing Digital. Foi uma convergência de oportunidades e valores. A fase de um negócio de que eu mais gosto é a inicial. Nesse sentido, abrir uma startup que lança outras startups me pareceu um conceito bastante atraente.

Qual é o diferencial do programa em relação às outras aceleradoras? Temos uma proposta de mentoria especializada. Além de CEOs – que são os chamados mentores padrinhos –, nosso time de mentores é composto por especialistas em diversas áreas, do webdesign à estratégia de negócios. Nossos módulos contam com a presença de professores de pós-graduação da ESPM. Isso permite uma abordagem mais específica e pontual na hora de resolver os problemas do empreendedor.

Qual é o perfil de empreendedor que a Aceleratech está de olho?
Estamos focados no mercado digital, em áreas como e-commerce, aplicativos, softwares e games. Priorizamos equipes multidisciplinares. Pessoalmente, acredito que o time ideal seja composto por três perfis complementares: o técnico, o comercial e o visionário. Em casos que o empreendedor tem uma ideia muito boa na mão, mas não tem o time completo, podemos ajudar a fazer essas conexões.

Como foi definido o valor do share cedido pelas startups? Vai de 10% a 20%, dependendo da fase de amadurecimento em que a startup se encontra.

O número de aceleradoras tem crescido rapidamente no Brasil. Alguns especialistas já falam sobre a formação de uma bolha. Afinal de contas, existe espaço para o boom das aceleradoras? Ainda existe espaço para crescer. Alguns locais, como o Rio de Janeiro, vêm se revelando como um polo de aceleradoras. Mas, se observarmos o cenário em São Paulo, que é o maior mercado nacional, o número de iniciativas ainda é pequeno em relação às oportunidades existentes. Não acredito em uma bolha. Mas acho que em breve começaremos a ver algumas aceleradoras repensando seus modelos, especializando-se em nichos específicos ou convertendo-se em incubadoras.
 
Por Thomaz Gomes
 
FONTE: PEGN

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