quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO

Buscapé dá partida às compras de Natal, devolvendo dinheiro ao consumidor

Comparador de preço vai gastar até R$ 25 milhões para reembolsar, em dinheiro, 5% do valor gasto nas compras feitas por celular até 25 de dezembro

Mayara Teixeira, iG São Paulo | - Atualizada às

Greg Salibian/iG
"Não é milha, não é ponto, é grana”, diz Romero Rodrigues, CEO da Buscapé Company

Nessa terça-feira à noite, o CEO da Buscapé Company, Romero Rodrigues, anunciou o lançamento de uma nova versão do aplicativo do comparador de preços para telefonia móvel. A partir de agora, será possível comprar por meio do próprio aparelho celular, uma opção que não existe nem no site convencional da companhia, já que no site da Buscapé o consumidor é enviado para as lojas. Porém, a grande novidade é que até dia 25 de dezembro, a cada compra realizada pelo aplicativo, o consumidor receberá 5% do valor do produto de volta.

“Estimamos gastar entre R$20 milhões e R$25 milhões nos próximos 55 dias”, diz Romero. Por enquanto, as devoluções vão sair do caixa da própria Buscapé. A cada compra feita no aplicativo, o consumidor vai receber os 5% por meio da ferramenta B!cash, criada pela própria empresa. A companhia ataca pesado para tentar liquidar a concorrência, pelo menos até o Natal.

A B!cash é um meio de pagamento digital que oferece serviços financeiros para compradores e vendedores. Basicamente, quando um produto é comprado, o consumidor paga para o grupo Buscapé que 14 dias depois repassa o valor para os varejistas. Com o novo sistema, o consumidor tem mais opções de parcelamento e caso haja algum problema na entrega do produto, pode reaver seu dinheiro com mais facilidade. Até agora, era uma ferramenta opcional.

Porém, com o lançamento do aplicativo móvel, para toda compra realizada diretamente no comparador de preços é criada automaticamente uma conta B!cash. O consumidor receberá 5% de ressarcimento e poderá, inclusive, sacar o valor de sua conta corrente. “Não é milha, não é ponto, é grana”, diz Romero.


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Em todas suas plataformas, a Buscapé totaliza cerca de 60 milhões de acessos por mês, o que a torna a líder em comércio eletrônico na América Latina. “Estimamos que 25% de tudo que é transacionado por e-commerce no mundo passe pela Buscapé”, diz ele. Ao todo são mais de 15 mil lojas e 10 mil produtos diferentes disponíveis para comparação, consulta e, agora, finalização da compra.

O aplicativo para celular estará disponível para iPhone e android, mas não no site da empresa acessados por meio de computadores. “Não pretendemos realizar compras pelo site até o final desse ano”, diz Romero. Para receber para comprar, os usuários da Buscapé terão que utilizar seus telefones móveis. A empresa espera que as compras por celular cheguem a 60% de sua receita nos próximos cinco anos. “A mobilidade é fortíssima para o nosso negócio”, diz Romero.

Além dos R$25 milhões que vão sair do bolso da companhia para o dos consumidores, a Buscapé também gastou cerca de R$ 20 milhões em uma campanha publicitária para promover o aplicativo. Os garotos propaganda são o nadador César Cielo, o chef Eduardo Guedes, a modelo Mariana Weickert e o apresentador Carlos Takeshi.



Concorrência
Com apelo popular e oferecendo dinheiro aos consumidores, a Buscapé aposta em uma estratégia agressiva para tirar de jogo seus principais concorrentes: Shopping UOL, Bondfaro, Zura, JáCotei e Google Shopping. Contra o último, inclusive, a companhia move um processo antitruste no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.
Em dezembro do ano passado, a Buscapé entrou com representação contra a gigante americana na extinta Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. A partir da reformulação da Lei Antitruste, em maio, as denúncias passaram a ser analisadas pelo Cade.
A Buscapé acusa o Google de favorecer seu próprio comparador de preços nos resultados de busca. A companhia americana já apresentou sua defesa ao órgão e a Buscapé já enviou réplica ao documento. Até agora, o Cade não julgou o caso. “Não posso falar muito sobre isso, mas defendemos um ambiente competitivo e justo”, diz Romero.

FONTE: IG ECONOMIA

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