domingo, 18 de novembro de 2012

FOCO DAS NOVAS MONTADORAS

Novas montadoras priorizam o mercado doméstico

Montadoras como a coreana Hyundai e a alemã BMW não falam em exportar seus veículos, mas sim em priorizar o mercado doméstico

Agência Estado |
Agência Estado

As novas empresas que chegam ao País, como a coreana Hyundai e a alemã BMW, não falam em exportar seus veículos, mas em priorizar o mercado doméstico. Embora considerados globais, vários modelos recém-lançados têm como público-alvo o consumidor brasileiro.

O compacto Etios, feito desde agosto pela Toyota na nova fábrica de Sorocaba (SP), por enquanto é exclusivo para o mercado local. A exportação está prevista para meados de 2013, provavelmente para a Argentina. O Onix, lançado pela GM em outubro, e o Hyundai HB20 também têm como prioridade as vendas domésticas.
Divulgação
Fábrica da Hyundai em Piracicaba: foco no mercado brasileiro
Marcelo Cioffi, da consultoria PwC, lembra que, em parte, a decisão de focar o mercado brasileiro segue a estratégia das grandes multinacionais do ramo automotivo de "produzir onde se vende".
 
Mas o próprio presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, reconhece que "há 29 milhões em capacidade ociosa de veículos no mundo todo tentando vender em países como o nosso".
 
Belini diz que o Inovar-Auto, programa que entra em vigor em janeiro com metas a serem cumpridas pelas fabricantes, vai colocar o produtor brasileiro no mesmo nível internacional de consumo, emissões e segurança.

Ele ressalta, contudo, que o Brasil tem de melhorar em infraestrutura, custos e logística. "Enquanto nosso aço custar 40% mais caro que o chinês, podemos ter o melhor carro do mundo que não vamos conseguir competir", exemplifica.

Para Cioffi, com a recuperação das economias mundiais e o câmbio voltando a níveis mais normais, é possível que parte do mercado externo seja recuperada. Mas ressalta que a competitividade em si não vai garantir exportações. "Mas é primordial, pois, se não tiver competitividade, o Brasil nem sequer vai entrar no jogo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FONTE: IG ECONOMIA

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