quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

TENDÊNCIAS PARA O ANO NOVO


10 tendências para o novo ano

 


A empresa inglesa caçadora de tendências trendwatching.com divulgou a lista anual das principais tendências de consumo que impactarão negócios e estilos de vida em 2013. Entre elas, pela primeira vez, algumas tendências para a América Latina – as quatro primeiras listadas abaixo – como o novo nacionalismo (fruto do crescimento da autoestima nos países emergentes como o Brasil), a ampliação do comércio entre países latinoamericanos e a obsessão por smartphones.


Confira:



EMERGING2: embora o comércio entre países latino-americanos sempre tenha existido, o estudo aponta para o aumento criação de empresas de produtos e serviços inovadores, dentro e fora da região. O crescimento de consumidores com renda disponível e a fome de novas experiências resultarão em uma troca de novos produtos e serviços cruzando do Chile para a Colômbia, do Brasil ao Irã. São produtos de países emergentes para os países emergentes. Um dos exemplos: sandálias Amazonas, que anunciou planos de abrir uma loja na China no início de 2013.



MOBILE MOMENTS: Os consumidores da Classe C querem comprar as últimas novidades tecnológicas, independentemente dos problemas de infraestrutura de banda larga existente na região. Uma enorme gama de novos aplicativos e plataformas do México ao Brasil estão satisfazendo as necessidades de consumo e de informação instantânea das pessoas. É a era do hiper-tasking, das micro-conveniências, das mini-experiências, dos snacks digitais. O SnapChat é um bom exemplo: trata-se de um aplicativo que permite que se compartilhe fotos por apenas um curto espaço de tempo, até elas se autodestruirem. Em outubro passado, processou algo como 20 milhões de imagens por dia.



APPSCRIPTIONS: A tecnologia digital é considerada a nova medicina: médicos e profissionais utilizam aplicativos e serviços digitais para melhorar os resultados de exames e tratamentos. Esta é uma tendência especialmente forte na América Latina, onde as preocupações sobre a saúde e o bem-estar crescem a passos largos. O Cardio Emotion é um bom exemplo no Brasil. Na Australia, outro exemplo é o Antibiotics Reminder 9, que controla a ingestão de antibióticos monitorando resultados e evolução do tratamento.



CELEBRATION NATION: em 2013 se verá um aumento nos mercados emergentes do orgulho de exportar, e até mesmo exibir o patrimônio nacional e cultural. Símbolos, estilos de vida e tradições que eram minimizadas, se não negadas, se transformam em fonte de orgulho dos consumidores locais e globais. Com a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 se aproximando, as identidades nacionais têm sido um grande tema de discussão na América Latina, e como resultado haverá, a reboque, muitos lançamentos de produtos e serviços. Novas culturas “it” na área. Um exemplo desse orgulho nacionalista é a celebraçao em torno do designer fashion Masaba Gupta, de Mumbai, e sua griffe House of Masab, queridinho das celebridades locais.



NEW LIFE INSIDE: Em vez de ter um produto que pode ser descartado ou mesmo somente reciclado (por qualquer pessoa), em 2013 haverá produtos que carregam em si projetos mais grandiosos, de eco-status e eco-histórias. Já existe um grande valor simbólico na criação de uma vida nova, ambientalmente benéfica por meio de um produto de consumo. Isso só vai aumentar com a popularidade de iniciativas como a Read Leaf Project, da Molson Canadian, que envolveu voluntários na criação de parques em várias regiões do Canadá em troca de ingressos para um festival de música. Chegou a hora dos produtos darem algo em troca.



DATA MYNING: A discussão sobre coleta de dados a respeito das pessoas tem tido foco excessivo na quantidade e no seu valor para o benefício das empresas. Em 2013, o olhar se volta na direção de consumidores mais experientes para reverter esse fluxo: buscando extrair o máximo de informação sobre seu estilo de vida, e eles poderão se virar para as marcas de forma proativa oferecendo ajuda e mostrando como facilitar suas vidas. Chegou a era dos “bons dados” e não dos “grandes dados”. Que gerem produtos como o aplicativo “Opower”, resultado do trabalho colaborativo entre o Facebook e o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais norte-americano, que se conecta com a conta de energia dos consumidores para que eles visualizem seu uso de eletricidade durante o mês e possam comparar com os de amigos e outras casas nos Estados Unidos, participando inclusive de competições para reduzir o desperdício.



PRESUMERS & CUSTOWNERS: 2013 verá consumidores apaixonados abraçarem dois novos modelos de consumo: Presumers e Custowners. Os PRESUMERS gostam de se envolver, financiar e promover produtos e serviços antes de serem lançados, enquanto os CUSTOWNERS passam de consumidores passivos de um produto à posição de financiar e investir ou possuir ações das marcas que gostam. Em julho desse ano, a franquia de fast food saudável Leon criou o Leon Bonds, uma estratégia para reunir fundos com a ajuda dos consumidores para expandir para novas localidades. Investimentos receberam em troca os chamados “Leon Pounds” (créditos na própria loja).



AGAIN MADE HERE: para mercados maduros como os EUA, França e Reino Unido, 2013 verá uma recuperação na produção local. Conduzir esta tendência é uma resposta à busca dos consumidores por novos produtos e serviços (descrita em outra tendência, NEWISM) e o desejo de experiências mais interessantes (outra tendência, STATUS STORIES), tudo combinado com as novas tecnologias como as impressoras 3D e as criações “make-on-demand” – feitas por solicitação. Em outubro último, por exemplo, a plataforma de impressão em 3D Shapeways abriu sua “Fábrica do Futuro” em Long Island, estado de NY, com capacidade para imprimir de 3 a 5 milhões de objetos por ano. A produção local é a nova economia de serviços.



FULL FRONTAL: De acordo com um estudo da Edelman, o percentual de consumidores que confiam em negócios que fazem a coisa certa caiu de 56% em 2011 para 53% em 2012. A mega-tendência de transparência para as marcas é abandonar as declarações grandiosas sobre seus “valores” e”cultura” e passar , de forma proativa , a mostrar e provar que não tem nada a esconder, oferecendo evidência real, inequívoca e clara sobre os fatos reais. São exemplos disso o McDonald’s ao revelar as calorias nos menus, ou a Natura ao assumir falhas em seus objetivos no Relatório Socio-Ambiental. Transparência é pouco: agora se está nu e com muito orgulho.



DEMANDING BRANDS: no ano que vem, vamos testemunhar uma mudança ousada no relacionamento entre as marcas responsáveis e seus consumidores. Marcas altamente “ligadas” e conectadas, que estão embarcando na necessária jornada em direção a um futuro mais socialmente responsável, exigirão que seus clientes também contribuam junto com elas, como parceiros. Assim, elas ganham o respeito – mesmo dos mais exigentes consumidores. O esporte clube Vitoria, com seu ousado projeto de doação de sangue, é sem dúvida um bom exemplo desta tendência. E só valem projetos de envolvimento em causas verdadeiramente significativas e de longo prazo, e não factóides – não é fácil ser uma Demanding Brand.

Disponível também no http://www.trendwatching.com/pt/trends/10trends2013/.


Estudo, Marcas, Sustentabilidade, Tendência, inovação | 10:08
FONTE: IG COLUNISTAS

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