quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ibovespa afunda à mínima de 3 meses após ata do Fed

Bolsa perdeu 1,98%, a 56.177 pontos, na pior queda diária desde 14 de novembro

 
Reuters |
 

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O principal índice acionário da Bovespa caiu à mínima de três meses nesta quarta-feira, após sinalização de que o banco central dos Estados Unidos pode ter de reduzir ou interromper seu programa de compra de ativos antes do esperado.
 
O Ibovespa perdeu 1,98%, a 56.177 pontos --foi a pior queda diária de fechamento desde 14 de novembro, para o menor patamar desde o dia 16 daquele mês. O giro financeiro do pregão foi de R$ 8,2 bilhões , acima da média diária do ano, de R$ 7,4 bilhões.
 
Com isso, o índice segue com tendência negativa de curto prazo, com próximo suporte nos 55.125 pontos, segundo o analista técnico João Marcello Schoenberger, da Ágora Corretora.
 
"Mas se perder essa faixa dos 55 mil pontos, o mercado fica com cara bem negativa para um prazo um pouco maior", disse.
 
Preocupações com a economia doméstica pressionaram o Ibovespa nesta quarta-feira, diante de novos sinais de fraqueza da atividade local, conforme revelou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
 
 
 
 
O documento mostrou que o Fed poderá desacelerar ou suspender seu programa de compra de ativos antes da recuperação no mercado de trabalho do país, objetivo principal do programa, em meio a temores sobre os custos do chamado QE3.
 
Em Nova York, o índice Dow Jones perdia 0,77% às 18h06 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 recuava 1,24% e o Nasdaq afundava 1,53% após a notícia.
 
Por aqui, as preferenciais das blue chips Vale e Petrobras pesaram no índice, com queda de 3,57 e 2,65%, respectivamente.
 
BM&FBovespa cedeu 2,81%, após a operadora de bolsas ter tido lucro abaixo do esperado no quarto trimestre.
 
O recuo do índice só não foi maior graças ao avanço de 2,22% da petrolífera OGX, recuperando parte da perdas da véspera.
 
Ainda entre os destaques positivos, a preferencial do Pão de Açúcar subiu 1,5%, a R$ 97,80, após a varejista ter tido lucro acima das expectativas. O papel chegou a bater R$ 99 na sessão, renovando a máxima intradiária histórica.
 
Fora do índice, as units do BTG Pactual avançaram 0,53%. O resultado melhor que esperado no quarto trimestre trouxe evidência adicional da capacidade de geração de receitas mais estáveis, segundo analistas. (Por Danielle Assalve; Edição de Aluísio Alves)
 
 
FONTE: IG ECONOMIA

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