Como montar seu site de vendas
Um passo a passo para você criar uma loja virtual
As pequenas empresas devem considerar a internet como uma opção para crescer e ganhar dinheiro.
“Se explorado com profissionalismo, o comércio eletrônico pode ser um grande negócio, principalmente em tempos de consumidores cada vez mais ocupados”, diz o professor Alberto Albertin, da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.
A infra-estrutura necessária para o funcionamento de um comércio virtual, porém, não é das mais simples.
Veja aqui como construí-la:
Quem procurar
Você pode montar um site por conta própria, algo muito complicado, ou bater na porta de um único fornecedor, o chamado provedor de hospedagem. Empresas desse ramo oferecem pacotes sob medida para quem quer desenvolver um site. Locaweb, 4Web e Dot Store, por exemplo, estão entre os provedores que fazem de tudo: encarregam-se do registro do nome da empresa na internet, da hospedagem, da montagem do site, oferecem sistemas seguros para as transações, organizam diferentes formas de pagamento, dão consultoria em webmarketing e suporte técnico, entre outras coisas.
De olho no vizinho
Antes de mais nada, é importante ver o que seus concorrentes estão fazendo em seus próprios sites, que negócios semelhantes fazem no exterior, quais são as práticas mais interessantes e o que você não quer de jeito nenhum no seu site. Uma pesquisa dessas o habilita a passar, numa reunião com o desenvolvedor do site, o que deseja para a sua loja virtual. Você saberá especificar as características do que quer no seu site e, principalmente, estabelecer metas para os prestadores, como o tempo de desenvolvimento ou a instalação progressiva de serviços ou ferramentas.
24 horas no ar
Quando se trata de hospedagem, segundo Alessandro Santiago, professor de sistemas de inetrnet e desenvolvimento de e-commerce da faculdade IBTA, é fundamental que o provedor garanta que o seu site estará no ar na data combinada e ficará no ar o maior tempo possível. Nesse quesito, você deve solicitar em contrato que o SLA (Service Level Agreement, que significa garantia de serviço disponível, um termo técnico bastante utilizado na área) esteja entre 99,1% e 99,5%. Isso significa que, das 24 horas do dia, sete dias da semana, o site estará acessível acima de 99% do tempo.
Condomínio técnico
Uma pequena empresa pode dividir um servidor com outra empresa. O uso de um servidor compartilhado, além de custar mais barato e permitir atualização constante dos softwares de segurança, suporta os níveis de acesso sem perda de qualidade. “Cheque apenas se há um servidor reserva com backup para garantir que o site estará sempre disponível e os dados, salvos”, afirma Luis Otávio Lopes, diretor de marketing da eComm Web Services, consultoria especializada em comércio virtual.
Taxa de transferência
Convém levar em conta a comunicação entre o escritório real (ou loja física, quando existe) e a loja virtual, para a baixa de estoque imediata, controle de caixa, etc. O mesmo vale para a atualização de conteúdo do site, como fotos, tabelas de preços, informações sobre produtos. Em geral, os provedores de hospedagem determinam um volume mensal (chamado de taxa de transferência) para o envio de dados em bytes (imagens, textos, códigos). Os consultores aconselham que essa taxa tenha no mínimo cinco gigabytes. Portanto, pergunte ao provedor de hospedagem a quantidade que seu site deverá ter.
Segurança total
Numa transação de comércio eletrônico, é fundamental ter um sistema seguro, integrado a bancos e a operadoras de cartão de crédito. É aqui que a sigla SSL (Socket Security Layer) ganha relevância. Ela indica que o site oferece um recurso de criptografia de dados confidenciais enquanto os clientes trafegam na rede. É um certificado digital que garante o cadeado do lado direito da tela.
Formas de pagamento
Um site de comércio eletrônico deve contar com diferentes formas de pagamento. Os provedores de hospedagem costumam oferecer, como parte do pacote de serviços, a negociação entre sua loja virtual e as administradoras de cartões de crédito e os bancos. Vale a pena. Se você fizer isso por conta própria levará meses na negociação. Os contratos não são diferentes dos tradicionais: taxas de 1,5% a 3% no cartão de débito, de até 4% no de crédito e emissão de boleto bancário por até R$ 2,30 a unidade.
Serviços extras
Os hospedeiros apresentam uma gama de serviços que vão desde a criação de sala de bate-papo (chat) gratuito, ferramenta de busca interna no conteúdo do site para os usuários encontrarem um determinado assunto na página da empresa e até o cálculo automático do frete, que mostra ao cliente o preço, os prazos e as formas de pagamento. Sem esquecer do rastreador de objetos, que permite ao consumidor saber onde se encontra o seu produto. Tudo, é claro, faz com que a mensalidade aumente. Dá vontade de colocar tudo no site, pois são todas ferramentas bacanas. Mas vá com calma. Faça orçamentos e opte pelo que considerar indispensável, de forma a ter uma loja virtual eficiente que não pese no bolso.
Da Redação
FONTE: PEGN
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