domingo, 24 de março de 2013

PETROBRAS

Petrobras negocia venda de refinaria no Japão

Com plano de desinvestimento de US$ 9,9 bilhões, a petroleira já tem um comprador para a refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa

Agência Estado |
 

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Divulgação
Refinaria da Petrobras em Okinawa, no Japão

Com um plano de desinvestimento de US$ 9,9 bilhões, a Petrobras já tem um comprador para a refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, no Japão. A operação chegou a avançar, mas teve que ser suspensa porque a licença de funcionamento da unidade estava vencida, o que a Petrobras está resolvendo.
A refinaria é um dos ativos dos quais a petroleira pretende se desfazer para reforçar seu caixa e, com isso, viabilizar seu pesado plano de negócios, que prevê investimentos de US$ 236,7 bilhões entre 2013 e 2017.
A unidade de Okinawa foi comprada por cerca de US$ 50 milhões pela Petrobras, que não detalhou investimento nas instalações. O negócio tinha como objetivo aumentar a capacidade da estatal de refino no exterior.
A operação de Okinawa inclui a refinaria com capacidade de processar 100 mil barris de petróleo leve por dia, produzindo derivados de alta qualidade. Na época de aquisição, estava prevista ainda a utilização da capacidade de um terminal para impulsionar a negociação de biocombustíveis no mercado asiático.

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Mas a aquisição do ativo aconteceu antes da crise financeira internacional que detonou problemas no setor sucroalcooleiro no Brasil, com redução na oferta de etanol para exportação.




Terminal

O terminal de petróleo e derivados tem capacidade para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três píeres e uma monobóia de carregamento para navios petroleiros.
A Petrobras e a TonenGeneral, subsidiária da ExxonMobil, concluíram em 1º de abril de 2008 o acordo para a compra de 87,5% de participação societária na refinaria – chamada, na cidade, de Okinawa – pelo valor aproximado de US$ 50 milhões. A Sumitomo Corporation permaneceu com 12,5% da empresa, em sociedade com a Petrobras.
Em 1.º de abril de 2010, a Sumitomo Corporation informou à PIB B.V., subsidiária integral da Petrobras, o interesse de exercer o direito de venda de 12,5% das ações do capital da refinaria.
A Petrobras fez reserva sobre o valor de venda, mas a nota explicativa de um documento protocolado na Securities and Exchange Commision (SEC) mostra que, em 29 de setembro de 2010, o acordo de compra e venda das ações foi assinado e, em 20 de outubro de 2010, "o pagamento foi feito por R$ 49 (2.365 milhões de ienes)".
A transação com acionistas não controladores resultou numa redução de "R$ 18 no patrimônio líquido" atribuível aos acionistas da companhia, como contribuição adicional de capital.

FONTE: IG ECONOMIA

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