terça-feira, 18 de junho de 2013

Tarifas de ônibus responderam por 83% da inflação em São Paulo

Se os reajustes não tivessem ocorrido, IPC da segunda medição de junho seria de 0,03%

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Agência Estado


O contestado reajuste nas passagens de ônibus, metrô e trens já trouxe importante impacto para o bolso do paulistano, conforme levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

Na pesquisa do instituto, referente à segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados em 15 de junho), a soma de todos os impactos de alta relacionados ao aumento no transporte coletivo representou 0,15 ponto porcentual, ou 83,33%, de toda a inflação do período, de 0,18%. "São cinco sextos do total", disse o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima.

Isto significa que, se os reajustes nas tarifas não tivessem acontecido, o IPC da segunda medição de junho seria de apenas 0,03%, taxa bem próxima da estabilidade.
Futura Press
Manifestantes se reúnem na Praça da Sé (SP) para protestos contra o aumento da tarifa do transporte público
No levantamento da Fipe, o item ônibus subiu 3,07% e liderou o ranking de pressões de alta do IPC. Respondeu sozinho por 0,10 ponto porcentual (56,85%) de toda a inflação.
 
O item metrô mostrou elevação de 3,04% na segunda quadrissemana de junho, mas, como ainda tem um peso menor que o ônibus na metodologia da Fipe, respondeu por apenas 0,01 ponto porcentual do IPC. Quanto ao trem, que conta com uma representação ainda inferior no índice, o item mostrou variação idêntica à do metrô, mas gerou impacto inferior a 0,01 ponto porcentual na inflação.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além das pressões específicas do ônibus, do metrô e do trem, a Fipe calcula a contribuição que o bilhete de integração costuma gerar ao gasto do consumidor. Na pesquisa da segunda quadrissemana de junho, o item integração avançou 3,43% e respondeu sozinho por 0,04 ponto porcentual de toda a inflação de 0,18% da capital paulista.
 
Para o coordenador do IPC-Fipe, os reajustes nas tarifas de transporte público só não estão gerando pressão maior no IPC porque os preços dos combustíveis estão em forte queda no município, favorecidos pela safra da cana-de-açúcar.

Na segunda quadrissemana de junho, o valor médio do etanol caiu 8,59% e o da gasolina, 1,65%. Juntos, eles geraram alívio de 0,09 ponto porcentual para a inflação paulistana.



fonte: IG ECONOMIA

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