Popularidade de Dilma volta a desabar
Ainda na onda dos protestos que tomara o país, avaliação do governo cai mais de 20% em junho Leia e opine
FONTE: YAHOO
Manifestações derrubam popularidade de Dilma e complicam reeleição--CNT/MDA
Reuters – 1 hora 16 minutos atrás
Já 38,7 por cento veem o governo como regular, ante 35,6 por cento no mês passado. A avaliação negativa mais do que triplicou, passando a 29,5 por cento, ante 9 por cento. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
A aprovação do desempenho pessoal de Dilma desabou para 49,3 por cento neste mês, ante os 73,7 por cento registrados em junho. Já a taxa dos que desaprovam o desempenho da presidente pulou para 47,3 por cento, em comparação aos 20,4 por cento anteriores.
As manifestações populares foram aprovadas por 84,3 por cento dos entrevistados. Segundo o levantamento, 49,7 por cento argumentaram que o alvo principal dos protestos foram os "políticos em geral".
No mês passado, manifestantes tomaram as ruas do país para reivindicar melhores serviços públicos e combate à corrupção, entre outras demandas.
Para 21 por cento, as manifestações eram contra o "sistema político do Brasil" e 15,9 por cento responderam que os protestos foram contra a "presidente da República".
Para 24,6 por cento, a atuação de Dilma frente às manifestações foi ótima ou boa, enquanto 40,3 por cento consideraram a reação da presidente regular e 30,7 por cento viram sua atuação como ruim ou péssima.
CORRIDA ELEITORAL
Esses números ajudam a explicar ainda as fortes mudanças no quadro eleitoral para o ano que vem.
Agora, 44,7 por cento afirmaram que não votariam em Dilma em 2014 "de jeito nenhum". Para o presidente da CNT, senador Clésio Andrade (PMDB-MG), "a situação dela não é muito boa... pode recuperar um pouco, mas não como era".
O levantamento anterior mostrava no cenário principal Dilma com 54,2 por cento das intenções de voto, percentual reduzido agora a 33,4 por cento. O seu principal adversário naquele momento era o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que passou de 17,0 por cento para 15,2 por cento.
Já Marina Silva (sem partido) foi quem deu o maior salto em pontos na pesquisa. A ex-senadora, que teve cerca de 20 milhões de votos na disputa presidencial de 2010, pulou de 12,5 por cento das intenções de voto para 20,7 por cento nesta sondagem.
O governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, também subiu, passando de 3,7 por cento para 7,4 por cento.
Outra mudança importante em relação à pesquisa de junho foi o percentual de eleitores que respondeu que não votaria em nenhum desses candidatos ou anularia o voto, que subiu de 8,4 por cento para 17,9 por cento. Para Andrade isso demonstra "uma rejeição total aos políticos".
Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 7 e 10 de julho, em 134 municípios de 20 Estados das cinco regiões do país.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
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