quinta-feira, 15 de agosto de 2013

ONDE INVESTIR A RESTITUIÇÃO DO IR ??

Imposto de Renda

Veja dicas para investir a sua restituição

 

Veja como investir a restituição do IR 2013

Receita paga nesta quinta-feira o terceiro lote de restituições. Uso do dinheiro é recomendado conforme a situação financeira e o nível de endividamento de cada um

Taís Laporta - iG São Paulo
 
Se você está entre os 1.099.976 de contemplados com o terceiro lote de restituições do Imposto de Renda 2013 (ano-calendário 2012), mas não decidiu como usar o dinheiro, ainda há tempo de fazer uma avaliação para utilizá-lo da melhor forma e evitar arrependimentos.
 
 
Thinkstock/Getty Images
Mais de 1 milhão de contribuintes recebem o total de R$ 1,4 bilhão no terceiro lote de restituição
A Receita deposita nesta quinta-feira (15) o total de R$ 1,4 bilhão nas contas bancárias dos contribuintes com direito à restituição. A consulta ao terceiro lote da devolução do imposto foi liberada na última semana.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antes de esvaziar a conta com compras por impulso, o contribuinte que receber a restituição deve repensar seu orçamento e planos futuros. O dinheiro pode ter destinos variados, conforme o objetivo financeiro, o grau de endividamento e o padrão de vida, segundo o educador financeiro e presidente da consultoria DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.
 
 
De acordo com o consultor, o uso da restituição pode variar com base em três perfis financeiros:

Endividado – Se há dívidas, mas elas estão sob controle – quando as prestações são pagas mensalmente, sem atraso  –, o consultor aconselha que a restituição não seja destinada para bancar as parcelas. Este dinheiro é mais recomendado para quitar uma dívida que saiu do controle. “Para livrar-se dos altos juros do cheque especial, por exemplo, ou sair da inadimplência, a restituição é uma boa saída”, diz. Usar o dinheiro para acabar com a dívida é bom negócio. Mas é preciso combater a causa do endividamento, e não seu efeito, para livrar-se de um novo aperto financeiro. Quem financia um imóvel, por exemplo, não deve usar a restituição para pagar as prestações. “É melhor guardar o dinheiro para uma reserva estratégica, para futura necessidade de pagar o financiamento”, recomenda o especialista.
 
Equilibrado, mas sem reserva – Se o contribuinte consegue pagar as contas em dia, mas é incapaz de criar uma reserva financeira, o consultor recomenda usar o dinheiro da restituição para começar a poupar. “É melhor guardá-lo para uma emergência futura”, aconselha. O dinheiro pago pela Receita também é oportuno para criar o hábito de economizar e, assim, ter mais tranquilidade em um eventual aperto financeiro. Também é o momento para rever o padrão de vida e avaliar a razão de não conseguir juntar dinheiro, segundo o consultor.
 
Poupador – O contribuinte que não possui dívidas a pagar e já conta com uma boa reserva guardada para emergências tem mais liberdade para escolher o que fazer com o dinheiro da restituição. É uma oportunidade, por exemplo, para realizar melhorias de vida, fortalecer sonhos antigos ou criar novos objetivos para o futuro. Uma alternativa é usar o valor para uma viagem nas próximas férias, ou fazer uma reforma na casa, evitando desembolsar o dinheiro de uma reserva ou aplicação.


RESTITUIÇÃO POR FAIXAS DE VALOR
Quando o contribuinte conhece bem sua situação financeira, possui uma reserva para emergências e não perdeu o controle das dívidas, fica mais fácil traçar planos.


Veja as recomendações do possível uso da restituição por faixas de valor:


Até R$ 1 mil – Se o objetivo é poupar para alcançar um sonho futuro, a maior parte das aplicações de renda fixa permite começar a investir com valores bem abaixo de R$ 1 mil. A caderneta de poupança não exige um aporte mínimo, não cobra impostos (como o IR) e tem alta liquidez, permitindo sacar o dinheiro a qualquer momento. No Tesouro Direto – que aplica em títulos da dívida pública –, o valor inicial é de cerca de R$ 80 para a compra, e de R$ 30 para aplicações agendadas. Diversificar o investimento com renda variável, mais arriscada, é outra opção para tentar obter rendimentos maiores. Na Bolsa de Valores, com menos de R$ 200 é possível aplicar em fundos de índices, como os ETFs (Exchange Traded Funds). Se as contas estão em dia, também é possível usar o dinheiro para as próximas férias, e guardar a reserva já existente para outros objetivos.


De R$ 1 mil a R$ 3 mil – Se a quantia devolvida pela Receita foi mais generosa que o esperado e não há necessidade imediata do uso do dinheiro, é a oportunidade para dividir o valor em sonhos de curto, médio e longo prazo. No curto prazo, por exemplo, pode-se aproveitar para trocar o carro, comprar um móvel de casa ou um computador que estejam desgastados. No médio prazo, é possível começar a poupar para dar entrada no financiamento de um imóvel, por exemplo. No longo prazo, o contribuinte pode iniciar um plano de previdência privada, como complemento da aposentadoria.


A partir de R$ 3 mil – Restituições acima deste valor também podem ser divididas em três objetivos: para o presente, para daqui a alguns anos ou para um futuro mais longínquo.Quando a situação financeira é mais confortável, o contribuinte pode acomodar-se e deixar o dinheiro parado na conta corrente, para gastos do cotidiano. O consultor financeiro Domingos, no entanto, não recomenda este uso. “Se o dinheiro ficar parado na conta sem um destino próprio, ele vai virar pó”, adverte. Quando não se sabe o que fazer com o dinheiro, o melhor é aplicá-lo, definindo um possível uso para ele no futuro, seja a compra de um carro, um imóvel ou a aposentadoria, recomenda o especialista.


FONTE: IG ECONOMIA

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