segunda-feira, 12 de agosto de 2013

STARTUPS MILIONÁRIAS: SEGREDOS

 


Conheça os segredos de cinco startups milionárias

Jovens empresas contam suas estratégias e como chegaram ao primeiro milhão de reais

Patrícia Basilio - iG São Paulo |  


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Roberta Oliveira, sócia do Hotel Urbano: "O segredo é não ficar satisfeito com a realidade."
O Brasil possui atualmente 10 mil startups, empresas jovens que atuam no segmento tecnológico e têm uma taxa de crescimento bastante expressiva, segundo a Associação Brasileira de Startups.
 
 
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Chegar ao primeiro milhão de reais de faturamento é o objetivo inicial de todas elas. Só que para as startups, o caminho para esta conquista não é tão tortuoso quanto para pequenas empresas tradicionais.
Isso porque, com uma boa ideia na cabeça, foco na operação e equipe enxuta e bem capacitada, elas preenchem uma lacuna no mercado, conquistam investimento externo e ampliam o faturamento.
“Uma startup cresce rápido porque, na maioria das vezes, acha o produto certo para o mercado certo”, explica Gustavo Caetano, presidente da associação e dono da Sambatech, jovem empresa de soluções para vídeos online, que faturou cerca de R$ 20 milhões em 2012.
O iG conversou com cinco startups bem-sucedidas que já ultrapassaram o primeiro milhão de reais de faturamento e mostra quais estratégias foram utilizadas para ganhar espaço neste mercado competitivo (leia o quadro "sete segredos de startups milionárias" abaixo).
Criada há oito meses, a gráfica online Printi já fatura R$ 1,2 milhão. A possibilidade de resolver um problema cotidiano da população foi a fórmula de sucesso do negócio, na avaliação do presidente-executivo Florian Hagenbuch, de 26 anos.



Cinco características de startups
           
1- São jovens e modernas
2- Fornecem serviços ou produzem artigos inovadores
3- Trabalham ou investem em tecnologia
4- Têm crescimento acelerado
5- Atuam em um ambiente de extrema incerteza


"Analisei o mercado e descobri que as gráficas demoravam muito para realizar o orçamento e entregar o serviço”, explica o empresário, que criou uma ferramenta online para a cotação sair na hora e montou equipe de 20 funcionários para produzir a demanda em até três dias.
Mais maduro que a Printi, o Hotel Urbano entrou no mercado de hotelaria e turismo em 2011. Um ano depois, faturou R$ 280 milhões. Segundo a empresária Roberta Oliveira, 30 anos, esse resultado se deve à falta de competidores no mercado de hotelaria e aos investimentos externos.
Na semana passada, a startup anunciou aporte de R$ 20 milhões liberado pelo fundo de capital de risco nova-iorquinho Insight Venture Partners. O objetivo da companhia é acelerar (ainda mais) seu crescimento.
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Florian Hagenbuch (esq.) e Mate Pencz, fundadores da Printi, startup da área gráfica
“Queremos sempre ser os primeiros a testar novas fórmulas para o negócio. O segredo é não ficar satisfeito com a realidade. Não acomodar-se”, destaca a sócia do Hotel Urbano.
 
 
 
“Lean startup"
 
A empresa possui atualmente 330 funcionários e trabalha no modelo “lean startup” (startup enxuta), criado pelo palestrante americano Eric Ries e publicado no livro “A Startup Enxuta” (Editora Leya). A metodologia dita que jovens empresas bem-sucedidas trabalham com o mínimo de funcionários, máxima eficiência e buscam sempre testar novas fórmulas.
“A atividade fundamental de startups é transformar ideias em produtos, medir como os clientes reagem e, então, aprender se é o caso de pivotar [estratégia de testar outros negócios ligados à atividade principal da empresa] ou perseverar. Todos os processos bem-sucedidos devem ser voltados a acelerar esse ciclo de feedback”, explica Ries, em seu livro.
A Ticketbis, do ramo de eventos, também é uma “lean startup”. Com apenas 20 funcionários e um escritório de 50 metros quadrados no Brasil, a empresa faturou R$ 3 milhões no ano passado e R$ 1,3 milhão no primeiro semestre deste ano. Presente em 18 países, a empresa teve faturamento global de R$ 32 milhões.
Para Ricardo Noryo, diretor da empresa no Brasil, a estratégia para chegar ao primeiro milhão de reais de receita é aparentemente simples: ter um produto inovador e reinvestir o lucro.
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Ricardo Noryo, diretor da Ticketbis: "A ideia é ser sempre humilde."
“O nosso crescimento está sendo muito rápido justamente porque nossa filosofia é reinvestir todo o dinheiro que ganhamos. A ideia é ser sempre humilde”, aconselha Noryo, que era funcionário da startup na Espanha, enquanto fazia mestrado, e voltou para o Brasil para dirigir a unidade regional.
 
 
 
Mercado restrito
           
Apostar em um ramo restrito, o de eventos esportivos, foi a chave para o empresário Fábio Silberberg, 44 anos, diretor-presidente da Faberg Tennis Tour, ter faturado R$ 2,2 milhões no ano passado.
Criada em 2005, a startup leva empresários para acompanhar jogos de tênis no exterior — a empresa organiza todos os trâmites da viagem, como transporte, acomodação e entrada no evento.
“Eu atendo um mercado que hoje é inexplorado. Tenho foco em clientes de alto poder aquisitivo”, explica o tenista, que atende cerca de 1.800 empresários por ano e se sente satisfeito com o fato de aliar sua paixão esportiva ao trabalho.
Também no setor de eventos, a Ehticket, startup que organiza vendas de ingressos, faturou RS 1 milhão nos 12 primeiros meses de operação, em 2012. Para este ano, a expectativa é de um faturamento de R$ 5 milhões.
Para garantir um crescimento sustentável, a empresa está incubada na R-18, incubadora (espécie de tutora de jovens empresas) do ramo de tecnologia e comunicação, que investiu R$ 3 milhões no negócio.
O acompanhamento de uma empresa mais experiente foi, na avaliação de Rodrigo Arrigoni, 34 anos, um dos motivos para a startup crescer tão rápido.
“Aprendemos a dar um passo de cada vez. Nosso planejamento agora está focado no crescimento de 2014”, reforça Arrigoni.



Sete segredos de startups milionárias
           
1- Investir em ideia ainda não explorada no mercado 
2-  Sempre testar novas fórmulas para o negócio
3-  Reinvestir o lucro na empresa                   
4- Trabalhar com o mínimo possível de gastos
5- Manter o foco na operação
6- Buscar ajuda de empresas mais experientes
7- Pesquisar constantemente o mercado



FONTE: IG ECONOMIA

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