quarta-feira, 6 de novembro de 2013

NÃO COMPLICA !!!

Investir é muito simples.

O problema está em nós mesmos, que teimamos em complicar coisas simples, transformando em algo muito complexo e utilizando como desculpa para não colocar em prática. bancos, seguros, dinheiro, muito dinheiro na internet


Neste artigo, eu mostro:

  • O que você precisa saber sobre investimentos;
  • Minha estratégia preferida;
  • Um exemplo prático sobre como implementar os principais conceitos de investimentos.

Abraço!

Rafael

Investir é Muito Simples. Não Complique!

Investir é Muito Simples. Não Complique!Investir é muito simples.
O problema está em nós mesmos, que teimamos em complicar coisas simples, transformando em algo muito complexo e utilizando como desculpa para não colocar em prática.
Recentemente comentei sobre a semelhança entre dinheiro e comida e mostrei como complicamos coisas que, na verdade, são simples.

O Que Você Precisa Saber Sobre Investimentos

Como falei antes, investir é muito simples. Você precisa saber apenas isto:
  • Investir é fazer seu dinheiro trabalhar para você;
  • Reinvestir seus ganhos permite que tire vantagem dos juros compostos;
  • Cada investidor possui diferentes objetivos e tolerância a riscos;
  • Não há apenas uma estratégia para obter sucesso nos investimentos;
  • Cada tipo de investimento possui características únicas;
  • Diversificar investimentos ajuda a diminuir o risco.
Juntos, todos esses pontos formam a base de conhecimento com a qual qualquer investidor deveria se sentir confortável para investir.
Contudo, esses conceitos não significam nada, ao menos que você os coloque em prática.
É fantástico saber que os juros compostos aceleram os ganhos dos seus investimentos, mas a grande questão é como tirar vantagem dos juros compostos e realmente ganhar dinheiro?
Antes de continuar essa leitura, recomendo cinco artigos:

Minha Estratégia Preferida

Para ilustrar meu exemplo, vou explorar a investidora fictícia que chamarei de Maria.
Maria tem vinte e poucos anos e é relativamente nova na área de investimentos. Ela sabe que quer investir, mas não está certa sobre como fazer isso.
Seu conhecimento financeiro é razoável, mas ela não deseja gastar seu tempo livre para analisar aplicações financeiras (ou perder seu sono por conta dos investimentos).

Investimento ativo e passivo

Após estudar os artigos que citei anteriormente e ler mais sobre ações e fundos de investimento, Maria aprendeu que existem dois estilos básicos de gerenciamento de carteira: ativo e passivo.
Cada estilo resulta de uma diferente abordagem do mercado. O objetivo do investimento ativo é selecionar ativos financeiros que terão uma performance acima da média do mercado.
Por exemplo, quando um gestor de um fundo de investimento analisa o desempenho financeiro e contábil de uma empresa para determinar se as ações devem fazer parte da carteira desse fundo, este gestor está gerenciando ativamente o portfólio.
Um investidor passivo, por sua vez, não deseja tentar bater o mercado.
Ao invés disto, baseando-se na premissa que o mercado de ações tem bom desempenho no longo prazo, ele prefere adquirir um fundo de índice, que acompanha (quase que) exatamente o desempenho do mercado.
Esta decisão é tomada porque este tipo de investidor acredita que bater o mercado exige muito trabalho ou não tem tanta utilidade.

Qual tipo de estratégia utilizar?

Voltando ao caso de Maria, ela decide que o investimento passivo está mais alinhado ao seu estilo, e o ativo financeiro escolhido é o fundo de índice BOVA11.
Este fundo de índice é indexado ao índice Bovespa (Ibovespa), que é composto pelas 70 maiores empresas do Brasil.

Por que um fundo de índice?

  • Comprar um fundo de índice é investir de forma passiva, de modo que Maria está livre para ter uma vida sem se preocupar em escolher as melhores ações para investir;
  • Maria consegue uma diversificação instantânea (pois o fundo possui ações de diversos setores) sem gastar uma fortuna para investir em dezenas de empresas. A maioria dos fundos de índice pode ser comprado por menos de R$ 1 mil;
  • Ainda mais importante, as taxas envolvidas no investimento passivo são muito mais baixas que a taxa de administração de um fundo de investimento ou mesmo as taxas de corretagem para compra direta de várias ações.
Maria não para apenas nessa aquisição inicial. Ela investe mensalmente pelo menos 10% do seu salário.
Com essa estratégia, ela às vezes compra quando o preço do fundo está mais alto, e às vezes quando está mais baixo.
No final das contas, ela consegue um bom preço médio. E ainda cria o hábito de poupar mensalmente.

Colocando os conceitos para funcionar

E isso é tudo que é necessário para ela. É uma coisa muito simples, na verdade. E, apesar da facilidade de adoção de uma estratégia como esta, permite que Maria siga todos os princípios que estamos discutindo:

O dinheiro trabalha para ela

Seu dinheiro está trabalhando a seu favor, e ela adquiriu participação nas 70 maiores empresas do Brasil.

Reinvestimento automático = juros compostos

Sem nenhum trabalho adicional, ela reinveste automaticamente todo o rendimento pago através de dividendos, que permite tirar vantagem dos juros compostos ao longo do tempo, ainda mais por não ser tributada imediatamente (o imposto de renda é pago apenas na operação de venda).

Simples, Seguro e Inteligente

É fácil! Essa estratégia se adapta à preferência de Maria em não ter trabalho para escolher as ações para investir.
Para aqueles que querem investir diretamente em ações, contudo, é possível começar com fundos de índice e, aos poucos, partir para o investimento ativo.

Estratégia adaptável a qualquer perfil de investidor

Uma estratégia como essa pode ser adaptada a quaisquer objetivos e alocação de ativos do investidor.
No caso de Maria, ela tem um horizonte de tempo acima de 20 anos, então pode se dar ao luxo de investir predominantemente em renda variável.
Se um investidor não se sente confortável em investir apenas em ações, também é muito fácil adquirir títulos públicos. As taxas são baixíssimas e permite personalizar a alocação de ativos.

Conclusão

Lembre-se que estes pontos não significam uma recomendação de investimento. Até porque não existe uma única abordagem que sirva para todos.
O objetivo do exemplo deste artigo é dar a você uma visão mais tangível sobre como um investidor deve implementar as idéias que discuti ao longo de todos os artigos recomendados neste texto.
Talvez o recado mais importante é que o investimento em fundos de índice a longo prazo dificilmente causará prejuízos.
Há uma infinidade de caminhos para perder dinheiro, seja em investimentos especulativos ou através das altíssimas taxas dos fundos de investimento e planos de previdência privada.
Por outro lado, é possível (mas não recomendado) ser muito avesso ao risco. Se você colocar suas economias debaixo do colchão, eu garanto que não vai aumentar de valor.
Existem muitas outras alternativas por aí. Eu recomendo fortemente que você explore todas elas e veja qual funciona para você.
No entanto, para o investidor comum, o caminho mais inteligente inclui poupar regularmente, manter os custos para investir baixos e permanecer no mercado no longo prazo.
O que quer que você faça, mantenha esses princípios em mente e nunca pare de tentar aprender mais.
Ah, e se quiser aprender a investir a partir de agora, recomendo que conheça o Como Investir Dinheiro, livro eletrônico oficial do blog Quero Ficar Rico.
Até a próxima!

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