Bancos se prepararam e agora diminuem despesas contra calote de Eike
Além disso, Itaú, Santander e Bradesco até aumentam a cobertura contra inadimplência
Grandes bancos comerciais, como Bradesco, Itaú e Santander, vêm
reduzindo suas despesas para formar um colchão contra eventuais calotes das
empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista, o que é visto como algo
positivo pelos analistas, de redução do risco da carteira de crédito.
O Bradesco, o banco mais exposto ao Grupo EBX entre os privados,
diminuiu sua exposição ao grupo em 14,2% no 2º trimestre, último dado oficial
disponível. Já o Itaú diminuiu sua exposição em 20,5%, enquanto o Santander
aumentou a exposição em 4,3%.
Os dados foram compilados pelos analistas do banco UBS entre as
empresas X, e não incluem empréstimos à MMX, que não divulga a divisão das
operações por bancos.
Os três bancos já divulgaram seu balanço financeiro do terceiro
trimestre do ano. Outros credores, como BTG Pactual, Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e Caixa Econômica ainda não divulgaram
seu resultado.
No Bradesco, as despesas com cobertura para empréstimos de liquidação duvidosa caíram de R$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 2,8 bilhões no mesmo período este ano. Já o Itaú reduziu estas despesas de R$ 6,12 bilhões para R$ 4,5 bilhões no mesmo período. Nos nove primeiros meses do ano comparado com o mesmo período do ano passado, estes gastos caíram 4,3% no Santander.
Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating ressalta, porém, que as despesas caem em um momento de menor concessão de crédito pelas instituições financeiras, no qual as carteiras de crédito crescem menos.
BANCOS COM MAIS EMPRÉSTIMOS AO GRUPO X |
BNDES |
CAIXA |
BRADESCO |
ITAÚ |
BTG PACTUAL |
BNB |
HSBC |
SANTANDER |
MORGAN STANLEY |
CITIBANK |
BANCO DE BOGOTÁ |
Para medir efetivamente o quanto os bancos estão protegidos, basta olhar a cobertura adicional da carteira de crédito, que vêm se mantendo ou declinando pouco, aponta. "Eles já se prepararam lá atrás, e agora estão consumindo pouco estes recursos, o que dá mais segurança."
A provisão adicional do Itaú somava R$ 5,05 bilhões em setembro, e se manteve com relação ao trimestre anterior. A provisão adicional do Bradesco se manteve praticamente estável em R$ 4 bilhões, enquanto a do Santander subiu de R$ 645,4 milhões para R$ 687,3 milhões. "No pior cenário (de um calote), eles têm recursos suficientes para cobrir o prejuízo."
Risco limitado
Para o analista do UBS, os riscos para os bancos são limitados diante de um cenário no qual a Eneva (antiga MPX), OGX Maranhão, MMX Porto Sudeste foram ou serão recapitalizadas e estão passando por reestruturação de sua estrutura societária; a LLX confirmou uma injeção de capital e extensão de financiamento; e MMX e CCX venderam parte de seus ativos para investidores estrangeiros.
Os analistas ressaltam que o Itaú e Santander eram os únicos que tinham exposição à petroleira OGX, que pediu recuperação judicial em 30 de outubro. Porém, o financiamento dos bancos eram relativos à sua subsidiária OGX Maranhão, cuja venda foi acertada e a empresa deve receber uma injeção de capital , o que reduz a necessidade de cobertura dos bancos contra eventual calote. A maior parte da dívida da OGX está nas mãos de bancos estrangeiros.
Além disso, os analistas acreditam que a maioria dos empréstimos e financiamentos têm garantias, tanto em dinheiro ou ações das companhias. Apesar do derretimento das ações, os bancos poderiam ainda executar as garantias em dinheiro.
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