quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

IMÓVEIS: PREÇOS VOLTAM A SUBIR !!!

Preços de imóvel voltam a acelerar em novembro, aponta Fipezap

 

Valor do m² anunciado no Rio e São Paulo, principais mercados, teve alta mais expressiva, mas distância em relação à inflação cai; Leblon recua pelo 4º mês consecutivo


Vitor Sorano - iG São Paulo |      
 

Getty Images
Leblon, o mais caro: donos dos imóveis reduzem preço do m² em anúncios pelo 4º mês consecutivo
 
Depois de uma leve desaceleração, o preço pedido pelos imóveis de São Paulo e Rio de Janeiro – os dois principais mercados do Brasil – voltaram a a subir mais rapidamente, de acordo com o índice FipeZap divulgado nesta quarta-feira (4). O metro quadrado do emblemático Leblon – o bairro mais caro do País –, entretanto, recuou pelo quarto mês consecutivo, para R$ 21.853.
 
Em novembro, o preço do m² anunciado em São Paulo chegou a R$ 7.730. O valor significa alta de 13,6% em 12 meses, acima dos 13,4% registrados em outubro e dos 13,3% de setembro. No Rio de Janeiro, o m² anunciado bateu em R$ 9.812, um aumento de 15% em 12 meses, um retorno à trajetória de alta depois de dois meses de diminuição no ritmo.
 
“Há um movimento de retomada na variação positiva de preços”, diz Eduardo Zylberstajn, coordenador do Fipezap. “No começo do ano havia expectativa de desaceleração e o desempenho do mercado imobiliário surpreendeu a todos.”

Na média das 16 cidades monitoradas na pesquisa, o preço do m² dos imóveis anunciados foi de R$ 7.231 em novembro, uma elevação de 13,8% em 12 meses – mais do que os 13,4% de outubro.




Ganho real menor

A distância dessas elevações de preços anunciados em relação à inflação, entretanto, vem diminuindo, o que indica uma potencial redução no ganho real. Em agosto, a diferença entre a alta em 12 meses do m² nas 16 cidades do Fipezap e a inflação medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), era de 8,9 pontos percentuais. Em novembro, o intervalo caiu para seis pontos.
 
 
No caso de São Paulo, a distância caiu de 9,9 pontos em agosto para oito no mesmo período. No Rio, de 11,5 pontos, o intervalo foi para 9,4 pontos. A alta do preço pedido pelos imóveis só não tem subido mais rápido que a inflação, entretanto, em Brasília – onde, para a pesquisadora Ana Castelo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), houve estouro de uma bolha imobiliária localizada.
 
 
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Para Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-RJ – que representa o mercado imobiliário fluminense –, o preço dos imóveis no Rio também pode começar a acompanhar a inflação em 2014. De janeiro a novembro de 2013, isso não aconteceu em nenhum dos 18 bairros, segundo informações da entidade.
“Pode ser que aconteça [de acompanhar] o nível da inflação. Não vai subir como em 2010 e 2011, mas não vai cair”, afirma. Para este ano, a projeção do sindicato é de um alta de 15%, ante um IGP-M de 5,41%, de acordo com previsões de analistas ouvidos pelo Banco Central para o Boletim Focus.
 
 
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Economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci avalia ser praticamente impossível prever quando os imóveis deixarão de ter ganho real, sobretudo porque as vendas continuam aquecidas. Em outubro, o número de unidades novas vendidas – 27.751 – já havia superado o total de 2013 como um todo.
 
“Se eu continuar a lançar e a demanda a absorver, é muito difícil estimar quando vai deixar de ganho real”, afirma. Em 2011 e 2012, colocamos 66 mil imóveis [novos no mercado] e vendemos 55 mil, e este ano vendemos mais do que lançamos”

Para Zylberstajn, coordenador do Fipezap, um eventual recuo só deverá ocorrer se o mercado de trabalho apresentar retração. Para novembro, entretanto, a Fipe prevê que o desemprego atinja nova mínima histórica.
 
“Há demanda com uma situação muito próxima de pleno emprego”, comenta o economista. “A pergunta é até quando isso vai durar. Eu certamente não esperaria que os preços subam acima da inflação para sempre.”
 
 
 
FONTE: IG ECONOMIA

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