Pequenos investidores de Eike perdem até
R$ 2 milhões: "Deveria ser preso"
Conheça as histórias de investidores que acreditaram nas
promessas do ex-bilionário e perderam suas economias ao comprar ações da OGX,
que entrou em recuperação judicial
Marília
Almeida- iG São
Paulo|
"Se Eike Batista entrar em uma padaria e pedir pão com leite fiado,
o padeiro não vai dar para ele!". É neste tom, e com a voz alterada, que um dos
cerca de 50 mil investidores pessoas físicas da OGX, conta a história de seu
investimento na petroleira do empresário Eike Batista. Ele perdeu cerca de R$ 2
milhões, "mais do que gostaria, menos do que poderia".
Detentora de uma dívida
de R$ 11,2 bilhões , a OGX pediu recuperação judicial na quarta-feira (30).
Agora tem 60 dias para apresentar aos credores um plano de recuperação.
Morador da cidade de São Paulo, André (nome fictício do investidor, que
prefere o anonimato) resolveu vender suas ações quando a petroleira OGX anunciou
que a perfuração dos poços de Tubarão Azul seria suspensa após o campo ser
declarado comercialmente inviável, em julho deste ano.
"Três meses antes, a empresa havia divulgado grandes expectativas com relação
ao poço". André comprou as ações a R$ 5,30. Vendeu por R$ 0,45.
André investe há sete anos em ações na bolsa de valores, e conta
que já perdeu mais. "Faz parte da regra do jogo. Mas desta vez foi diferente.
Uma coisa é assumir risco. Outra é divulgar informações mentirosas. Eu considero
o caso um estelionato, é caso de polícia. Ele deveria ser preso". O sentimento?
O pior possível, conta.
Diante do prejuízo com as ações da OGX, André diz ter "deixado de
investir em coisa séria, gerar emprego e adquirir mais segurança. "Desta forma,
teria meu patrimônio preservado". E se resigna em reaver o investimento.
Poupança do pai
Marta Batista (que escolheu o sobrenome para seu nome fictício em homenagem a
Eike), de São Paulo, sente raiva quando fala do que aconteceu com as ações da
OGX. Seu pai, de 82 anos, decidiu criar uma aplicação para o período de cinco
anos que beneficiaria ela e suas irmãs. Marta então recomendou a ele o
investimento na petroleira de Eike Batista, ainda na época do lançamento das
ações na bolsa, em junho de 2008.
Na ocasião, a oferta inicial de ações (IPO) da OGX foi considerada
a maior da história da BM&FBovespa. Marta estima já ter perdido R$ 400 mil.
Sente raiva e, o pai, decepção.
Agora, Marta não pensa em receber o dinheiro de volta e decidiu
deixá-lo "virando pó". "Não tiramos da bolsa porque temos vergonha de atestar
que caímos nesta armadilha, não nos conformamos". E resume: "Foi um crime".
Quinze anos de bolsa
O investidor Marcelo (também um nome fictício), do Espírito Santo, é
prestador de serviço na área de saúde, investia na bolsa há 15 anos na
expectativa de fazer uma poupança de longo prazo. A primeira vez que errou a mão
foi com a OGX. Agora, com o pedido de recuperação judicial, está apreensivo.
Marcelo esperou o preço da ação chegar a R$ 8. Para o minoritário, grandes
investidores haviam levado a ação a um patamar inadequado. E apostou "sem medo",
diz, 70% de suas aplicações na empresa. Perdeu, até agora, R$ 80 mil. Diante do
futuro incerto da empresa, ainda acredita em uma virada.
Novato
Angústia e muito stress foi o que sentiu o artista plástico carioca de 42
anos, aqui chamado de Rodolfo. Em seu primeiro investimento na bolsa de valores,
resolveu apostar na OGX.
Rodolfo comprou as ações da companhia, em 2011, a R$ 19,70. E este ano,
comprou mais, a R$ 2,60, como recomendação de sua corretora, pouco antes do
papel despencar. Estima ter perdido até agora R$ 200 mil.
O artista plástico lembra que Eike Batista lançava, na época, seu livro, "O X
da questão - a Trajetória do Maior Empreendedor do Brasil". "Queria ter a
coragem de tirar todo o dinheiro dos papéis da OGX. Para acabar com este
sofrimento, esquecer essa etapa da minha vida".
O dinheiro, que acredita ter levado cerca de 15 anos para reunir, fruto do
seu trabalho, estava aplicado antes em Certificados de Depósito Bancário (CDBs),
seria direcionado para a sua poupança no futuro.
Transferência de investimentos
André, o investidor paulista que perdeu cerca de R$ 2 milhões, acredita que a
bolsa levou uma pancada com o caso da OGX. Ele pretende desistir da aplicação em
ações. "A partir de agora, irei investir em tijolo. Pelo menos não tomam de mim.
Apesar que, no Brasil, sempre há esse risco aumentando impostos", conclui.
Marta conta que investia na bolsa pensando em uma poupança de longo prazo.
Agora, se sente enganada. "Minha confiança na bolsa e em empresas diminuiu. Eike
Batista me fez perder a fé no índice Ibovespa". Agora, Marta quer realizar
aplicações em previdência, poupança e letras de crédito imobiliário (LCI).
Marcelo, o investidor do Espírito Santo, suspendeu seus investimentos na
bolsa, até verificar o que acontecerá com o dinheiro aplicado.
Muita propaganda
Mas por qual razão esses pequenos investidores apostaram muitas fichas na
OGX, a petroleira de Eike Batista? Eles respondem: acreditaram no sonho
americano, no empresário de sucesso. E até em uma empresa com grandes
expectativas.
"As apresentações da OGX eram maravilhosas. A produção era fantástica. A
impressão é que Eike divulgou somente as mais otimistas", relata André. Marta
conta que acreditou na visão do "empreendedor do futuro" e na solidez do setor
de petróleo.
Para Marcelo, o fato da OGX não ser uma sociedade anônima e ter um dono de
fato, que injetou capital na empresa, passava confiança. "Achei que ela estaria
bem situada. Que ele não iria querer perder o dinheiro que apostou nela."
Na opinião de Rodolfo, havia muita 'propaganda' em torno da imagem do
empresário. E, quando verificou que grandes bancos e até o próprio Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disse: por quê não? "Era
tudo uma maravilha. Nunca acreditei que pudesse virar pó", conclui.
Últimos da fila
O pedido
de recuperação judicial garante à empresa um prazo de 180 dias – prorrogável
por mais 180 – para apresentação de um plano de reestruturação e quitação dos
débitos pendentes.
Caso o plano não seja aprovado por unanimidade, os credores da empresa têm
mais 60 dias para ajustá-lo e aprová-lo. Caso não seja aprovado novamente, a
empresa entra em processo de falência.
Se o plano de reestruturação for aprovado, a OGX deve executá-lo no prazo
máximo de dois anos a partir da data da entrada do pedido de recuperação
judicial. Caso não consiga implementá-lo, pode ser movida para liquidação de
falência pelo tribunal.
No caso de liquidação, os acionistas da OGX só receberiam o pagamento caso a
venda de ativos seja suficiente para reembolsar integralmente todos os credores
da companhia, que têm prioridade no pagamento.
Especialistas dão dicas sobre a aplicação e explicam suas três funções mais
importantes nas finanças
Dia da Poupança: conservadores,
brasileiros investem mais na caderneta
Volume total investido em cadernetas de poupança triplicou
em sete anos, mas o número de investidores cresceu apenas 46% – saiba qual a
melhor forma de usar esse investimento
Bárbara
Ladeia- iG São Paulo|
O aclamado crescimento da renda média do brasileiro na última
década fez bem a diversos setores. Empurrou a educação, estimulou o consumo e também
a caderneta de poupança. Desde 2006, o volume total investido nesta aplicação
quase triplicou, superando os R$ 538 bilhões em junho, segundo o último
levantamento do Banco
Central .
Esse seria um dado exclusivamente positivo não fosse o outro dado
que ele agrega. O número de investidores na modalidade cresceu 46% no mesmo
período. Sim, o dado é positivo. Mas ainda que aponte alta, essa variação é um
importante indicativo de que a educação financeira ainda não faz parte do
cotidiano do brasileiro.
A comparação desses dois números indica, claramente, que o hábito de poupar
não cresceu tanto quanto a renda disponível. Em outras palavras, quem investia,
passou a investir mais. Uma parcela bem menor adotou o hábito de poupar.
No Banco do Brasil, segundo maior banco em volume financeiro em
cadernetas de poupança, a maior parte dos clientes é das classes B, C e D. Entre
2010 e 2013, o volume aumentou 30% na instituição.
Essa é uma das leituras de Aline Rabelo, coordenadora do
Investmania. “As pessoas não têm hábito de guardar dinheiro. A falta de
informação e o cenário de incerteza acabam sustentando o hábito da caderneta de
poupança”, afirma. “A poupança é o investimento mais popular entre os
brasileiros, mas nem sempre é a melhor opção de aplicação.”
De fato, não é. Em maio e junho deste ano, o rendimento da poupança foi
inferior à inflação acumulada em 12 meses. Na prática, isso significou perder
dinheiro.
Entender essa lógica é fácil. Suponhamos que em junho de 2012, você havia
decidido comprar uma televisão que custava R$ 100. Em junho de 2013, a inflação
anual já teria corrigido o preço para R$ 106,46, ao passo que a poupança teria
aumentado seu investimento em R$ 105,60. Em outras palavras, valeria mais a pena
ter gastado o dinheiro naquela momento em vez de esperar e guardar o montante na
poupança.
Isso porque em maio e junho ainda valiam as novas regras da
poupança, estipuladas para quando a taxa básica de juros, a chamada Selic,
estivesse abaixo dos 8,5%. Com os juros em número igual ou inferior, fica fixada
a correção da poupança em 5,6%. Segundo o Banco do Brasil, as regras não
impactaram no número de investidores, mas Aline acha que conforme a caderneta
perder o apelo, os investidores naturalmente migrarão de aplicação.
Com o aumento da taxa Selic para 9% em agosto, a caderneta de poupança
definitivamente voltou a bater a maior parte dos fundos de renda fixa com taxa
de administração acima de 0,5% ao mês, além de superar a última projeção da
inflação calculada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para 2013,
de 5,8%. Mas em outubro, com nova alta para 9,5%, a caderneta de poupança perdeu
atratividade frente aos fundos referenciados pelo CDI (Certificado de Depósitos
Interbancários).
Serve para quê?
Sob o ponto de vista da rentabilidade, naturalmente, fica a
pergunta: se não rende bem, a poupança serve para quê? Ela tem três importantes
funções no mundo das finanças pessoais: perfeita para reservas de emergência, de
curtíssimo prazo e para quem está dando os primeiros passos na disciplina
financeira.
Para Aline, a poupança não serve para mais que três meses de aplicação. “Você
recebe o 13º agora, mas sabe que vai pagar IPTU, IPVA e matrícula da escola dos
filhos já em fevereiro, por exemplo. Separa esse valor e põe na poupança”,
aconselha.
Para aquela viagem daqui a seis meses ou a mobília da casa nova no final do
ano, Aline sugere outra aplicação como as Letras de Crédito Imobiliário e do
Agronegócio. Assim como a poupança, as LCI e as LCA têm proteção do Fundo
Garantidor de Crédito e não sofrem incidência de Imposto de Renda. “Falta
iniciativa e falta informação. A cultura de investimento não cresceu tanto
quanto o nível de renda”, comenta.
Do ponto de vista educativo, o sucesso é claro. Para quem nunca teve costume
de guardar dinheiro, a poupança é o caminho mais prático e rápido para começar a
criar esse hábito.
A evolução da caderneta de Poupança entre 2006 e 2013
Confira a evolução no número de clientes e do volume total investido em
cadernetas de poupança no País
A caderneta de poupança é velha conhecida do brasileiro, mas é esse
exercício de poupar que traz o verdadeiro sentido do Dia Mundial da Poupança,
comemorado nesta quinta-feira (31). O professor Reinaldo Domingos, da Dsop
Educação Ficanceira, lembra que sem um objetivo claro e um prazo definido, fica
difícil dar o primeiro passo.
Poupar já é difícil. Não ver resultado desse esforço pode tornar o caminho
mais difícil. "Aplicação tem de ter sonho e prazo para realização, caso
contrário, você não se sente estimulado", diz.
Para o curtíssimo prazo, a poupança. Para médio prazo, Reinaldo Domingos
sugere os títulos do Tesouro Direto e, no longo, os planos de previdência
privada. "Cada um tem uma rentabilidade compatível com seu prazo de resgate. O
investimento certo aponta para a melhor eficiência na direção dos seus
objetivos."
A cada dez lojas no Estado, seis estão na capital; setor faturou R$ 14 bilhões em
2012
Patrícia
Basilio- iG São
Paulo| - Atualizada às
Ao caminhar pela capital paulista, não é raro esbarrar em alguém
passeando com um cachorro. Também não é difícil encontrar um pet shop pelas
proximidades de casa.
Essas constatações não são à toa. Segundo dados da Associação
Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a
cidade de São Paulo concentra 62,5% (5 mil) dos 8 mil pet shops presentes no
Estado. Além disso, 90% dos lares brasileiros possuem algum animal de estimação,
como cão e gato.
Para enfrentar esse mercado bastante competitivo, os pequenos
empreendedores — que administram 97% dos pet shops paulistanos — devem apostar
na diferenciação de produtos.
“A diferença entre grandes redes, como Pet Center Marginal e
Cobasi, e as pequenas lojas está no tratamento e serviço personalizado que só
comércios de bairro conseguem oferecer”, afirma Ricardo Calil, coordenador da
área pet do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas).
Com a concentração de pet shops na cidade de São Paulo, Calil aconselha micro
e pequenos empresários paulistanos a buscar pontos comerciais em outras cidades,
como o ABC Paulista e o interior. “São Paulo [capital] sempre reserva boas
oportunidades, mas quanto mais o empreendedor buscar cidades pouco exploradas,
mais chances tem de sucesso”, garante.
Setor pet
De acordo com Ligia Amorim, diretora-geral da NürnbergMesse Brasil,
organizadora da feira Pet South America, que ocorre até quinta-feira (31) no
Expo Center Norte, zona norte de São Paulo, o setor pet no Brasil — incluindo
grandes empresas — movimentou R$ 14 bilhões em 2012. Para este ano, a
expectativa é de um crescimento da ordem de 7%.
“Apesar do setor estar em plena ascensão, os consumidores não compram
qualquer coisa. Eles buscam produtos com preço bom e alta qualidade”, pondera a
executiva.
Na avaliação de Calil, do Sebrae, os pequenos empresários devem atentar-se a
essa realidade e investir em produção de alto valor agregado “Não é porque o
setor está crescendo que o empreendedor vai remar na mesma maré”, alerta ele.
Certamente você já deve ter se perguntado por que tantas pessoas engordam após a faculdade.
Não estou falando de pessoas com distúrbios hormonais, mas de pessoas saudáveis que eram magras e pareciam que nunca engordariam na vida.
Cinco anos depois, você certamente deve conhecer vários exemplos que contrariaram essa “regra”.
Como ocorre o ganho de peso
É importante entender que o ganho de peso não acontece da noite para o dia.
Grama por grama, o processo acontece enquanto dirigimos diariamente para o trabalho e então sentamos em frente a um computador por oito ou dez horas diariamente.
Em outras palavras, acontece quando nos mudamos para o mundo real.
O interessante disso tudo é que se conversarmos com qualquer amigo (mesmo os que ganharam peso) sobre perda de peso, eles vão dizer uma dessas coisas:
“Evite carboidratos.” “Não coma antes de dormir, porque a gordura não é queimada eficientemente enquanto dormimos.” “Se você comer prioritariamente proteínas, vai perder muito peso rapidamente.” “Tomar chá-verde acelera o metabolismo.”
É engraçado ouvir essas coisas. Talvez alguns até estejam corretos, talvez não. Mas este não é o ponto.
O ponto é que adoramos discutir minúcias e complicar coisas que deveriam ser simples.
Quando se trata da perda de peso, 99,99% de nós precisamos saber apenas que emagrecer e atingir o peso ideal é simplesmente resultado da qualidade da sua alimentação (o que você come) e não a quantidade dos alimentos (quanto você come), por incrível que pareça.
Até mesmo os exercícios, muito importantes para a saúde e bem-estar geral, não são pré-requisitos para emagrecimento.
Apenas atletas profissionais precisam fazer mais que isso.
No entanto, ao invés de aceitar essas simples verdades e agir de acordo com elas, preferimos discutir sobre gorduras trans, dieta da proteína, dieta do chá-verde… Nota: Se você procura um material realmente de qualidade sobre perda de peso, recomendo o livro eletrônico oficial do site Emagrecer de Vez.
Por que dinheiro e comida são tão parecidos?
Quando se trata de comida, nós…
não controlamos a qualidade do que comemos.
comemos mais do que sabemos.
discutimos minúcias sobre calorias, dietas e programas de exercícios.
damos mais valor a conselhos de programas de TV ao invés de livros baseados em pesquisas.
Quando se trata de dinheiro, nós…
não controlamos nossos gastos.
gastamos mais do que percebemos (ou admitimos).
discutimos minúcias sobre taxas de juros ou as ações mais promissoras.
ouvimos conselhos de amigos e parentes ao invés de bons livros sobre finanças pessoais.
Como ocorre o descontrole financeiro
A maioria de nós está em uma dessas duas áreas, quando se trata de dinheiro:
Nós simplesmente ignoramos e nos sentimos culpados;
Ou ficamos obcecados por detalhes financeiros (taxas de juros, riscos envolvidos) sem tomar uma ação.
Ambas as alternativas direcionam para o mesmo resultado: nenhum.
A verdade é que a grande maioria das pessoas não precisa de um consultor financeiro para ajudá-la a enriquecer.
Precisamos saber apenas o básico sobre como investir, as aplicações financeiras mais inteligentes, seguras e rentáveis e então deixar nosso dinheiro crescer por vários anos.
Mas parece simples demais para ser verdade, não é mesmo?
Ao invés disso, preferimos procurar por gurus que fazem infinitas previsões sobre o melhor investimento do ano, as ações mais recomendadas da semana, e por aí vai.
Procuramos por esses “experts” ainda mais em períodos de turbulências, como nas grandes crises ou quedas das bolsas de valores.
Por que?
Porque adoramos discutir minúcias e complicar coisas que deveriam ser simples (já falei isso anteriormente).
Quando fazemos isso, de alguma forma nos sentimos satisfeitos. Sentimos que estamos indo para algum lugar.
O problema é que esse sentimento é totalmente ilusório.
Focar nesses detalhes é o caminho mais fácil para não fazer nada.
Imagine a última vez que você conversou com um amigo sobre finanças ou fitness.
Você foi correr ou malhar logo em seguida? Você fez um investimento após essa conversa?
Provavelmente não.
Conclusão
As pessoas adoram discutir sobre pontos pouco relevantes, em parte porque elas sentem que isso tira a culpa de, na verdade, ter que tomar uma atitude (seja financeira ou saudável).
Esqueça os detalhes.
Aprenda pequenos passos para controlar seus gastos, gastando assim menos do que ganha e investindo a diferença.
Assim como você não precisa ser um nutricionista para perder peso ou um engenheiro automotivo para dirigir um carro, você não precisa saber tudo sobre finanças pessoais para ficar rico. Você não tem que ser um expert para ficar rico.
Você tem apenas que aprender a extrair as informações realmente relevantes e dar o primeiro passo.
Em outras palavras, organizar a vida financeira (ou mesmo perder peso) é mais fácil do que parece. Basta ignorar o excesso de informação existente, focar no que realmente importa e agir.
Até a próxima!
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Maior elétrica do mundo, State Grid
planeja investir R$ 21 bilhões no Brasil
Investimento no Brasil faz parte de estratégia da empresa
chinesa no exterior, que já envolve ativos no valor de US$ 16 bilhões em países
como Portugal e Austrália
Agência
Estado|
Terceira maior companhia da China e maior elétrica do mundo, a State Grid
tem planos ambiciosos para crescer no Brasil. Em entrevista exclusiva ao
'Broadcast', serviço em tempo real da 'Agência Estado', o presidente da estatal
chinesa no Brasil, Cai Hongxian, revelou a meta de investir US$ 10 bilhões
(cerca de R$ 21 bilhões) no setor elétrico brasileiro até 2015. "É uma meta
agressiva", reconheceu.
Além de consolidar sua base de ativos no segmento de transmissão, a
estratégia inclui crescer em geração e distribuição de energia, com aquisição de
ativos e desenvolvimento de novos empreendimentos.
Os chineses não estão dispostos, no entanto, a fazer qualquer tipo
de negócio no Brasil. Segundo Hongxian, as oportunidades de investimento
identificadas aqui são levadas para apreciação da diretoria na China e competem
com projetos ao redor do mundo. "Não somos malucos e nem investimos sem nos
preocupar com o retorno dos projetos", afirmou o executivo, negando a influência
do governo chinês na estratégia no Brasil.
A expansão no Brasil integra um plano maior, de crescimento internacional.
Até agora, a chinesa investiu em torno de US$ 16 bilhões em ativos no exterior,
adquirindo participações em empresas de países como Portugal e Austrália. Na
China, a companhia fornece energia para 1,1 bilhão de pessoas e teve faturamento
de US$ 307,9 bilhões em 2012.
Hoje, o Brasil é a maior operação internacional da empresa, com receita de R$
632 milhões e ativos avaliados em R$ 6,88 bilhões ao final de 2012. A State Grid
detém 12 concessões de transmissão e está presente em outras quatro, com 51% de
participação. A companhia surpreendeu especialistas logo que entrou no País,
comprando sete linhas de transmissão da espanhola Plena Transmissora, no fim de
2010. Hoje, administra uma rede de 6,7 mil quilômetros e está construindo mais
3,9 mil km arrematados em leilões.
Para crescer no Brasil, a companhia considera tanto adquirir ativos em
operação como disputar leilões de geração e transmissão. Em geração, Hongxian
revelou o interesse em investir em projetos hidrelétricos e eólicos. "Não
queremos empreendimentos de pequeno porte", disse. Nesse contexto, a companhia
tem planos de disputar as concessões das hidrelétricas São Manoel e Itaocara,
que o governo pretende licitar no leilão de energia nova marcado para dezembro.
A State Grid também já está preparada para disputar o leilão da transmissão
de Belo Monte (PA). "São projetos como esse que nos fazem estar aqui", disse. O
governo federal ainda não definiu uma data, mas planeja licitar o primeiro
tronco do sistema de transmissão de Belo Monte ainda no início de 2014. Segundo
Hongxian, a State Grid tem experiência na transferência de grandes blocos de
energia entre regiões distantes.
A companhia é líder mundial em linhas de transmissão em ultratensão em longas
distâncias e desenvolve projetos com essa tecnologia há mais de cinco anos, o
que a credencia para a disputa da transmissão de Belo Monte. Na China, os
principais negócios da companhia são justamente os setores de transmissão e
distribuição de energia elétrica.
A expectativa do mercado é de que o próximo grande negócio no setor de
distribuição no Brasil seja uma possível venda das distribuidoras federalizadas
sob a gestão da Eletrobrás. Hongxian sinalizou o interesse da State Grid pelos
ativos, mas ponderou que se trata de uma oportunidade de investimento complexa.
"Essa é uma decisão muito difícil. Se para a Eletrobras já é difícil gerenciar
esses ativos, diria que seria muito difícil para uma companhia chinesa lidar com
isso."
Parcerias
Embora tenha capacidade financeira para tocar projetos sozinha, a State Grid
planeja firmar parcerias com empresas brasileiras. Nos leilões de transmissão
que venceu, a companhia teve como parceiras Copel e Furnas.
Essa aproximação tem como objetivo compartilhar tecnologias e facilitar a
resolução de questões locais, como licenciamento ambiental. Nem a morosidade do
processo decisório das estatais no País diminuiu o apetite da empresa. "Somos
uma estatal na China e sabemos como isso funciona", brincou.
As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.