terça-feira, 15 de julho de 2014

INVESTIMENTO PROGRAMADO




Investimento programado é solução para quem não consegue poupar sozinho



Por Taís Laporta - iG São Paulo |
 
 
           

Corretoras chegam a oferecer descontos para quem optar pela ferramenta de aportes automáticos


Quem não tem disciplina para guardar dinheiro pode solucionar o problema com a ajuda da tecnologia. Recentemente, bancos e corretoras passaram a oferecer a opção de programar os aportes de investimentos automaticamente, uma mãozinha para quem sofre de preguiça e desorganização.
 
Thinkstock/Getty Images
Agendamento de aportes não gera custo adicional para o investidor indisciplinado
O cérebro tende a sabotar o ato de poupar, acredita o professor de finanças do Insper, Michael Viriato. “Investir é algo penoso, porque se abdica do prazer de consumir hoje para usufruir no futuro. Por isso, criar uma opção mais rigorosa é interessante”.
 
 
Leia também: Ela gasta, ele poupa: opostos se atraem também nas finanças


A coordenadora do Investmania e especialista em finanças pessoais, Aline Rabelo, acredita que o principal motivo da indisciplina é o hábito de gastar primeiro e poupar depois. “Deveria ser o contrário: investir antes e gastar o que sobrou”, ressalta.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os grandes bancos permitem agendar, sem custos, transferências para cadernetas de poupança pelo internet banking. Quem aplica em fundos de investimento também pode programar os aportes.
No Itaú, o cliente escolhe um dia no mês e um valor para serem debitados da conta corrente por períodos consecutivos. Banco do Brasil e HSBC oferecem opções semelhantes para este tipo de aplicação. O Banrisul, por sua vez, permite agendar os aportes para datas diferentes, por período indeterminado ou agendar uma única parcela.
 
 
 
Descontos para quem utilizar a ferramenta

Algumas corretoras também passaram a oferecer a ferramenta. O Rico, plataforma da corretora Octo Investimentos, oferece desde o ano passado descontos aos clientes que optem pelo agendamento programado de ações, títulos públicos e fundos de investimento.
Thinkstock/Getty Images
Reinvestimento automático de juros é opção no Tesouro Direto
Segundo a diretora da Rico, Monica Saccarelli, a taxa de corretagem praticada de R$ 9,80 cai para 0,5% do valor investido se a transação for feita por agendamento automático, com aportes a partir de R$ 100.
 
Contudo, a taxa de adesão ainda é muito baixa. Apenas 5% dos clientes da corretora optaram pelo recurso, em grande parte investidores do Tesouro Direto, conta Monica.

Além do aporte programado, há também alternativas tradicionais de poupança forçada, como os consórcios de imóveis ou veículos, que são pagos periodicamente, em sua maioria, por boletos de cobrança. Planos de previdência privada também forçam o comprometimento do investidor com as cobranças mensais.

Há mais de um ano, os títulos públicos passaram a oferecer a opção de reinvestir automaticamente os juros ou o valor resgatado no vencimento. O dinheiro é redirecionado para uma nova aplicação escolhida pelo investidor. É possível reinvestir todo o valor ou só uma parte dele.



Investimento não deve ser esquecido

Para fazer a movimentação agendada, é preciso ter saldo disponível na conta. Portanto, não adianta agendar um valor que esteja fora das possibilidades do investidor, alerta Aline, da Investmania.
“O ideal é programar um valor que esteja sempre disponível, mesmo que seja baixo. No longo prazo, pode-se acumular uma quantia considerável e uma pequena riqueza com aportes regulares”, explica a especialista.

 
 
 
 
 
 
 
 
Deixar de acompanhar a aplicação só porque os débitos foram programados é um erro grave, de acordo com Viriato, do Insper. “É preciso sempre acompanhar o desempenho do produto para saber se ele continua bom ou se é melhor mudar para outro”.
Para o professor, o ideal é que se faça uma revisão do investimento a cada seis meses ou, no mínimo, uma vez por ano. Quem tem disciplina, segundo ele, não se beneficia essa ferramenta. "O investidor organizado leva mais vantagem porque ele acompanha de perto o produto", conclui.
 
 
 
FONTE: IG ECONOMIA

Nenhum comentário: