sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

ONDE INVESTIR EM 2015 ??




Poupança ou fundo de investimento, o que é melhor com a Selic a 11%?

 

 

 
Por Téo Cury - Com a provável elevação da taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% ao ano para 11% na quarta-feira, como espera o mercado, as aplicações em renda fixa, como os fundos de investimento, ficam mais atrativos e ganham da poupança na maioria das situações.
 
É o que diz o diretor executivo de estudos e pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac) Miguel José Ribeiro de Oliveira.

Entretanto, mesmo com esta elevação da Selic, as cadernetas de poupança vão continuar interessantes frente aos fundos de renda fixa, principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 2,5% ao ano.
A simulação toma como base fundos que tenham rendimento semelhante aos juros da Selic, no caso, os fundos DI. Fundos que possuem outras aplicações, como prefixados ou papéis mais longos ou papéis privados, que podem pagar taxas maiores que a Selic, como os fundos renda fixa ou renda fixa crédito ou índices, podem ter desempenhos diferentes, acima ou abaixo da Selic, o que dificulta a comparação.
Oliveira lembra que uma vantagem da caderneta de poupança é ter seu ganho garantido por lei, de acordo com a taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, e não sofrer qualquer tributação, diferentemente dos fundos de renda fixa que possuem cobrança do imposto de renda sobre seus rendimentos. O imposto vai de 22,5% para prazos até seis meses, 20% de seis a 12 meses, 17,5% de um ano a dois e 15% acima de dois anos.
Além disso, há a cobrança de uma taxa de administração sobre o valor aplicado, a título de pagamento pelos serviços do banco como gestor do fundo. Essa taxa é anual e já é descontada todo dia da remuneração informada pelo banco nas cotas.
Com a Selic tendo ultrapassado o percentual de 8,50% ao ano, o rendimento da poupança nova, aquela criada em 4 de maio de 2012 e que rende 70% da taxa Selic, e da poupança antiga passaram a ter, a partir de agosto, o mesmo rendimento, de TR + 6,17% ao ano.
Na análise da Anefac, foi considerado igualmente o custo da taxa de administração cobrada pelos bancos entre 0,50% ao ano até 3% ao ano, padrão utilizado no sistema financeiro.
Quanto menor o prazo de resgate da aplicação, bem como quanto maior for a taxa de administração cobrada pelo banco no fundo, maior vai ser a vantagem da poupança. E, quando a taxa de administração for superior a 2,5% ao ano, a poupança deve superar os fundos de investimento mesmo nos prazos mais longos.
Simulações
A Anefac simulou algumas das possíveis aplicações financeiras no valor de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses, considerando a Selic estável em 11% ao ano. Na poupança, o investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 655,00, 6,55% ao ano, totalizando um valor aplicado de R$ 10.655,00.
Em um fundo de investimentos DI cuja taxa de administração fosse de 1% ao ano, este investidor teria acumulado de rendimento o valor de R$ 783,00, 7,83% ao ano, totalizando R$ 10.783,00. Caso a taxa de administração fosse de 2% ao ano este investidor teria acumulado R$ 693,00, 6,93% ao ano, totalizando R$ 10.693,00;
Em um último caso, de um fundo de investimentos cuja taxa fosse de 3% ao ano, este investidor teria acumulado R$ 591,00, 5,91% ao ano, totalizando aplicação de R$ 10.591,00.
CDB de 85% do CDI pelo menos
Considerando uma aplicação em CDB, o investidor teria que obter uma taxa de juros de cerca de 85% do CDI para atingir o mesmo ganho obtido pela poupança nova, já que as aplicações em CDB’s pagam igualmente IR de acordo com o prazo de resgate da aplicação.

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