quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

BRASIL: PIB E INFLAÇÃO PIORES AINDA




Mercado prevê inflação e

recuo do PIB

ainda maiores

 
 
Foto: Thinkstock
 
 
Expectativa de alta de preços foi revisada de 7,27% para 7,33%,
enquanto a previsão de crescimento
da economia recuou 0,5%
 
            
 
 

Economistas voltam a piorar projeções para PIB e inflação em 2015 pela 8ª semana

 
 

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras voltaram a piorar suas projeções para o crescimento econômico e a inflação neste ano, mantendo o cenário para a política monetária ao final de 2015.
 
 
A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 piorou pela oitava semana seguida, a uma contração de 0,50 por cento, contra queda de 0,42 por cento no levantamento anterior.


A indústria é um grande peso sobre a atividade, mas a projeção de recuo na produção passou a 0,35 por cento, ante contração de 0,43 por cento antes.

Sobre 2016, a projeção para o PIB continua sendo de expansão de 1,50 por cento.
Em meio a riscos de racionamento de energia elétrica e de água, o Brasil não vem conseguindo imprimir uma recuperação sustentada da atividade diante do cenário confiança abalada e inflação alta.


Em relação à alta do IPCA neste ano, a pesquisa apontou a oitava piora seguida da projeção para 2015. Os economistas consultados agora projetam avanço de 7,33 por cento, contra 7,27 por cento anteriormente.


Os preços administrados devem ser os grandes vilões da inflação neste ano, com projeção no Focus de alta de 10,4 por cento, 0,4 ponto percentual a mais do que na semana anterior.


Para o final de 2016 a expectativa de avanço do IPCA permanece de 5,6 por cento, com alta de 5,5 por cento dos preços administrados, projeção também inalterada.


Com a inflação em níveis elevados, os especialistas mantiveram o cenário de que a Selic encerrará 2015 a 12,75 por cento. Eles projetam alta de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, atualmente em 12,25 por cento, na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom).


Para 2016, a mediana das projeções continua apontando que a Selic encerrará a 11,50 por cento.


Já o Top-5 de médio prazo, com os economistas que mais acertam as projeções, mantém a expectativa de Selic a 13 por cento ao final deste ano, mas reduziu a perspectiva para 2016 a 11,38, contra 11,50 na pesquisa anterior.


(Por Camila Moreira; Edição de Luciana Otoni)        


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