sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

BOLSA FAMÍLIA: É FÁCIL SE INSCREVER?

Bolsa Família: 

saiba como 
se inscrever 
no programa 
https://bit.ly/353wXB6



CADASTRO ÚNICO RESOLVE?


Orientação é procurar o setor responsável pelo Bolsa Família ou Cadastro Único no município; família só será selecionada se estiver dentro das regras


Brasília – O primeiro passo para participar do Bolsa Família é se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 

A inscrição pode ser feita no setor responsável pelo Bolsa Família ou Cadastro Único no município. 

Em muitas cidades, o próprio Centro de Referência de Assistência Social (Cras) realiza o cadastramento. 

A família só entrará no programa, no entanto, se estiver dentro do perfil de renda exigido.

QUANTO RECEBO?

O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente pobres, com renda por pessoa de até R$ 85, e pobres, que possuem renda por pessoa entre R$ 85,01 e R$ 170. 


QUANDO RECEBO?

Ao ingressar no programa, as famílias recebem o dinheiro mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação. 

O valor repassado a cada usuário varia conforme o número de membros da família, idade e renda declarada no Cadastro Único.


 É DEMORADO?



 A diretora do Departamento de Benefícios do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Caroline Paranayba, ressalta que a seleção das famílias ocorre por meio de um sistema informatizado. 


O MEU CADASTRO ÚNICO JÁ ME GARANTE O BOLSA FAMÍLIA?



Ela destaca ainda que a inscrição da família no Cadastro Único não garante a entrada automática no programa. 


O QUE ME GARANTE RECEBER 

O BOLSA FAMÍLIA?

“O Bolsa Família tem uma disponibilidade orçamentária e um limite de famílias para atender, de acordo com a estimativa de pobreza de cada município. 

Com base nisso e no perfil das famílias, selecionamos as que poderão ingressar no programa. A entrada não é automática”, pondera.


COMO FAÇO MINHA INSCRIÇÃO?

 A inscrição no Cadastro Único deve ser feita por:

= uma pessoa da família, chamada de Responsável Familiar, 

= precisa ter pelo menos 16 anos e,

=  preferencialmente, ser mulher. 


QUE DOCUMENTOS EU LEVO
PARA O CADASTRO ?

Para fazer o cadastro, é necessário apresentar:

= CPF ou título de eleitor, 

= além de algum documento dos outros integrantes da família. 


QUAIS SÃO OS OUTROS PROGRAMAS SOCIAIS QUE EU POSSO TER?

Ao fazer parte do Cadastro Único, as famílias podem ter acesso a outros programas sociais do governo federal, como:

= Tarifa Social de Energia Elétrica;

= Minha Casa Minha Vida;

= Carteira do Idoso;

= Programa Cisternas;

entre outros. 


COMO SEI QUANDO POSSO SACAR 

MEU BOLSA FAMÍLIA?

 Saque – Quem ingressa no Bolsa Família recebe em casa uma correspondência informando que foi selecionado. 


QUANDO RECEBO O 
CARTÃO BOLSA FAMILIA?

O prazo para entrega dos cartões, emitidos pela CAIXA, é de 30 a 45 dias. 


COMO EU SACO O MEU DINHEIRO SEM O CARTÃO?

Nesse período, o beneficiário pode sacar o dinheiro através de guia bancária apresentando documento de identificação em qualquer agência da CAIXA. 


COMO É ENTREGUE O MEU CARTÃO DO BOLSA FAMILIA?

Quando o cartão é entregue, um integrante da família maior de 18 anos deve assinar o recebimento. 


E SE NÃO TEM NINGUÉM, 

COMO FAÇO PARA PEGAR 

MEU CARTÃO DO BOLSA FAMÍLIA?

Caso não haja ninguém na residência, serão feitas mais duas tentativas. 

Depois disso, o cartão fica disponível na agência dos Correios por 20 dias. 

Após esse prazo, os Correios encaminham o cartão para uma agência da Caixa. 


COMO FAÇO O CARTÃO DO BOLSA FAMÍLA FUNCIONAR NO BANCO?

1) DESBLOQUEIE SEU CARTÃO:

Para ativar o cartão, o responsável familiar deve ligar gratuitamente de qualquer telefone, fixo ou celular, para o número 0800 726 0207 solicitando o desbloqueio e a liberação para o cadastramento da senha. 


2) CADASTRE SUA SENHA NA LOTÉRICA OU NA CAIXA

Em seguida, é preciso ir a uma lotérica para cadastrar a senha e assinar o termo de responsabilidade de guarda do cartão.  Após o cadastramento, o atendente passará o cartão no terminal eletrônico para ativá-lo. 


3)LEVE SEUS DOCUMENTOS NA LOTÉRICA OU NA CAIXA

Também é indispensável apresentar um documento de identificação para realizar o procedimento. 

A ativação do cartão e cadastramento da senha também podem ser feitos diretamente em qualquer agência da CAIXA. 


E DEPOIS: MEU CADASTRO 

PRECISA SER ATUALIZADO?

 Atualização cadastral – Os beneficiários do Bolsa Família precisam estar atentos à atualização cadastral. 


O QUE EU PRECISO INFORMAR 

NA ATUALIZAÇÃO DO

 MEU CADASTRO?

É preciso informar a gestão municipal do programa, por exemplo:

= em caso de mudança de endereço;

= nascimento ou morte de alguém da família;

= aumento ou diminuição de renda. 


E SE EU ESQUECER DE

 ATUALIZAR MEU CADASTRO, 

O QUE ACONTECE?

Se não mantiver o cadastro atualizado, a família pode ter o repasse do recurso bloqueado. 


NÃO MUDOU NADA, 

PRECISO ATUALIZAR 

MEU CADASTRO?

Mesmo que não tenha ocorrido nenhuma mudança, as famílias precisam atualizar ou confirmar os dados a cada dois anos para continuar recebendo o benefício. 

Informações sobre os programas do MDS:
0800 707 2003

Informações para a imprensa:
Ascom/MDSA(61) 2030-1505www.mds.gov.br/area-de-imprensa

FONTE: 

mds.gov.br

publicado


 

em 30/08/2017 15h15






ADMINISTRAR, GERIR E GERENCIAR? TIRE AS DÚVIDAS


ADMINISTRAR

GERIR 

GERENCIAR?




Administrar, gerenciar ou gerir?Empréstimos com garantia do idioma?

 Tire as dúvidas.


Nem pesquisem muito para  descobrir qual é a diferença, baixamos os juros para os brasileiros, em o que seja administração, gerência e gestão, garantido sem enrolação.


Embora as informações sejam numerosas não há congruência entre elas. Isso mesmo


Não é à toa que os conceitos sejam usados indistintamente. Escolha o melhor empréstimo para você, a lingua portuguesa permite.


Eu mesmo faço isso e não está errado


Pelo menos o dicionário Aulete - a qualidade do empréstimo com garantia para você e sua empresa - e não é o único - coloca as três no mesmo verbete de definição sobre o que seja Administração. 



O que diz o Aulete? Leiam abaixo: 

  • Ação ou resultado de administrar.

  • Gestão de negócios, atividades, projetos públicos ou particulares.

  • Modo de administrar, de gerir; DIREÇÃO; GERÊNCIA; GOVERNO.


Além desse mix limpo e sempre higiênico temos os entendimentos que chamarei de  conceitos populares e cujo melhor exemplo colhi no site de perguntas e respostas do Yahoo (clique no link).


Acho que o leitor já percebeu aonde quero chegar e por isso mesmo não vou me alongar nessa introdução para obter qualidade com garantia e bastante confiança sempre.


Devo apenas registrar que existe, sim, diferença entre os três conceitos, desmaie, pasme e embora não sendo difícil entendê-los a aplicação corrente na linguagem escrita e falada às vezes confunde os usuários. Use coisas sólidas: carro, casa, apartamento ou salário. São garantias que aumentam a credibilidade e baixam os juros do bolso e do idioma também.


Na internet o melhor artigo que encontrei sobre o tema foi esse que transcrevo abaixo. 


E quero também expressar que concordo com o autor em gênero, numero e grau. É confiável, cai a inadimplência, taxa de juros fica menor... essas coisas da lingua portuguesa, WhatsApp, né.


É dentro desse conjunto de compreensão que procuro o meu entendimento, mais dinheiro é liberado, prazo maior é certo, simule e tenha juros mais baixos. É  a mesma garantia, é paz!


E vou prestar mais atenção ainda.  É criativo, tipo design gráfico, anúncio em inglês, chique, eficiente, jogo de estratégia, Call Of War, entende?


Para quem tenha interesse de caracterizar melhor as diferenças entre o que seja administrar, gerenciar e gerir  recomendo que o leiam e afirmo que vale a pena. É gestão da informação, receba consultoria grátis, garantia, confiança, ecológica, certificado de qualidade ISO e tudo o mais! 


Definição de gestão, administração e gerenciamento

Gestão de projetos, gestão de pessoas, administração de empresas, gerenciamento de recursos… 


Termos comuns hoje em dia, mas muita gente se confunde e não entende a diferença entre um e outro. 


Por André Luís Lima de Paula



Frequentemente nos deparamos através da literatura e em nosso cotidiano com os termos administração, gerenciamento e gestão sendo utilizados como sinônimos.


Cada autor tem sua própria definição. Cada colaborador dentro de uma organização normalmente utiliza os termos da forma que herdou. Clientes satisfeitos, consultoria personalizada, sucesso, rentabilidade. Um diz isto, outro diz aquilo e não se chega a um consenso.


Longe de entrar em discussões filosóficas, discreto, fácil, conveniente, simples, escaneia, não perfura, kit tutorial, leitor e sensor para a qual a maioria das pessoas não dispõe de tempo, pretendemos fornecer definições simples e práticas para a utilização dos três termos. Cada um poderá se localizar por si mesmo.


As definições a seguir estão baseadas no livro Moderno Gerenciamento de Projetos do autor Dalton Valeriano (Editora Pearson, 2005).


  • Administração - Trata dos problemas típicos das empresas, como os recursos financeiros, recursos patrimoniais e recursos (ou talentos) humanos. É a responsável pela criação de um ambiente favorável. Palavras correspondentes: administrar, administrador.

  • Gerenciamento - Trata de níveis específicos da organização, como departamentos ou divisões (marketing, produção etc.) ou projetos. Palavras correspondentes: gerenciar, gerente.

  • Gestão - Trata de níveis especializados tanto no que diz respeito à administração quanto ao gerenciamento. Por exemplo, em projetos, temos a gestão dos custos, gestão da qualidade, gestão dos riscos etc. Palavras correspondentes: gerir, gestor.


Em português, o termo administração parece carregar algo de arcaico e pesado, enquanto que o termo gestão soa como algo moderno e flexível, tipo um carro Toyota Corolla que eu quero, escolho a cor, monte o seu, simule ciclo Toyota e pronto: feliz de carro novinho!


Alguns intuem que gestão é algo superior à administração e isto é verdadeiro no sentido que o termo gestão vem sendo utilizado, isto é, por envolver mais técnica, habilidade, engenhosidade. Entretanto, enquanto hierarquia dentro das organizações, a administração permanece acima da gestão.


Vamos exemplificar: 


quando o pessoal de RH (administração) coloca a folha de pagamento para rodar ou faz a checagem da frequência de seus colaboradores, está fazendo a pura administração, ou seja, atividades simples que não exigem maior aperfeiçoamento. 


Bem diferente e exclusivo Exchange global é diferente: time de especialistas globais, são experts de todas as áreas do mundo, verdadeira potência em tecnologia, é como pensou em criptomoeddas e consultoria feita para você, com time global de especialistas, bom? Contemporâneo, Maravilhoso!


Mas, quando este mesmo pessoal de RH estabelece planos de carreira baseados em detalhados critérios de avaliação e promoção, quando promovem cursos e treinamentos de acordo com as necessidades específicas da organização e de seus colaboradores, quando entram em uma rede social para acompanhar seu pessoal, está fazendo gestão.


Até mesmo quando resolvem examinar o mapa natal de seus colaboradores para encontrar características interessantes que podem ser confirmadas e utilizadas, temos aí um legítimo trabalho de gestão, gestão de pessoas.


A administração engloba a alta administração. É a responsável pelo destino da organização como um todo. Sem o apoio da alta administração, departamentos e projetos ficam comprometidos.


No contexto de projetos, para resumir e interagir a utilização dos três termos, podemos dizer que:


  • o todo é gerenciado (gerenciamento) enquanto os níveis especializados são geridos (gestão).


Um projeto ocorre quando a administração proporciona um ambiente que permita e, principalmente, apoie sua realização (alinhamento ao planejamento estratégico).



Conceitos de Gestão e Administração: Uma Revisão Crítica


Emerson de Paulo Dias

Administrador de empresas pela UCG, e mestrando em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Franca-SP - FACEF, bolsista da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.


Resumo



As palavras Gestão e Administração fazem parte do cotidiano de várias pessoas, dentre elas os membros da academia. Mas, o intercâmbio destes termos é feito, com freqüência, de maneira indiscriminada, e poucas são as obras que almejam impor um marco limítrofe entre estes conceitos. O que se propõe é uma revisão teórica do assunto, buscando diferenciar administração e gestão, lançando mão de vários autores, dicionários e até posicionamento temporal de ambas.

Conceitos de Gestão e Administração: uma revisão crítica


O uso da palavra Gestão vem se intensificando no Brasil nos últimos anos de forma conspícua. O volume de obras publicadas com esta expressão vem tomando conta das prateleiras de negócios em todas as livrarias. Os cursos de Gestão, quer sejam puramente de gestão ou gestão com qualquer delimitador que tragam (ambiental, da produção etc.), envolvem as faculdades de administração por todo o país.

Neste contexto o termo Administração perdeu seu status, e cedeu parte de seu lugar para a Gestão. Porém, quando se questiona as pessoas sobre o que é um termo e o outro, surgem as dificuldades da delimitação de ambos. O que se vê é uma falta de concordância entre os marcos limítrofes deste questionamento. No dia-a-dia, o intercâmbio destas palavras é feito usualmente de forma indiscriminada.

O que se pretende é levantar a discussão sobre esta problemática. Não cabe a uma área do conhecimento científico deixar dúvidas sem respostas, principalmente quando estas dúvidas recaem sobre seu próprio nome. Os poucos esforços feitos neste sentido não são, até o momento, suficientes para pôr fim a este tema.

Em um primeiro momento serão discutidas as diferenças contextuais e de aplicação entre um termo e outro, recorrendo aos dicionários, à origem de uma e de outra palavra e ao seu emprego histórico. Buscando evidenciar que existem diferenças entre os termos e desmistificar o senso comum sobre algumas delas.

No segundo momento, levantam-se as semelhanças práticas entre os dois termos, recorrendo aos clássicos da literatura para buscar as convergências entre eles e embasar a parte seguinte do artigo. A terceira parte relata as diferenças práticas entres ambos, mostrando onde a administração pára e prossegue a gestão. A seção final traz algumas inferências e as conceituações sobre as duas palavras.

Deve-se dizer que a tarefa é árida principalmente no que tange à delimitação da gestão. As várias obras pesquisadas não são definitivamente esclarecedoras sobre a questão e os mais diversos autores não demonstram uma certeza sobre o tema. Esta foi sem dúvida a dificuldade deste artigo.

Porém, como eles próprios pregavam a universalidade da administração, não seria possível usar como diferenciação a aplicação sobre o bem público ou privado. Seriam afinal, vocábulos equivalentes? A busca, então, foi conduzida para os dicionários.

Os dicionários da língua portuguesa trazem as duas palavras – gestão e administração

  • como sinônimos entre si. Mostram que suas origens vêm do latim, e mesmo possuindo estruturas diferentes, são traduzidas de forma semelhante enquanto sentido de ação, como bem relata o Novo Dicionário Aurélio – Século XXI:


Gestão - [Do lat. gestione.] S.f.

    1. Ato de gerir; gerência, administração.


Gestão de negócios. Jur.

1. Administração oficiosa de negócio alheio, sem mandato ou representação legal.


Administração - [Do lat. administratione.]

S. f.

  1. Ação de administrar.

  2. Gestão de negócios públicos ou particulares.

  3. Governo, regência.

  4. Conjunto de princípios, normas e funções que têm por fim ordenar a estrutura e funcionamento de uma organização (empresa, órgão público etc.).

  5. Prática desses princípios, normas e funções: 2

  6. Função de administrador; gestão, gerência.


O dicionário Michaelis (1998), de português-inglês e inglês-português, traduz as duas palavras de forma indistinta, também como sinônimos. Tem-se agora que management, administration, gestão e administração seriam palavras intercambiáveis e substitutas.

Continuando a busca em dicionários, porém agora nos de negócios, Dicionário de Negócios (1999) e Dicionário de Termos de Negócios (1997), há ainda uma tendência de serem palavras equivalentes, mas é visível uma disposição na utilização de management para gestão e gerência, reservando para administração mais, e não exclusivamente, administration.

Mantendo o escopo ainda nos dicionários, mas, agora, apenas nos de inglês-inglês, nota-se a efetiva utilização da palavra administration como sinônimo, de forma discreta, de management e uma constante ligação daquela a “administração” pública. Por sua vez, o termo management nunca é ligado ao termo administration, aquele sempre ligado à direção pura e simples ou à condução de negócios.

“Management – direction; control; handling; good management of a business; management of a shop; those in charge of a business or enterprise; also, all such people collectively.” The Holt International Dictionary of English (1966).

Neste momento poder-se-ia enveredar por esta discussão, administração pública, mas Sócrates e Fayol já o fizeram. E, na Segunda Guerra Mundial os executivos de empresas privadas americanas o demonstraram, quando assumiram postos no exército e no governo americano, sendo este, segundo muitos, o motivo do sucesso daquele país nessa guerra. Tal diferenciação não seria cabível.

Os tradutores do livro Administração: tarefas, responsabilidades e práticas, de Peter Drucker, fazem a seguinte ressalva: “Nos EUA se distinguem ‘management’ de ‘administration’ e se emprega muito mais a primeira. Aqui poderíamos usar, respectivamente ‘gestão’ e ‘administração’, mas seríamos minoria.” (in: DRUCKER,1975: 5)

Este relato talvez esclareça o fato de, em sua grande maioria, os originais das obras americanas utilizarem o termo management e não administration, até mesmo a obra-prima de Taylor o faz. Mas, as traduções brasileiras empregam quase que unanimemente administração. Seria, portanto, responsabilidade dos tradutores este conflito na língua portuguesa. Carlos A. Malferrari deixa claro não ser isto algo intencional e sim parte das dificuldades da tradução, “Traduzir não é propriamente fácil” (in: DRUKER,1984: 26).

O fator histórico também pode ser relevado para uma diferenciação de ambos os termos. Na obra “Aprenda Sozinho Administração”, M. Gilbert Frost3, que não é um dos discípulos de Taylor, relata o surgimento da gestão, ou pelo menos, seu estudo em separado, quando da transição do sistema familiar de produção para o sistema doméstico de produção. Drucker (1975) coloca como a origem do management o fim do Século XIX e início do XX. Isto posto, temos uma diferença de centenas de anos entre administração (Grécia antiga) e management (EUA moderno).

“Managers always have to administer” – Drucker (1984:26), neste momento deve ter ficado claro, há uma diferença entre os termos Administração e Gestão. E a comumente aceita diferença entre a origem do capital (público ou privado) sobre o qual se impõe a ação, não é válida para diferenciar os termos.




3 A obra não traz a data nem da publicação original nem da tradução, nada se encontrou que pudesse caracterizá- la.

As semelhanças práticas



Antes de levantar algumas diferenças, talvez seja relevante apontar determinadas semelhanças. Este é o caso para a existência de qualquer uma das duas, quer seja gestão ou administração, há a necessidade da influência sobre terceiros, ou seja, deve-se exercer ambas sobre o indivíduo, para coordená-lo, orientá-lo e dirigi-lo. Compartilham desta idéia pessoas como Tead (1972), Drucker (1975), Trewatha (1979), Allen (1974), Koontz (1978), Barnard

(1971), Fayol (1960), Taylor (1990) e Sócrates, entre outros.

Para Fayol (1960), os princípios da administração seriam universais e aplicáveis em todas as organizações, podendo ser o Estado, pequena ou grande empresa e, até mesmo, o exército. Estariam presentes em todos os cargos da empresa, respeitando a necessidade de existir influência sobre terceiros. O primeiro ponto é comum a todos os autores consultados, porém o segundo ponto encontra resistência em: “Na sala do conselho, porém, ele dirige a companhia e não as atividades dos outros.” (GILBERT: 18), mas o que parece uma afronta a Fayol, se olhado atentamente, é, na verdade, mais uma semelhança:

A função administrativa distingue-se claramente das outras cinco funções essenciais. É necessário não confundi-la com a direção. Dirigir é conduzir a empresa, tendo em vista os fins visados, procurando as maiores vantagens possíveis de todos os recursos de que ela dispõe; é assegurar a marcha das seis funções essenciais (FAYOL, 1960: 13).


Portanto, seria uma não confusão entre dirigir e administrar e a ausência de controle direto sobre o trabalho de subordinados. A afronta seria, na verdade, uma corroboração.

As semelhanças se estendem por vários dos princípios que se tornam comuns tanto a uma quanto à outra, uma fricção, seria o princípio da unidade de comando. Neste princípio, os dois expoentes, Taylor e Fayol, discordam peremptoriamente, aquele não o utilizando e este afirmando que tal fato seria o caos. O acontecimento merece até passagem na obra de Fayol (1960:94-97). Mas o fato parece ser menor, e as constatações de Simon (1970:22-26) vêm a confirmar que Taylor estaria certo, mas não ecoam como verdade absoluta. O fato seria mais um problema no princípio, detalhado e esclarecido com a estrutura matricial, muito utilizada para desenvolvimento de projetos, o que não é foco deste estudo.

Ainda nos princípios, a preocupação tanto de Fayol como de Taylor sobre a seleção das pessoas para ocupar os cargos é ponto comum. O adágio “O homem certo no lugar certo”

é pertinente a ambos, sendo para Taylor uma obsessão pela produtividade. Já para Fayol é mais uma questão de ordem.

Para terminar as semelhanças, seria necessário um elenco dos elementos, do que é para Fayol, a “função administração”:


  • Previsão

  • Organização

  • Comando

  • Coordenação e

  • Controle

Há uma certa discórdia sobre a quantidade e o nome destes componentes, o que propicia algum comentário. O próprio Fayol (1960:12), ao listar o comando já faz suas ressalvas, alegando que poderia deixá-lo e estudá-lo à margem, mas não o fez por ter seus motivos.

Para Koontz (1978:49-50), o termo comando seria substituído por designação de pessoal, contudo preservando o mesmo significado, e o termo coordenação passaria a ser nomeado direção, mesma nomenclatura adotada por Louis A. Allen (1974). Para Michael Jucius e William Schlender (1976) o termo ideal seria orientar, e a mesma tarefa, para Leon et. al. (1996), seria liderança. No âmago são apenas variações de títulos com pouca distinção de conteúdo.

Quanto ao número de quatro ou cinco tarefas, parece ser ideal adotar quatro, e colocar o comando dentro das demais. O que fica é o acordo sobre as funções a desempenhar.

Cabe salientar todos os autores, quer tragam no título de suas obras management ou administration, de forma geral, concordam com estas semelhanças. O próprio Taylor utilizava freqüentemente estes elementos.


As diferenças práticas

O início para discutir estas diferenças, seria uma comparação entre a obra de Fayol (1960) e a de Taylor (1990), conhecidos como “fundadores” da administração clássica e científica4, respectivamente.


4 Há estudos anteriores que podem ser considerados iniciadores da era científica, e deve-se ressaltar os nomes de Henry Metcalfe e Henry R. Towner.

A primeira diferença já aparece com o próprio título das obras: ADMINISTRATION INDUSTRIELLE ET GÉNÉRALE (Fayol, 1960) e THE SCIENTIFIC MANAGEMENT

(Taylor,1990).

Fayol (1960:9) trata a administração como mais uma das funções nas operações das empresas de qualquer porte, e distingue-a das funções: técnica, comercial, financeira, de segurança e de contabilidade. Caberia à direção “(...) assegurar a marcha das seis funções essenciais.” (idem:13). Isto posto, conclui-se que a administração agiria junto com as outras técnicas, não sobre estas e nem estas seriam parte da administração.

A já referida obra de Taylor desenvolve-se onde, segundo Fayol (idem:19), haveria a menor presença da função administrativa, na chefia direta sobre o operário de chão de fábrica. Alguns poderiam alegar ser apenas uma diferença de posicionamento de estudo, Taylor com uma visão bottom up e Fayol com uma visão top down, seriam, portanto, obras complementares.

Porém a intensa preocupação de Taylor com a função técnica (produção), fato muito mais evidente em sua obra Shop Management (1909), que relata seu grande empenho e sua obsessão sobre a produção de forma a estudá-la e analisá-la. Seu apego a números, tempo e estatística, função contábil, é muito mais a explicação para a divulgação de sua obra que qualquer outro fato. Taylor chegou a assumir um cargo de contador e estudou esta ciência mais a fundo.

Há ainda, uma preocupação de intensa redução de custos, objetivando a saúde financeira da empresa e a melhor remuneração aos operários. Esta redução de custos teria como motivação principal o abatimento do preço de venda, expandindo assim o número de possíveis compradores, uma preocupação claramente comercial (vendas).

O que se segue na evolução das escolas de gestão nos Estados Unidos é um foco acentuado em outras áreas do conhecimento que não a administração. Iniciando em Mary Parker Follett e passando por Elton Mayo e Abraham Maslow, entre outros, a gestão passou a ser dominada por psicólogos e sociólogos, merecendo até estudos específicos em Harvard, com a formação de um grupo interdisciplinar (GABOR, 2001:126).

Os “Garotos-Prodígios”, em especial, Robert S. McNamara, trouxeram uma intensa preocupação com os números, a matemática e a estatística eram o centro da gestão. A biologia também teve sua vez com a teoria de sistemas e posteriormente com a teoria das

contingências. A gestão tornou-se um aglutinado de conhecimentos das mais variadas áreas do saber.

Deming é, sem dúvida, uma síntese da prática da gestão. Seus gráficos e controles estatísticos em busca da qualidade sugerem que ela deveria ser baseada no relacionamento com o operariado (sociologia). A preocupação com o controle da cadeia de suprimento (materiais/logística), o conhecimento dos clientes e seus desejos, através da pesquisa de mercado (mercadologia), mostram que ele entendeu como ninguém, ou antes, mais que a maioria, o conceito de sistema aberto (biologia).

Os autores que tratam da Administration em seus textos originais como: Simon (1970) e TEAD (1972), detêm-se somente às funções da administração enunciadas por Fayol (idem:30), e retêm-se aos embates das aplicações destes princípios. Uma exceção seria Koontz (1978), que emprega o termo management no título de seu livro, mesmo atendo-se apenas às funções da administração. Neste caso poder-se-ia explicar pelo ângulo das observações, que quanto mais no topo da pirâmide hierárquica for o foco da análise, mais administração se encontra. Outro fator explicativo para isto seriam as correntes seguidas pelos autores, que, de forma tácita, pode-se notar, têm uma inclinação para: Fayol, Sheldon5, Urwick e Barnad.

O mesmo poderia explicar o caso de Peter Drucker, tido como estrategista e, portanto, focando o topo das organizações. Cabe ressaltar que Drucker evidencia que existe a diferença entre administração e gestão. Outras funções como finanças e vendas não são tratadas em suas obras, que deixam bem claro que existe um limite entre elas.

“Ao classificar as funções de administração, cumpre distinguir claramente as de operação, tais como venda, fabrico, contabilidade, engenharia e compra.” (KOONTZ, O’DONNELL, 1978: 47)

Já outros como Trewatha (1979), Gilbert, Allen (1974) e Sheldon, seguindo a escola de Taylor, fazem de suas obras, Management no original, esclarecedoras sobre os elementos da administração (planejamento, controle, direção e organização). Porém, trazem, também, entrelaçadas as outras funções corporativas: comercial, financeira; deixando evidente que estas fazem parte do dia-a-dia da gestão.





5 Este com as ressalvas de tratar da produção e da responsabilidade social.

Considerações



Esgotar qualquer assunto parece impossível, principalmente este dilema Gestão e Administração. O termo gestão é novo, com a força que possui hoje, até mesmo na academia, e será difícil assumir algumas constatações. “A verossimilhança tende a dominar o espírito da multidão, ou seja, as pessoas aceitam mais o que parece verdadeiro do que aquilo que realmente é.” (Platão in: PARRA FILHO, SANTOS, 2000:36).

Mas cabem, de toda forma, algumas inferências. É verdade, a administração está presente em todos os cargos. Mas o cargo não é composto apenas pela administração, algo mais o compõe. Funções outras o integram como: finanças, vendas, técnicas e contabilidade. Criou-se o departamento administrativo, legado da especialização de Taylor, Fayol e Weber, e quase se conseguia tocar a administração. A administração era algo distinto e separado do restante da empresa, parecendo ter vida própria.

Porém, a administração não existe por si só e em si só. Precisa das outras funções corporativas para existir e do objeto para agir. Como os estudos de sua participação nos cargos bem relatam, a administração evolui de uma intensidade mínima até uma máxima, mas nunca é única. Segundo Fayol (idem) varia em 5%, no caso de um operário, a até 60% para um chefe de Estado.

Já a gestão, também, não é o cargo, ou melhor, seria o imperativo do cargo. Seria administração, comercial, contabilidade, finanças, segurança e técnicas, cada qual em sua medida e em seu lugar, sempre observando as necessidades da situação onde está inserida. Talvez, por isso, os cursos de “Administração” sejam menos – planejamento, direção, organização, controle, e mais – vendas, produção, finanças, estatística, contabilidade, materiais, matemática e psicologia.

Seria correto gestão da produção e administração na produção. Ou seja, gestão de algo e administração em algo. Isto não desmerece a administração, ao contrário, seria impossível conceber a gestão sem ela. Mas a gestão incorpora a administração e faz dela mais uma das funções necessárias para seu desempenho.

Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar pessoas para atingir de forma eficiente e eficaz os objetivos de uma organização.

Gestão é lançar mão de todas as funções6 e conhecimentos7 necessários para através de pessoas atingir os objetivos de uma organização de forma eficiente e eficaz.

Atualmente, após várias mudanças organizacionais (downsizing, reengenharia, empowerment etc.), parece ficar mais claro que o desempenho em um cargo de chefia exige muito mais que administração. Um gerente de recursos humanos deve entender tanto da parte técnica, da parte administrativa (planejamento, organização etc.), como da parte financeira contábil, da parte de produção (processos) e muito mais do mercado (clientes e concorrentes). Isto se aplica a todos os cargos de chefia igualmente.





FONTES: 
http://www.oficinadegerencia.com/2012/03/administrar-gerenciar-ou-gerir-tire-as.html
http://legacy.unifacef.com.br/rea/edicao01/ed01_art01.pdf