terça-feira, 19 de julho de 2011

Desemprego em junho é o menor para o mês em 9 anos, diz IBGE

Taxa de desocupação ficou em 6,2% no mês; rendimento médio real também é recorde para junho, com R$ 1.578,50


iG São Paulo 19/07/2011 09:16


A taxa de desemprego no País ficou 6,2% em junho, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor patamar para o mês de junho desde o início da série histórica, em 2002.


Em relação a maio (6,4%), o desemprego ficou praticamente estável. Já frente a junho de 2010 (7%), houve queda de 0,8 ponto percentual.



A população desocupada nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE ficou em 1,5 milhão em junho, que representa um recuo mensal de 3% e queda anual de 10,4%.



Já o contingente de ocupados somou 22,4 milhões no mês, praticamente estável em relação a maio. Em comparação com junho de 2010, observa-se aumento de 2,3%.



Taxa de desocupação no Brasil

Oscilação do desemprego no País nos meses de junho desde 2002


O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou em 10,8 milhões, sem variação significativa em relação a maio.



O nível da ocupação – que representa a proporção de pessoas empregadas em relação às pessoas em idade ativa – ficou em 53,5%, mostrando estabilidade frente a maio e alta de 0,6 ponto percentual em relação a junho de 2010.



Salários

O rendimento médio real do trabalhador brasileiro foi de R$ 1.578,50 em junho, alta de 0,5% sobre maio e de 4% na comparação anual. Esse é o maior valor para o mês desde 2002.



A massa de rendimento real habitual ficou em R$ 35,6 bilhões, estável em relação a maio e 6,2% maior que o registrado em junho do ano passado. Já a massa de rendimento efetivo dos ocupados, de R$ 35,3 bilhões, ficou estável em maio e subiu 6,6% no ano.



Regiões

Segundo o IBGE, a taxa de desocupação não apresenta variações significativas nas regiões metropolitanas em relação a maio. Na comparação com junho de 2010, foram verificadas quedas em Recife (2,5 pontos percentuais), Salvador (1,8 ponto percentual) e em São Paulo (0,8 ponto percentual).



O contingente de desocupados também não mudou muito na comparação mensal. Em relação a junho do ano passado, houve queda em Recife (28,7%) e em Salvador (15,3%).


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FONTE: IG ECONOMIA

Segunda maior rede de livrarias dos EUA vai fechar as portas

Segunda maior rede de livrarias dos EUA vai fechar as portas


Sem conseguir sobreviver à revolução digital, Borders vai liquidar 339 lojas após não encontrar compradores

iG São Paulo 18/07/2011 19:15


Rede de livrarias Borders, a segunda maior dos EUA, vai fechar as portas

A Borders, segunda maior rede de livrarias dos Estados Unidos, anunciou que vai fechar suas portas depois de não encontrar compradores, informou o The Wall Street Journal.



A falência da varejista americana reflete a decadência do mercado de livros impressos com a rápida migração para os meios digitais.



A rede de livrarias, que ainda emprega 10,7 mil pessoas, pedirá na quinta-feira que a Justiça aprove a venda de suas 399 lojas remanescentes para liquidar dívidas com seus credores.



A venda das unidades deve ser iniciada ainda na sexta-feira e a rede espera já ter saído de vez do negócio até setembro.



“Após os melhores esforços de todas as partes, estamos entristecidos pelos desdobramentos”, afirmou Mike Edwards, presidente da Borders Group. “Estávamos todos buscando arduamente um diferente fim, mas as ventanias que estamos enfrentando por um bom tempo, incluindo a rápida mudança na indústria de livros, a revolução do leitor eletrônico e a turbulência econômica, nos levaram à situação em que nos encontramos”, disse o executivo.



A última chance de sobrevivência da Borders fracassou na semana passada, quando as conversações com o investidor Jahm Majafi naufragaram. A rede de livrarias tentou encontrar outros compradores no fim de semana, mas não recebeu ofertas que pudessem salvá-la da liquidação.



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FONTE: IG ECONOMIA - EMPRESAS

segunda-feira, 18 de julho de 2011

De boia fria a megaempresário de moda para as classes A e B

Morena Rosa, grupo que reúne grifes de moda feminina, masculina e infantil, faturou R$ 250 milhões em 2010


Soraia Duarte, especial para o iG 18/07/2011 05:55


Percebe alguma relação entre um Monza marrom, ano 91, e uma grife de moda feminina? Para a Morena Rosa - marca mais lembrada por oito em cada dez mulheres das classes A e B, de acordo com o instituto de pesquisa Datafolha -, tem tudo a ver. Afinal, a empresa nasceu com o dinheiro da venda do automóvel, em 1993, único bem que Marco Franzato, fundador da empresa, possuía na época. Com os cerca de US$ 8 mil que levantou com a venda, comprou os primeiros tecidos utilizados pela confecção. E em 2010, dezessete anos depois, sua grife registrava um faturamento de R$ 250 milhões.



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Esses resultados foram bastante superiores à média de seus concorrentes. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, o mercado de moda movimentou R$ 53 bilhões em 2010, com um crescimento de 6%, em média, comparado a 2009. Já a empresa de Franzato cresceu cerca de 30% no mesmo período, ritmo que pretende manter neste ano, quando espera atingir R$ 300 milhões em vendas.



Marco Franzato, da Morena Rosa: Monza transformado em empresa de sucesso

Parte desse crescimento virá naturalmente, com a crescente expansão das classes A e B, para quem os produtos que fabrica são destinados. Outra parte virá de estratégias de negócios, como o recente lançamento da linha de calçados Morena Rosa, e com as novas lojas conceito, exclusivas para a marca. “Queremos fortalecer nossa marca com essas lojas”, justifica Franzato. Em agosto inaugurará uma unidade em São Paulo, no Shopping Morumbi, que se somará aos endereços em Balneário Camboriú (SC) e Maringá (PR). Até o fim do ano, inaugurará mais três lojas, no Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador.



Mas se regressarmos um pouco mais no tempo, veremos que Franzato fez mais do que transformar um Monza em uma empresa de sucesso. Ele transformou um ex-boia fria em um dos maiores empresários de moda do País. Isso mesmo. Franzato foi boia fria, atividade que começou a exercer aos sete anos de idade, nas fazendas de café de Cianorte, no interior do Paraná, distante 510 km da capital. Só conseguiu se alfabetizar aos 15 anos, quando começou a frequentar um supletivo, etapa que foi sucedida por um curso técnico em contabilidade. No final dos anos 80 conseguiu finalizar o ensino superior, em administração, e ainda retornou à faculdade nos primeiros anos da Morena Rosa, para cursar Direito.



Com esse histórico de superação, não foi difícil, para Franzato, abrir mão de seu carro quando viu que a fábrica de doces e balas em que trabalhava, em 1993, estava prestes a abrir concordata. Mesmo sem saber nada de confecção, acreditou nos instrumentos que tinha em mãos: sua capacidade empreendedora e a facilidade que tem com os números, além do bom gosto da esposa, que era professora de matemática, e da experiência da cunhada, que já trabalhava com alta costura e possuía quatro máquinas.



Antes de se atirar ao empreendimento, porém, Franzato e dois cunhados seus, que entraram como sócios na confecção, fizeram um planejamento para os primeiros cinco anos. Programaram, ano a ano, como o capital seria investido, além de quantas e quais peças seriam fabricadas. Optaram por produzir moletons. “Era moda na época”, lembra. Também planejou como seria a abordagem às lojas multimarcas. Começariam pelos municípios com até 60 mil habitantes, como a própria Cianorte. Depois, partiria para cidades próximas, com até 100 mil habitantes, como a catarinense Brusque. Posteriormente, focaria em polos regionais, como Maringá, e assim por diante.



Franzato no insituto criado por ele em Cianorte (PR), que já atendeu mais de 37 mil pessoas



Moletom, ônibus e fusca emprestado



Enquanto as mulheres cuidavam dos moldes, cortes e costuras, Franzato batia de porta em porta, oferecendo os moletons aos lojistas. Sem carro, viajava de ônibus ou usava um Fusca da família, esforço que logo lhe trouxe resultado: as metas previstas para os cinco anos foram atingidas em apenas três. “Fui percebendo a necessidade de novos mercados”, argumenta. “Colocamos a ideia no papel, e deu muito certo”.



A partir daí, passou a mudar as estratégias. Incluiu a fabricação de jeans, passou a contratar representantes e, cada vez mais, foi aumentando o portfólio de produtos, passando a segmentá-los. Em 1997, criou a marca Zinco, com moda masculina. Em 1998, a marca Maria Valentina, com roupas femininas mais sofisticadas. Em 2004, lançou a linha praia, com a Morena Rosa Beach. E, em 2009, adquiriu a marca Joy, de roupas infantis. Construiu, assim, o Grupo Morena Rosa, que conta atualmente com 19 fábricas espalhadas pelo Paraná e São Paulo, 2,2 mil funcionários diretos, 90 representantes e 3,5 mil pontos de venda.





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O planejamento estratégico, segundo Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, é a principal atividade que deve ser adotada por quem quer investir em um negócio próprio. “É fundamental planejar, incluindo a parte financeira”, orienta.



Franzato concorda. “Visão estratégica e grande senso de organização, além de vontade e disponibilidade para trabalhar muito, são a base para construir uma história de sucesso”, acredita. Por isso, já tem planos traçados até 2020, quando pretende transformar o grupo em sociedade anônima e deixar a gestão, delegando-a para profissionais. Mas, até lá, continuará focando no Brasil, voltado aos consumidores das classes A e B. “Temos público e muito a fazer para melhorar o mercado interno”, avalia. E credita à expansão da economia do País parte do sucesso de seu negócio. “A gente pegou o Brasil andando, e evoluímos juntos”, afirma. “O Brasil é uma paixão”.



Por isso, Franzato, que hoje tem 51 anos, conta que, para devolver à sociedade parte do que conquistou, criou o Instituto Morena Rosa de Desenvolvimento Humano em 2006, em Cianorte, cidade onde tudo começou e que abriga a sede do grupo. Com essa iniciativa, ofereceu atendimentos jurídicos e clínicos com dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas para quase 37 mil pessoas. Também atendeu 334 crianças em seus projetos sociais relacionados a atletismo, alfabetização e música. “Queremos ajudar, porque a maior lição que tirei, como empreendedor, é que não se constrói uma história sozinho”.



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FONTE: IG ECONOMIA

Como lidar com comportamentos irritantes dos colegas?

Ter paciência e espaço aberto para diálogo são soluções, dizem consultores


Maria Carolina Nomura, iG São Paulo 18/07/2011 05:58

Como lidar com comportamentos irritantes dos colegas?Ter paciência e espaço aberto para diálogo são soluções, dizem consultores


Sempre que seu colega chegava ao trabalho, a advogada C.N, que pediu para não ser identificada, fechava a cara. “Eu não suportava o perfume dele e ele sentava bem ao meu lado. Era ele chegar para eu ficar de mau humor”, lembra. E não era só o perfume forte que a incomodava. “Ele ficava horas na internet navegando em redes sociais, falava alto ao telefone assuntos pessoais, se gabava de ter saído com fulana, enfim, era uma pessoa insuportável.”


Muitas vezes as pessoas não têm consciência de atitudes que se tornam irritantes aos olhos do outro, diz Sueli Brusco

A solução para que ela conseguisse trabalhar “em paz” foi pedir para mudar de lugar. “Assim, ele ficou bem longe de mim e não tive de pedir para ele parar de usar aquele perfume horroroso e falar mais baixo ao telefone”, comemora.



Segundo Sueli Brusco, diretora executiva da SimGroup, agência especializada em motivação, reconhecimento e premiação, muitas vezes as pessoas não têm consciência de atitudes que se tornam irritantes aos olhos do outro. “Em empresas, o que ocorre é que, ao longo do tempo, o próprio grupo vai afastando esse colega”, afirma.



Subjetivo

“O que pode irritar uma pessoa, para outra pode ser um leve desconforto, motivo de piadas, de risadas", compara Marcelo Chianello, diretor presidente da Ello Atelier do Comportamento. "O fundamental é expor o que incomoda, sempre com muito trato no diálogo.”



Chianello estabelece alguns graus de comportamentos inadequados. “Dentre os considerados ‘inconvenientes leves’, por exemplo, existe aquele colega que interrompe sua concentração, várias vezes ao dia, para perguntar o ramal de um determinado departamento. Alguns incômodos são ‘moderados’, como aquele colega que sempre se considera o melhor; e casos mais ‘graves’, quando um colega provoca intrigas, calúnias, inimizade entre pessoas e áreas da empresa”, diz.


Falar em voz alta, tentar dominar a reunião ou querer aparecer mais que os outros podem ser indicativos de que essa pessoa precisa de um acompanhamento psicológico

Sueli Brusco comenta também que pessoas com personalidade mais centralizadora, que se posicionam como donos da verdade, também tendem a ser mais irritantes. “Falar em voz alta, tentar dominar a reunião ou querer aparecer mais que os outros são atitudes que irritam os colegas, mas também são indicativos de que essa pessoa precisa de um acompanhamento psicológico. Na maioria dos casos, o comportamento irritante de um colega é um reflexo dos problemas pessoais dele”, acrescenta.



Desempenho

Independentemente do grau de irritação, o alerta deve ficar vermelho se as atitudes dos colegas começarem a atrapalhar a produtividade. Nesse caso, o diálogo é imprescindível, além de uma boa dose de paciência e benevolência. “O melhor procedimento a fazer, nesse caso, é reportar o que está te incomodando ao coordenador do grupo. Assim, você não causa constrangimento e nem cria um ambiente pesado na empresa”, aponta Sueli.



O gestor também ter um papel importante a cumprir se o desempenho da equipe ficar comprometido, uma vez que uma de suas competências deve ser saber gerenciar conflitos.



O problema, diz Chianello, é quando o comportamento errático parte do próprio líder. “Existem times competentes que se desmotivam e desmoronam porque cansam de líderes autoritários e egoístas. Isso provoca, com o tempo, uma intensa irritação, minimamente percebida em diversos níveis hierárquicos da empresa.”



FONTE: IG ECONOMIA

João Doria Jr. sobre as horas livres: “Eu trabalho”

O apresentador de “O Aprendiz” conversou com iG Gente sobre como vencer o reality, a volta de Roberto Justus para a Record e seu estilo de vida


Renata Reif, iG São Paulo 18/07/2011 07:04


João Doria Jr. sobre as horas livres: “Eu trabalho”O apresentador de “O Aprendiz” conversou com iG Gente sobre como vencer o reality, a volta de Roberto Justus para a Record e seu estilo de vida
Estar com João Doria Jr. causa certo desconforto. A impressão que se tem é a de estar roubando o precioso tempo do bem-sucedido empresário. Ele, que também é jornalista, publicitário e professor, trabalha desde os 13 anos e atualmente chega a ficar 18 horas no escritório.



Mas isso, na verdade, não passa de uma sensação do interlocutor. Mesmo sendo um dos homens mais ocupados do País, se dedica integralmente a quem está no momento. Não faz pausas para atende o celular ou para responder emails.


Faz parte do show: sempre sorridente e extremamente atencioso, sua fala articulada revela uma energia incomum para o trabalho, para a vida. Mas, por trás da aparente doçura, existe alguém com retidão de conduta. “Não, é poético demais para mim”, responde com firmeza quando o fotógrafo da reportagem solicita determinada pose. Nos encontros de empresários em que promove anualmente por meio da Lide – grupo de líderes empresariais -, João Doria coordena todos os poderosos do Brasil com um apito. Os compromissos são literalmente cronometrados.



Hoje, o dono do Grupo Doria Associados vive com sua família em uma mansão de 7.000 metros quadrados, avaliada em R$ 50 milhões. Mas o início de sua vida foi sofrido. Segundo ele seu pai perdeu tudo no golpe militar de 1964. “Oitenta por cento do que ganhava eu dava a minha mãe e 20% era o que me sobrava para poder ir ao futebol aos domingos”, recorda-se sobre seu primeiro salário.



Como um verdadeiro homem da comunicação, é ele quem está por trás de um recorde histórico na vida de “O Aprendiz”, foram 153 mil inscrições, um número superior aos que prestaram vestibular na Fuvest deste ano. Para vencer o reality, o apresentador deu dicas preciosas aos candidatos a empreendedores para faturar R$ 1,5 milhão. Nesta edição, o vencedor se torna empregador e não mais empregado. Em conversa com iG Gente, João Doria falou também sobre seus 20 anos de televisão e sua relação com Roberto Justus, que está de volta à Record.



iG: O que mudou em relação à temporada anterior de “O Aprendiz”?

João Doria Jr.: A característica do programa permanece a mesma, o que muda é o objetivo. O alvo agora é cultivar o empreendedorismo, valorizar o espírito empreendedor e descobrir através do vencedor desta nova etapa aquele que não vai ser mais empregado, vai ser empregador e dono de seu próprio negócio.



iG: Como era sua vida antes de estar à frente do reality show?

João Doria Jr.: Não mudou nada porque faço televisão há 20 anos. Nessas duas décadas eu sempre convivi harmoniozamente com a minha atividade empresarial e a minha atividade como apresentador de televisão.



iG: Mas você ficou mais conhecido do grande público. Como lida com isso?

João Doria Jr.: O patamar de abrangência de fato mudou. “O Aprendiz” colocou a minha imagem perante um universo de público que eu não atingia anteriormente. O meu publico sempre foi muito A e um pouco de B. Agora ele é muito B e muito C, mas eu gosto. Eu me dou bem quando vou a um shopping center, a cinemas, as pessoas me pedem para tirar fotografia, assinar um autógrafo, isso não me cria nenhum embaraço, me deixa feliz.



“ Foi um período dificílimo porque perdemos quase que tudo: amigos, casa, automóvel. Saí da escola privada e fui estudar em escola pública. O estágio era um passo para o emprego. Eu o agarrei como se fosse a última oportunidade da minha vida

iG: As pessoas te param na rua para pedir dicas obre carreira?

João Doria Jr.: As pessoas me pedem dicas por email. Sempre que eu posso ajudar, eu faço, indicando principalmente uma referência de literatura quando as pessoas querem aprimorar uma característica ou encontrar alguma resposta para aquilo que elas têm como ponto de dúvida, principalmente no plano profissional.



iG: E pedindo trabalho, já houve esse tipo de abordagem?

João Doria Jr.: Isso sempre aconteceu, não depende nem do programa, faz parte. A bem da verdade é que nos últimos dois anos, diminui muito, sensivelmente. Prova de que a economia brasileira está madura, está numa fase empregadora. Caíram muito os pedidos e solicitações, que até dois anos eram relativamente intensas, portanto antes mesmo do “Aprendiz”, diminuíram sensivelmente.



iG: Como você era como estagiário?

João Doria Jr.: Foi um período muito difícil da minha vida, eu tinha 13 anos de idade e precisava muito de emprego. Nós tínhamos voltado do exílio - eu e meu irmão mais novo, com dois anos de idade e minha mãe -, meu pai continuava exilado como deputado federal cassado pelo golpe militar de 1964. Foi um período dificílimo porque perdemos quase que tudo: amigos, casa, automóvel. Saí da escola privada e fui estudar em escola pública. O estágio era um passo para o emprego. Eu o agarrei como se fosse a última oportunidade da minha vida. E deu certo, essa minha determinação permitiu que em dois meses eu pudesse ter acesso a uma vaga nessa agência de publicidade, ter a carteira assinada, esse foi o meu primeiro emprego. Ainda que modesto do ponto de vista do que eu fazia, afinal tinha 13 anos, mas aquilo permitiu o salário, o sanduíche que eu tinha na hora do almoço, o suco de laranja e o passe da CMTC. Para mim aquilo valia muito.



“ Gosto muito de televisão, de programas de entretenimento, de jornalismo, documentários e futebol. Não sou 'heavy user' de televisão porque trabalho muito, mas como eu fico aqui no escritório até muito tarde, a televisão é a minha companhia



iG: Você precisava ajudar em casa?

João Doria Jr.: Eu podia ajudar um pouquinho a minha mãe, continuar meus estudos na escola pública à noite, tinha a dignidade de trabalhar, que era uma coisa que eu queria muito. Até porque eu precisava. Oitenta por cento do que ganhava eu dava a minha mãe e 20% era o que me sobrava para poder ir ao futebol aos domingos, que eu gostava, comia um sanduíche. Muitas vezes eu ia e voltava a pé para o estádio. Aquele dinheiro que sobrava dava para isso, para comprar um par de tênis, uma coisa desse tipo. Nunca esqueço esse estágio e o meu primeiro emprego nessa agência de publicidade que ainda existe e chama-se Ogilvy, e naquele tempo se chamava Standard. Foi muito marcante na minha vida.



iG: O que você assiste na TV? Quem você admira nessa área?

João Doria Jr.: Muitas pessoas, temo cometer alguma imprudência ao citar uns em detrimento de outros. Gosto muito de televisão, de programas de entretenimento, de jornalismo, documentários e futebol. Não sou 'heavy user' de televisão porque trabalho muito, mas como eu fico aqui no escritório até muito tarde, a televisão é a minha companhia. Deixo a televisão ligada e com isso, acompanho.



iG: Quais mudanças você teve que fazer para se adaptar ao novo cargo, como apresentador do “O Aprendiz”?

João Doria Jr.: Foi literalmente muito aprendizado, uma aula de televisão. É diferente apresentar um reality de um programa de entrevistas. Agora, além de experiência em televisão, tenho experiência específica em reality e isso me ajuda a ser melhor a corrigir eventuais falhas e a ter um desempenho mais eficiente e, ao mesmo, interagir melhor com o produto reality.



“ Roberto Justus tem experiência, é um profissional que é apaixonado por televisão. Ele tomou inclusive uma decisão de vida de se dedicar integralmente à televisão, ele gosta da Record e a Record gosta dele

iG: O que você trouxe do seu repertório para esta fórmula?

João Doria Jr.: Eu mesmo! Foi um ponto que eu coloquei para a Record, eles tiveram a gentileza de me convidar. Eu disse que se eles estavam convidando o João Doria Jr. exatamente como o João é, com suas características de bom e de ruim, eu aceitaria o convite. Se eles imaginassem convidar alguém para cumprir um papel diferente daquele que eu cumpro no meu cotidiano, não seria a pessoa adequada porque não sei representar. Eu sou autêntico, sou tão sincero nas minhas manifestações, que eu jamais saberia interpretar.



iG: Como é a sua relação com Roberto Justus?

João Doria Jr.: Tenho uma relação muito boa com o Roberto, somos amigos há mais de 20 anos. O fato de estarmos neste momento em televisão e agora circunstancialmente no mesmo canal só nos aproxima ainda mais. A esposa dele é amiga da minha esposa, temos uma relação muito boa. Somos diferentes, as pessoas sabem disso, mas comungamos dos mesmos princípios de vida, de existência, ainda que sejamos diferentes. Mas nos respeitamos e nos gostamos muito.



iG: Como enxerga a volta dele à Record?

João Doria Jr.: Acho a volta do Roberto à Record muito positiva, tanto a ele quanto à emissora. Roberto tem experiência, é um profissional que é apaixonado por televisão. Ele tomou inclusive uma decisão de vida de se dedicar integralmente à televisão, ele gosta da Record e a Record gosta dele. Eu acho um bom reforço para Record , um bom nome para esta nova etapa de programação, dando sequência a uma trajetória vitoriosa da Rede Record, que hoje é vice-líder de audiência, e a cada ano ela soma um percentual maior na sua audiência média, o que torna mais competitivo o mercado da televisão. Isso é bom para todos: bom para os anunciantes, bom para os profissionais de televisão, bom para os fornecedores de televisão. O mercado aprecia quando há uma competição legítima, saudável, o mercado como um todo gosta.



iG: Como vai ser 2012?

João Doria Jr.: 2012 do ponto de vista de Record, nós nem chegamos a conversar. Nem faria sentido, nós ainda temos o contrato de 2011 para cumprir. Depois que terminar o ‘Aprendiz”, vamos conversar.



“ Pode me custar 15, 16, 18 horas de trabalho num dia, que isso não me incomoda. As poucas horas que eu tenho livres eu dedico à minha família, sou uma pessoa muito apaixonada pelos meus filhos, pela minha esposa. Tenho um casamento só, não sou colecionador de casamentos





iG: Mas você tem o desejo de renovar com a Record?

João Doria Jr.: Eu tenho o desejo de ficar próximo da Record, eu gosto muito deles, assim como a Band, onde estou. É um relação muito séria, muito profissional. Vai depender um pouco de saber quais são as perspectivas do próprio “Aprendiz”, como eles enxergam este produto e a sua continuidade. Eu não tenho ansiedade com televisão, sou uma pessoa muito tranquila, muito ajustada e não coloco a ansiedade à frente da racionalidade. Eu ajo na televisão como eu ajo nos meus negócios, com profundo equilíbrio, com bom senso, sem queimar etapas, nem antecipar processos, tudo ao seu tempo.



iG: O que você faz quando não está trabalhando?

João Doria Jr.: Eu trabalho! Eu tenho uma carga de trabalho grande porque sou apaixonado por aquilo que eu faço. Eu gosto muito daquilo que eu faço. E faço por gostar, pelo entusiasmo, não pelo dinheiro. Se eu tenho motivação, eu abraço aquela causa, ou o conjunto delas e vou com uma força enorme. Pode me custar 15, 16, 18 horas de trabalho num dia, que isso não me incomoda. As poucas horas que eu tenho livres eu dedico à minha família, sou uma pessoa muito dedicada à família, muito apaixonada pela minha família, pelos meus filhos, pela minha esposa. Tenho um casamento só, não sou colecionador de casamentos. Não critico quem toma esta opção, mas não fiz esta escolha. Gosto de esporte, pratico, ainda que com muita limitação, e gosto muito do Santos Futebol Clube. Gosto de assistir os jogos do Santos, e quando possível, ir ao estádio acompanhar o jogo e torcer pelo meu time.


Dentre todas as entrevistas com personalidades, qual foi a mais marcante?

João Doria Jr.: Todas foram marcantes e de cada uma eu extraí uma boa lição. Isso me amadureceu muito. A vantagem de se fazer um programa de entrevistas, é que se aprende a cada programa. Em cada programa se extrai uma nova lição. Os personagens que se entrevista têm mérito para serem entrevistados. Eles trazem sempre uma boa contribuição para você e para o público que assiste. Mas se eu tivesse que destacar um, eu destacaria o Ayrton Senna. A entrevista que eu fiz com o Ayrton foi em um momento de profunda felicidade dele, em Angra dos Reis, ele tinha acabado de comprar a casa que ainda hoje é da família Senna. Ele amava o mar, amava Angra e tinha acabado de comprar a casa. Eu fiz lá a entrevista. E dois meses depois ele morreu. Era final de fevereiro quando fizemos a matéria e em maio ele faleceu. Foi muito marcante porque ali ele colocou pela primeira vez com clareza o sonho dele de criar uma instituição, que depois veio a ser o Instituto Ayrton Senna, dedicado à educação e formação das crianças. A última grande entrevista que ele concedeu a uma emissora televisão foi essa, antes de morrer.



“ O empreendedor precisa ter uma profunda fé em si próprio, e uma fé maior também. Isso vai ajuda-lo a vencer algumas intempéries e alguns momentos em que ele pensa em desistir

Como ganhar “O Aprendiz”? O que você espera de um bom empreendedor?

João Doria Jr.: Eu espero que um candidato a empreendedor primeiro que ele seja autêntico, verdadeiro, que ele não minta, que tenha a autenticidade como um de seus valores. Dois, perseverança. Nenhum empreendedor vence se não perseverar. Três, que saiba trabalhar em equipe não consegue ser vencedor de nada. Então ele precisa compartilhar e para compartilhar ele precisa melhorar sua taxa de compreensão e de tolerância para poder entender as pessoas que estão ao seu lado, as suas diferenças, as suas características pessoais, ainda que você não concorde com elas. Quarto, procure sempre uma boa ideia e essa boa ideia pode ajudar a ser um empreendedor de sucesso. Procure, portanto, inovar, porque se imaginar fazer apenas aquilo que muitos já fazem, ele vai ter mais dificuldade. É preciso ter uma dose de coragem para inovar ao lado do bom senso e equilíbrio, saber construir esta ideia e torna-la real. Para que sua ideia possa ter um sentimento prático de execução. O quinto aspecto é humildade, o empreendedor sem humildade já começa errando. Ainda que ele tenha algum êxito, em algum momento ele vai falhar e vai falhar de maneira acentuada por falta de humildade. Acho eu esses cinco pontos são importantes na vida de um empreendedor, e eu acrescentaria um que é de ordem de valor, ou seja, espiritual, que é ter fé.



Como assim, fé?

É preciso ter muita fé, muita confiança naquilo que vai fazer, porque você vai enfrentar um mundo diferente do que o tranquilo mundo de receber o contra-cheque todo final de mês, quando se é um bom funcionário, um bom executivo, um bom profissional. Mas, que prefere estar bem acomodado nessa situação, a ter o desafio de enfrentar uma vida diferente. Portanto, o empreendedor precisa ter uma profunda fé em si próprio, e uma fé maior também. Isso vai ajuda-lo a vencer algumas intempéries e alguns momentos em que ele pensa em desistir.


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FONTE: IG GENTE

domingo, 17 de julho de 2011

Saiba o que aconteceu de mais importante na economia de 11 a 15 de julho

As principais notícias da semana


O tema fusões e aquisições é o destaque da semana. Enquanto Sadia e Perdigão comemoram a aprovação do Cade, o empresário Abilio Diniz vê naufragar seus planos de unir o Pão de Açúcar às operações brasileiras do Carrefour.


A semana também teve a divulgação do 1º Prêmio Negócio do Ano, resultado de uma parceria do iG com o Insper. Com aquisição ousada, o Grupo Fleury foi o vencedor desta edição. Terminou na última sexta-feira a divulgação da série de reportagens especiais Expedições iG - China. O país que mistura poluição, luxo e miséria agora quer crescer de modo harmônico. Veja aqui as principais notícias desta semana:

Cade aprova fusão de Sadia e Perdigão, mas determina venda de ativos da Brasil Foods

Sadia e Perdigão: O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a fusão que deu origem à Brasil Foods, mas determinou a venda de ativos e a suspensão de algumas marcas – que inclui retirar o nome Perdigão de carnes processadas pelos próximos três anos.



Pão de Açúcar e Carrefour: A fusão do Pão de Açúcar com as operações brasileiras da rede varejista francesa Carrefour fracassaram. Sem o apoio do BNDES, o banco BTG Pactual anunciou a suspensão da eventual união dos supermercados. O sócio francês de Abilio Diniz, o Casino, votou contra o projeto.



Gol e Webjet: Após o anúncio de aquisição, a companhia aérea Gol anunciou que vai eliminar a marca Webjet e incorporar totalmente as operações da empresa. A estimativa é que a integração das companhias resulte em um total de R$ 100 milhões em sinergias.



Recorde de fusões: Segundo levantamento da KPMG, as operações de fusões e aquisições atingiram patamar recorde no primeiro semestre do ano. Foram 379 transações no total, 8% a mais que no mesmo período de 2010.



Brasil reduz ritmo de crescimento: O crescimento econômico brasileiro voltou ao centro das atenções com a divulgação do IBC-Br, índice do Banco Central (BC) que tenta antecipar o resultado do PIB. Apesar de apontar expansão de 0,17% em maio, o ritmo de crescimento foi o menor do ano.



E cresce menos entre latinos: Além disso, um estudo mostrou que o Brasil vai crescer menos que seus vizinhos latino-americanos em 2011. Na estimativa da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o País deve crescer 4% neste ano, enquanto o PIB da Argentina deve avançar 8,3%.



Inflação segue na pauta: A alta dos preços ainda preocupa. O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou deflação de 0,12% em julho, recuo menor que o verificado um mês antes. Para julho, analistas esperam que o IGP volte a registrar inflação.



Preços caem e varejo vende mais: As vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a crescer em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume aumentou 0,6% em relação ao mês anterior e 6,2% frente a 2010. O resultado foi impulsionado pela queda dos preços no varejo.



Inadimplência tem a maior alta em 9 anos: A inadimplência do consumidor no primeiro semestre teve a maior alta dos últimos nove anos – avanço de 22,3% frente a igual período de 2010. Os dados foram divulgados pela Serasa Experian. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água), e os cheques sem fundos colaboraram para a alta do indicador, com variação de 5,4% e 18,9%, respectivamente.



São Paulo entre as cidades mais caras do mundo: Pesquisa de Custo de Vida 2011 realizada pela consultoria Mercer mostrou que São Paulo é a 10ª cidade mais cara do mundo, superando as capitais europeias Londres (18ª colocada), Milão (25ª) e Paris (27%), que no ano passado apareciam antes da capital paulista na lista. Como os custos são transformados em dólar norte-americano, a valorização do real acabou contribuindo para São Paulo subir tantas posições no ranking. O Rio de Janeiro também ganhou posições, passando do 17º lugar ao 12º.



Sem propostas para o trem-bala: O prazo para entrega de propostas pelo trem-bala que ligará São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro terminou sem candidatos. Após o fracasso, um novo leilão deverá ser feito em duas etapas. A primeira fase só deve ocorrer em janeiro, com a escolha do operador do sistema. A segunda etapa consistirá na escolha do concessionário.



Itália aprova corte de gastos: Em meio a incertezas políticas, a Câmara dos Deputados da Itália aprovou definitivamente o pacote de cortes de gastos. O governo quer evitar assim novos ataques especulativos, gerados pelas dúvidas sobre a capacidade do país em conter seu déficit público e pagar suas dívidas.



Bancos europeus sob teste: Oito de 90 instituições pesquisadas foram reprovadas no teste de estresse conduzido pela Autoridade Bancária Europeia (EBA), que simula o pior cenário econômico. A avaliação é que os bancos não são sólidos o suficiente para suportar uma recessão prolongada e precisam levantar 2,5 bilhões de euros (R$ 5,6 bilhões) até o final do ano.


Presidente dos Estados Unidos durante coletiva de imprensa na Casa Branca (15/07/2011)

Endividamento alto nos Estados Unidos: As duas principais agências de classificação de risco – a Moody’s e a S&P – colocaram a nota de crédito dos Estados Unidos em revisão com possibilidade de rebaixamento caso o governo não consiga elevar o limite de endividamento do país. O presidente Barack Obama quer que o Congresso apresente um plano sério para ampliar o teto da dívida e diz que o “tempo está se esgotando”.



Cautela dá o tom aos mercados: No mercado acionário brasileiro, o Ibovespa registrou a segunda pior semana do ano, com queda de 3,31%. No acumulado do ano, as perdas da bolsa se aproximam de 15%. Para o vice-presidente do Itaú, “o Brasil saiu um pouco de moda na Bolsa”, com investidores estrangeiros um pouco mais cautelosos. Em tempos de incerteza nos mercados internacionais, o grande destaque foi o ouro. O metal registrou o quarto recorde seguido na sexta-feira, cotado em Nova York a US$ 1.590,1 a onça.



Imposto de Renda 2011: A Receita Federal liberou na sexta-feira (15) o segundo lote de restituições. Os recursos referentes ao exercício de 2011 – que totalizam R$ 1,9 bilhão – foram repassados a 1.646.075 contribuintes. Também foram depositados os valores correspondentes aos lotes residuais do Imposto de Renda de 2010, 2009 e 2008. Até dezembro, o Fisco deverá liberar mais cinco lotes.



Nova lei para empreendedores: Dentro de seis meses, o empresário brasileiro não precisará mais ter um sócio para abrir uma empresa nem terá seus bens comprometidos para, por exemplo, pagar dívidas tributárias, como ocorre hoje com o modelo de empresa individual. De acordo com a Lei 12.441, “a empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 vezes o maior salário mínimo vigente no país", atualmente em torno de R$ 55 mil.



Google+: A rede social do Google chegou a 10 milhões de usuáriosapenas duas semanas depois de seu lançamento. O serviço está disponível apenas para quem tem convite e, por enquanto, tem muito mais homens do que mulheres (http://tecnologia.ig.com.br/noticia/2011/07/14/google++e+dominado+por+homens+segundo+pesquisa+10460372.html).



Outro destaque do Google foi o anúncio de que o sistema Android está em 130 milhões de aparelhos, incluindo smartphones e tablets. Em reunião com acionistas da empresa, o CEO do Google, Larry Page, afirmou ainda que 550 mil aparelhos com o sistema são ativados por dia.



FONTE: IG ECONOMIA

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A PUC-Campinas abre inscrições para cursos de especialização.

Rafael deixou um novo comentário sobre a sua postagem "MBA no Brasil ou no exterior? Que tal os dois junt...":




Olá!

A PUC-Campinas está com inscrições abertas até 26 de julho para os cursos de especialização em:

- Gestão em Enfermagem

- Contabilidade, Auditoria e Controladoria

- Gestão da Logística Empresarial

- Gestão e Produção em Jornalismo

- Comunicação Estratégica em Esportes



Acesse ao site para mais informações:

http://www.puc-campinas.edu.br/pos/lato/curso.aspx?id=36


Se você está pensando em mudar de instituição de ensino, veja quais os procedimentos para se transferir:

http://www.puc-campinas.edu.br/servicos/transferencias.asp

Mercado aquecido faz expatriados voltarem ao Brasil

48% dos brasileiros que retornam o fazem a convite de empresas de recrutamento


Maria Carolina Nomura, iG São Paulo 15/07/2011 05:58



O aquecimento da economia brasileira, aliado à crise econômica mundial de 2008, fez com que os executivos expatriados voltassem a pensar no Brasil como uma boa alternativa de empregabilidade. A perspectiva de crescimento na carreira em áreas estratégicas e salários mais atrativos por conta da valorização do real também saltam aos olhos dos brasileiros no exterior.

Consultor David Braga: Brasil é a bola da vez quando o assunto é trabalho, em especial no nível de alta gestão

Um estudo da consultoria PriceWaterhouseCoopers divulgada durante o Fórum Econômico Mundial mostrou que 58% dos executivos brasileiros acreditam no crescimento dos negócios este ano, ante uma média mundial de 48%.



David Braga, gerente geral da Dasein Executive Search, empresa certificada pela Association of Executive Search Consultants (Aesc), afirma que o Brasil é a bola da vez quando o assunto é trabalho, em especial no nível de alta gestão (gerentes, diretores e presidentes). “As áreas que estão em alta são as de finanças, auditoria, engenharia, serviços, operações, comércio internacional, tecnologia da informação e relação com investidores.”



Os presidentes de empresas em São Paulo têm uma remuneração média de mais de US$ 600 mil por ano - sem contar bônus -, valor acima do de seus pares de Nova York, Londres, Cingapura e Hong Kong. Em São Paulo, diretores ganham mais de US$ 200 mil por ano, segundo uma pesquisa da Dasein Executive Research.



Apagão de talentos

Uma das razões para os altos salários é a escassez de talentos. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% das empresas têm dificuldades de contratar trabalhadores qualificados. Esse é um dos motivos pelos quais as empresas estão olhando para fora do território brasileiro em busca dessa mão de obra: 48% dos brasileiros que retornam o fazem a convite de um headhunter, empresas de executive search ou do próprio RH, aponta a Daisen Executive Search.



“Trinta e cinco por cento dos brasileiros que voltam o fazem por sua própria iniciativa, cadastrando currículos na internet, e 17% são chamados de volta pelas próprias empresas que os enviaram. Cerca de dez pessoas por dia nos procuram com o objetivo de voltar ao Brasil”, complementa Braga.


Presidentes de empresas em São Paulo têm uma remuneração média de mais de US$ 600 mil por ano



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Incentivo governamental



De olho na falta de mão de obra qualificada, o governo brasileiro também fez programas de incentivo à repatriação. O Ministério da Ciência e Tecnologia criou em março a Comissão do Futuro para discutir a volta de cientistas brasileiros e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) elabora um projeto para atrair pesquisadores.



Desde janeiro deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego disponibiliza um serviço de cadastro de currículo para profissionais que retornam do exterior e estão sem trabalho. Segundo Hitoshi Matsu Ura, coordenador do Núcleo de Apoio aos Trabalhadores Brasileiros Retornados do Exterior, das 500 pessoas que procuraram o órgão desde o início do ano, 50% já estão recolocadas. “A maioria dos profissionais é decasségui (descendentes de japoneses que trabalhavam nas fábricas no Japão). Eles voltam sem trabalho e, às vezes, com problemas de documentação.”



Difícil regresso

Mas não são apenas os brasileiros que trabalhavam em fábricas que passam dificuldades ao retornar. Os executivos também enfrentam problemas, como readaptação, choques culturais reversos e frustrações.



De acordo com o estudo Práticas de Recursos Humanos do Processo de Repatriação de Executivos Brasileiros, de Mariana Barbosa Lima, chefe da Divisão Administrativa do Museu Lasar Segall, e Beatriz Maria Braga, professora da Fundação Getulio Vargas, o processo de repatriação dos executivos é negligenciado pelas empresas.



“Em termos profissionais, durante a expatriação podem ocorrer mudanças na organização de origem, como reestruturações e mudanças na estratégia organizacional. O indivíduo também muda durante a experiência internacional. Sua identidade é redefinida, sua visão de mundo e seus valores mudam e a cultura da organização pode não ser mais compatível com o novo indivíduo que retorna”, diz o estudo.



FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRAS

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ExxonMobil abre 100 vagas para estudantes

Maior empresa privada de petróleo do mundo seleciona estagiários para trabalhar no Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo


iG São Paulo 14/07/2011 05:34

ExxonMobil abre 100 vagas para estudantesMaior empresa privada de petróleo do mundo seleciona estagiários para trabalhar no Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo 

A ExxonMobil está com inscrições abertas até o dia 31 de agosto para programa de estágio que mantém há mais de 50 anos no Brasil. Os interessados devem se formar entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013. O resultado da seleção sai em dezembro e os novos estagiários iniciarão suas atividades em janeiro ou julho de 2012. Saiba como iniciar a carreira entre as maiores companhias ligadas ao pré-sal.



Onde trabalhar - São cerca de 100 vagas para estudantes universitários e de nível técnico em diversas áreas nas cidades de Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Paulínia (SP). Para o Centro de Serviços Compartilhados de Curitiba, onde há o maior número de oportunidades. Podem inscrever-se estudantes de Administração, Ciências Contábeis, Economia, Engenharia e Tecnologia.



Para o Rio de Janeiro, as vagas são para candidatos dos cursos de Administração, Economia, Engenharia Ambiental, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Petróleo, Geologia e Comunicação Social – Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas, além dos Cursos Técnicos de Segurança do Trabalho e Eletro-Mecânica.



Para São Paulo, serão selecionados estudantes de Engenharia Química. Já na unidade da companhia em Paulínia, no interior paulista, há vagas para estagiários de Engenharia Mecânica, Engenharia Química e Administração, além dos Cursos Técnicos Químico e em Instrumentação.



O valor da bolsa-auxílio é de R$ 1.070 para nível superior, com uma carga horária de quatro horas diárias, e de R$ 770 para nível técnico, com uma carga horária de seis horas por dia. Além da bolsa-auxílio, os estagiários receberão um auxílio-transporte no valor de R$ 130.



Inscrições - Os interessados devem se inscrever até o dia 31 de agosto pelo site da empresa no Brasil.



Sobre a ExxonMobil - Maior companhia privada de petróleo e petroquímica do mundo, a ExxonMobil está presente em cerca de 200 países e territórios, atuando em toda a cadeia de petróleo e gás. No Brasil há 99 anos, é representada por meio de suas afiliadas, a Esso Exploração Santos Brasileira, no Rio, ExxonMobil Química, em São Paulo e o ExxonMobil Business Service Center do Brasil, em Curitiba.



FONTE: IG ESTÁGIO

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Saiba quando contratar um prestador de serviço

Prestadores de serviços e profissionais terceirizados são alternativas econômicas para atividades temporárias


null 13/07/2011 05:30


Cansada de buscar um profissional autônomo para fazer a manutenção de seu jardim e sem condições financeiras para contratar um jardineiro efetivo, a aposentada Marília Coelho buscou uma alternativa mais prática e acessível: a prestação de serviços. “Tive jardineiros autônomos que não demonstravam muito compromisso no trabalho e, às vezes, nem voltavam. Por isso, decidi buscar uma empresa que trabalhasse com prestadores de serviço. Além de oferecer profissionais bem qualificados, esse modelo de contratação sai mais em conta”, diz Marília, que escolheu a empresa Dr. Jardim. Contratar prestadores de serviços e profissionais terceirizados para realizar serviços domésticos (como diaristas, cozinheiros e babás) é uma opção prática e mais barata por não gerar vínculos empregatícios. Mas, é preciso tomar alguns cuidados antes de adotar uma dessas alternativas a fim de não descumprir a legislação trabalhista.





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O trabalho de um prestador de serviços, por exemplo, pode ser uma boa alternativa, já que não existem encargos trabalhistas no contrato. Mas, é preciso observar as condições empregatícias para que nenhum vínculo seja criado. Segundo especialistas, esta modalidade deve ser usada para serviços temporários e que não exijam o mesmo profissional durante toda a tarefa. “Além disso, o indicado pela legislação trabalhista brasileira é que o prestador de serviço receba por dia, trabalhe por no máximo duas semanas para o contratante e não seja subordinado ou tenha horário definido”, diz Débora Trevisani Lustosa, advogada e especialista em processo de direito pelo escritório Élcio Advogados.



Outra possibilidade de contratação para serviços esporádicos é o profissional terceirizado. Diferente da prestação de serviços, a terceirização (de tarefas como vigilância, limpeza ou atividades como eletricista) é mais comum nas empresas. Apesar de haver a possibilidade de pessoas comuns contratarem os terceirizados, esta modalidade só estará legalizada se for usada – no máximo durante três meses - para substituir um profissional regularmente contratado (período de férias ou licença maternidade) ou no caso de um serviço extra.



Referências profissionais

Para evitar possíveis contratempos, especialistas recomendam que os contratantes busquem referências dos profissionais e das empresas, além de sempre pedir recibos dos trabalhos. “A prestação de serviço, por exemplo, não exige um contrato formalizado. Porém, é indicado que a empresa forneça um termo comercial para estabelecer as condições do serviço e uma garantia para quem contrata”, afirma Paulo Périssé, professor de direito trabalhista do Ibmec.



Marco Imperador, do Grupo Zaiom, oferece jardineiros para empresas e residências

A demanda por prestadores de serviços e profissionais terceirizados faz com que muitas empresas apostem no segmento e ofereçam mão de obra especializada. A franquia Dr.Jardim, do Grupo Zaiom, é um destes casos. Ao observar a demanda por jardineiros, Marco Imperador, diretor do Grupo e proprietário da franquia, resolveu investir no segmento e montar um negócio com profissionais voltados à implantação de paisagens e manutenção de jardins. “Cerca de 65% de nossos atendimentos são para residências”, afirma Imperador. A rede possui hoje quatro mil clientes, 26 franqueados e faturou, em 2010, R$ 12 milhões.



Outra empresa que também investe no setor de terceirização é a EPS. Apesar de receber mais pedidos de empresas, a EPS atende, em média, 20 clientes pessoa física por mês. Com foco em limpeza pós-obra, o custo do serviço varia de R$ 20 mil a R$ 400 mil - dependendo do tipo de trabalho e produto utilizado. “Nosso faturamento, em 2010, atingiu R$ 1,5 milhão e esperamos crescer este ano mais de 20%”, diz Leonardo Leandro, proprietário da empresa.



Mercado da terceirização

O Brasil tem hoje mais de oito milhões de trabalhadores terceirizados, o que representa quase 9% da população economicamente ativa, segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem). A remuneração mensal destes profissionais gira em torno de R$ 918, totalizando R$ 18 bilhões ao ano. Quando o assunto é prestação de serviços, o estado de São Paulo é o que possui maior participação no setor, com 8.300 empresas e um faturamento de R$ 22,52 bilhões apenas na região sudeste.


FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 12 de julho de 2011

Apesar das baixas, não é hora de investir em dólar

Especialistas recomendam compra apenas para quem vai viajar; Entenda por que a moeda norte-americana está barata



Olívia Alonso, iG São Paulo 12/07/2011 05:43



Para os brasileiros que viajam aos Estados Unidos, o momento é claramente favorável. Na hora de fazer compras, a sensação de multiplicar o valor da etiqueta por menos de 1,70 para saber o valor em reais é boa. Mas a vantagem do dólar barato pára por aí. Para especialistas, não vale a pena comprar a moeda norte-americana como investimento. “Pelo contrário, o dólar é a pior opção para investir no momento,” diz Luiz Filipe Rossi, professor de Finanças do Ibmec. Segundo ele, não há sinais de que a moeda dos EUA vá subir no curto prazo.



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A principal causa do câmbio atual é a alta taxa de juros brasileira, que faz com que investimentos no País sejam atraentes para os norte-americanos. Como o juro pago na maior economia do mundo é baixo, o retorno é maior se eles enviarem seus dólares ao Brasil, pois recebem uma taxa mais alta pelo dinheiro aplicado em produtos financeiros brasileiros.



“Como a economia dos Estados Unidos é muito maior do que a brasileira, um pouco do investimento deles aqui acaba sendo um tsunami para o câmbio,” diz Rossi. Com a entrada de dólares, aumenta a oferta da moeda, que acaba ficando mais barata.



Outro fator que contribui para a desvalorização da divisa norte-americana é o preço das commodities – como a soja, a carne e o aço – que o Brasil exporta. “Esses produtos respondem hoje por cerca de 70% das exportações brasileiras. Com isso, conforme os produtores brasileiros vendem ao exterior, mais dólares entram no País,” acrescenta o consultor financeiro Humberto Veiga.



Essa situação não deve mudar nos próximos meses. Por isso, o dólar não é atrativo como investimento. Para fazer sentido pensar em comprar dólares, é preciso acreditar que a cotação não cairá ainda mais, diz o consultor. “Embora o preço da moeda norte-americana esteja baixo, não há garantia de que este é o piso. O investidor pode ver o dólar que comprou por R$ 1,55 chegar a R$ 1,45, assim como quem comprou a R$ 1,80 está com diante de uma cotação bem mais baixa agora,” afirma Veiga.



Na opinião dos especialistas, ainda que o presidente do Banco Central tenha dito nessa semana para as empresas não se endividarem em dólar, o que sugere que ele prevê que a moeda dos EUA terá uma valorização, isso não deve determinar a decisão de investidores. A aposta é de manutenção do atual cenário. “A luta do Banco Central para conter a inflação continua, o que significa que a taxa de juros deve permanecer alta,” afirma Rossi.






Gradual Investimentos

Veiga acrescenta que medidas que possam vir a ser tomadas pelo governo para conter o dólar dificilmente farão com que a divisa se estabilize ou suba. “Seria preciso que os governantes tomassem uma medida muito forte, o que não se sabe se estão dispostos a fazer”, diz.



Régis Chinchila, analista técnico da Gradual Investimentos, afirma que a "tendência, hoje, claramente é de queda". Segundo ele, que faz suas análises com base nos gráficos de comportamento do dólar, enquanto a moeda estiver operando abaixo de R$ 1,60, a manutenção da trajetória de baixa é "evidente".



A recomendação dos especialistas, portanto, é comprar dólares apenas para viajar. Em último caso, para ser um componente a mais para variar o portfólio de investimentos. “Minha sugestão conservadora é de que se você tem interesse em adquirir a moeda estrangeira, faça isso não como uma ação especulativa, mas como uma diversificação de carteira,” diz Veiga, autor do livro “Tranquilidade Financeira: Saiba como investir no seu futuro”. Neste caso, ele diz que o ideal é aplicar em fundos cambiais que tenham exposição em moeda estrangeira.



Dólar comercial e dólar turismo

Apesar de o dólar estar cotado a R$ 1,55, quem vai viajar acaba pagando alguns centavos a mais na hora de comprar a moeda estrangeira. Nesta quinta-feira, por exemplo, quem comprou a divisa americana pagou R$ 1,63 por cada dólar. Isso porque o viajante compra sempre o dólar turismo que, apesar de acompanhar o dólar comercial, é mais caro.



A diferença existe porque as operações realizadas com cada modalidade são de naturezas distintas, com custos administrativos e financeiros também diversos. Enquanto a cotação de turismo é utilizada para transações relacionadas com viagens ao exterior, a comercial é usada nos negócios de comércio exterior.



FONTE: IG ECONOMIA - FINANÇAS

MODELO DE RELATÓRIO DE VISITAS - ABRIGOS

PERFIL DA INSTITUIÇÃO:
Endereço Completo
Responsável
Breve histórico da instituição
Faixa Etária das crianças abrigadas
Capacidade total de atendimento (nº máximo de crianças que podem ser atendida)
Ocupação atual (nº de crianças que está atendendo atualmente)
Origem das crianças acolhidas (conselho tutelar, outras instituições)


RECURSOS HUMANOS:
Equipe de atendimento (nº de profissionais que atuam na instituição)
Perfil da equipe de atendimento às crianças
Existem voluntários? (quantos, como é o regime de trabalho deles?)


INSTALAÇÕES FÍSICAS:
Nº de quartos
Nº de camas em cada quarto
Extintores de incêndio e demais equipamentos de segurança
Refeitório
Banheiros
Brinquedoteca
Demais locais
Condições das instalações elétrica e hidraulicas
Condições gerais de manutenção, higiene e limpeza
Armazenamento de alimentos e demais gêneros


DINÂMICA INSTITUCIONAL E ATENDIMENTO:
Visitação de familiares (é permitida? periodicidade?)
Como é o mecanismo para preservar os vícunculos familiares?
Assistência religiosa?

Na nova estrada Brasil-Pacífico, o progresso é via de mão dupla

Rodovia terá pouca relevância para exportações brasileiras, mas já causa profundas transformações locais, boas e ruins


Pedro Carvalho, enviado ao Peru 12/07/2011 05:55

Na próxima sexta-feira, uma ponte será inaugurada na Amazônia peruana. Feita de estrutura metálica vermelha e suspensa por enormes cabos de aço, presos a 75m de altura, será a primeira a atravessar o rio Madre de Dios – que no Brasil vira o Madeira. Ela vai ligar Puerto Maldonado e Triunfo, duas cidades onde a esperança de escapar da miséria chega aos jovens na forma de aventuras pelos garimpos ilegais da região. Essa ponte, chamada Billinghurst, significa que agora um brasileiro poderá pegar seu carro e dirigir até o Oceano Pacífico, sem passar por nada que não seja estrada asfaltada.


A ponte Billinghurst: 520 metros que faltavam para ligar um país a um oceano

A Estrada do Pacífico (veja mapa abaixo) ficou pronta trecho por trecho, só faltava a ponte. O pedaço que sai do Acre, corta a floresta tropical, sobe os Andes e chega até a cidade de Cuzco (no alto da cordilheira) foi inaugurado em dezembro. O resto, que parte da antiga capital Inca para o outro lado, até o mar, já era asfaltado – mas foi recuperado. Assim, o Brasil ganha uma ligação com o maior oceano do planeta, embora na prática a novidade seja mais importante aos peruanos que aos brasileiros.



Não que isso seja uma injustiça – é o governo peruano que pagará pela obra. E, inclusive, construtoras brasileiras receberam para fazê-la. O maior contrato, no valor de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bi), foi executado por um consórcio liderado pela baiana Odebrecht, que construiu – e vai administrar por 20 anos – a parte entre o Acre e Cuzco. Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez participaram de um trecho que sai da via principal e chega a portos do sul do país.



Mas é improvável que a estrada vire um corredor para a exportação de soja, minério e outras commodities brasileiras para a Ásia, como alguns especialistas acreditam. É muito remota, sinuosa e estreita (uma pista, sem acostamento). Talvez o único produto para qual a hipótese faça sentido seja a carne produzida no Acre. É verdade, ainda, que a vida dos acreanos deve melhorar com a chegada de cebolas, tomates, uvas, azeitonas e cimento vindo do Peru – hoje, essas coisas precisam chegar de lugares distantes, como o sudeste brasileiro.



A grande transformação, porém, irá acontecer nos povoados e cidades peruanas à beira do caminho. O progresso – tanto o bom quanto o mau progresso – será trazido, por esse veio de asfalto novinho, a comunidades antes isoladas. “A estrada cumpre funções básicas, de integração regional, antes de qualquer ‘mega-função’ de comércio exterior”, afirma Delcy Machado Filho, diretor de sustentabilidade da Odebrecht Peru.



Novatos no campeonato

Até o ano passado, o maior sonho de qualquer jogador do San Francisco era brilhar no campinho de Marcapata, numa tarde de domingo, quando acontecem os jogos. A cidade sempre viveu isolada, incrustada nos gelados penhascos dos Andes. Os moradores – são 120 famílias – levavam quinze dias para ir a Cuzco, a maior cidade da região. Ou, dependendo do clima, simplesmente não iam. Agora, levam menos de 5hs.



Isso, claro, teve consequências. Marcapata tinha três lojas na rua principal, hoje tem dez. Tinha um hotel, agora tem oito. Um trabalhador manual, que cobrava 10 soles (R$ 6,25) por dia de serviço, passou a cobrar 30 soles. Além disso, o time de futebol que vencer o torneio local irá participar, pela primeira vez, da Copa Peru, no ano que vem. A camisa bege do San Francisco é considerada favorita pelo prefeito, Placido Gutierrez. Ele comemora o fim do isolamento desportivo, mas também outros fatos importantes. “Os jovens daqui só viam o garimpo na selva como alternativa, agora pensam em morar na cidade”, conta.



Porém, se as viagens ficaram mais curtas, elas continuam traiçoeiras. “Não passa uma semana sem acontecer um acidente”, afirma Gutierrez. “Tem muito carro que tenta correr mais, atravessa a pista e cai no penhasco”.



Acontece que, naquele trecho andino, os homens fizeram um bom trabalho, mas a natureza não facilitou. A estrada não tem sequer um buraco no asfalto, nem uma curva sem sinalização, nem um “olho de gato” faltando. Mas a neve e a neblina são frequentes – e a sequencia de curvas é inacreditável. Para descer dos 4.735m de seu ponto mais alto até a floresta, a via serpenteia numa sucessão infinita de dobras pelas encostas da cordilheira. Recomenda-se cautela – e um bom remédio para enjoo – para se conseguir admirar a belíssima vista.



Llamas e porquinhos

Ao longo de toda a estrada, transformações como a de Marcapata acontecem. Veja-se o povoado de Cuyuni. Sempre teve tudo para ser um lugar turístico: cultura tipicamente andina, com suas mulheres que tecem as próprias roupas coloridas e suas divertidas llamas; comida deliciosa e totalmente orgânica, plantada ali mesmo, como aquelas que se paga uma fortuna para comer na Europa; uma vista espetacular do pico de Ausangatec, com seu cume forrado de neve a 6.300m de altitude. Mas Cuyuni nunca foi turística.



As 60 famílias do povoado esbarravam num problema. Cuzco, que tem aeroporto e recebe milhares de viajantes a caminho de Macchu Picchu, ficava a 7hs dali. Depois da chegada da estrada, que reduziu a viagem a 45 minutos, os moradores construíram – com ajuda do consórcio que fez a via – um restaurante-loja-mirante, na forma de empresa comunal. A visita é fortemente indicada. “Agora recebemos cerca de 350 turistas por mês, que deixam 7 mil soles (R$ 4,3 mil) na comunidade”, diz Faustino Inquillay, 26, administrador do lugar.


Perto dali, a uma hora de viagem, fica o povoado de Huayllabamba. Nele, um tímido e sorridente morador chamado Lívio Quispioc, 34, cresceu rodeado por pequenos cuyes, uma espécie de porquinho-da-índia. Os cuyes viviam soltos, corriam pela cozinha e pelo quintal – mas também eram vendidos para virar comida, por 6 soles (R$ 3,75) o quilo. Então, veio a estrada. E, com ela, a chance de vender os porquinhos em cidades maiores.



Lívio formou uma sociedade com outros 13 moradores para encher caminhonetes de cuyes e levar a lugares mais populosos do distrito. Conseguiram fechar contratos para fornecer 300 porquinhos por quinzena – a suculentos 17 soles por quilo. “Estamos sustentando nossas famílias com isso. Antes eu ganhava 300 soles (R$ 190) por mês, agora tiro 700 soles (R$ 440) e não preciso ser empregado dos outros”, conta Lívio, que possui 350 cuyes no próprio criadouro.



São incontáveis as pequenas revoluções sociais que a rodovia traz. Ainda no altiplano, mulheres se organizam para vender artesanato local, em Ocongate. Já em plena Amazônia, numa das enormes retas que é a estrada naquele pedaço, um senhor abriu um restaurante simpático para atrair os motoristas. Quem resolve parar no Família Mendez pode dar um passeio pelos 80 hectares da propriedade e ver castanheiras, macacos e outras belezas da selva. “Antes eu ganhava 2 mil soles (R$ 1.250) por mês, vendendo à beira do caminho. Agora, o restaurante fatura 14 mil soles (R$ 8.750) mensais”, diz Cirilo Mendez, 67. Mas o progresso, assim como as estradas, é via de mão dupla.



As cidades lunares

O velho Cirilo agora tem um problema. “Não consigo contratar gente para trabalhar no restaurante. A 10 km daqui, tem um garimpo ilegal onde os mineiros ganham 120 soles (R$ 75) por dia – e eu não posso pagar isso”, diz. E, naquele pedaço da Amazônia peruana, a mineração irregular está muito, muito longe de ser um problema só dele.



Estima-se que mais de 50 mil pessoas trabalhem em garimpos no distrito de Madre de Dios, pelo menos 90% deles ilegais. É uma das principais regiões mineiras do país, que tem 17% de sua área ocupada por concessões a mineradoras (o fato de haver uma concessão não torna o negócio legal: ele precisaria não poluir, não contratar irregularmente etc). Madre de Dios ajudou a transformar o Peru na nação sul-americana que mais produz ouro – o país também ostenta esse título em prata e zinco. Mas essas estatísticas só fazem sentido quando se sobrevoa a região agora cortada pela Estrada do Pacífico.





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Como funcionou a engenharia financeira da obra

Acompanhe a expedição do iG para a China

O rio Madre de Dios parece enorme quando o avião ganha altura – é uma larga fita marrom retorcida na imensidão verde e plana. A cidade de Puerto Maldonado também parece grande, maior do que suas ruas poeirentas faziam supor. Então se avista uma área de garimpo, e tudo mais parece pequeno – o rio, a estrada, a cidade. O garimpo é maior que tudo isso. É uma sequencia de crateras de lama, ocres, gigantescas. E é só isso. Num garimpo não tem árvores, nem bichos, nem gente – na verdade, tem gente, mas uma área do tamanho de uma metrópole onde vivem só algumas centenas de pessoas, escondidas em feias barracas de lona azul, parece deserta de cima.



De modo que as maiores cidades da Amazônia peruana não são cidades, são garimpos. E garimpos precisam de gasolina para as máquinas e comida para os garimpeiros. Logo, não é difícil cruzar com caminhões lotados de tonéis de combustível naquele trecho da Estrada do Pacífico (veja na galeria de fotos).



“A primeira tentação é achar que a estrada facilita o garimpo”, rebate Delcy Machado Filho, o diretor de sustentabilidade da Odebrecht Peru. “Na verdade, ela permite a fiscalização, a presença do estado, a formalização e o controle do tráfego na via. Os garimpos existem ali há 25 anos, não precisaram da estrada”, afirma.



Mas o governador de Madre de Dios, um aliado na busca da formalização do garimpo, aponta outros malefícios do progresso. “Para mim, o maior impacto da estrada é a constante vinda de trabalhadores para a região. Madre de Dios recebe 400 a 500 pessoas por dia”, diz José Luis Pastor, 44. “Os impostos não crescem na mesma proporção, porque há muita informalidade, mas aumentou a violência, a delinquência, os assassinatos”, afirma. “Nosso sistema de saúde não é mais suficiente, tivemos surtos de dengue”.



A própria ponte Billinghurst, a poucos metros da sala onde Pastor dá esta entrevista, que custou US$ 28 milhões (R$ 44,8 mi), vai tirar o emprego de 150 pessoas que trabalham em barcaças para atravessar moradores. “Não acho que a estrada melhore a qualidade de vida de nossa população neste momento”, diz. “Temo que Madre de Dios vá ver passarem os carros, mas não o desenvolvimento chegar”.



O consórcio liderado pela Odebrecht destinou US$ 6 milhões (R$ 9,6 mi) a investimentos sócio-ambientais ao longo da via, para minimizar os impactos da construção. Na hidrelétrica de Santo Antônio, foram gastos, para esse propósito, 10% do valor da obra (ou US$ 1 bi). Se fosse mantida a proporção, deveriam ter sido gastos US$ 100 milhões na rodovia peruana. “O governo do Peru é menos rigoroso que o brasileiro nesse tipo de exigência”, diz Delcy.



FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 11 de julho de 2011

MODELO DE ORGANOGRAMA DA AZALÉIA (adotado na indústria de moda)

Após ano de transição, a Patachou se consolida como uma das empresas de moda mais importantes de Minas Gerais.

A marca completa 30 anos, implantando um novo modelo em sua administração: o sistema orgânico.

São sete lojas, 9 showrooms e 200 boutiques espalhadas por todo o Brasil, que precisam estar sempre em sintonia.

Moema Breves
, diretora de marketing e expansão da marca recebeu o Vitrine da Moda para contar um pouco desse modelo.



 
O que faz da Patachou uma marca grande?

O que faz a marca parecer grande é a popularidade que ela adquire com a adesão que o seu conceito tem no mercado, fazendo um estilo feminino, elegante e atual, com qualidade ampliada no dia-a-dia de seus relacionamentos e elaboração de seus produtos.


 
Como está dividido o organograma da empresa?

Organograma é um conceito ultrapassado. Nós trabalhomos com um sistema orgânico de administração, onde cada setor da empresa está interligado. Os setores conversam entre si e com o mercado. Estamos divididos em um Conselho, integrado pela presidência, diretores comercial, de estilo, de operações e marketing. Além do Conselho, temos os líderes, que são os gerentes comercial (varejo e multimarcas), de estilo, de marketing, desenvolvimento, produto, planejamento, financeiro, logístico, relações humanas e compras. Este modelo é um modelo moderno que não existe ainda na indústria de moda de Minas Gerais. Ele foi implantado pelos novos donos da Patachou, vindos da Azaléia - o setor calçadista é mais desenvolvido nessa área do que o de vestuário no Brasil.


Vocês têm quantos funcionários?

Devemos ter hoje cerca de 160 funcionários, incluindo vendedores, porque terceirizamos toda a nossa produção. Temos, aqui, apenas um laboratório de criação, onde são feitas as primeiras peças, as peças-piloto. Então, saímos da estrutura fabril e passamos para uma estrutura de gestão de marca. Além disso, a Patachou é gestora das lojas Le Soulier (marca de calçados) e pretende gerir outras marcas também.


 
Como é o relacionamento com os funcionários em relação à circulação de informações?

Temos vários procedimentos de comunicação que funcionam muito bem. Nós dançamos uma dança conjunta aqui na empresa. Primeiro, pela comunicação diária que temos. Ela é sempre feita por e-mail com funcionários, lojas, pontos-de-vendas para que haja uma organização de prioridades das demandas. Temos e-mails grupos que facilitam muito. Fora isso, temos reuniões mensais e, eventualmente, quinzenais feitas pelo Conselho, nas quais acontece todo o processo decisório. Toda segunda-feira, temos as reuniões de líderes, na qual são tomadas as decisões operacionais da empresa, com o acompanhamento do desempenho de cada setor e análise de metas. Os líderes têm total autonomia de operação.


 
Para que as informações cheguem às lojas, como é feita a comunicação?

O gerente de varejo sai da reunião de líderes com as informações necessárias e faz áudio-conferência via skype com os gerentes de lojas de todo o país. Para isso, temos uma sala com todo sistema multimídia necessário. Posteriormente, é passado um e-mail para todos com todas essas informações discutidas e as metas a serem cumpridas.

Alem disso, temos um tablóide impresso e eletrônico, chamado Visioner, voltado para todo o publico interno de varejo. Ele leva informações de moda focadas no conceito da Patachou.


Vocês fazem treinamentos periódicos de vendedores?

São feitas convenções de varejo. No dia, todas as lojas do país são fechadas, todos os funcionários vêm para Belo Horizonte para mostrarmos para toda a equipe de vendas a nova coleção, detalhando peça por peça, mostrando possibilidade de looks, cartela de cores e as tendências que serão apresentadas pelos concorrentes.

Gestão de pessoas é desafio para jovens líderes

Falta de maturidade deve ser compensada por habilidades técnicas e jogo de cintura




Maria Carolina Nomura, iG São Paulo 11/07/2011 05:58


Quando assumiu o posto de gerente de operações de uma unidade fabril da Ambev, Ricardo da Silveira Bello, que tem 25 anos, se deparou não apenas com as responsabilidades inerentes de seu cargo, mas com a tarefa de liderar uma equipe de 12 pessoas diretamente e mais 115 indiretamente.

Ricardo da Silveira Bello: eu tinha dificuldade para criticar, dar feedbacks mais duros, não sabia como falar

Recém-saído do programa de trainee da companhia, foi supervisor por apenas quatro meses e logo promovido a gerente. “Eu fiquei refletindo sobre esse papel de liderar uma equipe com pessoas bem mais velhas do que eu, com mais experiência de vida. Eu tinha dificuldade para criticar, dar feedbacks mais duros, não sabia como falar”, conta.

Para conseguir vencer essa lacuna de experiência em gestão, Bello contou com o apoio dos programas de formação de líderes promovidos pela empresa. “Eu aprendi técnicas de como dar uma notícia ruim, como motivar a equipe e hoje entendo o meu papel que é o de dar um direcionamento para que o time alcance seus objetivos”, exemplifica.



Programas de talentos

Isabela Garbers, gerente de recrutamento e seleção da Ambev, explica que é política da empresa investir e desenvolver seus talentos e que o próprio programa de trainee prepara o profissional para assumir um posto de gerência em no máximo dois anos. “Buscamos profissionais com flexibilidade para lidar com pessoas e habilidade para saber negociar, conseguir resolver conflitos e ser dinâmico.”

Essas qualidades tidas como curingas são imprescindíveis para que o profissional suba rapidamente na carreira. Mas elas não valerão tanto se a política da empresa não contribuir para esse crescimento veloz, afirma Rudney Pereira Junior, gerente de projetos do Grupo Foco. Na Ambev, por exemplo, a média de idade dos gestores é de 33 anos.

Flexibilidade para lidar com pessoas e habilidade para saber negociar e resolver conflitos são qualidades importantes para os jovens líderes



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Estágio e Trainee

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A pouca idade dos gerentes é, na avaliação de Pereira Junior, uma tendência de mercado. “Hoje, não se encontram profissionais prontos. Por isso, as empresas investem em sua formação, seja como trainee ou em programas isolados.”



Marcelo Cuellar, headhunter da Michael Page, afirma que jovens líderes são comuns em determinadas áreas, como a financeira (bancos, corretores e assets), mas ainda são raros em setores como saúde e engenharia.



“Podemos dizer que, antes da crise econômica mundial, havia mesmo uma molecada no comando das empresas. CEOs com 37 anos, vice-presidentes com 35. Mas foram vistas diversas atitudes irresponsáveis e as empresas perceberam que excelência técnica não é suficiente. É preciso uma maturidade que não se aprende no MBA”, argumenta.



Cabelos brancos

Para Cuellar, no pós-crise as empresas passaram a buscar profissionais acima de 55 anos que saibam lidar com momentos difíceis, como processos de fusão, compra e venda da empresa. “Eles querem pessoas com experiência de vida, que saibam segurar coisas complexas.”

Como maturidade não se aprende, algumas competências pessoais podem ajudar na tarefa de liderar pessoas. “"Ownership’, que significa pensar como o dono do negócio e ‘accoutability’ que é a responsabilidade”, são duas das competências mais exigidas, segundo Cuellar.

Outras características, como seriedade e comprometimento, também são fundamentais para quem assume um posto de gestão, diz Ornella Guzzo, gerente de categorias da Kimberly-Clark. Ela acrescenta que ter conteúdo embasado e aprofundado auxilia muito na persuasão de opiniões e ideias.



FONTE: IG ECONOMIA - CARREIRAS

domingo, 10 de julho de 2011

COMO ABRIR UM RESTAURANTE?

A difícil arte de abrir um bar ou restaurante e mantê-lo aberto

De cada 100 estabelecimentos criados no Brasil, apenas três sobrevivem mais de dez anos

A história é conhecida. O sujeito junta uma grana ou recebe o FGTS e pensa logo em montar um bar ou restaurante. Às vezes, investe muito, como um empresário que tinha um capital de R$ 800 mil, pegou uma consultoria, montou a casa e quebrou em 4 meses. Às vezes, dá certo: há 70 mil bares e restaurantes em São Paulo. Mas segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), de cada 100 que abrem, 35 fecham em 1 ano, 50 em 2, 75 em 5 e de 95 a 97 em 10 anos.

Há na cidade dois restaurantes com mais de 80 anos - o Capuano, na Bela Vista, e o Castelões, no Brás. Alguns com mais de 50, como a Cantina Roperto, o Gigetto e o Pandoro. Cantina Speranza, Sujinho e Acrópoles, com mais de 40. Outros na faixa de 30, como o Família Mancini, Lélis, Galeto's, C. Que Sabe. E centenas num tal de abre e fecha, muda de nome,de ponto e de cara - trocam de cantina para rodízio ou pizzaria.

Por que isso acontece? Segundo o presidente da Abrasel, Joaquim Saraiva de Almeida, porque o mercado é versátil, exige mudanças constantes para adaptações às novidades, e as ofertas no mercado são maiores que a demanda. Por isso, é preciso analisar a concorrência e tentar diferenciar-se.

Por ano, abrem-se 600 e fecham-se 400 bares e restaurantes na cidade. Não faz muito tempo, cerraram as portas o Café Antique, de 6 anos, e o Esplanada Grill, de 20, ambos na Rua Haddock Lobo, nos Jardins. O Antique não resistiu aos bistrôs. O Esplanada, ao alto custo do aluguel no endereço estrelado.

O presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo, Nelson de Abreu Pinto, identifica três problemas básicos para o insucesso. Primeiro: falta de profissionalismo - esse não é um negócio para amadores. Segundo: capital insuficiente para montar e gerir o restaurante. Terceiro: não ter reserva para o capital de giro.

Segundo ele, naufragam os que se aventuram numa atividade econômica que não dominam. "Não conhecem o negócio. E, se não conhecem, se atrapalham", diz. "Para entrar no ramo de alimentação e lazer é preciso conhecer os meandros da parte técnica e operacional, conhecer a fundo cozinha, salão, recepção e administração."

O dinheiro também é essencial. "Às vezes, a pessoa recebe uma indenização de R$ 30 mil e diz 'Ah, vou montar um restaurante'. Monta e custa R$ 100 mil. Como só tinha R$ 30 mil, fica devendo a outra parte, pagando juros altíssimos. Aí precisa de verba para aluguel, água, luz, telefone, mão-de-obra e encargos sociais. E também de uma reserva para comprar alimentos e bebidas."

DICAS

Em novembro, quatro jovens empresários abriram o Allez, Allez!, numa casa da década de 20, na Vila Madalena. "Até agora só tivemos problemas corriqueiros", conta Eduardo Borger, de 26 anos, um dos sócios. "Vamos muito bem." O segredo? Planejamento. "Fizemos uma bateria de reuniões, decidimos qual seria o capital de risco, bolamos o projeto, encontramos o ponto, alugamos e reformamos." Antes de alugar o imóvel, verificaram se podiam abrir o restaurante na Rua Wisard. "Checamos tudo."

Como não têm estacionamento, contrataram serviço de manobristas. "É importante verificar se tem seguro e se os carros não ficam na rua", ensina Borger. Chamaram um contador e fecharam todas as contas dentro do que foi planejado.

Licença mesmo, só Deus sabe quando, mas um protocolo da Prefeitura permite que a casa funcione. No mais, mangas arregaçadas para o trabalho. "Quando abre um restaurante, a pessoa tem de saber que vai trabalhar fins de semana, em horários malucos, que vai dormir tarde e acordar cedo."

Segundo o empresário, a alta carga tributária e trabalhista é um dos principais problemas. Outro: a falta de experiência. Mas há outros detalhes. Se funciona de dia, tem de aceitar vale-refeição e, à noite, cartão de crédito - o que significa pagar taxas e esperar para receber.

É preciso ficar esperto para a legislação trabalhista por causa dos horários de funcionamento, à noite e aos domingos. "Às vezes, um ex-funcionário reclama na Justiça e o valor que tem de ser pago é tão alto que o dono quebra", diz Sérgio Marques Júnior, gerente-executivo da Abrasel. Para Abreu Pinto, o que derruba os empresários são os juros do mercado financeiro. Depois, o custo de gestão por causa dos encargos municipais, estaduais e federais. "Este tem mais tributos do que outros ramos porque o pessoal vê restaurante cheio na hora do almoço e imagina que o lucro é grande. Mas é inferior a 10%."

Aos que pensam em abrir um restaurante a Abrasel recomenda: fazer pesquisa na Prefeitura sobre a lei de zoneamento; pesquisa no local para averiguar como o público-alvo se comporta; verificar a facilidade de estacionamento e analisar problemas de barulho em relação à vizinhança.

VIA-CRÚCIS

O advogado Sivaldo José Martins, do sindicato patronal, aconselha que primeiro se pesquise onde vai se estabelecer, para não investir e depois perder tudo por falta de licença. "Comerciantes de outros ramos raramente são intimados, mas o restaurante, um mês ou dois depois de se instalar, já é intimado a requerer licença de funcionamento."

"Então, a pessoa vai requerer, mas, se não tiver os documentos, o pedido será indeferido. Se isso ocorre, começa o processo de fechamento. Primeiro as multas, depois intimação para regularizar ou cessar a atividade, em seguida o fechamento administrativo. Finalmente, fechamento com força policial. Quem vai ficar estimulado a se estabelecer nessas condições?"

"É penoso", diz o advogado. "O comerciante sofre vistorias da Vigilância Sanitária, Contru, Cadam, Psiu. Se for restaurante com música ao vivo ou mecânica, pode contar que o Psiu vai lá e, uma vez detectado o ruído acima do limite permitido, a multa é de 300 UFMS ou R$ 22 mil. A segunda é de 400 UFMS ou R$ 27 mil. Quem agüenta?"

Apesar dos pesares, a atividade de bares e restaurantes é a única que existe em todas as cidades do Brasil, inclusive em vilarejos - são 780 mil -, e movimenta mais de R$ 12 bilhões ao ano. O setor gera 8% dos empregos diretos no Brasil, ou seja, 6 milhões de empregos. E permite a ascensão econômica das pessoas - elas podem entrar como faxineiro, auxiliar de cozinha ou balconista e chegar a chefe de cozinha, maitre ou até mesmo dono do restaurante.

Licença de funcionamento é exibida como um troféu

O advogado Sivaldo José Martins, há 16 anos consultor do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Similares de São Paulo, dá as dicas para abrir um restaurante:

1. Saber se o prédio tem planta aprovada e habite-se para ramo comercial.

2. Verificar se aquela zona de uso permite restaurante. Isso é feito por meio de um termo de consulta.

3. Procurar um contador para tratar de cadastros, documentação e elaborar o contrato social da empresa. Precisa ter CNPJ, a inscrição estadual chamada de Declaração Cadastral (Deca) e Cadastro do Contribuinte Mobiliário.

4. Recolher a Taxa de Fiscalização do Estabelecimento. Depois, com locação e cadastros acertados, requerer o auto de licença de localização e funcionamento junto à prefeitura em até 60 dias.

O termo de consulta, que deveria sair em 15 dias, leva até um ano. A licença de funcionamento demora até cinco anos, em vez dos 60 dias previstos em lei. "Por isso, mais de 80% dos restaurantes trabalham sem licença", conta Martins. Segundo ele, a dificuldade é tanta que aqueles que conseguem o alvará exibem-no emoldurado, como um troféu.

Fonte: Sebrae SC

MODELO DE PROPOSTA COMERCIAL

(TIMBRE DA EMPRESA)

São Paulo, XX de Agosto de XXXX.

À
Nome da Empresa
São Paulo/SP
A/C: Sr. Fulano de Tal – Diretor Administrativo

Prezados Senhores,

Estamos submetendo à aprovação desta Empresa proposta para elaboração do Projeto.................................... ................, referente aos serviços de..............................

1 OBJETO
........(preencher o tipo de serviço que está oferecendo)............................................................................................................................................................................................................................................................................................................

2 ETAPAS DO PROJETO
As etapas do projeto estão descritas a seguir.

............................................(Descrever as etapas do Projeto)..........................


3 PREÇO
O preço proposto para elaboração dos serviços referentes ao Projeto é de R$.........(..........).

4 RECURSOS HUMANOS

4.1 Para a prestação de serviço in company, ou seja, disponibilização de profissional especializado em tempo integral, está previsto o montante de R$ ............, correspondente ao valor de XXX homem/hora, inclui todos os encargos e tributos.
4.2 Para a prestação de serviço de visitas de assistência técnica está previsto o montante de R$ ............, correspondente ao valor de X visitas técnicas/mês, inclui todos os encargos e tributos.

5 OUTROS

Detalhar os demais itens que não se enquadram nos já citados anteriormente.



6 FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento dos serviços deverá ser efetuado, no prazo de até 30 (trinta) dias a partir da apresentação do documento de cobrança,

7 PRAZO DE EXECUÇÃO

O prazo para execução dos serviços constantes da nossa Proposta é de .............. (.................................) meses, contados a partir da assinatura do contrato de prestação de serviços.
Obs: o prazo será indeterminado caso seja assistência técnica contínua e não por projeto.

8 REAJUSTE
Os preços estabelecidos são firmes e irreajustáveis, durante 12(doze) meses contados a partir da data de aprovação da proposta, devendo ser reajustado após este período pelo índice (eleger índice de reajuste, ex: IPC):


9 TRIBUTOS

Todos os tributos, taxas, encargos e contribuições fiscais, sociais e parafiscais, previdenciárias e trabalhistas que incidam sobre a remuneração aqui estipulada serão de responsabilidade da ............(proponente)............ .
Se, após a emissão desta Proposta, forem criados novos tributos, taxas, encargos e contribuições fiscais, sociais e parafiscais, previdenciárias e trabalhistas, ou modificadas as alíquotas ou bases de cálculo das atuais, ou de qualquer forma venha a ser majorados ou diminuídos, deverão ser revisados os valores de remuneração de modo a refletir tais modificações e manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

10 VALIDADE DA PROPOSTA
A presente proposta tem validade por _________(número de dias, em geral 30 dias).

Nome da Empresa
Nome do Representante
Assina: Representante da Entidade
Fone:
e-mail: