quinta-feira, 4 de agosto de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS DO INVESTIDOR, NA VISÃO DE LÍRIO PARISOTTO

Com quase 40 anos de atuação na Bolsa, empresário tem patrimônio em ações superior a R$ 2 bilhões
Bruna Bessi, iG São Paulo | 09/10/2010 05:31
Lirio Albino Parisotto, empresário nascido em Nova Bassano, interior do Rio Grande do Sul, já foi agricultor, seminarista, bancário, médico, comerciante. O hoje proprietário da Videolar, empresa líder no mercado brasileiro em DVDs e Blu-ray, é um dos maiores investidores pessoa física da Bovespa.
O início de Parisotto no mercado de ações ocorreu em 1971, quando ele venceu um concurso de monografias organizado pelo Ministério do Exército. O prêmio, uma quantia em dinheiro equivalente ao valor de um Fusca, foi todo aplicado na Bolsa - e, em pouco tempo, o investimento foi todo perdido.
Sem formação em economia ou no mercado acionário, o empreendedor leu muito sobre como investir e, apesar do primeiro fracasso, não desistiu. Quinze anos depois entrou novamente no pico do mercado, investiu US$ 500 mil na bolsa – parte do capital da Videolar, empresa ainda em seu início – e perdeu 40% da aplicação. Mas não desanimou. No início dos anos 1990, com um investimento de US$ 2 milhões (em valores da época) e uma meta fixa para sair do mercado assim que o valor dobrasse, aplicou novamente em ações. Após um ano, conseguiu US$ 8 milhões de retorno.
Com o investimento bem sucedido, o empresário recuperou os prejuízos anteriores e comprou a participação de seu sócio na Videolar. Depois de um período sem investir, Parisotto aplicou, em 1998, US$ 6 milhões e formou sua carteira de 11 empresas, sempre reinvestindo os dividendos e aplicando mais dinheiro para aumentar o portfólio acionário.
Leia também:
Na crise financeira de 2008, o investidor – que perdeu R$ 1 bilhão em cinco meses – conseguiu se recuperar rapidamente. Não vendeu suas ações e aproveitou o momento para comprar, aplicando R$ 300 milhões. Seu patrimônio cresceu com a retomada da economia. Em sua carteira estão empresas dos setores de siderurgia, mineração, energia e bancário.
Esse longo histórico de sucessos, mas também de fracassos, fez Parisotto elaborar seus dez mandamentos para quem investe em ações. E é um decálogo de respeito: o empresário é dono de um patrimônio superior a R$ 2 bilhões na Bolsa.
Dez mandamentos para o investidor 
1. Não perca tempo com a Oferta Pública de Ações (IPOs, na sigla em inglês)
“As empresas que abrem seu capital representam uma aventura para o investidor. Muito se gasta na contratação de bancos, impressão de materiais para a divulgação e anúncios em jornais, mas o lucro posterior nem sempre será representativo", diz Parisotto sobre os IPOs, sigla em inglês para oferta pública inicial de ações. "Não vou dizer que todos são negócios ruins. Há exceções, mas são poucas”.
2. Não diversifique sua carteira de ações
Segundo Parisotto, há pouca diferença de rentabilidade entre as empresas. "Somente duas ou três são expressivas", afirma. Para escolher os melhores empreendimentos é importante analisar os balanços, a evolução dos produtos no mercado e conferir a atitude dos executivos. "Tenho 12 ações porque não tenho personalidade para ter duas. Quanto mais diversificada for sua carteira, maior será a prova de que não acredita naquilo que está comprando", afirma. "Além disso, investir de modo mais direcionado permite que você acompanhe melhor cada uma". (Na carteira da Geração Futuro, que administra os investimentos de Parisotto, estão presentes 14 papéis: Bicbanco, Bradespar, Banco do Brasil, Celesc, Cielo, Eletropaulo, Eternit, Grendene, Randon, Redecard, CSN, Tecnisa, Transmissão Paulista e Usiminas).
3. Fuja de ações dos setores aéreo e varejista
"A maioria das empresas do setor aéreo – tanto no Brasil como exterior - não teve um bom desempenho e precisou de ajuda do governo. Outras faliram. E o comércio varejista não tem proteção, sofre muitas oscilações", afirma o empresário. Já entre siderúrgicas e companhias elétricas, diz ele, é muito difícil encontrar alguma que quebrou.
4. Fique longe de empresas que tenham sede em países exóticos
“É um absurdo que empreendimentos no Brasil tenham sede nas Bahamas, por exemplo", afirma. "Imagine a dificuldade para analisar essa empresa criada em outro país, ou mesmo de uma que se transfira para o exterior para depois abrir capital aqui. É perigoso”.
5. Não compre ações de empresas que deem prejuízo
Esse mandamento pode parecer óbvio, mas não é, segundo o megainvestidor. "Muitas pessoas investem nelas porque suas ações estão mais baratas, mas isso não é interessante. Empresa que dá lucro não quebra e não fica se explicando aos investidores pelo prejuízo dado”.
6. Ter liquidez é fundamental
Quando você faz seus investimentos em empresas que ficam dias sem negociar, terá problemas, acredita ele. Mesmo quando quiser gastar não conseguirá comprar as ações. Imagine, então, a dificuldade na hora de vender os papéis, sugere.
7. Procure ações boas e baratas
Ações com preço baixo são facilmente encontradas, mas qualidade é outro caso. Não adianta dizer que a empresa é boa se é preciso esperar 50 anos de lucro para chegar ao preço dela no mercado. "Fuja dessas”, recomenda.
8. Faça as próprias avaliações
“Seguir loucamente boatos sobre o mercado é muito arriscado. No movimento de queda da bolsa, às vezes não há motivo para vender as ações, desde que sejam feitas análises e avaliações corretas dos números da companhia em longo prazo", afirma ele. Se não quiser avaliar, contrate alguém que faça isso por você.
9. Tenha coragem na baixa do mercado e controle a ganância na alta
Quando o mercado cair e os preços das ações ficarem reduzidos, não venda suas aplicações desesperadamente, recomenda o veterano investidor. Controle o medo e coloque mais dinheiro, esse é o momento de investir.
10. Aposte num azarão
"Fazer investimentos também pode ser uma fonte de diversão", diz. "Apostas diferentes do convencional proporcionam novos desafios e possibilidades".

GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES - Guia de ações – PARTE 1 DE 6:

- Quando e quanto investir em ações


Antes de apostar em ações, investidor precisa avaliar seu perfil e reservar os recursos que serão destinados à Bolsa de Valores

Carla Falcão e Olivia Alonso, iG São Paulo
21/03/2011 05:30

A regra número um para o investidor é ter consciência de que o investimento em ações é de longo prazo. Comprar uma participação em uma empresa significa adquirir uma fatia da companhia, ou seja, ser sócio. Como o objetivo é ganhar, é bom saber que este lucro pode não vir em curto prazo, já que as empresas podem ser abaladas por diversos fatores, internos ou externos. Em períodos maiores, a probabilidade de crescimento é mais provável. Mesmo que uma crise afete os negócios, há tempo para recuperar o capital.

Guia de ações

• Como escolher a corretora, o fundo ou clube de investimentos

• Como escolher as ações que vão compor a carteira

• Está na hora de vender as ações?

• Quanto custa investir em ações

• Dicas para investir em ações

Por essa razão, quem deseja apostar seu capital no mercado de renda variável deve saber que não basta ter as finanças pessoais equilibradas. O fato de ter uma reserva guardada no banco não significa que o investidor está pronto para abrir mão dos recursos por um longo período.

“É preciso estar seguro de que aquele dinheiro não vai fazer falta. Se a pessoa tem R$ 5 mil ‘sobrando’ na conta corrente, isso não significa que ela deva aplicar todo o capital na Bolsa. É preciso ter uma reserva para as contas do dia-a-dia e para emergências”, diz André Massaro, especialista em finanças pessoais e autor do livro Moneyfit.

O ideal, na opinião de Amerson Magalhães, diretor do Easynvest, é que o investidor já tenha aplicações em renda fixa – como em poupança, títulos do tesouro e certificados bancários – antes de começar a investir em ações. “Assim, se ele tiver um imprevisto e precisar do dinheiro, pode retirar das aplicações em renda fixa e não precisa correr o risco de ter que vender ações que estão com preço baixo no momento”, diz Magalhães. A sugestão dele é que o investidor tenha o equivalente a quatro meses de salário aplicado em renda fixa para, só então, começar a aplicar nos papéis de empresas.

Investidor não deve apostar todas as suas economias em ações

Quando chegar momento, o investidor deve avaliar cuidadosamente seu perfil. Para tanto, existem diversos testes que medem o apetite (ou a aversão) a riscos inerentes ao mercado de ações. A partir daí, é possível definir em quais companhias e setores serão alocados os recursos. Em tese, os mais jovens e mais arrojados podem arriscar mais em renda variável. Para Raffi Dokuzian, superientendente da BanifInvest, o ideal é depositar no máximo 30% do capital em ações.

Enquanto isso, os mais conservadores e os investidores que estejam mais perto da hora de aposentar devem manter a maioria dos recursos em modalidades tidas como mais seguras, como as de renda fixa. “Quando faltarem cinco anos para a aposentadoria, o investidor deve migrar todo o dinheiro para renda fixa”, diz Dokuzian.

Veja também:

• Imposto de Renda pode fazer diferença na hora de aplicar

• Saiba escolher a corretora para aplicar na Bolsa

• Quem é você na hora de investir?

• Os dez mandamentos do investidor, na visão de Lírio Parisotto

• Veja as 28 dicas de investimentos de William Delbert Gann



FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Para especialistas, alta dos preços dos imóveis não é bolha

Déficit de moradias no País e regulamentação financeira forte ajudam a reduzir risco de queda de preços


Olívia Alonso, Marina Gazzoni e Danilo Fariello, iG São Paulo 26/10/2010 05:17

A valorização imobiliária expressiva em algumas regiões nobres de grandes cidades brasileiras tem gerado o receio de que uma bolha pode estar surgindo no mercado local. Nos últimos três anos, o preço de imóveis de alto padrão em algumas áreas chegou a dobrar. Em média, as famílias brasileiras precisam desembolsar, hoje, 66% mais do que há três anos para comprar um apartamento novo de quatro quartos em bairros de alto padrão, segundo levantamento do iG em oito capitais do País.



A formação de uma bolha imobiliária ocorre quando há uma elevação infundada dos preços. Essa situação foi observada no mercado americano, e culminou com a crise econômica de 2008. Neste caso, os preços sobem por excesso de crédito e especulação de investidores - compra para revender com lucro no curto prazo.


"Alta dos preços é uma recuperação de um mercado que ficou estagnado", diz João Crestana, presidente do Secovi-SP

No Brasil, o crescimento da demanda, a elevação do crédito e o aumento do número de pessoas que investem em imóveis favorecem a valorização imobiliária. Mas isso não constitui uma bolha, segundo economistas consultados pelo iG. “A alta dos preços é uma recuperação de um mercado que ficou estagnado nos últimos 20 anos, pela falta de recursos para financiamento habitacional”, afirma o presidente do Secovi-SP, João Crestana.



Apesar de uma expectativa de crescimento de 40% no volume de crédito imobiliário neste ano, o montante utilizado no Brasil é pequeno em relação ao empregado em outros países desenvolvidos.



O crédito imobiliário deve atingir 4% do Produto Interno Bruto (PIB) no País neste ano, de acordo com projeções da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em países desenvolvidos, como Estados Unidos e Inglaterra, essa relação supera 70%.



Além disso, para que um cenário de bolha fosse desenhado no País, seria necessária uma situação de desequilíbrio macroeconômico e desregulamentação financeira. Para os economistas, esse não é o caso brasileiro. “Temos um mercado seguro e regulamentado com regras rígidas”, diz Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de novos negócios do Banco do Brasil.



Outro fator que afasta o perigo de bolhas é a baixa proporção do montante financiado no valor total do imóvel. A população brasileira compra casas e apartamentos com um percentual alto de desembolso à vista, se comparado ao praticado no exterior.



Cada imóvel adquirido no Brasil no primeiro semestre de 2010 recebeu, em média, 61,9% dos recursos por meio de financiamento, segundo a Abecip. “Seria um problema se os financiamentos fossem de 85% ou 90%, em prazos muito curtos”, diz Cláudio Borges, diretor da área de crédito imobiliário do Bradesco.



Leia também:

Imóvel dá mais dinheiro que investir na Bolsa

Imóvel é a nova poupança de investidores

Brasília lidera valorização nos últimos anos

Olimpíada vai valorizar área mais cara do País

Dentistas e advogados fazem bico com venda de imóveis

Para negociar imóveis de luxo, corretor usa até helicóptero

Bancos acirram briga no crédito para imóvel top

Força da baixa renda



A existência de um déficit habitacional de oito milhões de moradias faz com que a demanda por imóveis continue aquecida entre a população de baixa renda no Brasil. O mercado imobiliário levará anos para produzir essas unidades. Assim, não há perigo de excesso de oferta, o que poderia provocar uma redução de preços nesse segmento.



O risco de queda de preços no Brasil ocorre em um segmento muito específico, os imóveis de alta renda em bairros onde há um número grande de lançamentos. Luiz Paulo Pompeia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), diz que já nota sinais de excesso de oferta de imóveis com preço entre R$ 800 mil e R$ 2 milhões em algumas localidades da região metropolitana de São Paulo, como o bairro Campo Belo. “Nos últimos seis meses, a liquidez desses apartamentos diminuiu e, depois de alguns meses, poderá até cair o preço.”



No entanto, um eventual excesso de oferta de imóveis no Brasil em bairros nobres não trará consequências graves para a economia do País, segundo os especialistas. A situação é diferente daquela vista nos Estados Unidos. Lá, a crise imobiliária foi provocada pela baixa renda, mais especificamente pela alta da concessão de crédito aos chamados clientes subprime, com alto risco de inadimplência.



“Bolha em alta renda não preocupa, pois os compradores acabam negociando e chegam a acordos para pagar”, afirma Roy Martelanc, professor de Finanças da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.



A expectativa dos economistas é que, em vez de uma queda nos preços, o mercado chegue a uma estabilidade nos próximos anos. “A bolha é bobagem, mas pode ser que, em um determinado momento, os preços encontrem seu equilíbrio”, afirma Hiram David, presidente do Secovi-DF.

FONTE: IG ECONOMIA

ONDE APLICAR O DINHEIRO DA CASA PRÓPRIA.

Fundos imobiliários e aplicações de renda fixa que acompanham a inflação e os juros são boas opções, segundo especialistas



Olívia Alonso, iG São Paulo 20/01/2011 05:30



Fundos imobiliários e aplicações de renda-fixa são sugestões para quem está juntando o dinheiro para comprar uma casa própria no curto prazo.



Veja também


Oportunidades de investimento para curto prazo



Se o poupador já possui R$ 80 mil, por exemplo, e quer fazer capital render até o fim do ano, quando planeja resgatar tudo, investimentos que acompanham a taxa de juros e a inflação são os mais recomendadas por especialistas consultados pelo iG. Entre eles, estão os Certificados de Depósito Bancário indexados ao Depósito Interbancário (CDB DI) e os títulos do Tesouro Direto.



CDB DI (Certificado de Depósito Bancário indexado ao Depósito Interbancário) ou Fundo de Investimento DI



Uma das sugestões para o investidor que acumulou o dinheiro da entrada da casa própria é o CDB DI.



Como a inflação está alta, a aposta dos especialistas é de aumento dos juros, o que eleva o ganho títulos atrelados à taxa básica de juros brasileira, a Selic. É o caso do CDB DI, que é comprado em bancos ou outras instituições financeiras.



Na hora da aquisição do certificado, os clientes devem tentar negociar uma boa taxa de retorno (um percentual do ganho fica com o banco).



Outra opção é o fundo de investimento DI, que tem as mesmas características do CDB, mas possui a desvantagem de ter taxas maiores, cobras pelas instituições que administram os fundos.



As cotas dos fundos podem ser adquiridas nos bancos, corretoras de valores ou empresas que fazem gestão de recursos.



Quando chegar a metade do ano, especialistas recomendam que o investidor observe o quanto a Selic subiu. Caso a alta tenha sido expressiva e as expectativas sejam de baixa, pode valer a pena trocar de modalidade, para a poupança, por exemplo.



Fundo de Investimento Imobiliário (FII)



Os fundos imobiliários aplicam os recursos dos investidores em negócios de base imobiliária, como no desenvolvimento de empreendimentos ou em imóveis prontos. São interessantes porque são isentos de imposto de renda para pessoas físicas, desde que possuam pelo menos 50 cotistas e desde que o investidor não detenha mais de 10% da totalidade de cotas emitidas.



A rentabilidade geralmente é maior do que a do Tesouro Direto, mas especialistas sugerem uma exposição de no máximo 50% do capital pelo fato de ser um produto mais arriscado e com menor liquidez. Como são fundos fechados, o resgate das cotas não é permitido antes do prazo, mas o investidor pode vender suas cotas para terceiros.



Poupança



A poupança é sempre uma opção cômoda, sem riscos e sem imposto de renda. Mas pode render menos do que títulos do Tesouro ou CDB.



Tesouro Direto: LFT e NTN-B



Enquanto as Letras Financeiras do Tesouro (LFT) variam de acordo com a Selic, as Notas do Tesouro Nacional – série B (NTN-B) acompanham a inflação. O cálculo do retorno das LFT é feito diariamente, corrigido pela taxa básica de juros correspondente a um dia. Se a taxa básica de juros sobe, o rendimento diário aumenta, se as taxa básica de juros cai, ele também cai. Já o retorno das NTN-B é resultado da inflação mais uma taxa previamente estipulada.



Os investidores podem comprar os títulos diretamente do governo, por meio de instituições autorizadas. Uma vantagem em relação ao CDB é que os custos envolvidos são mais baixos do que os que os bancos cobram. Uma desvantagem é que o resgate antes do vencimento pode não pagar o montante esperado pelo investidor. No caso das LFT, esse problema é menor, pois o valor do título sofre poucos efeitos das variações das taxas de juros, que são sempre positivas.





Sugestões de aplicações para quem vai:

Pagar a festa de casamento

Viajar para o exterior

Comprar um carro novo

Dar entrada na casa própria

Pagar a festa de formatura

Abrir um novo negócio



FONTE: IG ECONOMIA

Crédito imobiliário bate recorde no primeiro semestre

Recursos concedidos pelo SBPE para financiamento de imóveis chegou a R$ 37 bilhões no período, alta de 55% em relação a 2010


Reuters 03/08/2011 10:03

Os recursos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento imobiliário atingiram um recorde de R$ 37 bilhões de janeiro a junho, alta de 55% sobre o mesmo período de 2010, informou nesta quarta-feira a associação que representa o setor no país, Abecip.


O montante equivale a 44% da previsão da Abecip para a contratação de crédito imobiliário no ano, que é de R$ 85 bilhões.


Nos seis meses até junho, foram financiados 236,5 mil imóveis pelo sistema, volume 26% maior em relação ao mesmo período de 2010.



Considerando apenas o mês de junho, foram financiados 46,5 mil imóveis no país aumento de 13,8% em relação a junho do ano passado e alta de 1,6% sobre maio, que havia registrado o recorde mensal anterior, com 45,7 mil unidades contratadas.



As cadernetas de poupança mostraram recuperação em junho, com captação líquida de R$ 1,2 bilhão após dois meses consecutivos de resgates. Segundo Abecip, foi o melhor resultado do ano para a aplicação.



Leia também:


Onde aplicar o dinheiro da casa própria

Para especialistas, alta dos preços dos imóveis não é bolha

Saiba como declarar compra e venda de imóveis

Preços dos imóveis caem pelo terceiro mês seguido, diz FipeZap




FONTE: IG ECONOMIA

GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES

Saiba como reservar os recursos para investir, conheça as opções de investimentos e veja como acompanhar o desempenho das ações




Carla Falcão e Olivia Alonso, iG São Paulo 21/03/2011 05:31



Especial do iG mostra como investir em ações



Seu vizinho, o namorado de uma amiga e o taxista que você conhece já investem na Bolsa de Valores e não economizam entusiasmo ao recomendar que você faça o mesmo. Argumentos não faltam: a economia brasileira tem resistido bravamente às crises internacionais, comprar ações nunca foi tão fácil, a Bolsa tem grandes companhias listadas e os rendimentos são, em geral, maiores que os de outros tipos de investimentos.



Mas, se apostar seu dinheiro em ações ainda parece algo muito complicado e distante, o iG preparou um guia prático que pode ajudar a definir o momento mais adequado e a melhor forma de participar do grupo de investidores do mercado de ações, que já chega a 629 mil, segundo dados da BM&F Bovespa.



Do momento de definir a quantia que será investida em Bolsa, à escolha da corretora de valores, passando ainda pelo acompanhamento dos investimentos já feitos e pelo momento do resgate do capital investido, o guia para investir em ações traz informações úteis para os investidores de primeira viagem.



FONTE: IG ECONOMIA

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tesouro Direto

Tesouro Direto é um programa implementado em 7 de janeiro de 2002 pelo Tesouro Nacional, em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). O objetivo é tornar popular o acesso ao investimento em títulos públicos, possibilitando sua compra por pessoas físicas pela internet.


Os títulos públicos federais são créditos emitidos pelo Tesouro Nacional sob a forma escritural (meio eletrônico) ao público para financiamento do Déficit Orçamentário Geral da União e da Dívida Pública Federal, e custodiados por Central Depositária especializada e habilitada.

Anteriormente, as pessoas físicas compravam títulos públicos apenas indiretamente, por meio da aquisição de cotas de fundos de investimento. Os recursos provenientes das aplicações em fundos de investimento são utilizados pelas Instituições Financeiras para adquirir títulos públicos no mercado primário (leilões tradicionais do Tesouro Nacional) ou no mercado secundário (negociações com outros agentes). A partir da implantação do Tesouro Direto, os poupadores ganharam uma forma alternativa e democrática de aplicação dos seus recursos com rentabilidade e segurança, sem a necessidade de intermediação de agente financeiro nas negociações. Além disso, os investidores se beneficiam de poder administrar diretamente seus próprios recursos, adequando os prazos e indexadores dos títulos aos seus interesses. Sumariamente, o Programa apresenta vantagens significativas de custos e de flexibilidade na escolha dos títulos públicos em termos de indexadores e prazos.



Índice

• 1 Compras

o 1.1 Requisitos básicos

o 1.2 Cadastramento

o 1.3 Modalidades de compra

o 1.4 Formas de Pagamento

o 1.5 Limites de compra

• 2 Vantagens

• 3 Horário de Funcionamento

• 4 Rentabilidade

• 5 Títulos Disponíveis

• 6 Venda

• 7 Taxas e Tributos

• 8 Saldos e extratos

o 8.1 Novo extrato

• 9 Novo simulador

• 10 Agentes integrados

• 11 "Expomoney"

• 12 Referências


Compras

Requisitos básicos

Para adquirir títulos públicos no Tesouro Direto é necessário possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF), conta corrente em qualquer instituição habilitada no programa e residir no território brasileiro.

Cadastramento

Primeiramente, o investidor deve se cadastrar em um dos Agentes de Custódia habilitados. Há uma lista disponível no site com o nome de todos os Agentes cadastrados.

Após o cadastro, o comprador receberá uma senha provisória via e-mail. O investidor deve acessar a área restrita do Tesouro com essa senha. O login de acesso ao sistema é o CPF do comprador. No primeiro acesso, o sistema pedirá uma nova senha, a critério do investidor. A nova senha será definitiva para operar no Tesouro Direto.

Modalidades de compra

Há três formas de compra de títulos:

1. A primeira é a compra direta no site do Tesouro Direto. O investidor, com sua senha pessoal, acessa o ambiente restrito do site e realiza as negociações.

2. A segunda é a compra realizada por meio de um Agente de Custódia. O comprador autoriza o Agente a realizar transações de compra e venda de títulos em seu nome.

3. A última é a compra direta no site do Agente de Custódia. Alguns bancos e corretoras habilitados integram seus sites ao do Tesouro Direto. Desta forma, as negociações de títulos podem ser feitas no site da instituição, em tempo real, com os mesmos preços e taxas do Tesouro Direto.

Após a confirmação de compra, não há possibilidade de cancelamento da operação.

Formas de Pagamento

Após a confirmação da compra, o sistema informará a data-limite para que os recursos do investidor estejam disponíveis na conta do Agente. Os títulos comprados devem ser pagos com recursos alocados na conta do Agente de Custódia.

Caso os recursos não estejam disponíveis na conta do Agente de Custódia até a data-limite, o investidor será considerado inadimplente. Na primeira vez, o investidor fica suspenso por trinta dias, ou seja, não pode efetuar nenhuma compra no Tesouro Direto durante este período. Se houver reincidência, o tempo de suspensão será de seis meses. Na segunda reincidência, o investidor será suspenso por três anos. Após este período o investidor poderá continuar efetuando compras no Tesouro Direto. Para solicitar a anistia da suspensão no Tesouro Direto, o investidor deve entrar em contato com seu Agente de Custódia e explicar o motivo do não pagamento da compra. Em seguida, o Agente de Custódia entrará em contato com a CBLC para solicitar a anistia. Porém, a decisão cabe ao Tesouro Nacional.

Limites de compra

O investidor pode comprar fração par de um título. Por exmplo, é possível 0,2 título, 0,4 título, 0,6 título, 1,2 título e assim por diante. Porém, não é possível comprar, por exemplo, 0,1 título ou 4,3 títulos.

O limite mínimo de compra por investidor é a fração de 0,2 título e o máximo, de R$ 400.000,00 por mês. Não há limites quanto à manutenção de estoque de títulos públicos, ou seja, o investidor pode acumular o valor referente à aquisição do limite máximo de R$ 400.000,00 todos os meses. Nos meses de pagamento de juros e resgate dos títulos públicos adquiridos no Tesouro Direto, o valor resgatado ou pago em juros é somado ao limite máximo mensal de R$ 400.000,00.


Vantagens

Ao investir no Tesouro Direto, o comprador realiza o próprio investimento de acordo com as características individuais de aversão ao risco e levando em conta as preferências por prazo e risco.

Algumas vantagens são:

1. Excelente opção em termos de rentabilidade;

2. Taxas de administração muito baixas;

3. Possibilidade de diversificar os investimentos, obtendo variadas rentabilidades, como pós-fixadas (pela taxa básica da economia), prefixadas e remuneradas por índices de preços;

4. Opção da poupança de longo prazo, ao optar por títulos remunerados por índices de preços, obtendo rentabilidade real significativa;

5. Investimentos podem ser gerenciados com comodidade, segurança e tranquilidade;

6. Liquidez garantida pelo Tesouro Nacional;

7. Investidor tem maior poder de tomada de decisão e controle do patrimônio;

8. Títulos públicos são considerados investimentos de baixíssimo risco pelo mercado financeiro.


Horário de Funcionamento

O site do Tesouro Direto está disponível para consulta 24 horas por dia, sete dias por semana. As compras podem ser feitas todos os dias, entre as 9 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Nos finais de semana, a compra se realiza entre as 9 horas de sexta-feira e as 5 horas de segunda-feira, ininterruptamente. As compras poderão ser suspensas ao longo do dia, por tempo indeterminado, caso o Tesouro Nacional julgue conveniente devido às condições de mercado.



Rentabilidade

A rentabilidade varia de acordo com o tipo de título e o preço de aquisição, podendo ser prefixada (LTN e NTN-F), indexada à taxa SELIC (LFT), indexada ao IGP-M (NTN-C) ou indexada ao IPCA (NTN-B e NTN-B Principal). A rentabilidade que os títulos obtiveram no passado não garante que o título tenha a mesma rentabilidade no futuro.


Títulos Disponíveis

O Tesouro Direto oferece às pessoas físicas os mesmos títulos ofertados às instituições financeiras durante os leilões. São eles:

1. Letras do Tesouro Nacional (LTN): títulos com rentabilidade definida (taxa fixa) no momento da compra. Você sabe antes quantos reais vai ganhar. Forma de pagamento: no vencimento;

2. Letras Financeiras do Tesouro (LFT): títulos com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa média das operações diárias com títulos públicos registrados no sistema SELIC, ou, simplesmente, taxa Selic). Forma de pagamento: no vencimento;

3. Notas do Tesouro Nacional – série C (NTN-C): títulos com rentabilidade vinculada à variação do IGP-M, acrescida de juros definidos no momento da compra. Ideal para formar poupança de médio e longo prazo, garantindo seu poder de compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal);

4. Nota do Tesouro Nacional – série B (NTN-B): título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. Ideal para formar poupança de médio e longo prazo, garantindo seu poder de compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal);

5. Nota do Tesouro Nacional – série B (NTN-B Principal): título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. Não há pagamento de cupom de juros semestral e é ideal para formar poupança de médio e longo prazo, garantindo seu poder de compra. Forma de Pagamento: no vencimento (principal);

6. Nota do Tesouro Nacional – série F (NTN-F): título com rentabilidade prefixada, definida no momento da compra. Forma de Pagamento: semestralmente (juros) e no vencimento (principal).



Venda

Não há prazo de carência para venda de títulos públicos. O investidor pode vendê-los no momento que desejar, antes de sua data de vencimento. A fim de conceder liquidez aos títulos públicos adquiridos no Tesouro Direto, o Tesouro Nacional realiza recompras semanais, entre 9 horas das quartas-feiras e 5 horas das quintas-feiras, pagando o valor de mercado do título. Excepcionalmente, nas semanas em que houver reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), a recompra de todos os títulos é realizada entre às 9 horas de quinta-feira e às 5 horas de sexta-feira.



Taxas e Tributos

As compras de títulos realizadas no Tesouro Direto estão sujeitas ao pagamento de taxas de serviços. São 3 as taxas cobradas no Tesouro Direto. No momento da compra do título, é cobrada uma taxa de negociação de 0,10% sobre o valor da operação. Há também uma taxa de custódia da BM&FBOVESPA de 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos títulos e às informações e movimentações dos saldos, que é cobrada semestralmente, no primeiro dia útil de janeiro ou de julho, ou na ocorrência de um evento de custódia (pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o que ocorrer primeiro. Essa taxa é cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título, e é calculada até o saldo de R$1.500.000,00 por conta de custódia. No caso em que, no semestre, a soma do valor da taxa de custódia da BM&FBOVESPA e da taxa do Agente de Custódia for inferior a R$10,00, o valor das taxas será acumulado para a cobrança no semestre seguinte, no primeiro dia útil de janeiro ou de julho, ou na ocorrência de um evento de custódia (pagamento de juros, venda ou vencimento do título), o que ocorrer primeiro.

Os agentes de custódia também cobram taxas de serviços livremente acordadas com os investidores. As taxas cobradas pelas instituições estão disponíveis para consulta no site do Tesouro Direto. O investidor deve confirmá-las no momento da contratação.

Assim, no momento da operação de compra o investidor pagará o valor da transação (preço unitário do título vezes a quantidade adquirida) mais 0,10% sobre o valor da transação (taxa de negociação BM&FBOVESPA) mais a taxa do Agente de Custódia referente ao primeiro ano de custódia. Caso o título tenha vencimento inferior a um ano, a taxa do agente de custódia será proporcional ao prazo do título. A taxa de custódia da BM&FBOVESPA (0,3% ao ano) será provisionada diariamente a partir da liquidação da operação de compra (D+2).

As compras feitas antes de 06/04/2009 continuam com a regra anterior de cobrança das taxas, ou seja, na venda, ou no pagamento de juros, ou no encerramento da posição do investidor. Porém, a partir dessa data, o investidor também será beneficiado com a redução da taxa utilizada no cálculo diário sobre compras feitas há mais de um ano, que passa de 0,40% para 0,30% ao ano.

A Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, alterou a tributação incidente sobre as operações do mercado financeiro e de capitais, incluindo as alíquotas de Imposto de Renda na fonte incidentes sobre os rendimentos do Tesouro Direto. De acordo com a redação legal, as alíquotas válidas a partir de 1º de janeiro de 2005 são as seguintes:

I – 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de até 180 (cento e oitenta) dias; II – 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181 (cento e oitenta e um) dias até 360 (trezentos e sessenta) dias; III – 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento), em aplicações com prazo de 361 (trezentos e sessenta e um) dias até 720 (setecentos e vinte) dias; IV - 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima de 720 (setecentos e vinte) dias.

No caso de aplicações existentes em 31 de dezembro de 2004:

I – os rendimentos produzidos até essa data serão tributados à alíquota de 20% sobre o ganho de capital; II – em relação aos rendimentos produzidos em 2005, os prazos a que se referem as alíquotas decrescentes serão contados a partir:

a) de 1º de julho de 2004, no caso de aplicação efetuada até 22/12/2004; e

b) da data da aplicação, no caso de aplicação efetuada após 22/12/2004.

Com relação aos cupons de juros das Notas do Tesouro Nacional, serão aplicadas as alíquotas do Imposto de Renda previstas, com o prazo contado a partir da data de início da aplicação.


Saldos e extratos

O investidor do Tesouro Direto pode obter extratos e consultar saldos a qualquer tempo. Para fazê-lo basta acessar o ambiente restrito do site do Tesouro Direto (após inclusão de CPF e senha) e clicar na opção CONSULTAS do MENU DO INVESTIDOR à esquerda da tela.

Como os títulos públicos são marcados a mercado, o extrato/saldo do investidor reflete o preço de mercado dos títulos. Desta forma, havendo queda nos preços negociados no mercado, o saldo do investidor cairá. Por outro lado, se houver valorização do título, o saldo do investidor irá se elevar.

O Tesouro Nacional não pode afirmar se haverá ganho ou perda financeira no caso de venda antecipada, dependerá das condições de mercado na referida data. Cabe ressaltar que se o investidor "carregar" os títulos de sua carteira até a data de vencimento, receberá exatamente a rentabilidade bruta informada no momento da compra.



Novo extrato

O Tesouro Nacional, em parceria com a BM&FBOVESPA, lançou no dia 13/11/2009 o novo extrato do Tesouro Direto. Em linha com a diretriz de aprimoramento contínuo do Programa, em especial o aumento de sua transparência e facilidade para os investidores, o novo extrato vem ao encontro das suas necessidades, ao disponibilizar um maior número e um melhor detalhamento das informações sobre suas aplicações.

Sua elaboração contou com a participação de um grupo de profissionais diretamente ligados ao Tesouro Direto, por parte do Tesouro Nacional e da BM&FBOVESPA, o que permitiu a construção de uma ferramenta abrangente e com novas funcionalidades, disponibilizando aos participantes do Programa informações sobre seu investimento de maneira clara e objetiva.

Nas telas do novo extrato constam campos adicionais que possibilitarão ao investidor consultar detalhes sobre a movimentação financeira, como os preços dos títulos adquiridos e as taxas contratadas pelo investidor no momento da compra. O extrato disponibilizará ainda os valores iniciais de aplicação, os valores referentes ao Imposto de Renda e ao IOF, assim como as taxas devidas à BM&FBOVESPA e à sua instituição financeira.

Outra novidade é a presença de informações sobre a rentabilidade bruta da aplicação para diferentes períodos. O investidor poderá consultar qual o rendimento de sua aplicação em um determinado mês ou ano, nos últimos 12 meses e também a rentabilidade acumulada desde a data da compra. Todas essas informações estarão disponíveis por título e compra, separadas por instituição financeira. Com isso, o investidor terá acesso aos dados referentes a impostos, taxas devidas, valores investidos e rentabilidades para cada compra, ou seja, poderá fazer distinção entre títulos iguais, porém adquiridos em períodos distintos.

Para consultar o extrato, basta entrar no site do Tesouro Direto com sua senha ou no site da instituição financeira, caso esta tenha seu sistema integrado. O extrato poderá ser visualizado em tela, impresso e exportado para planilhas eletrônicas.



Novo simulador

O novo simulador do Tesouro Direto, lançado em 15/09/09 pelo Tesouro Nacional e pela BM&FBOVESPA informa, de maneira clara e didática, as principais diferenças entre os títulos públicos e mostra qual o papel mais adequado para aplicação dentre os disponíveis, (LTN, LFT, NTN-F, NTN-B e NTN-B Principal) de acordo com o objetivo de investimento indicado pelo usuário. Com o simulador, será possível planejar a compra da casa própria, a troca do carro ou mesmo calcular o montante necessário para garantir os estudos e a aposentadoria no futuro. A ferramenta é de uso livre e gratuito. No primeiro acesso, o usuário terá de preencher um cadastro informando nome, CPF, login e senha (o que permitirá que as simulações individuais possam ficar registradas no próprio perfil do usuário). A partir daí, basta definir o objetivo do investimento e seguir as orientações que aparecerão na tela do computador. O lançamento do simulador é mais uma das medidas tomadas pelo Tesouro Nacional e pela BM&FBOVESPA para popularizar o Tesouro Direto. Para acessá-lo, basta clicar em http://simuladortesourodireto.cblc.com.br/.



Agentes integrados

Dentro das iniciativas do Tesouro Nacional para popularizar o acesso de pessoas físicas a títulos públicos federais, deu-se início, em março de 2009, ao projeto de integração de Home Broker com o Tesouro Direto, apoiado pela BM&FBOVESPA. Essa integração permite que o investidor possa comprar e revender os títulos públicos e consultar sua posição usando diretamente o site de sua instituição financeira, quando esta estiver integrada ao sistema. Isso representa uma facilidade adicional ao investidor com a utilização de uma única senha pelo site do próprio Agente de Custódia.

Segue a lista de todos os agentes integrados até o momento:

• Ágora Corretora

• Alpes Corretora

• Ativa Corretora

• Banco do Brasil

• Banif

• Bradesco Shopinvest

• Coinvalores Corretora

• Fator Corretora

• Gradual Corretora

• HSBC

• Itaú Corretora

• Indusval Corretora

• Socopa Corretora

• Spinelli Corretora

• Unibanco Investshop

Para mais informações acesse http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/agentes_integrados.asp.



"Expomoney"

A "Expomoney" é uma exposição de produtos e serviços do mercado financeiro, onde o visitante pode gratuitamente aprender e/ou aprofundar seus conhecimentos sobre o funcionamento do mercado e as alternativas de investimento existentes, por meio de palestras e estandes montados pelos principais agentes financeiros, além da possibilidade de ele próprio passar a atuar no mercado. O Tesouro Nacional e a BM&FBOVESPA participam do evento com seu estande "Tesouro Direto", onde o visitante pode esclarecer todas as suas dúvidas sobre o funcionamento do programa.

A Expomoney percorre diversas capitais do Brasil ao longo de cada ano.



Referências

1. http://www.tesourodireto.gov.br

2. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/instituicoes_index.asp

3. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/consulta_titulos/consultatitulos.asp

4. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/noticias/index.asp

4. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/perfil_investimento_saibamais.asp

5. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/ranking.asp

6. Luquet, Mara, O mapa do tesouro direto, Ed. Saraiva

7. Veiga, Humberto, O Essencial sobre Tesouro Direto (e-book) disponível em http://www.betoveiga.com/log/index.php/2010/03/livro-tesouro-direto-e-book/




GUIA PARA INVESTIR EM AÇÕES

Saiba como reservar os recursos para investir, conheça as opções de investimentos e veja como acompanhar o desempenho das ações.

COMEÇA AMANHÃ, AQUI NESTE BLOG.

NÃO PERCA !!!!!

Analistas recomendam menos commodities e mais ações defensivas

Com boas expectativas, Vale é exceção e segue entre as sugestões para agosto ao lado de ações de consumo, energia e bancos


Olívia Alonso, iG São Paulo 02/08/2011 05:40


Agosto começou com um clima de cautela generalizado nos mercados de ações diante da expectativa para a votação da elevação do teto da dívida norte-americana. Na opinião de analistas do mercado de ações, este será o tom do mês. A economia dos Estados Unidos e a crise econômica na zona do euro devem manter os investidores preocupados. “Devemos ter volatilidade e uma pequena recuperação no nível da Bolsa brasileira,” diz Rafael Andreata, analista da Planner Corretora.


Mina de ferro da Vale do Rio Doce em Parauapebas, Carajás (PA): analistas esperam bons resultados no semestre

A recomendação de ações para o mês reflete este clima de cautela. As carteiras sugeridas por oito corretoras de valores consultadas pelo iG contêm papéis de empresas de setores defensivos – como o de energia elétrica - de consumo, com empresas voltadas ao mercado doméstico, e alguns bancos. Na opinião dos analistas do HSBC, empresas dos setores de alimentos, bebidas, consumo, agronegócios, varejo e corretoras de imóveis devem ser favorecidas no curto prazo por uma maior renda dos brasileiros disponível para consumo.



Em geral, as corretoras sugerem uma menor exposição às commodities, cujos preços são muito determinados pelo cenário externo. As ações da Vale, entretanto, estão em sete das oito carteiras sugeridas. As corretoras mantêm os papéis acreditando que a mineradora deverá ter um bom desempenho no segundo semestre. Para os analistas da Socopa, o setor de mineração deverá ter um bom cenário nos próximos anos, com a recuperação de economias desenvolvidas e elevadas taxas de países em desenvolvimento.



EUA

As corretoras de valores brasileiras apostam em um pequeno alívio no início deste mês, uma vez que os congressistas dos EUA chegaram a um consenso sobre o plano para aumentar o endividamento do país, evitando um calote. No entanto, as preocupações permanecem. As tensões giram em torno de como será o plano de corte de gastos do governo norte-americano no longo prazo e, principalmente, do possível rebaixamento da nota dos títulos do governo norte-americano.



Para os analistas da corretora Socopa, as implicações de um rebaixamento da nota de crédito dos papéis dos EUA “ainda são controversas no mercado, mas suficientes para manter o nível de tensão nos patamares do mês passado.” Cristiano Souza, economista do Banco Santander, concorda: “se as agências de risco reduzirem as classificações dos títulos norte-americanos, ninguém sabe o que pode acontecer.” Andreata, da Planner, acrescenta que os dados da economia dos Estados Unidos devem seguir no radar dos investidores e que não devem ser muito animadores. Nesta semana, saem dados do mercado de trabalho norte-americano.


Ao lado dos EUA, a Europa também receberá a atenção dos investidores em agosto. Segundo os analistas, o novo pacote de regaste financeiro para a Grécia amenizou apenas em parte as preocupações com a região. Mas ainda há tensões em relação às economias da Itália e da Espanha. “O conjunto de medidas adotadas pelos integrantes do bloco europeu só surtirá efeito caso esses dois países tomem medidas concretas para melhorar o seu deficit público,” afirmam os analistas da corretora UM Investimentos. “Dessa forma, o cenário persiste tenso e não esperamos uma evolução positiva no curtíssimo prazo,” resumem os analistas da Socopa.



No Brasil, as últimas medidas cambiais adotadas pelo governo na última semana pioram a percepção de risco do mercado, na avaliação dos analistas do HSBC. “O Banco Central reforça um tom mais brando e, portanto, mais conciliador com o cenário de inflação, devendo optar por novas medidas macro-prudenciais, ao invés de aumento de juros.” Este cenário justificou a redução da participação de ações de bancos na carteira de agosto do HSBC.



Mais recomendadas

Atrás da Vale, que teve sete recomendações, aparece o Banco do Brasil, sugerido por cinco das oito corretoras. O banco estatal é beneficiado por boas perspectivas para o setor bancário e possui vantagens em relação aos concorrentes, na avaliação da UM Investimentos. “Por ser uma instituição pública, detendo o controle das contas correntes de funcionários públicos e pensionistas do INSS,” afirmam em relatório. Além disso, os analistas acreditam que, com a compra do Banco Postal, o BB tem uma oportunidade de melhorar a rentabilidade de sua base de clientes, “o que poderá trazer interessantes oportunidades.”



A Petrobras, apesar de estar na carteira de cinco casas, teve sua exposição reduzida em por algumas delas. A Planner afirma que, a despeito das expectativas de oscilação dos preços de commodities, continua apostando a estatal porque a empresa manteve o Plano de investimento de 2011-2015 perto de US$ 224 bilhões. “Isso ameniza as preocupações quanto ao equilíbrio financeiro e alavancagem financeira da empresa, além de amenizar os riscos de haver uma nova emissão de ações.”



No setor elétrico, a Cemig foi a mais recomendada, com quatro sugestões. A empresa foi opção da Socopa por ter apresentado em 2011 uma melhor rentabilidade por meio de redução de gastos e uma maturação das aquisições feitas no passado. “É a maior distribuidora de energia elétrica, quarto grupo gerador e terceiro grupo transmissor do País,” acrescentam os analistas em seu relatório para agosto.



Entre os papéis mais recomendados para agosto estão também Hypermarcas, Ambev, Eztec, Tractebel , Itau Unibanco, Lojas Renner, Localiza, Odontoprev e Random Participações.





Ações mais recomendadas para agosto

Empresa                     Ticker                 Recomendações

Vale                                             VALE5                                              7

Banco do Brasil                            BBAS3                                             5

Petrobras                                     PETR4                                              5

Cemig                                         CMIG4                                              4

Itau Unibanco                             ITUB4                                                4

Ambev                                       AMBV4                                             3

Eztec                                          EZTC3                                               3

Localiza                                     RENT3                                               3

Random                                    RAPT4                                                3

Tractebel                                 TBLE3                                                  3

Hypermarcas                          HYPE3                                                  2

Ecorodovias                           ECOR3                                                  2

Odontoprev                           EDPV3                                                   2

Lojas Renner                        LREN3                                                    2

Corretoras: HSBC, Ágora, Socopa, Link Investimentos, UM Investimentos, Coinvalores, Planner, Souza Barros


Veja também:


Economista chama acordo da dívida americana de "band-aid"

Obama anuncia acordo sobre teto da dívida dos EUA

As alternativas dos EUA no impasse sobre a dívida

Teto da dívida dos EUA foi elevado 35 vezes em 30 anos

Guia para investir em ações

País está preparado para lidar com instabilidade externa, diz BC




FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

PUBLICIDADE NA INTERNET CRESCE MAIS QUE 50% NO PRIMEIRO SEMESTRE.

Segmento foi de melhor desempenho no período, segundo o Ibope Monitor; avanço total do mercado foi de 13,7%


iG São Paulo 25/07/2011 17:12


A internet segue na dianteira do crescimento do mercado publicitário brasileiro, segundo o relatório mais recente do Ibope Monitor, que apura os principais anunciantes e agências do País. Na internet, os investimentos publicitários somaram R$ 2,24 bilhões no primeiro semestre, montante 52,5% maior que o do mesmo período de 2010.



Crescimento da publicidade

Internet lidera avanço do setor no primeiro semestre (em %)

Fonte: Ibope Monitor

A alta ficou bastante acima do crescimento médio do mercado publicitário registrado de janeiro a junho. Com aportes totais de R$ 39,9 bilhões, a indústria avançou 13,7%. A TV segue na liderança isolada, com 53% do bolo, mas seu crescimento, de 13%, ficou abaixo da média geral – a fatia foi de 54% no primeiro semestre do ano passado.



Leia também:

Publicidade na internet supera jornais nos EUA

Anúncio na web é o mais influente nas compras

Famosos endossam marcas em redes sociais

Sites de notícias lucram mais que jornais nos EUA

Os jornais, que seguem na segunda posição do ranking, também cresceram, mas seu avanço foi o mais baixo entre todas as mídias analisadas: alta de 6,8%, para R$ 21,3 bilhões. Menor que esse desempenho, apenas o registrado na publicidade em cinemas, que caiu de um ano a outro – mas esse segmento não chega a representar 1% do total da publicidade brasileira.



Os outdoors tiveram o segundo melhor desempenho no primeiro semestre, mas seu avanço, de 38,9%, não mudou o panorama do mercado porque esse canal recebeu ínfimos 0,15% do total do bolo de investimentos. O crescimento da internet, por sua vez, fez a web passar de 4% para 6% do total, o que fez dela a única mídia a ganhar pontos no ranking. Esse avanço a afastou do rádio, com o qual estava empatada, e a aproximou da TV a cabo, atulamente responsável por 8% dos investimentos publicitários do País.





Bolo publicitário

O investimento nas principais mídias no primeiro semestre (R$ bilhões) - CONSULTE NO LINK ABAIXO
Fonte: Ibope Monitor



Leia mais:

- Casas Bahia mantém liderança entre maiores anunciantes do País
- New York Times fecha semestre com prejuízo, mas cresce na internet
- Publicis: na rede, negócios que vão do internet banking aos jatos
- A cobertura completa do Festival de Cannes no iG Economia

FONTE: IG ECONOMIA

Saiba o que são private equity, venture capital e capital semente

As três modalidades de investimento têm o objetivo de fazer a empresa crescer para que ela possa ser vendida no futuro


Olívia Alonso, iG São Paulo 10/09/2010 05:45


Compra do Burguer King pela empresa de private equity 3G é exemplo do crescimento da participação dos investidores financeiros

Nas três modalidades, além do aporte financeiro, os investidores ajudam os empreendedores na profissionalização da gestão do negócio. A principal diferença entre elas é o momento em que o aporte é feito na empresa. Veja as características de cada uma:



Capital semente: é o investimento feito na fase inicial do novo negócio. Muitas vezes, são ainda ideias ou projetos no papel, e os recursos ajudam o empresário a dar os primeiros passos. Na outra ponta, estão pessoas ou instituições que buscam altos retornos e estão dispostas a correr altos riscos. De preferência, buscam empresas inovadoras e de base tecnológica.



O fundo HorizonTI, da Confrapar, uma das principais administradoras brasileiras de capital semente, é um exemplo. Segundo Rodrigo Esteves, diretor financeiro da empresa, o primeiro trabalho dos gestores do fundo é selecionar os projetos que vão receber os aportes. Essa é a fase de prospecção de ideias e análise. São avaliados, por exemplo, as oportunidades do mercado, os produtos e serviços propostos, a equipe envolvida, a estratégia de atuação e o modelo de negócios.



De cada mil projetos analisados, cerca de dez são selecionados para a segunda etapa, que será a apresentação da empresa ao comitê de investimento do fundo. Após análises, o grupo aprovará ou não o investimento. Em seguida, durante dois a três meses, os empreendedores se reúnem com os membros dos fundos para negociar a participação dos novos sócios. Nesse momento, são definidos o valor da empresa, a participação do fundo, o funcionamento do negócio, entre outros aspectos.





Veja também:

Private equity amplia seu peso em fusões no País

Brasileiros compram rede americana Burger King

Carlyle compra participação na dona da Trifil


Por fim, é iniciada a fase de investimento. É realizada uma auditoria interna ("due dilligence"), em que os aspectos contábeis e jurídicos são avaliados. É neste momento que a empresa é criada ou convertida em sociedade anônima (S.A.) e são feitos os primeiros aportes de recursos no projeto.



No Brasil, os principais agentes de capital semente são a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que possui participação em fundos como o HorizonTI, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - que também participa de fundos, como é o caso do Criatec, que já investiu em 19 empresas.



Venture capital: investe em empresas já estabelecidas, mas de pequeno e médio portes, com potencial de crescimento. Os recursos financiam as primeiras expansões e levam o negócio a novos patamares no mercado. Assim como no capital semente, o foco são empresas inovadoras, em setores como os de biotecnologia e tecnologia. A seleção também passa pelas etapas de avaliação, apresentação ao comitê de investidores e negociação.



Private equity: as empresas que recebem os aportes já estão consolidadas e possuem faturamento na casa das dezenas ou centenas de milhões de reais. O objetivo dos recursos é de dar um impulso financeiro à companhia para que ela se prepare para abrir capital na bolsa de valores, por exemplo.



Empresas de capital aberto também podem receber os recursos dos private equity. Neste caso, o capital é destinado a alterações financeiras, operacionais ou estratégicas, visando a um novo posicionamento no mercado aberto.



Saída

Como o principal objetivo dos fundos de capital semente, venture capital e private equity é obter lucro ao vender suas participações na empresa, o momento de saída é um dos mais importantes para esses investidores, segundo Rodrigo Esteves, da Confrapar.



Também chamado de desinvestimento, a saída acontece quando o fundo vende suas participações. Se a empresa cresceu bastante e o valor de suas ações subiu, os investidores obtêm grande lucro. Mas nem sempre isso acontece. No caso do capital semente, de cada dez projetos investidos, a estimativa de Esteves é que dois deem muito certo e tragam grandes resultados, cinco consigam se manter e três fracassem.



No caso dos que têm sucesso, uma das opções dos fundos é passar suas participações para outros fundos de capital de risco. Neste caso, os compradores vão investir mais recursos na empresa para sustentar suas próximas fases de crescimento.



Outra saída é a venda para investidores estratégicos, como outras empresas interessadas em adquirir o empreendimento ou linhas de serviços da companhia. Por fim, existe a possibilidade de saída com uma oferta pública inicial de ações (IPO) na bolsa de valores.



FONTE: IG ECONOMIA

SITES BRASILEIROS COMEÇAM A ABRIR OPERAÇÕES FORA DO PAÍS.

ViajaNet acaba de inaugurar filial no México, enquanto o site de compras coletivas ClickOn abriu operações na Argentina


Claudia Facchini, iG São Paulo 26/07/2011 05:30



As operações brasileiras de internet começam a se internacionalizar após receberam capital de fundos de investimentos. A ViajaNet, agência de viagens online, acaba de abrir uma base no México, sua primeira operação fora do País, e prevê abrir unidades na Argentina, Colômbia e Venezuela.



O ClicKOn, site de compras coletivas, chegou no início deste ano à Argentina. No país, o site brasileiro oferece descontos em hotéis, restaurantes, bares, shows, passagens aéreas em 18 cidades, como Buenos Aires, Mar del Plata, Córdoba e Bariloche.



No Brasil, os sites nacionais já concorrem com operações estrangeiras de internet, que vieram ao País atraídas pelo crescimento de mais de 30% ao ano do comércio eletrônico. A ViajaNet disputa mercado com o Decolar, fundado na Argentina, e o ClickOn compete com o site de compras coletivas Groupon, sediado nos Estados Unidos.



Lançado há apenas um ano, o Viajanet recebeu neste mês um aporte de capital de US$ 19 milhões de dois fundos americanos, o Redpoint Ventures e o General Catalyst. Esta foi a terceira rodada de investimentos na companhia, que já havia obtido recursos do TID (Travel Investment Development) e do fundo espanhol IG Expansión.





Leia também:

Publicidade na internet cresce mais de 50% no primeiro semestre

Casas Bahia mantém liderança entre maiores anunciantes do País

Sites vendem Mini Cooper com desconto

Saiba o que são private equity, venture capital e capital semente

Segundo Alex Todres, sócio fundador da ViajaNet, o setor de venda de passagens e pacotes online vai apresentar forte crescimento no Brasil com a realização da Copa do Mundo e Olimpíada, superando a expansão do próprio mercado de internet.



Barreira de entrada

“A barreira de entrada no segmento de viagens é bem maior que em outros setores da internet, como compras coletivas”, afirma Todres. Essa barreira torna as operações brasileiras, como a ViajaNet, mais atraentes aos fundos de investimentos.



“Nesse segmento, é necessário um grande investimento em tecnologia. Estamos conectados a 500 companhias aéreas, o que torna bem mais difícil a entrada de concorrentes”, diz o empresário. No segmento de compras coletivas, por exemplo, nasce um site por semana, mas o mesmo não acontece no segmento de viagens.



A expansão internacional também é mais difícil à medida que tanto os destinos como as companhias aéreas são diferentes em cada país. “Estamos montando no México uma operação local, com equipe própria”, diz Todres.



A ViajeNet espera faturar cerca de R$ 200 milhões em 2011. Em 2010, as vendas do site totalizaram apenas R$ 55 milhões.





FONTE: IG ECONOMIA - COMÉRCIO E SERVIÇOS

COMO SE DAR BEM EM SITES DE COMPRAS COLETIVAS.

Os descontos oferecidos pelos sites de compra coletiva são realmente tentadores. Como resistir ao impulso e fazer bons negócios?


Danielle Nordi, iG São Paulo 10/02/2011 09:19


Com o crescimento do número de sites, aumentam também as queixas dos consumidores

Quando um produto é colocado à venda com descontos que chegam a inacreditáveis 90%, é impossível não chamar a atenção até de quem nem estava pensando mesmo em fazer aquela compra. A maioria das pessoas já comprou algo por puro impulso na vida e é exatamente com isso que os sites de compra coletiva contam. Mas como fazer para aproveitar os bons negócios, evitar problemas e não acabar gastando mais quando a idéia era economizar?



Veja também:

- Mulheres são maiores compradoras
- Sites de compra coletiva trazem descontos e gastos por impulso
- Estreia primeiro site de compras coletivas dirigido a mães



A coordenadora de mídia online Adriana Dias, 31, calcula que já gastou mais de mil reais em sites de compra coletiva. Ela se diz bastante satisfeita com suas aquisições. “Só me arrependi de ter comprado de uma vez cinco cupons para fazer pé e mão. O local não tinha estacionamento e tive que pagar para por o carro em outro lugar. Mesmo assim acabei economizando, mas não achei que valeu tanto a pena”. Mesmo feliz com a possibilidade de comprar coisas com descontos altos, Adriana lembra que no início se descontrolou um pouco. “Eu acabei gastando mais do que deveria e foi um susto quando chegou a fatura do meu cartão de crédito”, diz.



Problemas

O site Reclame Aqui, onde consumidores de todo o país podem fazer suas reclamações, já reúne mais de 3.300 queixas contra os sites de compra coletiva de maior operação no país (Clube Urbano, Peixe Urbano, Imperdível, Click On e Oferta Única). O diretor do Reclame Aqui Diego Campos alerta que a tendência é de que esse número aumente cada vez mais. “O montante de reclamações contra este tipo de site e seus parceiros comerciais ainda é pequeno, mas vem aumentando cerca de 70% por mês”, diz.



De acordo com dados divulgados pelo Reclame Aqui, as queixas mais comuns são discriminação dos clientes que compram através das promoções oferecidas pelos sites, número muito elevado de cupons vendidos sem que o fornecedor tenha como atender toda essa demanda, cobranças efetuadas duas vezes e a dificuldade de cancelar a compra. Diego Campos afirma que os empresários brasileiros ainda não enxergam os sites de compra coletiva como uma poderosa ferramenta de marketing. “Muitas vezes o fornecedor não entende que o objetivo da compra coletiva é atrair novos clientes e fidelizá-los para que eles possam voltar pagando o preço integral”, afirma.



Discriminação e prejuízo

A advogada Tânia Ginevro, 27, conta que comprou um cupom para um restaurante próximo à sua casa e enfrentou problemas. A compra foi efetuada em novembro do ano passado. Logo que chegou a confirmação, a advogada entrou em contato com o restaurante para fazer a reserva dos lugares. “Depois de tentar muito, consegui entrar em contato com o local e eles me informaram que só tinham vaga para abril deste ano”.



Tanta espera não seria um grande problema se não fosse um detalhe: Tânia resolveu passar em frente ao restaurante, que fica no trajeto de volta do seu trabalho para casa, e verificou que o lugar estava sempre vazio. “Eu me senti lesada porque, na verdade, o local não quis nos atender por termos pago um preço promocional”, diz. Ela entrou em contato com o site que vendeu o cupom e recebeu seu dinheiro de volta. “Em apenas três dias meu problema foi completamente resolvido. Não parei de comprar por causa disso”.



Já a fonoaudióloga Daniela Nazário, 40, não teve tanta sorte. Ela ainda tenta reaver a quantia gasta em um pacote de estética. “Eu comprei o serviço e o email de confirmação não chegou. Mas foi debitado no meu cartão de crédito. Tenho todos os documentos e, mesmo assim, o site não me reembolsa”, diz. Daniela afirma que não desistiu de comprar pela internet. “Eu não confio mais no site que me vendeu o pacote, mas já comprei de outros lugares e não me arrependi. Deu tudo certo”.



Direitos

A primeira coisa a se pensar na hora de comprar é que gastar pouco não significa economizar. Quem compra um produto de R$ 5 que não compraria em outra situação pode até ter feito um bom negócio, mas gastou R$ 5 a mais do que pretendia. Por isso, se a ideia é economizar, é bom focar em produtos que façam parte de seu dia-a-dia e cuja aquisição com desconto realmente se transforme em mais dinheiro no bolso.



Quem faz uso de sites de compra coletiva tem os mesmos direitos dos consumidores comuns. “O diferencial da compra pela internet é o direito de arrependimento. O cliente tem até sete dias para se arrepender e pedir o seu dinheiro de volta”, esclarece o assessor técnico do Procon de São Paulo Marcos Dieges. Ele diz ainda que a responsabilidade pelo produto ou serviço vendido é tanto do site de compra coletiva quando do fornecedor. O consumidor tem o direito de escolher quem quer acionar em caso de insatisfação.



Antes de dar o seu número de cartão de crédito em qualquer site é bom observar algumas regras básicas de segurança na internet. Marcos Dieges aconselha sempre verificar se o endereço da página começa com HTTPS e se existe o desenho de um cadeado, normalmente localizado no canto inferior direito da tela. “Além disso, é de extrema importância que o cliente leia bem as regras para que o cupom possa ser utilizado”, diz.



Outro ponto importante quando se trata de restaurantes, é sempre verificar se o serviço será cobrado à parte e se os clientes poderão usar mais de um cupom por mesa. Em alguns casos é permitido apenas um desconto não importando a quantidade de pessoas que estejam na mesma mesa. O prazo para utilização do cupom também deve ser muito bem analisado. Para os serviços de estética, vale a pena ligar antes no estabelecimento e ver o tempo que vai durar a sessão, por exemplo, para um serviço de drenagem linfática.



“Guardar os emails com confirmação de pagamento e imprimir as páginas da internet que trazem os detalhes da promoção são de grande ajuda quando o cliente precisa reclamar os seus direitos. Tudo poderá ser usado para demonstrar que o que foi oferecido não foi cumprido. Portanto não jogue nada fora”, afirma Marcos Dieges.



Veja também:

- Como fazer bons negócios

- Como evitar que seu amor prejudique sua conta bancária

- Teste: Você administra bem seu dinheiro?



FONTE: IG ECONOMIA

MULHERES INVESTEM NO MERCADO DE COMPRAS PELA INTERNET.

Presença feminina é representativa tanto no consumo quanto na direção dos empreendimentos


Bruna Bessi, iG São Paulo 11/04/2011 05:29

Passar horas em shoppings fazendo compras ainda é o sonho de consumo de muitas mulheres, certo? Nem tanto. Presença crescente no e-commerce, as mulheres já representam 49% dos consumidores online. Nos sites de compras coletivas, nova febre da internet, esse percentual já ultrapassa 60%. E para quem pensa que a participação feminina limita-se ao consumo, uma surpresa: as mulheres estão à frente de quase 50% das mais de 3,5 mil lojas virtuais existentes no País, de acordo com a consultoria especializada em comércio online Maxihost.


Estudante faz compras semanais pela internet

“A presença delas está atrelada ao aumento de seu poder aquisitivo e ao grande número de serviços e produtos na web voltados para seu interesse”, diz Eduardo Alberto, diretor da Maxihost.



Atraída pela comodidade e pela rapidez da internet, Adriana Moscato Fuzaro tornou-se uma consumidora fiel dos sites de ofertas e compras coletivas. A estudante universitária compra de produtos de beleza a jantares. “Toda semana, sem falta, aproveito alguma promoção”, afirma.



Para evitar cair em ciladas virtuais, Adriana busca sites conhecidos e referências das marcas nas redes sociais. “Mesmo com a segurança que os portais oferecem, é preciso tomar cuidado”, afirma. Apesar da preocupação com possíveis fraudes na web, ela vê muitas vantagens no e-commerce. “Pela internet é possível encontrar produtos exclusivos, conhecer restaurantes novos e conseguir descontos de, no mínimo, 50%”.



Pollyanne Marroques é outra consumidora adepta à moda dos sites de ofertas. Satisfeita com as facilidades das lojas virtuais, a blogueira recomenda as promoções que encontra na internet às suas leitoras. “Só não faço compras de supermercado porque ainda não é possível. Já comprei geladeira, aparelho de som, roupas e cosméticos nos sites”, afirma.



Elas também comandam


Empresários investem no "Loucas por Desconto" e captam público feminino

De tanto comprar e buscar ofertas na internet, Magda Melo Soares acabou tornando-se uma empresária do setor. Cliente assídua de sites de compras coletivas, Magda ainda trabalhava na indústria farmacêutica quando percebeu a dificuldade para encontrar ofertas na internet. Foi assim que surgiu o site Loucas por Descontos. “Queria acessar promoções voltadas ao público feminino em um único local, mas não conseguia. Como meu marido é programador e já tinha experiência com o portal Busca Descontos, identificamos a oportunidade e desenvolvemos o projeto”, afirma.



O Loucas por Descontos tem ofertas em todo o País e busca na segmentação uma alternativa para o disputado mercado online. Criado em janeiro deste ano, o site tem parceria com diversos grupos de compra coletiva e reune ofertas específicas para mulheres. Hoje, são mais de 120 mil usuários cadastrados que consomem principalmente serviços de beleza e saúde.


Site mudou foco original para seguir tendência



Como se dar bem em sites de compra coletiva

Você administra bem seu dinheiro?

Como fazer bons negócios nos sites de compra coletiva

BuscaPé negocia compra da Navegg

Outro site que identificou o potencial de mercado na segmentação para o público feminino foi o Magote. Lançado em novembro de 2010, o portal não tinha nenhuma oferta com direcionamento específico. Mas, o sucesso das promoções com foco nas mulheres fez com que Márcio Pascal, diretor e fundador do Magote, transformasse o negócio. “Quando as ofertas eram relacionadas às mulheres, vendíamos muito. Além disso, as consumidoras sempre nos mandavam e-mails pedindo mais opções de compra”, diz o empresário.



Com o aumento da procura, Pascal resolveu direcionar cerca de 90% das promoções para serviços de beleza, saúde e produtos de interesse feminino. O site já registra um faturamento mensal de aproximadamente R$ 500 mil e vende, em média, 200 cupons por dia. “A segmentação ocorreu naturalmente. Agora iremos mudar as cores e até o logo do site para completar a mudança”, afirma.





FONTE: IG ECONOMIA

Compra pela internet cresce mais na baixa renda, segundo e-bit

De janeiro a junho, a participação das classes C, D e E no consumo virtual chegou a 46,5%


Valor Online 01/08/2011 17:38


A maior parte dos consumidores que fez sua primeira compra no comércio virtual no primeiro semestre deste ano tem renda familiar de até R$ 3 mil. Eles são 61% dos estreantes no e-commerce, segundo a consultoria e-bit.



De janeiro a junho, a participação das classes C, D e E no consumo virtual chegou a 46,5%. Segundo a e-bit, 5 milhões de pessoas dessas faixas de renda passaram a comprar pela internet nos últimos dois anos. O tíquete médio desse grupo de renda é de R$ 320, um pouco abaixo da média do total de compradores, de R$ 355.



Do total de novos consumidores virtuais de baixa renda, 64% moram na região Sudeste, seguida pela Nordeste, com 14%. A maioria, 55%, é de mulheres e 78% não cursaram a graduação.



Leia ainda:

- Mulheres investem no mercado de compras pela internet
- Como se dar bem em sites de compra coletiva
- Netshoes terá pontocom da liga americana de basquete NBA
- Sites brasileiros começam a abrir operações fora do País



FONTE: IG ECONOMIA

SETOR DE COSMÉTICOS BUSCA PROFISSIONAIS

Há demanda de pessoas em todos os níveis da cadeia de produção

Maria Carolina Nomura, iG São Paulo | 01/08/2011 05:20

Só no ano passado, o setor de higiene e beleza movimentou R$ 23 bilhões no Brasil, segundo dados da Nielsen. Em relação ao mercado mundial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, segundo dados do Euromonitor de 2010, o Brasil ocupa a terceira posição. É o primeiro mercado em desodorante, produtos infantis e perfumaria.


Amália Sina: Além da dificuldade de achar profissionais estratégicos, não se encontram profissionais de base

O crescimento desse segmento – cerca de 10% ao ano - impulsionou também a busca por mão de obra tanto para posições estratégicas (como gerentes de produtos e profissionais da área de pesquisa e desenvolvimento), quanto para as posições operacionais (como embaladores).

Segundo Fabiana Cotrim, diretora da Fesa, empresa de recrutamento de altos executivos, a busca por pessoas nessa área aumentou 30% em relação a 2010.

As principais demandas são por profissionais que atuem nas áreas de tecnologia, comercial (com foco em um canal de vendas específico, como farmacêutico), pesquisa/inteligência de mercado e "consumers insights" (descoberta a respeito das motivações do consumidor). "Há busca também por gerentes de produtos e grouper (que tem um nível acima do gerente de produto) com conhecimentos em cosmético, perfumes e cuidados com a pele”, enumera.

Conhecimento específico

Segundo Fabiana, como o preenchimento dessas vagas não é simples, porque os profissionais têm de ter experiência específica nessa área, algumas multinacionais optam por trazer seus executivos de pesquisa e desenvolvimento para atuar no Brasil.


 Foto: Danilo Chamas / Fotomontagem iG sobre SXC/Flickr CC
As principais demandas são por profissionais que atuem nas áreas de tecnologia, comercial, pesquisa/inteligência de mercado e "consumers insights"
Amália Sina, proprietária da Sina Cosméticos, diz que além da dificuldade de achar profissionais estratégicos, não se encontram profissionais de base. “É uma mão de obra muito especializada em determinadas funções e, como o setor cresce muito rápido, não há tempo para treinar esses profissionais. Além disso, a rotatividade deles também é grande. Ou seja: errou, troca.”

Treinamento

Segundo a empresária, são mais de 1.700 empresas do setor de cosmético no Brasil e não adianta ter profissionais estratégicos se na outra ponta da cadeia de produção não há funcionários preparados. “Um envase mal-feito causa um prejuízo danado para a empresa.”

A solução para preencher essa lacuna, diz Amália, é o treinamento. Tanto para níveis gerenciais, com a busca por conhecimentos específicos desse mercado, quanto para o chão de fábrica.

Oportunidades

Além do trabalho na indústria propriamente dita, há oportunidades também na comercialização desses produtos nos próprios pontos de venda. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), os produtos do setor são distribuídos por meio de três canais principais: distribuição tradicional, incluindo o atacado e as lojas de varejo; venda direta, evolução do conceito de vendas domiciliares e franquia, lojas especializadas e personalizadas.

A L’Occitane do Brasil, por exemplo, que tem atualmente 100 lojas no País, planeja abrir outras 70 até 2013.