terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Concurso INSS Instituto Nacional do Seguro Social - Técnico e Perito Médico - 2011

Saiu o edital do INSS!

As inscrições do concurso estarão abertas entre os dias 19 de dezembro e 11 de janeiro no site da Fundação Carlos Chagas.

O concurso terá 1.875 vagas para os cargos de nível médio e superior:

- 1.500 para Técnico Previdenciário 
- 375 para Perito Médico.

A remuneração Inicial:
- para o cargo de Técnico do Seguro Social será de R$ 4.496,89.
- Peritos Médicos receberão, inicialmente, a quantia de R$ 9.070,93.

As provas estão marcadas para 12 de fevereiro.

FONTE: IG CONCURSOS

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

BRASILEIRO VAI ÀS COMPRAS COM DÍVIDAS, MAS DISPOSTO A GASTAR

Projeções indicam que grau de endividamento cresceu para 43,2%. Nível ainda é baixo se comparado aos de países desenvolvidos

AE | 18/12/2011 13:32

Famílias estão mais endividadas

Os brasileiros vão às compras neste Natal endividados como nunca, mas com renda suficiente para assumir novos compromissos. Projeções da MB Associados indicam que o grau de endividamento, medido pela relação entre o estoque de dívidas e a renda anual das famílias, atingiu 43,2% este mês, 4 pontos porcentuais acima dos 39,2% de dezembro do ano passado.

Leia também: Cuidado com os sete pecados financeiros das férias

No entanto, o orçamento familiar não foi tão castigado, segundo a consultoria. A parcela do salário mensal comprometida com o pagamento das prestações passou de 19,4%, em dezembro de 2010, para 22,4%, agora - alta de 3 pontos porcentuais.

 "O consumidor se sente confortável em eventualmente tomar mais crédito, já que tem a perspectiva de continuar empregado e tendo aumento de renda, principalmente diante da elevação de 14% no valor do salário mínimo", diz o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Ele fez a projeção do endividamento para o fim do ano com base em dados do Banco Central (BC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de recorde, o nível de endividamento no Brasil ainda é relativamente baixo quando comparado com o de outros países, observa o economista. No Reino Unido, o endividamento correspondia a 171% da renda líquida das famílias em julho deste ano. No Canadá e no Japão, essa relação era de 148% e 126%, pela ordem. "A gente precisa ter em mente que o País começou a ter uma economia de crédito há pouco tempo."

O problema não é o nível de endividamento, e sim a sua composição, pondera Roberto Troster, ex-economista-chefe da Febraban. "Hoje, tem mais cheque especial, mais conta garantida, e menos empréstimo de longo prazo, por causa do aperto dos compulsórios, que agora está sendo abrandado pelo governo."

Na avaliação de Troster, se o esforço do governo for suficiente para melhorar a composição do endividamento das famílias, ou seja, conseguir linhas mais baratas, a capacidade de endividamento vai aumentar. "Mas é preciso estar atento ao comprometimento do salário com as prestações, o que é determinante para a inadimplência", afirma o economista.

FONTE: IG ECONOMIA

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 18 - FINAL


PADRÕES PARA COMPETIÇÃO



A popularidade das competições de som automotivo provocou o surgimento de diversas entidades e associações ligadas a esses eventos. Uma das mais conhecidas e bem atuante no Brasil é a IASCA- International Auto Sound Challenge Association.

A IASCA padronizou diversos procedimentos e quesitos para o julgamento da qualidade e quantidade do áudio nos autos. Para isso distribui um manual destinado aos competidores e CDs de teste e afinação. É instrutivo, mesmo para quem não pretendo competir, conhecer os ítens que pontuam os melhores sistemas.

São analisados: SPL – Sound Pressure level, Equalização, Qualidade de Som e Qualidade de Instalação.

SPL:
Para a avaliação do nível máximo de pressão sonora, é utilizada uma faixa do CD de teste como
calibração de nível sonoro, sem preocupação com qualidade, ou seja admitindo-se distorção. A partir de 100 dB, cada dB a mais representa um ponto ganho.

EQUALIZAÇÃO:
A resposta em freqüência é medida ao longo da faixa audível através da faixa de ruído rosa. Cada desvio maior que 3 dB retira pontos do concorrente.
QUALIDADE DE SOM
A qualidade do som é verificada através dos seguintes parâmetros:

· Staging: representa a capacidade do sistema de reproduzir o ambiente original do concerto, principalmente através do som frontal;
· Imagem: mede a definição da imagem estéreo, colocando o ouvinte no centro do espetáculo, definindo bem a origem dos sons, esquerdo, direito e frontal, e proporcionando profundidade da imagem estéreo;
· Separação de frequência: Característica de um som bem definido, sem empastelamento dos diferentes timbres instrumentais;
· Ausência de ruído no sistema: Relação Sinal-Ruído com boas características, sem interferências ou ruídos dos acessórios, mecanismos de transporte, antena elétrica, etc.;
AUSÊNCIA DE RUÍDO NO MOTOR: Sem interferências do sistema elétrico do motor, quando em funcionamento.
· QUALIDADE DA INSTALAÇÃO:
A criatividade, esmero e qualidade geral da instalação é julgada por ítens que levam em conta:
· Integridade: Coerência do projeto, filosofia e montagem física;
· Cabeação: Cabos com seções bem calculadas, terminais, proteção;
· Ergonomia: Conforto, facilidade e manuseio seguro;
· Detalhes: Cuidados na montagem, limpeza e adequação;
· Criatividade: Novas idéias que justifiquem o desempenho conseguido, inovações em aspectos ainda não considerados por outros competidores.

ALGUMAS RECOMENDAÇÕES:
Nesta introdução ao assunto do som no carro vimos uma série de fenômenos acústicos que ocorrem no pequeno volume da cabine do automóvel, e salientamos alguns pontos importantes no desempenho de aparelhos de som automotívos.

Podemos resumir algumas conclusões com respeito aos tópicos abordados:

· O ruído presente tende a mascarar o sinal musical, principalmente nas freqüências mais baixas. É essencial considerar a adoção de materiais fono-absorventes e isolantes – manta asfáltica, de forma a limitar essa interferência; Uma equalização com reforço na banda dos graves ajuda a superar e tornar mais balanceada a resposta do áudio;


· A imagem estéreo, devido às condições próprias do habitáculo, é uma meta de difícil consecução. É necessário, para cada tipo de auto, um estudo cuidadoso do posicionamento dos alto-falantes;


· Existem picos apreciáveis na resposta em freqüência, principalmente ao redor de 150/250 Hz, devido ao tamanho do habitáculo e tipos de superfícies envolvidas. Para tornar a resposta mais plana a solução mais completa é o uso de equalizadores.


· Um cuidadoso alinhamento do sistema, com alto-falantes bem posicionados, pode tornar mesmo um sistema dos mais simples, muito equilibrado e agradável de se ouvir.


No mercado nacional vem se destacando excelentes revistas sobre o assunto. Para conhecer melhor sobre instalações, sugerimos acompanhar as reportagens que tem surgido nos melhores periódicos, como: Revista Quatro Rodas: Edição Som, Som e Carro, Audio Car. Nesta série, contamos com ajuda de publicações dos cursos de instalação realizados pelo Prof. Homero Sette e o Técnico Diógenes Cerântula, campeão nacional do Sound Pressure Level – SPL.


Os lançamentos mais recentes de aparelhos no mercado mostram sofisticação crescente: maior potência em amplificação, toca-CDs com proteção contra saltos, reprodutores de mini-discs, etc. O som no automóvel já vai atingindo a maturidade e, quem sabe, logo teremos a possibilidade de aparelhos DVD com Dolby Digital, tocando cinco canais. Dessa forma, e desde a chegada no mercado brasileiro dos projetos mundiais mais sofisticados, já atingimos um nível de áudio para o automóvel com uma qualidade plenamente satisfatório até mesmo para o aúdiófilo bem exigente.





domingo, 18 de dezembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 17


AJUSTE E EQUALIZAÇÃO




O ajuste do sistema é uma tarefa das mais importantes, pois como já dissemos anteriormente, de nada vale equipamentos caros se não são corretamente aproveitados.

Antes de iniciar qualquer tipo de ajuste, é necessário conferir se o equipamento está em ordem e em perfeito funcionamento. Todos os aparelhos e acessórios deverão encontrar-se bem conectados e com todas as suas funções operantes; os controles de tonalidade e balanço bem centrados; o controle de volume operando silenciosa e progressivamente, sem “trancos”; mesmo a volume baixo, não se deve ouvir roncos ou sibilos.

Para alinhar o sistema, um roteiro usual é o seguinte:

· Colocar um programa musical bem familiar e com riqueza de detalhes e volumes diferenciados. A partir de um volume baixo, avaliar a pureza do aúdio; progressivamente subir o volume até constatar o início de distorção. Qualquer sistema distorce a volumes altos, o problema consiste em avaliar se essa distorção não ocorre muito cedo e da forma como aparece, para posterior correção;

· Uma forma de distorção ocorre quando os canais esquerdo ou direito mostram uma intensidade diferente em graves do que quando o áudio encontra-se centrado. Nesse caso é possível que tenha ocorrido alguma inversão acústica ou mesmo de ligações. A correção é simples: basta inverter uma das ligações dos Woofers (só uma, não as duas);

· A imagem sonora deve ser predominantemente frontal. O som traseiro reflete mais a ambiência e não pode destacar-se, exceto o som do Sub-Woofer, que via de regra é não-direcional;

O equilíbrio entre graves, médios e agudos é fundamental, sendo o aspecto mais difícil para conseguir-se o alinhamento sem um ouvido treinado, ou aparelhos specializados como o RTA – Real Time Analyser. Nessas condições vale um estreito conhecimento do material musical e paciência para o ajuste. Um sistema bem projetado e executado normalmente já é bem equilibrado, necessitando apenas de pequenos ajuste de tom. Somente os sistemas mais sofisticados, com muitos canais ativos, ficam realmente dependentes de equalizadores e analisadores profissionais.




sábado, 17 de dezembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 16


IMPEDÂNCIA E LIGAÇÕES DE FALANTES





As saídas de áudio dos módulos de potência tem como principal característica de compatibilidade a chamada impedância. A impedância apresentada por um aparelho ou circuito elétrico, define a capacidade de oferecer uma maior ou menor dificuldade à passagem de corrente alternada e varia com a freqüência da corrente alternada aplicada.

O módulo de potência é projetado para suportar uma impedância mínima, abaixo da qual ele corre o perigo de sobreaquecimento, podendo entrar em curto circuito e detruindo-se a si próprio e aos alto-falantes nele ligados.

Dessa forma é importante, ao efetuar ligações de alto-falantes entre si, calcular a impedância resultante. As ligações de conjuntos de alto-falantes em série ou paralelo apresentam diferentes valores de impedância em relação aos falantes tomados isoladamente.






A ligação em série caracteriza-se por unir os terminais dos alto-falantes como em uma cadeia: o negativo de um ligado ao positivo do próximo, e a potência ligada ao positivo do primeiro e ao negativo do último.



sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 15


CABOS E CONEXÕES








Um item importante, mas nem sempre bem equacionado, refere-se ao emprego de cabos apropriados para o áudio.

Na verdade, os cabos são o componente de menor custo em uma instalação, porém geralmente são sub-dimensionados. Imagine os cabos como vias para a passagem do som: se forem de bitola insuficiente o “trânsito congestiona”, ou seja, de pouco vale o melhor gerador de som, amplificador e alto-falantes.

Os cabos são fundamentais em duas fases distintas: no transporte de enregia da bateria para a aparelhagem e no circuito de áudio propriamente dito, tanto de alto nível (dos amplificadores aos alto-falantes) quanto de baixo nível (do gerador de áudio ao amplificador).

Na etapa de alimentação de força, é imprescindível a boa qualidade do isolamento e da condutibilidade do núcleo do cabo. O isolamento normalmente é de PVC e os melhores cabos vem com fiação de cobre de têmpera extra-mole, que garante flexibilidade e cobre mais puro.

Os cabos de sinal de baixo nível – conhecidos como RCA, pelo tipo de conector geralmente utilizado – conduzem um sinal bastante fraco, de 100 mV até cêrca de no máximo 4 volts, com impedância comumente encontrada de 10.000 ohms. São sinais muito suscetíveis ao ruído induzido externamente e por isso a blindagem é um ponto chave de sua qualidade. Essa blindagem é realizada por meio de uma malha fina metálica e que normalmente é aterrada na saída do pré-amplificador.

Por último, os cabos de alto-falantes, que conduzem os sinais de alto nível, já amplificados, são feitos com fios finos de cobre de alta pureza e devem ser bem dimensionados para não desperdiçar a potência gerada pelos módulos e prejudicar o fator de amortecimento do sistema.

Uma forma simples para não arriscar com a perda provocada por cabos mal dimensionados é nunca utilizar bitolas menores que um mm2 (17 AWG) mesmo para tweeters, e procurar seguir uma tabela prática.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Cuidado com os sete pecados financeiros das férias

Festas, bebidas, viagens e presentes. Finalmente o fim do ano chegou, repleto de tentações. Mas antes de se entregar, veja dicas para começar 2012 sem ressacas

Olívia Alonso, iG São Paulo | 15/12/2011 19:23
O fim do ano finalmente chegou! É hora de comemorar os feitos dos últimos 12 meses - ou afogar as mágoas, se for o caso. Reunir amigos, primos e tios e falar besteiras, noite adentro, sem censuras. Agradar bastante quem te aguentou durante todo o ano e distribuir muitos presentes para todos. E, claro, comprar tudo aquilo que você trabalhou tanto para merecer, sem limites. Enfim, chegou a hora de se esbaldar, até que as férias terminem. Certo?
 
Nem tanto. É preciso cuidado, e muito, com os sete pecados financeiros escondidos nas férias de verão. Antes de adotar filosofia do "eu mereço" e se entregar às tentações, veja abaixo as dicas dos consultores Humberto Veiga e Mauro Calil para começar 2012 sem uma baita ressaca financeira.

Foto: Getty Images Ampliar
Participar de todas as festas pode ser nocivo ao bolso

1) Comemore com moderação

Empresa, clube, academia, antigos amigos. Não faltam convites de turmas diversas para as confraternizações de fim de ano em bares ou restaurantes. Mas esticar demais sua presença e/ou participar de todas elas pode ser muito nocivo ao bolso. Seja seletivo, participe dos encontros que são realmente necessários, que podem apresentar uma oportunidade profissional, ou com amigos muito próximos, e sem exagerar nos petiscos.
O mesmo vale para as festas caseiras e viagens. Na filosofia do "eu mereço", às vezes acabamos comprando vinhos e champagnes mais caros, refinamos a ceia e escolhemos os melhores destinos para o reveillon. O resultado da gastança pode anular os efeitos do bom ano que passou. Comemore, mas com moderação. Leia também: Feliz Natal e Ano Novo sem dívidas


2) Seja firme com as “caixinhas”

“Minha sugestão seria você desaparecer nesta época e só retornar após o Natal,” brinca o consultor Humberto Veiga. Como nem sempre isso é possível, ele sugere que a caixinha seja dada apenas a algum funcionário específico com o qual você se identifique.
É importante ter em mente que a caixinha não é obrigatória. As pessoas confundem a obrigação de prestar algum serviço com a necessidade de gratificação adicional além do salário que o funcionário já recebe para isso. O décimo terceiro salário é uma forma de remuneração “diferida”, isto é, deixada para depois, justamente para “salvar” a pessoa no momento de êxtase coletivo.
A sugestão do consultor Mauro Calil é dar presentes, como panetones, para aqueles que você realmente queira agradar. “Não dê caixinhas ou gorjetas. Há um constrangimento enraizado em nossa cultura sobre o assunto e muitos se aproveitam deste fato,” diz.


3) Não compre presentes na véspera do Natal

A melhor época para comprar presentes é depois do ano novo. O problema é que você está às portas do Natal. Então tente “negociar” com o futuro ganhador do presente uma entrega futura. Dê alguma forma de “vale-presente”. Outra maneira “econômica” de lidar com o tema é procurar um presente que não seja material, do tipo: massagem, aula de alguma coisa diferente (dança, teatro), ingresso para um evento. Este tipo de presente não está sujeito à sazonalidade do fim do ano e pode sair bem mais barato e ser mais criativo.
Humberto Veiga lembra que, na verdade, o Natal é uma festa religiosa cristã e está associada ao nascimento de Jesus: “Nada há que associe o nascimento de Cristo à ‘obrigação’ de dar presentes. Acontece que virou costume. Os empresários e bancos adoram este costume. A mensagem subliminar é para comprar, enquanto a visível é de ‘fraternidade e amor’”.


4) Agende os pagamentos a vencer

Foto: Getty Images Ampliar
Peça para que seus dependentes enviem antecipadamente as faturas que vão vencer durante sua viagem

Para viajar sem se preocupar com contas a vencer, ou sem precisar pagar altos juros depois, os consultores sugerem algumas medidas bastante práticas. A primeira delas é pedir que seus credores e dependentes do seu rico dinheirinho enviem antecipadamente as faturas que vão vencer durante o seu período de viagem. Em seguida, faça uma lista das despesas que não têm como ser mandadas antecipadamente e uma lista de sites para obter os boletos para pagamento.
Deixe os pagamentos agendados para as contas a vencer. É possível fazer isso pela internet e em caixas eletrônicos. O pagamento adiantado das pequenas faturas pode ser uma solução desde que haja recursos disponíveis. E o cadastro de contas no débito automático pode evitar esquecimentos corriqueiros.



5) Proteja o seu patrimônio

Avalie o quão seguro está o seu patrimônio. Se morar em casa, tenha procedimentos de segurança e combine com os vizinhos alguma forma de supervisão. As polícias de sua cidade têm dicas valiosas sobre como diminuir a probabilidade de ter sua casa furtada.
Tome conta também dos seus aparelhos eletrônicos. Se você os mantiver desligados da tomada, além de uma economia adicional na conta de luz, pode evitar transtornos decorrentes da época das chuvas (e dos raios) comuns no verão, que podem danificar os eletrodomésticos.



6) Fuja da inflação das férias

O período de férias se caracteriza por uma questão econômica: oferta restrita. Não há vagas em aviões, hotéis, restaurantes, bares em número suficiente para a demanda naquele momento. Por conta da forte procura, os preços ficam mais altos. Se você vai viajar, dificilmente encontrará promoções. E as barganhas podem ser propagandas enganosas. Por isso, a sugestão dos especialistas é de tentar não fazer compras nesta época do ano, principalmente de produtos relacionados com a temperatura alta do verão, como ventiladores, aparelhos de ar condicionado e protetores solares.
O ideal é manejar o consumo para um período anterior ou posterior e tentar adaptar as férias para períodos de menor demanda. Se não for possível, por conta de condições familiares, por exemplo, é preciso evitar os gastos ao máximo, ou pesquisar bastante e procurar produtos de marcas mais baratas, ainda que de qualidade.




7) Cuidado com o cartão de crédito no exterior

Para driblar o imposto de 6,38% sobre o valor das compras feitas no cartão de crédito no exterior, a sugestão é levar dinheiro em espécie ou fazer cartões de débito pré-pagos. Como as taxas variam muito de uma casa de câmbio para outra, é preciso pesquisar antes de fechar o negócio. Há empresas que negociam por telefone e entregam o dinheiro em casa, enquanto outras oferecem desconto na taxa de câmbio para quem opta pelo cartão pré-pago.


Humberto Veiga é consultor financeiro e autor do livro “Tranquilidade financeira – saiba como investir no seu futuro".


Veja também:

FONTE: IG ECONOMIA
Mauro Calil é consultor financeiro e professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil.

CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 14


O SOM NO AUTOMÓVEL





•ALGUNS CONCEITOS;

O som reproduzido no interior de um carro é percebido de uma forma totalmente diferente do que o seria em uma sala comum. Isto se deve, não só a fatores ambientais, como também psicológicos.
O automóvel, enquanto ambiente para audição de som, apresenta condições bastante estranhas: acelerações e desacelerações, súbitos trancos originados pela pavimentação (ou falta de… ), um motor de combustão interna originando vibrações e interferências em quase toda a faixa audível, indo mesmo até a faixa de radiofreqüência. O calor, o pouco espaço e a tensão disponível de 12 V nominais não permitem grandes vôos de imaginação por parte dos projetistas do equipamento eletrônico, sendo ainda que as localizações disponíveis para falantes são extremamente limitadas, dentro de um meio ambiente agressivo, com extremos de temperatura e umidade.
Por outro lado, as condições internas de acústica alteram significativamente o equilíbrio harmônico, dificultam a reprodução de baixas freqüências devido à limitação volumétrica do habitáculo, acentuam demasiadamente as freqüências médias-baixas, e as áreas envidraçadas originam focalizações indevidas nos agudos. Aparentemente, a quantidade de problemas sugere que não é possível a reprodução de alta-fidelidade no interior do automóvel.
No entanto, a audição no carro, apesar da aparente falta de lógica, é, para muita gente, bastante satisfatória, como tem demonstrado a popularidade dos concursos automotivos.
Como então explicar essa aparente contradição?
Talvez algumas motivações para o gosto pelo som no carro tenham sua origem em uma esfera de ordem mais psicológica que propriamente acústica, como por exemplo, a própria dificuldade da instalação de forma a superar desses obstáculos, ou mesmo a possibilidade de poder contar com as músicas que mais gostamos em um passeio descomprometido por um lugar agradável.
De qualquer forma, um pouco de conhecimento de acústica pode servir para tornar mais fácil a “afinação” do som do automóvel e contribuir para o enriquecimento do nosso universo audiófilo.




CONDIÇÕES DE AUDIÇÃO;

O fator mais importante que modifica a percepção do som presente no ambiente do automóvel diz respeito ao ruído. Como ruído, entendemos todo o som originado por diversas fontes: o barulho externo do tráfego ao redor, dos pneus sobre a pavimentação, “grilos” na suspensão, vibrações do motor, vento, radiointerferência e muitos outros. O espectro de freqüências cobertas pelo ruído vai desde os subsônicos, produzidos principalmente pelas vibrações do motor e pela ação de compressões e descompressões atmosféricas que ocorrem nos espaços das janelas abertas; entram na faixa de graves, de 20 a 100 Hz, originados pela ação do rolamento; na faixa de médios e agudos, pelo motor e assobio do vento.
Uma série de medições em carros médios e pequenos originou as curvas mostradas. Vemos duas respostas típicas, a de baixo, para um carro médio, e a de cima, característica de carro pequeno. As medições foram feitas utilizando ruído rosa em autos com som tipo original, ou seja, sem o uso de amplificadores potentes ou equalizadores. Notamos de imediato a semelhança entre ambas (a correspondente aos carros de maior porte foi destacada ligeiramente para baixo para maior facilidade de visualização).
O aspecto mais notável é a ressonância de aproximadamente 10dB que afeta apreciavelmente os médios-baixos, seguida de uma segunda ressonância por volta dos 2 kHz, e uma terceira perto dos 5 kHz Estes efeitos são claramente notados na audição por serem bastante evidentes, e dão uma sensação que muitos apreciam de “realce” de graves e agudos, embora o som resultante não possa ser chamado, de maneira alguma, de alta-fidelidade.
Nessas condições, um equalizador gráfico de qualidade ajuda apreciavelmente, e é mesmo indispensável para quem quiser levar a sério o som automotivo. Sabendo-se que as curvas mostradas são bastante comuns para diversos carros e correspondem ao uso de aparelhos de boa procedência, a mesma figura serve como sugestão para a primeira tentativa de “acertar” uma equalização.
Medições realizadas separadamente com o canal direito e o canal esquerdo não mostram diferenças significativas entre ambos. Isto, pela lógica, seria mesmo de se esperar, devido à simetria e ao pequeno volume do habitácuio. Assim sendo, os equalizadores estéreo com um só controle para ambos os canais são perfeitamente satisfatórios.
O tipo de acabamento do carro, especialmente aqueles mais luxuosos com tapetes de náilon ou buclê, e assentos altos, tendem a amortecer mais os médios e agudos diminuindo ligeiramente a potência aparente, mas o efeito não é por demais significativo.
Como se vê, o automóvel não é dos ambientes mais propícios para o áudio. Se o objetivo for conseguir um som de “alta-fidelidade”, é necessário investir muito tempo e dinheiro – às vezes mais do que o valor do automóvel. Mas, para uma audição descompromissada, um equipamento mínimo pode ser puro divertimento e, com um pouco de boa vontade, é possível curtir uma boa gravação até com mais gosto do que no sistema hipersofisticado da sala de estar.
De certa forma, é instrutivo tentar entender como isso acontece.
Na verdade, para uma audição musical, os ruídos de fundo necessitam serem baixos o suficiente de forma que, com material de faixa dinâmica normal, as passagens de baixo nível sejam claramente audíveis. Seria de se esperar que, com valores de ruído da ordem de 80 dB, ao ouvir uma gravação a um nível máximo de 85 dB, só restassem 5 dB de dinâmica máxima, número que se obtém com uma simples subtração.
Ora, na prática não é isso que acontece, pois o ouvido é capaz de discriminar dentre os ruídos circundantes os sons que nos interessam, sejam eles provenientes da conversa do passageiro ao lado, ou da música. E isto ocorre por ser o espectro do sons musicais tão diferente do espectro do ruído ou da conversa, que não há possibilidade de enganar o cérebro a respeito. Isso já não ocorre com um microfone, para o qual o cálculo aritmético feito acima é válido. Isto explica porque ao ouvirmos uma gravação que foi realizada ao vivo somos surpreendidos com ruídos que absolutamente não nos lembramos de ter ouvido – a diferença é o computador que temos embutido dentro de nós: o nosso cérebro.


•ALTO FALANTES;

Os alto-falantes empregados em sonorização podem ser divididos em grupos, conforme o espectro de frequências que manejam melhor. Naturalmente, seria desejável que um único tipo de alto-falante reproduzisse com fidelidade e volume todas as freqüências.
Na prática, os falantes de graves tendem a serem grandes e pesados para suportar melhor a potência exigida, enquanto aqueles voltados para a reprodução dos agudos devem ser pequenos e leves.
Até cinco grupos diferentes de freqüências podem serem definidas para a reprodução dos alto-falantes:
· SUBWOOFER: São aqueles projetados para as freqüências mais baixas, comumente entre 20 Hz a
120 Hz. Tem grande capacidade de absorção de potência, alta excursão do cone, bobinas longas.
· WOOFER: Reproduzem de 20 Hz a 3.000Hz. Embora os woofers possam responder de 20 Hz a até cerca de 3000 Hz, em um sistema empregando sub-woofers a sua resposta é limitada às freqüências de 50 Hz até 500 Hz. Tem boa capacidade de absorção de potência e podem em sistemas mais simples, como por exemplo os de duas vias, reproduzirem a faixa completa até 300 Hz.
· MID-BASS: Empregados entre 80 Hz e 500 Hz. São muito usados em sistemas multi-vias com divisores ativos, em portas e tampões traseiros.
· MID-RANGE: Respondem de 300 Hz a 4.000 Hz. Rotineiramente usados em sistemas de tres ou mais vias, podendo serem fechados, abertos ou tipo domo. Definem a qualidade do som, já que reproduzem a faixa de freqüências com maior presença e que necessita de mais definição. Nessa faixa está a maioria dos instrumentos que reproduzem a melodia e também a voz humana.
· TWEETER: Emitem os agudos, de 3.000 Hz a 20.000 Hz. Normalmente bastante diretivos, são fundamentais na localização da imagem sonora. Podem ser construídos com cone, domo ou utilizando cristais piezoelétricos.
Os falantes mais comumente encontrados são do tipo eletrodinâmico., pois transformam a energia elétrica recebida do amplificador em anergia acústica por meio de um transdutor mecano-eletro-acústico constituído de uma bobina móvel imersa em um campo eletromagnético mantido por um imã permanente.
As principais características de um falante eletrodinâmico são:



RESPOSTA EM FREQÜÊNCIA: Corresponde à curva da pressão sonora emitida pelo falante medida em relação ao conjunto das freqüências audíveis. As freqüências são eletricamente emitidas com a mesma potência nominal, de 20 Hz a 20.000 Hz. Dependendo da melhor resposta do alto-falante este é classificado como sendo pertencente a um dos grupos já definidos.

IMPEDÂNCIA NOMINAL: É a resistência característica da bobina do alto-falante somada ao valor da capacitância/indutância, definido como o valor mínimo encontrado logo acima da ressonância em baixa freqüência.
· RESISTÊNCIA: Definida como a resistência ôhmica do fio de cobre da bobina.
· POTÊNCIA: O parâmetro mais procurado e menos conhecido das especificações. Normalmente, e pela Norma Brasileira NBR 10303, a Potência Nominal é definida como a potência máxima em watts RMS (Root Mean Square) aplicável ao alto-falante no período mínimo de duas horas dentro da faixa de freqüencias para a qual foi construído.
A Potência Musical surgiu como uma definição padronizada pelo IHF – Institute of High Fidelity americano como uma forma de incorporar o programa tipicamente musical em vez de sinais senoidais às medições. É considerada como sendo em tôrno de 2 vezes a potência RMS.
Já a Potência Musical de Pico Operacional – PMPO, corresponde ao pico do programa musical. É uma forma de produzir números inflacionados para impressionar o consumidor e geralmente corresponde a quatro vezes a Potência RMS, embora alguns fabricantes cheguem a números de até dez vezes. Não tem nenhuma confiabilidade.
· SENSIBILIDADE: Corresponde ao nível de pressão sonora, em dB, emitido pelo falante com um watt RMS e a um metro de distância. Serve para identificar os alto-falantes mais eficientes e que aproveitam melhor a potência dos amplificadores.
· PARÂMETROS DE THIELE-SMALL: Identificam para o projetista os dados necessários para o cálculo do volume e do tipo caixa acústica mais aconselhável para um dado falante.


•DIVISORES DE FREQUENCIA;
Os alto-falantes empregados
Cada grupo de falantes suporta somente as freqüências para as quais foi construído.
Dependendo da sofisticação, os sistemas automotivos podem empregar de duas até as cinco vias definidas acima.
Para a separação das freqüências de modo a que cada alto-falante receba somente as que é capaz de reproduzir com maior fidelidade e menor distorção emprega-se o divisor de freqüências – “crossover”.
· PASSA-BAIXAS: filtros que rejeitam progressivamente as freqüências acima de determinado valor. São usados nos subwoofers e woofers.
· PASSA-ALTAS: rejeitam as freqüências mais baixas. Empregados nos tweeters.
· PASSA-BANDA: rejeitam as freqüências abaixo de um certo valor e as mais altas acima de um outro valor maior que o primeiro. Usados nos mid-range e mid-bass.
Os divisores podem ser PASSIVOS – os mais comuns – ou ATIVOS.
Os passivos são formados por capacitores e indutores conectados de forma a aceitar determinadas freqüências e rejeitar outras. São ligados após o amplificador e antes do alto-falantes.
Os divisores ativos são mais dispendiosos e empregados em sistemas multi-vias com muitos amplificadores, bem como em sub-woofers para o aproveitamento e controle integral dos graves. Os divisores ativos proporcionam controle total do volume de cada faixa, pontos de transição variáveis e são ligados entre o gerador de som com saídas de baixo nível e o(s) amplificador(es) de potência.




CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 13


AMPLIFICADORES DE POTÊNCIA




Verifique se o módulo amplificador admite ligação Bridge, possui crossover ativo passa-alta e passa baixa e controle de ganho para cada par de canais; Verifique sua distorção harmônica, distorção (THD) acima de 1% pode causar fadiga. Quanto menor este valor, menor será a distorção.

Verifique sua resposta de frequência, ela deve ser a mais plana possível entre 20Hz e 20.000Hz.

Verifique sua potência RMS, contínua a 4 Ohms (Root Mean Square) com baixa distorção. ( 30W RMS é o suficiente para sistemas para o dia a dia, 50W ou acima já servem para fazer um bom barulho fora do carro) Muitos fabricantes indicam a potência a 1 Ohms, algo que é muito difícil de ser utilizado, você precisaria de 4 falantes de 4 Ohms ligados em paralelo para chegar a essa impedância. Inviável para quem quer utilizar apenas um SubWoofer. Além de que muitos utilizam a potência PMPO (Peak Music Power Output) que é a potência de pico medido em frações de segundo que não servem para a música em geral.

Verifique a impedância mínima que o amplificador aguenta. Normalmente fica em 2 Ohms em estério e 4 Ohms em bridge. Amplificadores de alta-corrente aguentam até 0,25 Ohms em bridge gerando cerca 1500 W, 3 a 6 vezes mais potência que a 4 Ohms.

Verifique sua relação Sinal/Ruído (S/N). Relação entre o nível de Sinal e o nível de ruído presente no som, os melhores amplificadores tem a relação acima de 100dB. Quanto maior esse valor, menos ruído seu amplificador vai gerar.


Você sabia que na maioria dos amplificadores do mercado são de classe AB e que metade da corrente que ele consome vira calor e a outra metade vira som e música ?



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Teste: Você tem fobia financeira?

18% dos homens e 23% das mulheres têm aversão por lidar com assuntos ligados a dinheiro e finanças pessoais. Veja se você é um deles


Olívia Alonso, iG São Paulo | 12/12/2011 05:45


Uma em cada cinco pessoas no mundo tem a chamada "fobia financeira", que é aversão por lidar com questões relacionadas a dinheiro, segundo o estudo "Investment Phobia" (Fobia de Investimentos), realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge. São pessoas que evitam conversar - ou até mesmo pensar - em assuntos que envolvem contas a pagar, planejamento financeiro, dívida ou investimentos.
Para identificar seu nível de aversão (ou habilidade) por assuntos ligados a dinheiro, o pesquisador Brendan Burchell, um dos criadores do termo fobia financeira, elaborou e cedeu ao iG o teste abaixo. Responda e veja dicas para melhorar sua relação com suas finanças pessoais:




Segundo os dados do estudo de Cambridge, que foi realizado em 43 países, incluindo o Brasil, o receio de não ter recursos para se sustentar financeiramente atinge 23% das mulheres e 18% dos homens, "ainda que em diferentes níveis de intensidade", comenta Aquiles Mosca, superintendente de investimentos do Santander e especialista em finanças comportamentais.
Mosca enfatiza que a fobia financeira não é uma doença, mas sim um termo usado pelos pesquisadores, e que entre os sintomas estão a aceleração cardíaca, a transpiração excessiva e o desconforto ao lidar com temas relacionados às finanças pessoais.


CURSO DE SOM AUTOMOTIVO – AULA 12


E COMO FICAM OS AMPLIFICADORRES




Exige-se portanto que o amplificador lide com essa troca de energia (não há como evitar) que, por sua vez, representa um esforço bem maior do que simplesmente fornecer potência, havendo a necessidade de absorver-se a energia da descarga do circuito reativo, que é a carga. É possível agora, analisar o que pode acontecer ao sinal de áudio e ao próprio amplificador.


· DISTORÇÃO

Os estágios de saída dos amps de grande potência quase sempre operam em push-pull e em simetria complementar (ou quase complementar em alguns circuitos), ou seja, existem dois “braços” ou “lados”, cada um contribuindo com um semiciclo da onda de corrente e de maneira alternada (estágios classe B e AB), de modo a refazer o sinal de áudio na saída (figura 6). Se o circuito não tiver um projeto bem elaborado, o esforço adicional provocado pela absorção de energia que retorna da carga fará com que o sinal não seja coerentemente amplificado e a onda de saída não mais corresponderá à onda de entrada, pois apresentará distorção.
Os tipos de alterações geradas no áudio pelo amp mal projetado e/ou dimensionado que opere nessa condição, são difíceis de prever-se e muito sujeito às condições do uso/teste e da topologia do circuito, porém a presença de distorção harmônica deve ser considerada.
Pode-se verificar também que a alta impedância de saída (ou baixo fator de amortecimento) de alguns amps dificulta o desvio das ondas de descarga para um terra ac (+Vcc e -Vcc). A resistência interna alta faz com que a onda de descarga permaneça na saída do amplificador, sobrepondo-se à onda original e gerando “coloração” ou distorção.
Na figura 6, pode-se ver um exemplo simples de estágio de saída em classe B, e o desenvolvimento das tensões e correntes (apenas para ac). A incapacidade de lidar com o esforço (troca de energia) pode levar o amplificador a um estado de total incoerência de funcionamento. Oscilação é possível, bem como a queima do estágio de saída.



· SUBDIMENSIONAMENTO

No caso da queima a causa pode ser simplesmente fadiga excessiva quando a etapa de saída atinge seus limites operacionais. Observe que essa situação de limites poderia ser alcançada com uma simples carga resistiva, bastando que para isso o amplificador fosse muito exigido ou que o valor ôhmico fosse muito baixo. Porém, a carga fortemente reativa fará com que essa extrema fadiga ocorra com muito mais facilidade, obtendo como resultado (muito provável) a possibilidade de queima do estágio de saída.
Esse quadro é comum em amps que foram dimensionados a partir de uma carga resistiva. Como foi visto, existe uma enorme diferença entre uma carga resistiva de 2 ohms e outra reativa, também com 2 ohms. No caso da primeira o gerador apenas fornece potência, sendo submetido a um certo esforço, porém no caso da segunda existe, além desse esforço, outro adicional a que o estágio de saída terá que se submeter para dissipar a energia devolvida pela carga reativa, consequentemente a etapa aquecerá mais e exigirá um dimensionamento mais avantajado e cuidadoso.
Deve-se considerar também que em cargas resistivas o valor ôhmico (no exemplo 2W) é fixo, o que não acontece com cargas reativas (como alto-falantes), nesse caso, o módulo da impedância varia com a freqüência (consultar a fig. 5), podendo atingir valores bem inferiores a 2W. Normalmente dimensiona-se um amp a partir de uma carga resistiva sem levar em consideração que falantes e caixas acústicas são extremamente reativos; o estágio fica assim subdimensionado e corre sério risco de queima; para o usuário esse seria um fato inexplicável, já que seu amp “queimou-se sozinho” sem nenhuma falha no seu sistema de caixas e talvez até em volume baixo ou mediano.
Lembre-se que somente a potência ativa gera trabalho aproveitável (som), porém a potência reativa existe e exige esforço do amplificador para dissipá-la.


· OSCILAÇÃO

Outro problema muito encontrado em amps de marcas não idôneas, é a oscilação. Novamente aqui o efeito é muito mais pronunciado em cargas reativas, devendo-se considerar a importância de serem feitos testes com esse tipo de carga no trabalho de desenvolvimento de um amplificador. Amps que em cargas resistivas não oscilam, podem perfeitamente oscilar em cargas fortemente reativas e provavelmente queimarão o estágio de saída (o que foi confirmado em testes).


· UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA

Quando um amplificador oscila ocorre uma sucessão de fatos que levam à destruição do estágio de saída. Embora não estejam ainda fundamentadas em sua totalidade, pode-se fazer algumas suposições bastante seguras do que afinal de contas acontece.
Uma teoria cativante sugere que a queima ocorre devido a um efeito conhecido como avalanche térmica, sugestão esta feita pelo Eng. Rosalfonso Bortoni. Para a justificativa, supõe-se um estágio de saída composto por apenas um par de transistores de potência operando em push-pull, sendo o exemplo válido também para estágios que contenham qualquer número de transistores, visto que são geralmente ligados em série e/ou paralelo.
O que acontece então é o seguinte: Quando o circuito oscila, a pastilha semicondutora dos transistores de saída aquece provocando um aumento da corrente de coletor IC, que deveria depender somente da tensão VBE (tensão entre base e emissor ou tensão de polarização). Quando a tensão VBE sobe, a corrente IC também sobe em resposta (e de maneira muito mais pronunciada pois: IC = corrente de base × ganho do transistor). Com o aumento da temperatura, diminui a VBE requerida ou seja, a polarização que seria necessária e IC será bem maior do que antes, o que aquecerá ainda mais o transistor.
Tipicamente, num estágio de saída classe B ou AB, um aumento de 30ºC na temperatura se não for compensado, será acompanhado de um aumento na corrente de coletor por um fator de 10! Com o transistor ainda mais quente IC será ainda maior quando ele for à região ativa o que novamente elevará sua temperatura. Este ciclo realimentado progredirá até que o transistor atinja sua máxima corrente de coletor admissível, e então finalmente será destruído (entrará em curto).
Observe que tal processo leva apenas alguns poucos segundos para acontecer. É interessante notar que os circuitos de compensação térmica presente em todos os amplificadores push-pull de grande potência classes B, AB, G e H não são suficientemente rápidos para realizar a compensação e assim evitar a queima. A causa é devido principalmente ao fato de serem as trocas de calor processos físicos essencialmente lentos. Esse fato perde importância em estágios de saída que empreguem tecnologia E-MOSFET, graças ao seu coeficiente negativo de temperatura.



MAIS UM PROBLEMA

Um outro problema que aparentemente acompanha amps mal projetados e/ou dimensionados é o da condução simultânea, que pode surgir quando o circuito atinge os limites impostos pelo projeto e/ou pelos componentes. Mais uma vez, considera-se que amps mal projetados e/ou dimensionados sempre terão esses limites drasticamente reduzidos, pois num projeto de alto nível procura-se atingir o máximo desempenho da configuração adotada e dos componentes utilizados, o que naturalmente não ocorreria em um trabalho com menor respaldo técnico.
Convém lembrar que as cargas reativas sempre farão qualquer amp atingir seus limites antes das cargas resistivas. Para entender o que acontece, antes de mais nada é preciso saber que sendo o estágio de saída push-pull, operando em classe B, AB, G ou H, os transistores entram na região ativa um de cada vez (pelo menos considerando a maior parte do tempo). Em outras palavras, quando um está na região ativa o outro está na região do corte.
Engenheiros e técnicos podem enxergar de outra maneira: essencialmente os dois transistores têm o seu ponto Q (quiescente ou de operação) posicionado no extremo inferior da reta de carga ac, em VCE corte. Estágios classe AB posicionam o ponto Q um pouco acima de VCE corte , mas o funcionamento é semelhante. A tensão ac (sinal de áudio) aplicada às bases desloca o ponto Q para cima da reta de carga ac, porém, quando um deles é deslocado o outro permanece firme, próximo à VCE corte.
A condução simultânea é um fenômeno que surge principalmente pela falta de velocidade do circuito em processar sinais de freqüência muito alta (acima de 20kHz), ou seja, há uma dificuldade do circuito em fazer a transição entre um estado e outro (quanto mais rápido, mais difícil). Essa dificuldade, em primeira análise, introduz distorções do tipo de “crossover”. Mas se a freqüência do sinal for realmente alta o circuito poderá “confundir-se”, por assim dizer e permitir que os dois transistores conduzam corrente (IC > ICQ) ao mesmo tempo, ou ainda que o ponto Q dos dois transistores posicionem-se bem acima de VCE corte num mesmo instante, podendo ser ambos destruídos caso IC seja suficientemente alta.
É interessante notar que isso pode acontecer até sem carga alguma, mas há razões sutis para crer que em situação de fadiga a ocorrência seja bem maior, possivelmente até diminuindo o valor da freqüência necessária para que o circuito “confunda-se”. Novamente, considera-se neste artigo que a carga reativa fará com que qualquer estágio de saída seja muito mais exigido. Para a justificativa dessa hipótese é considerado apenas um par de transistores de saída.
No entanto, convém lembrar que a explanação visa justificar fatos observados em testes de laboratório. A explicação a ser dada é a seguinte: Com o transistor no corte, seu VCE (tensão entre coletor e emissor) é o próprio valor da fonte. Considera-se como exemplo Vcc=100Vdc. Ao encontrar o semiciclo positivo da onda de tensão de descarga do circuito reativo (que é a carga) o emissor “enxerga” um potencial que varia desde zero até +100V, e para isso, supõe-se que a onda tenha um valor de 200Vpp, o que é comum em alta potência. O VCE assim seria no máximo o valor da própria fonte que é Vcc=100V (100V-0V) e no mínimo de 0V (100V-100V). Mas no semiciclo negativo da descarga a situação inverter-se-ia. O emissor veria no máximo 0V e no mínimo -100V e como 100-(-100)=200, o VCE teria o valor de 200V por um breve instante, perigosamente perto da região de ruptura, onde o funcionamento do transistor não é mais normal.








Ex: o VCE máximo dos transistores 2SC3281/2SA1302 = 200V. Esses modelos são muito empregados neste tipo de aplicação. Analisando um gráfico da IC (corrente de coletor) no domínio da VCE (figura 7), nota-se que a IC próxima da região de VCE máxima, sobe rapidamente, mostrando que poderia assumir qualquer valor (este efeito é conhecido como multiplicação por avalanche), o que bastaria para provocar sua destruição, talvez não imediata, mas abreviaria consideravelmente sua vida útil. Com a queima de um transistor do par (curto), o outro também seria destruído.
Entretanto, se o transistor ainda não se destruir estará conduzindo fortemente, pois por um breve instante existirá corrente apreciável no diodo coletor (na verdade um pulso de corrente). Com o outro transistor do par já conduzindo na região ativa, teríamos a condução simultânea independente do valor da freqüência e que destruiria ambos, caso a corrente desenvolvida seja suficiente.
Convém lembrar que estágios classe B, AB, G ou H geralmente não são dimensionados para suportar uma condução simultânea, o que ocorre normalmente em estágios classe A, sendo estes, portanto, naturalmente imunes a esse problema. Para concluir, deve-se dizer que essa situação é aparentemente facilitada no caso do amplificador não possuir uma baixa resistência interna (baixa impedância de saída).
Observe que tanto a ocorrência de avalanche térmica (vista na edição anterior) como a de condução simultânea (nessa situação em específico) não passam de hipóteses ainda a serem confirmadas como fatos. Os sintomas são muito variáveis e sujeitos a condições, de maneira que não se pode ter muita certeza disso ou daquilo, no entanto ao que parece são as causas da queima de amps mal projetados e/ou dimensionados nas condições de extrema fadiga proporcionadas por uma carga fortemente reativa.
É claro que as pesquisas continuam, de modo que novas confirmações serão relatadas. É importante salientar que as duas causas descritas (avalanche térmica e condução simultânea) são teses, mas o mau desempenho e as queimas dos estágios de saída não, estes sim são fatos e ocorreram inclusive nos testes realizados.

(Nota:Em leitura de recente trabalho, do pesquisador norte-americano G. Randy Slone, comprovei tais teses. Slone afirma serem estes fenômenos fatos, mas não relata detalhes desses trabalhos, o que será objeto de pesquisa futura)
O subdimensionamento é também fato comprovado e mereceu inclusive fazer parte da dissertação de mestrado do Eng. Rosalfonso Bortoni (UFSC). Cabe aqui, portanto uma descrição das condições de teste a que foram submetidos alguns aparelhos comerciais e também circuitos experimentais e/ou de desenvolvimento.

  • Sinais aplicados: ondas, senoidal e quadrada, na faixa de 1Hz à 100kHz.
  • Cargas utilizadas: resistiva e puramente capacitiva com valores oscilando entre 1uF e 10uF.
Regime de trabalho: variando entre baixo e o máximo, respeitando as limitações próprias de cada
aparelho.



· CAIXAS ACÚSTICAS E CROSSOVERS PASSIVOS

Porém, até agora neste artigo, considera-se como uma possível carga reativa prática somente o alto-falante ao ar livre. Na realidade a situação é ainda mais difícil, pois o esforço do estágio de saída é ainda maior quando se usam caixas acústicas com diagramas fasoriais mais complicados.
Levando-se em consideração que ninguém utiliza falantes ao ar livre, essa observação atinge todos os casos (exceto em situações onde se usam caixas closed-box do tipo fechada, pois o diagrama fasorial dessas caixas é semelhante ao de um falante ao ar livre). Caixas bass-reflex teriam pelo menos mais duas freqüências de ressonância e por conseqüência mais duas inversões de fase em relação ao falante ao ar livre (ou caixas closed-box).
Caixas band-pass e caixas-corneta têm comportamento ainda mais complexo. Naturalmente o circuito equivalente de tais sistemas é algo bem mais complicado do que o apresentado na figura 2. Analogamente, falantes que possuem fator de qualidade total (Qts) mais altos, exigem mais dos amplificadores e expõem bem mais um eventual circuito mal dimensionado a falhas, pois são mais reativos do que outros possuidores de Qts mais baixos (normalmente um indicador de falantes de alta qualidade).
Assim se pode generalizar esse raciocínio para o sistema formado pela caixa+falante. Estes sempre exigirão mais dos amplificadores quanto maior for o fator de qualidade resultante do sistema (Qt), que por sua vez é função do falante e do alinhamento adotado. Estendendo ainda mais, verifica-se que caixas acústicas com crossovers passivos apresentam forte reatância adicional, devido aos circuitos sintonizados formados por redes de capacitores e indutores.
Os diagramas fasoriais dessas caixas seriam ainda mais complexos que se estivessem sem o crossover passivo. Naturalmente se este crossover passivo possuir alguma equalização ou Notch Filters, a situação tornar-se-á ainda mais problemática para o amplificador. O circuito equivalente desses sistemas pode ultrapassar a 16ª ordem.


· CONCLUSÃO

Cargas reativas impõem uma dificuldade aos amplificadores de potência que cargas resistivas jamais poderiam fazer sob iguais circunstâncias.
As reativas, portanto exigirão um maior “preparo” dos amps, pode-se assim dizer, o que muitas vezes não acontece, pois os próprios fabricantes não as consideram no seu desenvolvimento e dimensionamento; também acabam por não usá-las nos testes finais com os seus aparelhos e muitos deles sequer têm conhecimento do fato (nem todos são assim, felizmente).
Observei através de testes em alguns amps comerciais, que em aparelhos de marcas “estranhas” todos os problemas descritos anteriormente são comuns, possuem estágios mal dimensionados e ao conectar-se uma carga reativa apresentam grande alteração de comportamento.
Viu-se que quando o circuito não é bem elaborado e/ou dimensionado, qualquer esforço requerido pela carga (como trocas de energia) fará com que o sinal não seja coerentemente amplificado, resultando assim numa distorção e até oscilação e queima, sendo uma das causas disso tudo, o fato de que, no período de desenvolvimento não se previu que a carga seria reativa e nos testes de prototipagem os amps não foram avaliados com cargas fortemente reativas, mas tão somente com cargas resistivas (se é que).
Mas na esmagadora maioria dos casos, isso acontece porque seus circuitos foram copiados de outros amplificadores. Freqüentemente a topologia do circuito acaba sendo utilizada em aplicações e/ou condições para qual não foram previstos pelos projetistas originais, resultando assim num aparelho mal dimensionado e sujeito a problemas de todos os tipos já mencionados, principalmente à queima por fadiga excessiva (repetindo: isso chegou a acontecer nos testes).
Assim também como no desenvolvimento de amplificadores de potência estes fatos devem ser considerados pelos projetistas e tratados à parte. Muitos fabricantes testam seus amplificadores somente com cargas resistivas e por esse mesmo motivo mascaram o surgimento dos problemas. O projetista deve portanto submeter seu projeto a testes meticulosos, dentro e fora da faixa audível, com várias formas de onda e vários tipos de carga.
Da mesma maneira, os testes de longa duração feitos ao final da linha de montagem, normalmente em cargas resistivas, deveriam ser também realizados com cargas fortemente reativas, revelando com mais facilidade a existência de problemas (componentes e/ou montagem). O profissional de áudio e o público que afinal de contas são os maiores interessados agradecem.
Sempre bom lembrar: quando o usuário compra um equipamento, ele não está adquirindo simplesmente um monte de peças, e sim um trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Se o fabricante deste equipamento não tiver condições de lidar com sua tecnologia (o que freqüentemente ocorre), o desempenho e por conseqüência o investimento serão prejudicados.