terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PUBLICIDADE NA INTERNET BRASILEIRA DEVE BATER JORNAIS E REVISTAS ATÉ 2015, DIZ CONSULTORIA

Setor brasileiro seguirá fenômeno já observado nas economias mais desenvolvidas, segundo a Wark International Ad Forecast


BBC Brasil | 07/02/2012 07:55


Pesquisa divulgada nesta semana mostra que os mercados emergentes vão garantir o crescimento da publicidade em 2012. Entre os 13 países pesquisados pela Wark, o Brasil deverá apresentar o quarto maior avanço, 8,5%, atrás de Rússia (16,5%), Índia (14%) e China (11,5%).


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No ano passado, o setor de publicidade brasileiro ocupou a mesma posição, com avanço de 7,1%, em um período marcado por decréscimos em algumas das principais economias. De acordo com o estudo, a internet puxa o crescimento dos anúncios globalmente, com variação positiva nos países pesquisados de 12,6%, seguida por TV (5,3%), Outdoors (5,1%), Cinema (3,8%) e Rádio (2,9%).



Já revistas e jornais deverão apresentar queda em 2012, de 1,2% e 2%, respectivamente, prevê a Wark. No caso do Brasil, o aumento da publicidade online deverá ser de 23,8%, informa a pesquisa. Já jornais e revistas devem avançar 3,6% e 6%, respectivamente.



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"E importante lembrar que, embora tenha apenas 6% dos gastos em publicidade no Brasil, a internet cresce muito rápido, de 20% a 50% todo ano desde que iniciamos a pesquisa. Todas as outras mídias estão perdendo participação para o online, principalmente impressos e rádio, embora a TV ainda seja dominante. Imagino que a internet passará os jornais e será a segunda maior mídia em publicidade até 2015", avalia Suzy Young, editora de Informação da Wark.




Sem surpresa


Embora os gastos com publicidade online nos países pesquisados devam crescer menos em 2012 do que em 2011, quando o aumento foi de 16,6%, o segmento deverá responder por 20% do total investido em anúncios até o fim do ano, informa a Wark.




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Entre as chamadas economias desenvolvidas, Alemanha (-0,8%), França (-0,9%) e Itália (-2,3%) apresentarão em 2012 o pior desempenho de sua história na comparação com o ano anterior.

"Com os receios sobre dívida afetando mercados mais maduros e o otimismo de investidores e consumidores, não é surpresa que o crescimento do setor em 2012 venha dos países emergentes", avalia Young. Ela lembra que as eleições nos Estados Unidos e eventos esportivos como os Jogos Olímpicos evitaram cenário ainda pior.



Young observa ainda que, embora afetado pela recessão na Europa, o Brasil manteve o crescimento da publicidade, o que ocorre há dez anos. Os gastos no setor no país terão passado de R$ 11 bilhões, em 2003, para R$ 30,1 bi, em 2012, já descontado o impacto da inflação nestes números.



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"O investimento estrangeiro na indústria brasileira de comunicação tem impulsionado o crescimento de gastos em publicidade. E vai continuar", prevê. A participação do Brasil no total aplicado nos 13 países examinados também vem aumentando: de 3,1%, em 2003, para estimados 4,5%, em 2012.

Os Estados Unidos, cuja fatia passou de 50,4% para 41,6% nos últimos dez anos, vem perdendo espaço para emergentes. Já a participação da China terá passado de 6,5%, em 2003, para 12,2% em 2012, segundo as séries históricas da Wark.


PARA VENCEDORAS DO LEILÃO, RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO É GARANTIDO

Em Guarulhos, construção do terminal 3 dobrará número de passageiros e, em Campinas, movimento pode ser multiplicado por dez

Dubes Sônego e Pedro Carvalho, iG São Paulo | 07/02/2012 05:00

O ágio elevado pago no leilão dos aeroportos de Cumbica (373%), Viracopos (159%) e JK / Brasília (675%), realizado nesta segunda-feira, deixou intrigado o mercado. Quem estimou mal, o governo ou as empresas? Politicamente, as empresas dizem que nem um, nem outro. E asseguram que estão certas do retorno de suas apostas.


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Responsável pelo maior lance do leilão, o consórcio Invepar-ACSA terá que desembolsar ao longo de 20 anos de concessão R$ 16,213 bilhões, além dos investimentos previstos no período, de R$ 4,8 bilhões. Foi uma oferta R$ 4 bilhões acima da apresentada pelo segundo colocado. No entanto, Gustavo Rocha, presidente da Invepar, diz que acredita que será possível bancar tudo isso e ainda lucrar alto.


Privatização de aeroportos rende R$ 24,5 bilhões ao governo
Conheça o vencedor do leilão do aeroporto de Brasília
Governo ainda terá forte influência em Guarulhos
Após leilão desta segunda, aeroportos devem ter mais lojas
Leilão de aeroportos é chance para desafogar infraestrutura
Ações de empresas que perderam leilão de aeroportos disparam
Governo considera lances dos aeroportos agressivos
Não haverá demissão na Infraero, garante governo

A aposta é baseada principalmente na possibilidade de ganhos maiores com receitas não-tarifárias, vindas de lojas e restaurantes. E, naturalmente, do aumento do fluxo de passageiros. Uma das obras prioritárias, por conta da Copa de 2014, é a construção do Terminal 3, que deverá dobrar a capacidade do aeroporto, por onde circulam hoje cerca de 26 milhões de pessoas por ano.

O volume representa cerca de 30% de todos os passageiros que passam por terminais da Infraero. Um movimento que já levou alguns analistas a definirem Cumbica como "mina de ouro mal explorada" e "vaca leiteira". Mas, até 2020, o consórcio estima que o fluxo será bem maior: 50 milhões de passageiros por ano.

Para Rocha, a Infraero só não aproveita todo potencial de receitas não tarifárias disponível porque está limitada pelas amarras a qual estão sujeitas as estatais. "Temos uma flexibilidade para buscar financiamentos e operar que a Infraero não tem", afirma.


Pólo aéreo

Brasília, por sua vez, é o aeroporto que exigirá proporcionalmente menos investimentos ao longo dos 25 anos de concessão, R$ 2,8 bilhões. Com isso, os consórcios puderam dar lances mais altos.

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Para garantir o rápido retorno do investimento, o grupo argentino Corporación América, integrante do consórcio vencedor responsável pela gestão, pretende transformar o aeroporto de Brasília em um entroncamento internacional do transporte aéreo. E também deverá explorar com maior intensidade receitas não-tarifárias, um campo no qual a Infraero apenas engatinha.


Longo prazo

O preço mais equilibrado entre expectativa e propostas em Viracopos (ágio de 159%), na avaliação de Wagner Bittencourt, ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, não significa que o aeroporto seja um mau negócio. Foi apenas um indicativo de que é uma aposta com retorno no longo prazo, que exige investimento alto no curto prazo. O Consórcio Aeroportos Brasil, formado por Triunfo, UTC e Egis, terá que realizar obras orçadas em R$ 873,05 milhões até 2014, mesmo sem ser sede de jogos da Copa.

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A aposta se justificaria devido ao potencial de faturamento na região de Campinas. “Viracopos está inserido na área mais rica do país. Nos próximos anos, a região deve se transformar de uma área baseada no setor secundário [indústrias] para o setor terciário [serviços], que gera maior demanda de vôos”, afirma Mário Luiz de Mello Santos, presidente da consultoria Aeroservice, que trabalhou para o consórcio. “O fluxo do aeroporto deve ficar cada vez mais independente de São Paulo”, acredita.

“Estamos seguros com relação ao retorno que o aeroporto pode dar. Viracopos era o melhor negócio [entre os três leiloados], sempre foi nosso foco nesse leilão”, afirma Santos.

Para o analista, o potencial de Viracopos também se baseia na possibilidade da ampliação da área do aeroporto, o que seria mais difícil em Guarulhos e Brasília. “A demanda atual de Viracopos, que é de 7 milhões de passageiros, pode ser de até 70 milhões, porque existe área disponível para essa ampliação”, afirma.

Por fim, Santos acredita em ganhos vindos de uma maior eficiência na gestão. “Em qualquer lugar do mundo, aeroportos são excelentes negócios, quando bem operados”, afirma. “A Infraero [a atual administradora] tem todos os vícios e problemas estruturais de uma empresa estatal, enquanto nosso foco será na eficiência”, completa.

Em breve será possível saber quem fez a conta certa.

FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Com IPO e polêmica sobre privacidade, Facebook completa oito anos

Apesar da popularidade entre usuários e investidores, Facebook enfrenta pressão devido ao poder sobre dados pessoais


iG São Paulo | 04/02/2012 08:49

Em 4 de fevereiro de 2004, Mark Zuckerberg, um jovem estudante da Universidade de Harvard (EUA), colocava no ar a primeira versão da rede social Facebook. No quarto da república onde morava, Zuckerberg estava acompanhado por quatro amigos: o brasileiro Eduardo Saverin, Dustin Moskowitz, Andrew McCollun e Chris Hughes. Eles queriam apenas conectar os alunos de Harvard. Nenhum deles imaginava que, ao completar oito anos, o Facebook reuniria mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo.


Foto: Reprodução
Primeira versão do Facebook foi criada em 2004 e completa oito anos com 800 milhões de usuários


De acordo com estudo recente da comScore, o Facebook já é usado por mais da metade dos internautas de todo o mundo (55%). O número representa um crescimento de 43 pontos percentuais em relação a dezembro de 2007, quando a consultoria passou a medir a audiência do Facebook.
Naquela época, o Facebook atingia apenas 12% de todos os internautas. A América Latina lidera entre as regiões onde a rede social mais cresce.

O aniversário de oito anos do Facebook vem acompanhado de outras boas notícias, além da popularidade entre os internautas.

Nesta semana, a empresa registrou um pedido à SEC (Comissão de Segurança de Mercado, equivalente à CVM brasileira) para fazer uma oferta inicial de ações, processo conhecido como IPO, na bolsa americana. Com a venda de ações, a empresa espera levantar até US$ 5 bilhões, valor que pode aumentar de acordo com a demanda pelas ações da rede social.

Com a entrada na bolsa, diversas pessoas que participaram da criação da rede social se tornarão milionárias. Muitos funcionários do Facebook – aqueles que estão desde o início e receberam algumas ações da empresa – devem ganhar entre US$ 4 milhões e US$ 20 milhões com o IPO do Facebook. Zuckerberg deve ficar com US$ 24 bilhões, de acordo com estimativas de analistas de mercado.
Segundo os documentos entregues pelo Facebook no registro para o IPO, o Facebook tem mais de 100 bilhões de conexões entre pessoas em todo o mundo. A rede social registrou a publicação de cerca de 250 milhões de fotos no último trimestre de 2011, período em que os usuários também “curtiram” e comentaram na rede social mais de 2,7 bilhões de vezes. Em 2011, o Facebook teve receita de US$ 3,7 bilhões, 88% maior que em 2010.


Falhas de privacidade perseguem empresa

Apesar da situação favorável, o IPO será responsável por colocar o Facebook sob pressão ainda maior de governos e entidades reguladoras dos países onde atua. O motivo é a privacidade dos dados pessoais, fornecidos pelos próprios usuários, que podem ser usados direcionar publicidade e também para personalizar serviços fornecidos por parceiros. As práticas são condenadas por entidades de proteção aos dados pessoais em todo o mundo.

Foto: Getty Images Ampliar
Zuckeberg: desculpas por erros sobre privacidade



Para evitar problemas para os usuários, o governo dos EUA e a União Europeia impuseram acordos que, entre outras restrições, permitem que auditores independentes acessem o banco de dados pelos próximos 20 anos, para verificar se a rede social respeita os termos de uso aceitos pelos usuários ao se cadastrar na rede social. Os órgãos reguladores também exigem que o Facebook não faça declarações falsas sobre a privacidade ou segurança dos dados armazenados pelo serviço.

No final de novembro de 2011, quando a Federal Trade Comission (FTC), órgão do governo americano, anunciou um acordo com o Facebook para solucionar as acusações sobre privacidade, Zuckerberg escreveu uma carta aberta onde admitiu os erros da empresa. “Acho que um pequeno número de erros muito divulgados, como o projeto Beacon e nossas mudanças de privacidade de dois anos atrás, acabaram escondendo o bom trabalho que fizemos”, disse Zuckerberg.




FONTE: IG TECNOLOGIA

GOVERNO PREPARA MPS DE INCENTIVO A SETOR QUE INOVAR

Fabricantes de semicondutores, equipamentos de telecomunicação e computadores devem se beneficiar com medidas

AE | 05/02/2012 10:28

A presidente Dilma Rousseff prepara quatro medidas provisórias que vão estabelecer Regimes Tributários Especiais (RTE) para facilitar a importação de máquinas para produção, no Brasil, de equipamentos de alto conteúdo tecnológico nas áreas de semicondutores, TV digital, telecomunicações e computadores pessoais.

O objetivo do governo ao cobrar menos imposto na aquisição de máquinas é fazer com que a indústria consiga fabricar produtos melhores e mais avançados gastando menor número de horas, o que aumenta a competitividade. A desoneração vai focar mercadorias que não estão disponíveis no mercado brasileiro, justamente para dotar a indústria local dessas tecnologias.

"Muitas vezes o setor industrial reclama do câmbio, de tributos, mas tem um dever de casa que precisa ser feito. Estamos perdendo produtividade há 10 anos", avaliou Mauro Borges Lemos, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e um dos formuladores da política industrial do governo, lançada em agosto do ano passado.

 As medidas fazem parte de um processo de ampliação e revisão dessa política. Apesar do otimismo do governo, ainda há dúvidas sobre a eficácia do pacote. Algumas ações comemoradas inicialmente, como a desoneração da folha de pagamento, acabaram provocando insatisfação em setores que foram contemplados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


FONTE: IG ECONOMIA

sábado, 4 de fevereiro de 2012

SUPERMERCADOS DE SÃO PAULO TERÃO DE DAR SACOLINHAS POR MAIS 60 DIAS

Termo de ajuste assinado com o Procon prevê também distribuição gratuita de sacolas reutilizáveis em 15 de março, Dia do Consumidor

iG São Paulo | 03/02/2012 19:17


Os supermercados paulistas, que haviam parado de distribuir gratuitamente sacolas plásticas para compras no último dia 24, precisarão voltar a fornecer as sacolas para os clientes por mais 60 dias. Um termo de ajuste assinado nesta sexta-feira pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, a Fundação Procon-SP e a Associação Paulista de Supermercados (APAS) determina que durante esse período os consumidores "terão direito a embalagens gratuitas adequadas e compatíveis com os produtos adquiridos, visando o acondicionamento e transporte das mercadorias".

Acordo determina que caixas terão de avisar cobrança a consumidores por um ano

- LEIA TAMBÉM: Fabricantes de sacolas "verdes" brigam por mercado milionário


Os supermercados poderão dar aos clientes, nesses próximos dois meses, sacolas plásticas ou caixas de papelão, sempre de graça. Além disso, não poderão vender sacolinhas biodegradáveis, pelas quais estavam cobrando entre R$ 0,19 e R$ 0,25.

Após o início da cobrança, os funcionários que trabalham nos caixas de supermercado terão de avisar verbalmente os consumidores, durante um ano, que as sacolas deixaram de ser gratuitas, para que ninguém pague sem saber que está pagando.

O acordo também determina que todas as lojas deverão oferecer uma alternativa de sacola reutilizável com preço de até R$ 0,59. "Essa sacola não pode ser apenas o saquinho plástico comum, precisa ser reutilizável. Mas também não precisa ser necessariamente aquela grandona feita de pano", explicou ao iG a assessoria de imprensa do Procon.

O termo de ajuste também informa que, no dia 15 de março, Dia do Consumidor, haverá distribuição gratuita de uma sacola reutilizável para o cliente que adquirir pelo menos cinco itens. "Essa sacola poderá ser trocada pelo consumidor num prazo de até seis meses, gratuitamente, se estiver danificada", diz comunicado enviado pelo órgão.

Durante a manhã de hoje, o Procon havia afirmado que, na ausência de sacolas gratuitas, os supermercados deverão fornecer sacolas biodegradáveis para os consumidores. O órgão também informa que o termo de ajuste que adia a cobrança em dois meses foi assinado de comum acordo entre as partes.

Desde o último dia 24, os supermercados paulistas estavam cobrando entre R$ 0,19 e R$ 0,25 por saquinhos plásticos vendidos como biodegradáveis. Os "comuns" haviam parado de ser distribuídos, de modo que o consumidor devia optar por comprar um biodegradável ou uma sacola retornável, normalmente mais cara.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tablets substituem livros em escolas brasileiras

Equipamentos entram na rotina dos colégios em 2012, mas formação de professores e dispersão de alunos ainda são desafios


Priscilla Borges e Tatiana Klix, iG Brasília e São Paulo | 01/02/2012 06:00

No Centro Educacional Sigma, em Brasília, a lista de material escolar do 1º ano do ensino médio ficou mais curta. Em vez de vários livros, os pais tiveram que comprar apenas um item – um tablet – e pagar mais R$ 1,1 mil pelos aplicativos com o conteúdo didático exigido para todas as disciplinas. A novidade com potencial de revolucionar a interatividade em sala de aula começa a se popularizar no País a partir deste ano, mas ainda esbarra em algumas dificuldades, como a falta de preparo dos professores para o uso da ferramenta e o potencial de dispersão que a internet tem sobre os estudantes.

Leia também: Ministério da Educação estuda uso de tablets nas escolas públicas
 
Em outras instituições em diferentes Estados, embora o equipamento ainda não seja obrigatório passou a ser não apenas aceito, mas seu uso será estimulado. No Ceará, uma rede dá opção para os alunos: livros ou um tablet. Em São Paulo, um colégio criou um laboratório móvel com 30 equipamentos e outra investe em formação de professores para o uso da tecnologia.
 
Na instituição no Distrito Federal, no entanto, a substituição dos livros por dispositivos móveis será “testada” em grande escala – por cerca de 1 mil alunos das cinco unidades espalhadas pela cidade.
De acordo com o professor de Física André Frattezi, um dos entusiastas do uso da nova tecnologia, havia uma preocupação da direção da escola além de ganhos de aprendizado. A quantidade de livros carregada pelos alunos diariamente também era motivo de conversas com os professores. Alguns viram no tablet a solução para o problema.

No
s Estados Unidos: Escolas adotam iPad como ferramenta didática

Frattezi conta que, depois de uma procura de material específico para a ferramenta nas editoras brasileiras, os professores perceberam que o desafio de inserir os tablets na sala de aula seria grande. Não encontraram material adaptado para eles no mercado e decidiram produzir o próprio conteúdo.
Com a ajuda de especialistas, cerca de 30 professores prepararam o material que será usado pelos estudantes. O professor faz questão de ressaltar que o conteúdo não é uma simples adaptação do que há em papel, mas há vídeos e gráficos interativos. Todo o investimento nessas tecnologias, segundo ele, justifica o preço pago pelos pais para adquirir esse conteúdo. “Com o tempo, os valores devem baixar”, diz.

Custo mais baixo: Fábricas e isenções podem levar tablet a custar R$ 500 no Brasil

Estratégia diferente adotou o colégio Bandeirantes, de São Paulo, que optou por comprar 30 tablets para os professores usarem como laboratório móvel. Além disso, todas as apostilas usadas pela escola estão disponíveis em formato digital para os alunos que quiserem usar seus próprios dispositivos nas aulas.
“Não é uma imposição, mas uma opção. Estamos sendo cautelosos por enquanto, porque é preciso ter uma estratégia de mudança das aulas”, explica a professora Sílvia Vampré, coordenadora de tecnologia educacional do Bandeirantes. Para isso, um grupo de professores vai estudar as melhores práticas e orientar outros educadores.


Formação de professores
 
No colégio paulistano Lourenço Castanho, a preparação dos professores é o foco da inserção dos tablets em sala de aula. Uma formação de 38 horas está sendo realizada com um grupo de 27 educadores do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) e médio, que posteriormente serão multiplicadores. As aulas são ministradas pela editora Editacuja, empresa de desenvolvimento de estratégias para dispositivos móveis para educação, e tem o objetivo de fazer com que os professores produzam seus próprios aplicativos, principalmente para atividades externas e de estudo do meio.
Na primeira sessão, eles visitaram o parque Ibirapuera e realizaram mapeamento coletivo da área. Divididos em grupos, a partir de uma ferramenta de GPS, cada um foi para um ponto e juntos desenharam o pássaro símbolo da rede social Twitter, de onde enviaram fotos e informações sobre o local onde estavam a partir dos dispositivos móveis.
O diretor da Editacuja, Martin Restrepo, explica que os tablets permitem que professores e alunos deixem de ser apenas consumidores de conteúdos limitados e rígidos, mas possam construir um modelo editorial baseado na colaboração que atende necessidades específicas de cada escola.
“Com as ferramentas de interatividade, imagens animadas e geolocalização, qualquer lugar é transformado em sala de aula. É possível reinventar atividades como gincanas, trilhas de caça ao tesouro, que são extremamente educativas”, diz. No entanto, o engenheiro de sistemas eletrônicos alerta que um tablet na sala de aula não faz diferença se o professor for usá-lo apenas como PowerPoint. “O modelo pedagógico tem que mudar radicalmente”, defende.

Marcello Barra, sociólogo do grupo de estudos de Ciência, Tecnologia e Educação na Contemporaneidade do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), não é otimista nesse sentido e diz que os professores não estão preparados para os tablets e a infra-estrutura das escolas também não.
Para o pesquisador, os colégios ainda precisam ter redes de internet melhores e as editoras têm de produzir materiais didáticos adequados. “Mas o principal é que uma quantidade muito grande de professores não tem ideia de como se usa esse tipo de tecnologia”, afirma.


Internet dispersa


No restante do tempo, apenas os arquivos baixados poderão ser usados”, explica o diretor executivo Ari de Sá Cavalcante Neto. Entre 2 mil alunos do grupo educacional, 320 substituirão livros pelo dispositivo móvel e foram gastos R$ 300 mil entre desenvolvimento de softwares, licenças e compra de equipamentos para os professores para implantar a novidade.

A preocupação com o uso da internet nos tablets é comum em todas as escolas que experimentam a tecnologia. A professora Sílvia, do Bandeirantes, também em São Paulo pondera que apesar das vantagens do uso dos tablets, o potencial de distração dos alunos é grande. “Com tablets, os alunos têm acesso à internet e ao Facebook muito facilmente. Não sabemos o impacto disso ainda”, conclui.


Escolas públicas
O Ministério da Educação (MEC) começou a se mexer para levar tablets às redes públicas de ensino. Na semana passada, o primeiro estágio de pregão eletrônico para a aquisição de 900 mil aparelhos foi concluído. Menina dos olhos do novo ministro, Aloizio Mercadante, quando ainda estava no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a proposta é criar núcleos de aplicação da tecnologia em sala de aula e não oferecer a todos os alunos.

Resta saber se essa tecnologia será realmente aproveitada nas salas de aula. Até hoje, as tentativas de universalizar laboratórios de informática ou laptops para cada aluno fracassaram. Não há laboratórios com computadores em todas as escolas, muito menos internet para que sejam utilizados. O programa Um computador por aluno chegou a poucos alunos.

Mau uso de computador: Sem infraestrutura, laptops ficam guardados em escola de Brasília

No projeto piloto, 380 escolas foram contempladas com os primeiros 150 mil laptops. Depois, 372 municípios adquiriram mais 375 mil equipamentos.
 
No Ceará, quatro escolas do Colégio Ari de Sá que começam este ano dando a opção entre o material convencional ou o tablet para seus alunos incluíram no treinamento aos professores aulas de controle disciplinar do equipamento. “Vamos ter um sistema de internet que o educador abre quando a aula exige.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Chegou a vez dos hatches médios

Depois de uma enxurrada de sedãs médios no ano passado, agora as marcas miram no segmento favorito do público jovem


Jair Oliveira | 31/1/2012 09:10
A categoria de hatches médios passou anos no esquecimento a ponto de o modelo mais vendido ser por muito tempo o velho Astra. Enquanto isso, seu segmento “irmão”, o de sedãs médios, viu uma revolução atrás da outra, causada justamente pela presença de Honda e Toyota, que mantém seus modelos em pé de igualdade com outros mercados. Desde 2009, no entanto, os hatches médios já não vivem tão desatualizados. A Ford, com o novo Focus, e, principalmente, a Hyundai, com o fenômeno i30, fizeram a felicidade dos fãs desse tipo de carro.

Mas agora, com o segmento de sedãs saturado, é que a maior parte das montadoras decidiu investir em  novos modelos. E no que depender da nova safra, a briga vai ser boa.

O primeiro a dar as caras será o Peugeot 308. Ele chega em março e substitui naturalmente o bem sucedido 307. Debaixo do capô estará presente o inédito motor 1.6 16V flex com sistema Flex Start – que dispensa o famoso tanquinho reservado para a partida a frio – além do atual 2.0 flex.

O modelo vem para o Brasil com cinco anos de atraso em relação à Europa, mercado que inclusive já viu esse mesmo carro receber um facelift de meia-idade. Esse investimento tem um objetivo: recuperar o mercado perdido para os novos concorrentes nos últimos tempos e isso inclui até uma futura versão esportiva com o mesmo motor 1.6 THP de 165 cv que acabou de estrear no sedã 408.

Girando a catraca, o próximo da fila é o Cruze hatch. Com ele, a Chevrolet quer reviver os bons momentos do Astra, um dos mais vendidos hatches da história – o Vectra GT, lançado por aqui em 2007, não teve fôlego para tanto. Atributos para isso ele tem (motor 1.8 Ecotec, câmbio manual ou automático de seis velocidades e interior chamativo), mas quem irá dizer se ele merece um lugar ao sol é o consumidor. Ele deve chegar de início com duas versões – LT e LTZ – e, em comparação ao sedã, o médio perdeu oito centímetros no tamanho, refletindo no porta-malas, com 37 litros a menos que a versão três volumes.
Galeria de fotos: os próximos hatches médios



Mexendo em time que está ganhando

No segundo semestre, os holofotes estarão virados para o i30. A nova geração do médio coreano, apresentada no Salão de Frankfurt do ano passado, deixou de ser influenciada pelo “design do BMW Série 1, a tecnologia da Mercedes e a perfeição dos luxuosos ingleses” para  assumir identidade própria baseada no conceito escultura fluida que a montadora aplicou em seus últimos modelos.

Debaixo do capô, a marca pode substituir o atual 2.0 de 145 cv de potência por um motor 1.6 GDI, com injeção direta e consumo mais modesto. O modelo passará a contar com itens de conveniência como freio de mão eletrônico, partida através de botão e luz nos retrovisores para iluminar o chão.
Primos ricos

Mas não é só a turma mais acessível que terá novidades. Na categoria “médio premium” teremos os renovados BMW Série 1 e Subaru Impreza, apresentados em 2011. Os modelos devem chegar em fevereiro e outubro, respectivamente.

Também veremos este ano as novas gerações do Audi A3, já um clássico do segmento, e o inédito V40, uma versão cinco portas do Volvo C30. Para completar, a Mercedes-Benz estreará uma nova carroceria hatch para o Classe A e tem planos de trazê-lo para o Brasil.



Leia também: Novo Classe A aparece em patentes europeias



Continua no próximo ano...

O ciclo de mudanças entre os hatches não acaba em 2012. Alguns modelos devem aparecer apenas em 2013, mas dão as caras por aqui mais cedo. É o caso da nova geração do Ford Focus, que será antecipada no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro.
Com cerca de dois anos de atraso em relação à Europa, o veículo ficou maior, mais moderno e mais elegante e pretende esquentar a briga com o novo i30 – atualmente os dois revezam entre si a liderança.


Cotados para chegar

Há ainda uma seleção de candidatos a desembarcar no Brasil em breve. A Citroën, por exemplo, deve trazer o novo C4 ao Brasil, seguindo a lógica de renovação da linha iniciada com a família C3. Até porque o hatch ficou mais agressivo e menos exótico que a atual geração, o que facilitaria sua aceitação.
Outro que mudou lá fora e para melhor foi o Tiida, mas isso na China. O modelo feito no México e que é importado para cá, continua o mesmo. Por outro lado, o prometido Cerato hatch, continua distante do nosso mercado e deve ficar assim por mais tempo já que o modelo mudará por completo nos próximos meses.

Mas o carro mais aguardado e misterioso desse segmento chama-se Golf. Entre plásticas nos faróis e lanternas e testes da quinta geração no país, o hatch médio da Volks parou no tempo e usa há 14 anos a mesma plataforma. Para tornar a história ainda mais obscura, ninguém sabe ao certo o que vai ser do futuro do modelo no Brasil.

Enquanto aqui ele congelou na quarta geração, na Europa o modelo está prestes a ganhar a sétima. Vale lembrar que, mesmo com um projeto antigo e defasado, o Golf consegue se manter entre os mais vendidos da categoria.

A Volkswagen, por sua vez, mantém o silêncio ou, quando fala algo, geralmente se contradiz. A teoria mais forte no mercado é que o Golf VII será feito em breve no México e virá importado para cá, com preços mais condizentes com nossa realidade e em condições de fazer frente aos “donos da rua”, i30 e Focus.

FONTE: IG CARROS

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nove recursos do Twitter que você ainda não conhece

Confira dicas de recursos disponíveis que o ajudarão a aproveitar melhor o tempo conectado ao microblog

NYT | 29/01/2012 12:28


O Twitter, a rede social minimalista que afirma ter 100 milhões de usuários, construiu sua reputação em torno da simplicidade. Os membros só podem postar no serviço usando mensagens de texto com até 140 caracteres. Eles podem incluir um link para outro site, ou para uma foto ou vídeo; podem republicar mensagens de outros usuários em suas próprias páginas; podem enviar mensagens privadas igualmente espartanas. E isso é tudo - ao que parece.

Foto: Getty Images
Dicas e truques ajudam usuários do Twitter a economizar tempo no microblog

Olhando mais de perto, você descobrirá que o Twitter foi aprimorado, pela empresa e por outros criadores de ferramentas da internet, com uma loja virtual de aplicativos, recursos utilitários, widgets e serviços que permitem ao usuário encontrar publicações interessantes, criar álbuns de fotos ou pesquisar o Twitter com maior eficiência.
E mesmo assim, diferente do Facebook ou do Microsoft Office, as ferramentas do Twitter são fáceis de encontrar e simples de aprender. Confira abaixo 9 recursos que você ainda não conhece:

Upload de fotos
Se você postar um link para uma foto de uma longa lista de outros sites, o Twitter exibirá automaticamente a imagem no painel "detalhes", do lado direito, quando outro usuário visualizar sua publicação. Esses sites possuem uma opção "publicar no Twitter" em suas páginas de upload de imagens. São 16 sites com o serviço: DailyBooth, DeviantArt, Etsy, Flickr, Justin.tv, Kickstarter, Kiva, Photozou, Plixi, Twitgoo, TwitPic, Twitvid, Ustream, Vimeo, Yfrog e YouTube.

Criar uma galeria
O Twitter pode criar uma galeria de fotos que exibe as últimas 100 imagens inseridas por cada usuário (não há recurso semelhante para vídeos). Um site independente, chamado Hashalbum, automaticamente agrupa imagens dos usuários do Twitter em álbuns separados, com base em quaisquer hashtags inclusas na publicação. Por exemplo, hashalbum.com/aquapets exibe todas as imagens cujos URLs foram postados no Twitter com a hashtag "aquapets".

Salvar seus tuítes favoritos
Todos parecem saber que você pode retuitar a publicação de outros usuários do Twitter no feed de sua própria conta, mas muitos usuários nunca experimentaram o botão de "Favoritos", em formato de estrela, ao lado do botão "Retweet". Clicar em Favoritos abaixo de uma atualização de status do Twitter adiciona essa atualização à sua lista pessoal de Favoritos, algo como adicionar uma página aos favoritos em seu navegador. Para ver seus favoritos, clique em "Profile", no topo da interface web do Twitter, então clique na aba de Favoritos, localizada à esquerda de sua página de perfil.

A lista de Favoritos é mais útil do que pode parecer. Diferente de uma página web encontrada no Google, uma atualização de status do Twitter pode ser impossível de encontrar após alguns dias - graças aos 300 milhões de novas entradas postadas diariamente no site. Tente encontrar aqueles comentários sobre Paula Deen nesta semana. Mesmo suas próprias publicações podem ser difíceis de encontrar após alguns meses. Se postar algo que deseja salvar para a posteridade, clique em Favoritos.

Realizar buscas poderosas
A caixa padrão de pesquisa do Twitter muitas vezes retorna resultados demais, geralmente publicações das últimas horas, para qualquer palavra-chave popular. Para focar numa entrada específica, clique em "Filtrar resultados", na parte superior central da página de resultados do Twitter. Isso o levará à página de busca avançada do site. Lá você pode especificar filtros adicionais, como um nome de usuário ou hashtag.

O site independente Topsy vai ainda mais longe, tanto que o Twitter recomenda o Topsy em seu guia oficial para jornalistas. O site organiza atualizações do Twitter com informações adicionais que podem ser pesquisadas, como uma escolha de data para encontrar publicações mais antigas. No Topsy, você também pode filtrar palavras-chave específicas para encontrar, por exemplo, publicações que incluem a palavra "Lady" mas não a palavra "Gaga".

Usar atalhos do teclado
Em vez de ficar clicando sem parar com o mouse, você pode operar o Twitter usando o teclado. Digite um ponto de interrogação na interface web do Twitter para abrir um painel com uma lista dos comandos de teclado disponíveis. Ali há quase 20 deles listados, incluindo "r" para retuitar uma publicação ou "/" para pular para a caixa de busca. Alguns dos comandos exigem duas teclas, como "g p" para acessar sua página de perfil.

Existem dois comandos não listados nesse painel: digitar "s p" abre uma caixa para pesquisar apenas publicações que incluem links para fotos, e "s v" inicia uma busca semelhante por vídeos.

 
Publicação cruzada no Facebook
Você tem a opção de postar uma atualização de status do Twitter em seu mural no Facebook, fazendo o login no Facebook e instalando o aplicativo "Selective Tweets". O aplicativo irá solicitar seu nome de usuário do Twitter. Assim, sempre que você finalizar uma atualização no Twitter com "fb", essa publicação será enviada também para sua página do Facebook - desde que você esteja logado no Twitter e no Facebook em seu navegador.

Usar o Twitter por mensagens de texto
A maioria dos smartphones possui diversos aplicativos do Twitter para ler e escrever atualizações em seu celular. Porém, é possível também usar o Twitter via mensagens SMS. Envie uma foto, e o Twitter fará o upload e criará um link para ela.
Usuários de mensagens de texto também podem seguir você sem precisar de uma conta própria no Twitter; basta enviar um SMS para 40404 (EUA) com a mensagem, digamos, "seguir paulbotin". [Nota do editor: O serviço de atualização do Twitter por meio de SMS ainda não está disponível em todas as operadoras brasileiras.]

Pular para os assuntos interessantes
O Twitter criou dois novos botões que aparecem ao lado do botão "Página Inicial", no topo da página: "Conectar" e "Descobrir". O Conectar é uma forma simples de visualizar todos que estão interagindo com você na rede. Ele exibe uma lista de membros que recentemente o seguiram, mencionaram, retuitaram uma de suas publicações ou adicionaram uma aos seus favoritos.
O Descobrir tenta definir seus interesses pessoais com base em sua localização, quem você segue e quais tópicos estão quentes, semelhantemente ao modo como a seção "Assuntos mais comentados", do Facebook tenta adivinhar quais atualizações de status você provavelmente irá querer ler. A empresa ainda está aprimorando o Descobrir e o recurso deve ficar gradualmente melhor em escolher as publicações certas.

Encontrar algo mais longo para ler
Percorrer atualizações de status de apenas uma linha lhe parece o mesmo que ficar ouvindo cachorros latindo? Para os que procuram uma experiência mais intelectual, usuários do Twitter criaram uma hashtag específica, "longreads", para publicações que trazem links para artigos mais longos, incluindo blogs e documentos PDF incrivelmente fascinantes. É possível encontrar informações aprofundadas sobre eventos atuais buscando, por exemplo, por "longreads" ou "longreads" seguido por uma palavra específica.

Com o tempo que vai economizar usando esses truques, você poderá ler textos bem mais longos do que apenas 140 caracteres.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

SÃO PAULO TERÁ CELULARES COM 9 DÍGITOS EM JULHO, DIZ ANATEL

Número será acrescentado à esquerda dos atuais números da área 11

Reuters | 27/01/2012 10:39

Os telefones móveis com código de área 11 (região metropolitana da cidade de São Paulo) terão nove dígitos a partir de 29 de julho deste ano, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A medida foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União, segundo nota da agência reguladora do setor.

"A medida tem como objetivo ampliar os recursos de numeração dessa área... O dígito 9 será acrescentado à esquerda dos atuais números da área 11, que compreende a capital do Estado de São Paulo e municípios da região metropolitana, dentre outros", informou o comunicado.

A agência informou ainda que as chamadas feitas com oito dígitos serão completadas por tempo determinado e, gradualmente, a nova regra será implementada. A discagem do dígito 9 independerá do local de origem da ligação.

(Por Sérgio Spagnuolo; Edição de Vivian Pereira)

ESTÁ PARA SE APOSENTAR? SAIBA COMO ORGANIZAR SUAS FINANÇAS

Fazer uma agenda de despesas e um diagnóstico do padrão de vida pode ajudar a ter uma aposentadoria tranqüila, sem depender do humor dos filhos


Olívia Alonso, iG São Paulo | 27/01/2012 05:55


O dia da aposentadoria está se aproximando e, com ele, a liberdade para fazer o que quiser. No entanto, justamente quando se ganha mais tempo livre, se perde a maior fonte de recursos: o trabalho. Para o aposentado que não quer ficar parado ou depender do humor dos filhos para definir o que pode fazer, especialistas dão dicas de como organizar suas finanças.

“Não é porque se aposentou que tem que para com tudo,” diz o consultor financeiro Antonio De Julio, da MoneyFit. Basta um pouco de organização para conseguir aproveitar a vida com intensidade, mimar os netinhos, fazer viagens e até ajudar o filho com mais dificuldade.

Veja também: Sete dicas para quem quer trabalhar depois da aposentadoria


1) Faça um diagnóstico em seu padrão de vida

O primeiro passo é fazer um diagnóstico para saber se o padrão de vida atual poderá ser mantido. “Algumas pessoas se aposentam e continuam morando na mesma casa de mil metros quadrados, pagando todos os seus custos,” diz o educador financeiro Reinaldo Domingos, diretor do Instituto DSOP.

Cabe então a pergunta: “essa casa é muito grande?”. Se a resposta for positiva, o ideal é buscar um local menor para viver, o que já ajudará a reduzir diversos custos, como a conta de energia e o da faxineira, que poderá ir menos vezes na semana.

Se o rendimento após a aposentadoria não for suficiente para viver como antes, Domingos sugere que o aposentado reavalie também seu cotidiano, os hábitos, os costumes para fazer ajustes.

Leia mais: Quanto acumular para manter o padrão de vida após a aposentadoria



2) Estabeleça prioridades

Para fazer ajustes, será preciso estabelecer prioridades. Como terá tempo de sobra para o lazer, antes de fazendo de tudo, é importante que o aposentado tente identificar o que realmente pode fazê-lo feliz. “Pode ser que ele queira comprar um iate, por exemplo. Mas antes ele deve calcular se o dinheiro vai ser suficiente para realizar todos os seus sonhos,” diz Isaac Pinski, da Pinski Consultoria.

Portanto, serão necessários alguns limites para que as despesas não superem as receitas e não corroam a patrimônio. “É importante ter em mente que os limites não são feitos para tirar prazer, mas sim para aumentar sempre a sua qualidade de vida,” diz Pinski.

Se o aposentado terá R$ 2 mil da aposentadoria do governo (INSS) e mais R$ 1 mil de rendimento de seu patrimônio, por exemplo, não poderá ter um padrão de mais R$ 2,5 mil (cerca de 80% do total), independente de como era sua situação anterior, diz Domingos, da DSOP.

Veja ainda: Quanto vale seu patrimônio na hora de se aposentar?



3) Aproveite os benefícios de ser um aposentado

Algumas particularidades da vida de aposentado podem ajudar para que o controle financeiro não exija sacrifícios. “Não é preciso acabar com os benefícios, mas sim administrar melhor a vida e buscar outros que a aposentadoria traz para as pessoas,” diz Domingos.

É possível reduzir alguns custos de imediato usando a carteirinha de aposentado. O transporte público passa a ser gratuito e várias atividades de lazer, como cinemas e teatros, ficam pela metade do preço.

“É possível também conseguir a isenção do IPTU,” lembra o especialista, dependendo das condições impostas em sua cidade. Outra possibilidade é optar sempre por medicamentos genéricos e tentar os descontos do programa Farmácia Popular.

Leia mais notícias de Aposentadoria


4) Tenha uma agenda de gastos

Para não entrar em desespero com o controle do dinheiro que está aplicado, o ideal é que o aposentado tenha uma agenda – ou um caderno - para anotar seus gastos. Primeiro deve escrever os compromissos já assumidos para os próximos meses. Se comprou um presente ou uma viagem parcelada em 12 vezes, por exemplo, o valor já tem que estar nas contas dos meses seguintes.

Em seguida, deve anotar as datas comemorativas que terão gastos com presentes. “É bom definir previamente quanto pretende gastar com cada uma delas,” diz Domingos.

Veja também: Estou endividado. E agora?



5) Mantenha parte de seus recursos em aplicações líquidas

O ideal é que todo aposentado deve ter uma reserva de recursos equivalente a cinco anos de despesas mensais em investimentos de alta liquidez, diz Veiga. Entre as opções estão o Certificados de Depósito Bancário indexados ao Depósito Interbancário (CDB DI) e títulos públicos indexados à Selic (LFT).

Com isso, ele consegue evitar o risco de ter que vender outros ativos – como ações em bolsa de valores ou imóveis, por exemplo - em momentos de dificuldades maiores.

Leia mais: Onde investir em 2012

Veja também: Como conseguir uma aposentadoria confortável se você tem
25 anos
35 anos
45 anos

FONTE: IG ECONOMIA

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

BRASIL FECHA 2011 COM DESEMPREGO MÉDIO 6%

Taxa de desocupação é a menor da série histórica do IBGE; em dezembro, indicador registrou 4,7%


iG São Paulo | 26/01/2012 09:08 - Atualizada às 10:10


Em 2011, o Brasil fechou o ano com a menor taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2002. Taxa ficou em 6% inferior em 0,8 ponto percentual à observada em 2010 (6,7%). Em oito anos, o índice caiu pela metade, uma vez que em 2003 estava em 12,4%.

Em dezembro, taxa ficou em 4,7% também a menor para este mês desde que o IBGE começou a fazer a Pesquisa Mensal do Emprego (PME). No mês, população desocupada caiu 9,5% ante novembro. Já a população ocupada manteve-se estável frente a novembro e apresentou um aumento de 1,3% ante dezembro de 2010.

No ano de 2011 também houve um recorde na proporção de trabalhadores com carteira assinada em relação ao total de acumulados: 48,5%, frente a 46,3% em 2010 e 39,7% em 2003. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado não registrou variação na comparação com novembro e teve elevação de 6,0% na comparação com dezembro de 2010, o que representou um adicional de 638 mil postos de trabalho com carteira assinada no período de um ano.

Nas Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre o nível da ocupação foi superior ao do conjunto das seis regiões metropolitanas, respectivamente, 57,0%, 55,8% e 55,1%, enquanto em Recife foi registrado o menor, de 46,6%.

Em 2011 a população ocupada estava distribuída entre 54,6% de homens e 45,4% de mulheres. Como já observado em anos anteriores, as mulheres continuam sendo minoria na população ocupada e maioria na população em idade ativa. Contudo, a participação da mulher na população ocupada, embora não tenha variado em relação a 2011 (de 45,3% em 2010, para 45,4% em 2011), apresenta tendência de aumento (2,4 pontos percentuais em relação a 2003, quando era 43,0%).




População economicamente ativa

De 2010 para 2011, houve um aumento de 4% da participação da população de 50 anos ou mais de idade  na população em idade ativa, alcançando o contingente 12,6 milhões. Nos grupos de 25 a 49 anos e 15 a 17 anos de idade, também houve crescimento, porém com menor intensidade - 0,9% e 0,7%, respectivamente -  enquanto nas demais faixas etárias analisadas houve queda ou estabilidade.



Renda média

A renda média real dos trabalhadores no mês passado, de R$ 1.650,00, foi o valor mais elevado para meses de dezembro da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, iniciada em 2002.

Segundo o instituto, a média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.625,46 (aproximadamente três salários mínimos) em 2011. Isso representou crescimento de 2,7% em relação a 2010. Entre 2003 e 2011, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 22,2%, de acordo com cálculos do instituto.

Já o rendimento domiciliar per capita aumentou de 2010 para 2011 em 3,8%. De 2003 para 2011, o crescimento chegou a 35,5%.



Massa de renda

A massa de renda média real habitual dos ocupados somou R$ 37,8 bilhões em dezembro do ano passado, com alta de 0,7% ante novembro e aumento de 3,4% em relação a dezembro de 2010.

Já a massa de renda média real efetiva dos ocupados chegou a R$ 40,9 bilhões em novembro do ano passado, com alta de 9,3% ante outubro e aumento de 7,1% na comparação com novembro de 2010. O rendimento médio real efetivo sempre se refere ao mês anterior ao da Pesquisa Mensal de Emprego.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RESTRIÇÃO ÀS SACOLAS EM SP JÁ RESULTA EM DEMISSÕES

Estimativas indicam que o mercado de sacolas plásticas responde por 30 mil empregos diretos e 80 mil indiretos no País


AE | 25/01/2012 16:31


Os fabricantes de sacolas plásticas já sentiram os primeiros efeitos do acordo entre as entidades representantes dos supermercados e os governos da cidade de São Paulo e estadual com o objetivo de restringir a distribuição gratuita do produto no varejo local.

Desde dezembro, informam representantes da cadeia plástica, grandes redes varejistas interromperam as encomendas. Em resposta à queda das vendas, algumas fabricantes do produto já anunciaram as primeiras demissões, situação que também deve atingir o setor de máquinas utilizadas no segmento. "Há mais de um mês as empresas suspenderam as compras e as demissões já começam a criar apreensão nos sindicatos", destaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), Alfredo Schmitt, sem quantificar o número de demitidos até o momento.

Leia também: Reclamações, improviso e adaptação no primeiro dia sem sacolas plásticas

O consumo de sacolas plásticas no Estado de São Paulo movimenta aproximadamente R$ 200 milhões por ano, segundo estimativas de especialistas do setor. São utilizadas cerca de 6 bilhões de sacolas no Estado, o equivalente a quase 40% do mercado nacional. Por isso, os representantes da indústria plástica temem que o fim da distribuição gratuita nos supermercados de São Paulo possa atingir um grande número de pessoas.

Estimativas da Plastivida, entidade que defende a utilização apropriada do plástico, indicam que o mercado de sacolas plásticas responde por aproximadamente 30 mil empregos diretos e outros 80 mil indiretos no País. Além disso, lembra o presidente da entidade, Miguel Bahiense, a restrição à distribuição também pode atingir os trabalhadores responsáveis pelo empacotamento de mercadorias nos supermercados. O número de demissões, contudo, não pode ser estimado uma vez que a receptividade da medida pelos consumidores de São Paulo precisará ser analisada, pondera Bahiense.

Leia também: Fabricantes de sacolas "verdes" reduzem custos e brigam por mercado milionário

A campanha, chamada de "Vamos Tirar o Planeta do Sufoco", teve início nesta quarta-feira e conta com o apoio da Associação Paulista de Supermercados (Apas). O acordo que sugere o fim da distribuição de sacolas plásticas não impõe qualquer medida por parte das redes varejistas, mas o apoio da entidade e a participação de grandes grupos como Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart fortalecem a iniciativa voluntária.

Apesar do apelo ambiental da campanha, os especialistas da indústria plástica defendem que a medida não representará ganhos efetivos para o meio ambiente. Eles alertam que a sacola plástica tradicionalmente distribuída nos supermercados de grande parte do País poderá ser substituída por materiais menos apropriados à conservação e transporte de resíduos, como o papelão. Outra opção cogitada pelos especialistas é que, sem a sacolinha, consumidores, principalmente com menor poder aquisitivo, deixem de utilizar qualquer tipo de proteção na armazenagem do lixo.



Varejo

Para Schmitt, o acordo que entra em vigor hoje representa uma derrota para o consumidor e uma vitória para as redes varejistas. Mas se por um lado o acordo é criticado por fabricantes, por outro há pesquisas que apontam o apoio dos consumidores à restrição ao uso de sacolas plásticas. Levantamento realizado pelo Ibope em Jundiaí (SP) indica que 77% da população é favorável ao modelo sem sacolas descartáveis produzidas a partir do petróleo.

Com o fim da distribuição gratuita, os supermercados passaram a cobrar aproximadamente R$ 0,19 por sacolinha fornecida. Outra opção é o uso das chamadas ecobags, sacolas elaboradas cujo principal diferencial é a durabilidade do material e sua característica reutilizável.

Na eventualidade de uma migração integral das sacolas tradicionais para um produto biodegradável, a produção seria equivalente a dois dias de consumo, estima Bahiense, que nesta quarta-feira visita supermercados de São Paulo. "É que para isso precisamos de uma resina importada", afirma. Outra opção é a produção de sacolas a partir de resinas desenvolvidas com o uso da cana de açúcar ou do milho. Ainda assim a produção nacional é insuficiente para atender à demanda doméstica.

Diante do impasse, os fabricantes de sacolas aguardam a análise de uma ação civil pública proposta pela classe de trabalhadores da indústria química na qual o acordo entre varejistas e a esfera governamental é questionado. Em meados do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) votou de forma contrária a uma lei municipal que proibia a distribuição gratuita ou venda de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais da capital paulista.

FONTE: IG ECONOMIA

Supermercados de São Paulo deixam de fornecer sacolas de plástico

Segundo pesquisadora, tão importante quanto a escolha do tipo de sacolas é o destino que se dá a elas

Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo | 25/01/2012 07:09



Foto: AE
Sacolas plásticas são abolidas nos supermercados de São Paulo


A partir de hoje (25), pelo menos 80% dos supermercados de São Paulo vão deixar de distribuir gratuitamente as sacolinhas de plástico para seus clientes. A medida é resultado de um acordo voluntário entre a associação Paulista dos Supermercados e o governo do Estado. No lugar das sacolas plásticas, os supermercados vão vender sacolas biodegradáveis compostáveis feitas de amido de milho e sacolas reutilizáveis (a R$ 0,20). Os supermercados também vão disponibilizar caixas de papelão.

De acordo com o Instituto Nacional do Plástico (INP), são consumidos 12,9 bilhões de sacolas de plástico nos supermercados do Brasil, sendo 5,2 bilhões só no estado de São Paulo. Este número vem caindo, ainda de acordo com o INP, o consumo em 2007 foi de 17,9 milhões.

O intuito da medida é diminuir o impacto ambiental causado pelas sacolas. De acordo com dados do Pró-teste, as sacolas plásticas duram 200 anos quando soterradas no lixo. Caso sofram radiação solar, somem em um ano. A demora na deterioração deste material é, sem dúvida, um grande problema ambiental, mas a principal questão está no processo de fabricação destas sacolas. Feitas de polietileno (oriundo do petróleo e do etileno), sua produção é altamente poluente ao meio ambiente.

Ambientalistas comemoram a decisão que vai reduzir ainda mais o uso das sacolas de plástico, porém pesquisadores alertam que além da preocupação com o tipo de sacola, é necessário se preocupar com o descarte. "O ideal é dar um destino correto para as sacolas. Não importa o tempo que a sacola leva para degradar, o que importa é que ela degrada”, disse Mara Lúcia Dantas, pesquisadora do laboratório de Embalagens do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Veja também:Decida qual é o tipo de sacola ideal

“Seria ideal que o País investisse mais em compostagem destes resíduos, talvez desse mais certo, porque senão vai de novo para o lixo”, disse. No entanto a pesquisadora afirma que aumentar as opções de sacolas é positivo. “O ideal é que o consumidor escolha a sacola que possa ser reutilizada mais vezes”, disse.

O IPT está fazendo teste comparativo desde outubro de 2011 onde 40 sacolas de polietileno comum (sacola tradicional de plástico), polietileno com aditivo para degradação, papel e TNT (sacola retornável, feita de tecido-não-tecido, com base em polipropileno) serão expostas por um ano às intempéries.
O estudo simula a condição de abandono das sacolas no meio urbano, já que essa é a situação que boa parte desse material encontra. Desta forma, será possível fazer uma comparação direta dos materiais, que serão expostos simultaneamente às mesmas condições.

Infográfico: Veja pontos de reciclagem de lixo em São Paulo

“As sacolas estão enfrentando sombra, vento e chuva. Elas estão se fragmentando e perdendo a cor”, disse Mara que afirma estar surpresa com os resultados apresentados nos primeiros três meses do estudo.

Leia também: Fabricantes de sacolas "verdes" reduzem custos e brigam por mercado milionário

Um dos objetivos do estudo é justamente descobrir sobre a eficiência dos aditivos para tornar o polietileno degradável. “Não há consenso sobre a vantagem da adição dessa substância ao plástico”, afirma. Ela acredita que o trabalho poderá contribuir para a educação da sociedade, com a conscientização do impacto do descarte desses materiais no meio ambiente.

FONTE: IG ÚLTIMO SEGUNDO

SUPERMERCADOS PAULISTAS PARAM DE DAR SACOLAS NESTA QUARTA. O QUE VOCÊ ACHA?

Fabricantes de embalagens dizem que redes lucrarão e associação dos varejistas afirma que não haverá ganhos. Vote e opine

iG São Paulo | 24/01/2012 11:48

A partir desta quarta, 25, os supermercados de São Paulo pararão de distribuir gratuitamente as sacolas plásticas, que embalam as compras. A prática, comum em diferentes países europeus, passará a ser adotada, segundo o governo, para reduzir o impacto ambiental causado pelo despejo de 5,2 bilhões delas no Estado.

A decisão, no entanto, vem provocando polêmica. Primeiro porque transfere para o consumidor um custo que já vinha embutido no preço das mercadorias - o das próprias sacolas plásticas - sem a contrapartida de redução dos preços dos alimentos e produtos de higiene e limpeza.

Para colocar lenha na fogueira, os fabricantes de sacolas, representados pela voz de sua entidade de classe – a Abief – diz que o acordo entre os supermercados e o Estado de São Paulo é apenas um engodo à população, que tem como objetivo verdadeiro melhorar a imagem do governo e encher ainda mais os bolsos das grandes empresas que dominam o setor.

Os supermercados, por sua vez, não se pronunciam. Falam apenas por meio da entidade que os representa, a Associação Paulista de  Supermercados, a Apas, dizendo que a venda das sacolas, agora biodegradáveis, não resultará em um centavo de lucro às redes. O valor delas variará entre R$ 0,19 a R$ 0,25. “Será o preço de custo, até recomendamos os supermercados a colocar o valor da nota na parede”, diz João Carlos Galassi, presidente da APAS.



FONTE: IG ECONOMIA