quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

OCNHEÇA OS MAIS ECONOMICOS DE 2012.

Veja quais são os veículos mais econômicos de 2012

Ranking de consumo do Inmetro avaliou mais de 50 modelos vendidos no Brasil em diversas versões. Fiat Mille segue como mais econômico

Ricardo Meier | 8/2/2012 12:04

O Inmetro divulgou na semana passada a 4ª edição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular que consiste na medição de consumo de diversos modelos à venda no país e na posterior classificação conforme sua eficiência energética.
A intenção é fornecer ao consumidor a mesma referência encontrada hoje em diversos eletrodomésticos com o uso da etiqueta que dá notas de A a E, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão governamental.
Na mais recente avaliação do Inmetro, o Fiat Mille, modelo mais barato do Brasil, voltou a ser considerado o mais econômico veículo disponível no mercado. O popular faz 8,9 km na cidade e 10,7 km na estrada com um litro de etanol e 12,7 km/l  e 15,6 km/l com gasolina nas mesmas condições, segundo o Inmetro. Quem se aproximou de seu desempenho foi outro Fiat, o novo Uno, mas com motor 1.4.
Entre os modelos médios, o destaque foi o Honda Civic, ainda da geração anterior. O sedã na versão automática teve as médias urbanas de 7,3 e 10,5 km/l (etanol e gasolina) e rodoviárias de 10,5 e 13,4 km/l, pouco à frente dos rivais Corolla com motor 1.8 e Fluence, este 2.0.
Na outra ponta da lista estão o SUV Sorento e o Soul, da Kia, Ranger e EcoSport automático, da Ford, Camry, da Toyota, e Polo hatch e sedã, da Volkswagen. Estes dois últimos tiveram resultados bem aquém do esperado, afinal são compactos que usam motor 1.6 flex.
Marcas fujonas
É importante ressaltar que o Inmetro leva em consideração outros fatores para definir a nota, por essa razão alguns modelos maiores estão bem cotados mesmo com médias inferiores a certos compactos, por exemplo. As notas variam conforme os resultados de todos os modelos de uma categoria e por isso serão mantidas até 2015 onde houver pelo menos 10 veículos participantes. Para as categorias que não atingirem esse mínimo, os critérios mudarão anualmente, como tem ocorrido até hoje.
E também vale lembrar que o programa não é obrigatório. Nesta edição, Fiat, Ford, Honda, Kia, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen enviaram seus modelos para testes. Outras montadoras importantes, no entanto, ainda evitam expor seus veículos como Chevrolet, Citroën, Hyundai, Mitsubishi e Nissan, além das chinesas como JAC e Chery.
MarcaModeloVersões
Motor
Câmbio
Marchas
A/C
Direção
Comb.
Cons. urb. (E)
Cons. urb. (G)
Cons. rod. (E)
Cons. rod. (G)
Classificação
FiatUnoMille Fire Economy
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,9
12,7
10,7
15,6
A
FiatNovo UnoEconomy Evo 2 portas
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,7
12,5
10,4
15,2
A
FiatNovo UnoEconomy Evo 4 portas
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,7
12,5
10,4
15,2
A
FiatSienaFire
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,2
12
9,8
14,1
A
FordFusionHybrid
2.5 litros 16V
CVT
sim
elétrica
gasolina
-
13,8
-
13,1
A
HondaFitDX, LX e LXL
1.4 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
8,1
11,8
9,2
13,3
A
HondaCivicLXS, LXL e EXS
1.8 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
7,3
10,5
10
13,4
A
RenaultSanderoAuthentique e Expression
1.0 litro 16V
manual
5
não
manual
flex
8
12,1
8,8
13
A
RenaultLoganAuthentique e Expression
1.0 litro 16V
manual
5
não
manual
flex
8
12,1
8,8
13
A
RenaultFluenceDynamique
2.0 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
6,8
10,2
9,2
14,1
A
RenaultKangooExpress
1.6 litro16V
manual
5
não
manual
flex
6,1
9
7,4
10,9
A
RenaultDusterDynamique 4x4
2.0 litros 16V
manual
6
sim
hidráulica
flex
6,1
8,9
7,2
10,2
A
ToyotaCorollaGli e XLi
1.8 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7
10,2
9,6
13,5
A
ToyotaCorollaGli e XLi
1.8 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
7,1
10,5
9,1
13,3
A
VWGol Ecomotion2 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,4
12
9,8
14,1
A
VWGol Ecomotion4 Portas
1.0 litro 8V
5
não
manual
flex
8,4
12
9,8
14,1
A
VWPoloBlueMotion
1.6 litro 8V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,4
10,8
10,5
15
A
VWSaveiroCabine simples e estendida
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
8,5
12,3
A
FiatNovo UnoVivace Evo 2 portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,3
12,3
9,4
14,5
B
FiatNovo UnoVivace Evo 4 portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,3
12,3
9,4
14,5
B
FiatPalioFire Economy 2 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8
12,2
10,1
15,4
B
FiatPalioFire Economy 4 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8
12,2
10,1
15,4
B
FiatNovo PalioAttractive
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,8
9,4
13,6
B
FiatNovo PalioAttractive
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,8
9,3
13,5
B
FiatFiorinoFurgão
1.3 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
7,2
10,6
8,1
11,8
B
FiatStradaFire
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
7,3
10,6
8,2
12
B
FiatDobloCargo
1.4 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
5,9
8,6
6,4
9,5
B
FiatPalioAdventure Dualogic
1.8 litro 16V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
6,4
9,9
7,3
10,9
B
FordFiesta SedanSE
1.6 litro16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,5
11
9,3
13,9
B
FordFiesta HatchSE HA
1.6 litro16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,5
11
9,3
13,9
B
FordFocus HatchHC
1.6 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,7
8,7
12,9
B
FordFocus SedanFC
1.6 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,7
8,7
12,9
B
HondaCityDX, LX, EX e EXL
1.5 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
7,5
11,2
8,3
14
B
HondaCivicLXS e LXL
1.8 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
6,8
10,2
9
12,2
B
KiaCeratoEX, LX e SX
1.6 litro 16V
manual
6
sim
hidráulica
gasolina
-
9,9
-
12,7
B
KiaCeratoEX, LX e SX
1.6 litro 16V
automático
6
sim
hidráulica
gasolina
-
9,9
-
12,3
B
RenaultDusterDynamique 4x2
2.0 litros 16V
manual
6
sim
hidráulica
flex
6,7
9,9
7,8
11,2
B
VWGol G42 Portas
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
7,6
11,1
9
13,2
B
VWGol G44 Portas
1.0 litro 8V
5
não
manual
flex
7,6
11,1
9
13,2
B
VWGol1.0
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,8
9,5
14,1
B
VWGol1.6
1.6 litro 8V
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,4
13,7
B
VWGolI-Motion
1.6 litro 8V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,5
13,6
B
VWVoyage1.0
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,8
9,5
14,1
B
VWVoyage1.6
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,4
13,7
B
VWVoyageI-Motion
1.6 litro 8V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,7
9,5
13,6
B
FiatUnoMille Way Economy
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,4
12,1
9,5
13,6
C
FiatSienaEL
1.0 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,4
10,4
8,8
12,8
C
FiatSienaEL
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,1
10,6
8,8
13,2
C
FiatStradaFire Cabine Estendida
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,1
10,6
7,7
11,5
C
FiatStradaTrekking
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7
10,3
7,6
11,2
C
FiatStradaTrekking Cabine Estendida
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7
10,3
7,6
11,2
C
FiatPalioAdventure
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,3
9,4
7,4
11
C
FiatStradaAdventure
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,3
7,3
10,6
C
FiatStradaAdventure Cabine Dupla
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,5
9,3
7,3
10,6
C
FiatStradaAdventure C Dupla Dualogic
1.8 litro 16V
automatizado
5
sim
hidráulica
flex
6,6
9,9
7
10,4
C
FiatDobloEssence
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,7
8,2
6,4
9,4
C
FordKaBase
1.0 litro 8V
manual
5
não
manual
flex
8,1
11,6
9,2
13,5
C
FordKaPulse e Class
1.0 litro 8V
manual
5
sim
manual
flex
8,1
11,6
9,2
13,5
C
FordCourrierL e LX
1.6 litro 8V
manual
5
sim
manual
flex
7
9,7
8,4
12,1
C
FordEcosport4WD
2.0 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,3
7,9
6,3
9,2
C
FordEcosportXL, XLS, XLT e Freestyle
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,4
9,1
7,5
11,2
C
HondaFitEX e EXL
1.5 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,6
11,3
8,5
12,2
C
HondaCityDX, LX, EX e EXL
1.5 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,6
10,9
8,7
12,5
C
KiaPicantoLX e EX
1.0 litro 12V
manual
5
sim
elétrica
flex
8,3
12
9,1
13,4
C
KiaPicantoLX e EX
1.0 litro 12V
automático
4
sim
elétrica
flex
8,3
11,4
9,4
13,1
C
KiaSportageLX e EX
2.0 litros 16V
automático
6
sim
hidráulica
flex
6
8,9
7,4
11,2
C
Peugeot207 HBXR e XR S
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,8
10,6
8,7
13,7
C
Peugeot207 PassionXR e XR S
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,8
10,6
8,7
13,7
C
Peugeot207 SWXR e XR S
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,8
10,6
8,7
13,7
C
RenaultClioCampus
1.0 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
8,6
11,5
9,2
14,5
C
RenaultSymbolExpression e Privilege
1.6 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,5
10,8
8,4
12,8
C
RenaultMegane Grand TourExpression e Dynamique
1.6 litro 16V
manual
5
sim
elétrica
flex
6,3
9,7
8,2
12,8
C
ToyotaRAV4-
2.4 litros 16V
automático
4
sim
elétrica
gasolina
-
7,7
-
9,7
C
VWKombi-
1.4 litro 8V
manual
4
não
manual
flex
5,7
8,4
6,1
9
C
FiatNovo UnoAttractive Evo
1.4 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
7,3
10,6
9,1
13,3
D
Fiat500Cult
1.4 litro 8V
manual
5
sim
elétrica
flex
7,2
11
8,4
12,8
D
Fiat500Cult Dualogic
1.4 litro 8V
automatizado
5
sim
elétrica
flex
7,5
11,3
8,5
13
D
FiatIdeaAdventure
1.8 litro 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,9
8,8
6,7
9,9
D
FordEcosportXLT e Freestyle
2.0 litros 16V
manual
5
sim
hidráulica
flex
5,5
8,6
7,2
10,7
D
HondaFitDX, LXL e EX
1.4 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
6,6
11
8,5
12,5
D
HondaFitEX e EXL
1.5 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
flex
6,8
10,5
8,2
12,2
D
KiaSportageLX e EX
2.0 litros 16V
manual
sim
hidráulica
flex
5,8
8,5
6,9
10,3
D
Peugeot3008Allure e Griffe
1.6 litro 16V
automático
6
sim
elétrica
gasolina
-
8,8
-
11,1
D
PeugeotRCZ-
1.6 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
gasolina
-
8,4
-
12
D
Peugeot308-
1.6 litro 16V
automático
5
sim
elétrica
gasolina
-
8,2
-
12
D
FordRangerCabine Simples
2.3 litros 16V
manual
5
sim
hidráulica
gasolina
-
7,3
-
9
E
FordRangerCabine Dupla
2.3 litros 16V
manual
5
sim
hidráulica
gasolina
-
7,3
-
9
E
FordEcosportXLT e Freestyle
2.0 litros 16V
automático
sim
hidráulica
flex
5,2
8
7
10
E
KiaSoulLX e EX
1.6 litro 16V
manual
6
sim
elétrica
flex
7
10,3
8
11,8
E
KiaSoulLX e EX
1.6 litro 16V
automático
6
sim
elétrica
flex
6,5
9,6
7,6
11,1
E
KiaSorentoLX e EX
2.4 litros 16V
automático
6
sim
hidráulica
gasolina
-
6,9
-
7,9
E
ToyotaCamryXLE
3.5 litro 24V
automático
5
sim
elétrica
gasolina
-
7,5
-
10,2
E
VWPolo1.6
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,2
9,4
8,1
12,1
E
VWPolo SedanComfortline
1.6 litro 8V
manual
5
sim
hidráulica
flex
6,2
9,4
8,1
12,1
E
Valores de consumo: km rodado por litro, (E) - etanol, (G) - gasolina. Fonte: Inmetro e Conpet

FONTE: IG CARROS

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PUBLICIDADE NA INTERNET BRASILEIRA DEVE BATER JORNAIS E REVISTAS ATÉ 2015, DIZ CONSULTORIA

Setor brasileiro seguirá fenômeno já observado nas economias mais desenvolvidas, segundo a Wark International Ad Forecast


BBC Brasil | 07/02/2012 07:55


Pesquisa divulgada nesta semana mostra que os mercados emergentes vão garantir o crescimento da publicidade em 2012. Entre os 13 países pesquisados pela Wark, o Brasil deverá apresentar o quarto maior avanço, 8,5%, atrás de Rússia (16,5%), Índia (14%) e China (11,5%).


Leia também: Publicidade na internet superará jornal em 2013


No ano passado, o setor de publicidade brasileiro ocupou a mesma posição, com avanço de 7,1%, em um período marcado por decréscimos em algumas das principais economias. De acordo com o estudo, a internet puxa o crescimento dos anúncios globalmente, com variação positiva nos países pesquisados de 12,6%, seguida por TV (5,3%), Outdoors (5,1%), Cinema (3,8%) e Rádio (2,9%).



Já revistas e jornais deverão apresentar queda em 2012, de 1,2% e 2%, respectivamente, prevê a Wark. No caso do Brasil, o aumento da publicidade online deverá ser de 23,8%, informa a pesquisa. Já jornais e revistas devem avançar 3,6% e 6%, respectivamente.



Leia também: Sites de notícias lucram mais que jornais nos EUA, diz estudo



"E importante lembrar que, embora tenha apenas 6% dos gastos em publicidade no Brasil, a internet cresce muito rápido, de 20% a 50% todo ano desde que iniciamos a pesquisa. Todas as outras mídias estão perdendo participação para o online, principalmente impressos e rádio, embora a TV ainda seja dominante. Imagino que a internet passará os jornais e será a segunda maior mídia em publicidade até 2015", avalia Suzy Young, editora de Informação da Wark.




Sem surpresa


Embora os gastos com publicidade online nos países pesquisados devam crescer menos em 2012 do que em 2011, quando o aumento foi de 16,6%, o segmento deverá responder por 20% do total investido em anúncios até o fim do ano, informa a Wark.




Leia também: Publicidade na web é a mais influente nas compras



Entre as chamadas economias desenvolvidas, Alemanha (-0,8%), França (-0,9%) e Itália (-2,3%) apresentarão em 2012 o pior desempenho de sua história na comparação com o ano anterior.

"Com os receios sobre dívida afetando mercados mais maduros e o otimismo de investidores e consumidores, não é surpresa que o crescimento do setor em 2012 venha dos países emergentes", avalia Young. Ela lembra que as eleições nos Estados Unidos e eventos esportivos como os Jogos Olímpicos evitaram cenário ainda pior.



Young observa ainda que, embora afetado pela recessão na Europa, o Brasil manteve o crescimento da publicidade, o que ocorre há dez anos. Os gastos no setor no país terão passado de R$ 11 bilhões, em 2003, para R$ 30,1 bi, em 2012, já descontado o impacto da inflação nestes números.



Leia também: Publicidade na internet supera jornais pela primeira vez nos EUA



"O investimento estrangeiro na indústria brasileira de comunicação tem impulsionado o crescimento de gastos em publicidade. E vai continuar", prevê. A participação do Brasil no total aplicado nos 13 países examinados também vem aumentando: de 3,1%, em 2003, para estimados 4,5%, em 2012.

Os Estados Unidos, cuja fatia passou de 50,4% para 41,6% nos últimos dez anos, vem perdendo espaço para emergentes. Já a participação da China terá passado de 6,5%, em 2003, para 12,2% em 2012, segundo as séries históricas da Wark.


PARA VENCEDORAS DO LEILÃO, RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO É GARANTIDO

Em Guarulhos, construção do terminal 3 dobrará número de passageiros e, em Campinas, movimento pode ser multiplicado por dez

Dubes Sônego e Pedro Carvalho, iG São Paulo | 07/02/2012 05:00

O ágio elevado pago no leilão dos aeroportos de Cumbica (373%), Viracopos (159%) e JK / Brasília (675%), realizado nesta segunda-feira, deixou intrigado o mercado. Quem estimou mal, o governo ou as empresas? Politicamente, as empresas dizem que nem um, nem outro. E asseguram que estão certas do retorno de suas apostas.


Leia também: Conheça os vencedores do leilão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília


Responsável pelo maior lance do leilão, o consórcio Invepar-ACSA terá que desembolsar ao longo de 20 anos de concessão R$ 16,213 bilhões, além dos investimentos previstos no período, de R$ 4,8 bilhões. Foi uma oferta R$ 4 bilhões acima da apresentada pelo segundo colocado. No entanto, Gustavo Rocha, presidente da Invepar, diz que acredita que será possível bancar tudo isso e ainda lucrar alto.


Privatização de aeroportos rende R$ 24,5 bilhões ao governo
Conheça o vencedor do leilão do aeroporto de Brasília
Governo ainda terá forte influência em Guarulhos
Após leilão desta segunda, aeroportos devem ter mais lojas
Leilão de aeroportos é chance para desafogar infraestrutura
Ações de empresas que perderam leilão de aeroportos disparam
Governo considera lances dos aeroportos agressivos
Não haverá demissão na Infraero, garante governo

A aposta é baseada principalmente na possibilidade de ganhos maiores com receitas não-tarifárias, vindas de lojas e restaurantes. E, naturalmente, do aumento do fluxo de passageiros. Uma das obras prioritárias, por conta da Copa de 2014, é a construção do Terminal 3, que deverá dobrar a capacidade do aeroporto, por onde circulam hoje cerca de 26 milhões de pessoas por ano.

O volume representa cerca de 30% de todos os passageiros que passam por terminais da Infraero. Um movimento que já levou alguns analistas a definirem Cumbica como "mina de ouro mal explorada" e "vaca leiteira". Mas, até 2020, o consórcio estima que o fluxo será bem maior: 50 milhões de passageiros por ano.

Para Rocha, a Infraero só não aproveita todo potencial de receitas não tarifárias disponível porque está limitada pelas amarras a qual estão sujeitas as estatais. "Temos uma flexibilidade para buscar financiamentos e operar que a Infraero não tem", afirma.


Pólo aéreo

Brasília, por sua vez, é o aeroporto que exigirá proporcionalmente menos investimentos ao longo dos 25 anos de concessão, R$ 2,8 bilhões. Com isso, os consórcios puderam dar lances mais altos.

Leia também: Trem bala é único projeto de governo para Guarulhos-Viracopos

Para garantir o rápido retorno do investimento, o grupo argentino Corporación América, integrante do consórcio vencedor responsável pela gestão, pretende transformar o aeroporto de Brasília em um entroncamento internacional do transporte aéreo. E também deverá explorar com maior intensidade receitas não-tarifárias, um campo no qual a Infraero apenas engatinha.


Longo prazo

O preço mais equilibrado entre expectativa e propostas em Viracopos (ágio de 159%), na avaliação de Wagner Bittencourt, ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, não significa que o aeroporto seja um mau negócio. Foi apenas um indicativo de que é uma aposta com retorno no longo prazo, que exige investimento alto no curto prazo. O Consórcio Aeroportos Brasil, formado por Triunfo, UTC e Egis, terá que realizar obras orçadas em R$ 873,05 milhões até 2014, mesmo sem ser sede de jogos da Copa.

Leia também:
Ágio indica que governo subestimou preços dos aeroportos
Perdedores dos aeroportos poderão entrar com recurso

A aposta se justificaria devido ao potencial de faturamento na região de Campinas. “Viracopos está inserido na área mais rica do país. Nos próximos anos, a região deve se transformar de uma área baseada no setor secundário [indústrias] para o setor terciário [serviços], que gera maior demanda de vôos”, afirma Mário Luiz de Mello Santos, presidente da consultoria Aeroservice, que trabalhou para o consórcio. “O fluxo do aeroporto deve ficar cada vez mais independente de São Paulo”, acredita.

“Estamos seguros com relação ao retorno que o aeroporto pode dar. Viracopos era o melhor negócio [entre os três leiloados], sempre foi nosso foco nesse leilão”, afirma Santos.

Para o analista, o potencial de Viracopos também se baseia na possibilidade da ampliação da área do aeroporto, o que seria mais difícil em Guarulhos e Brasília. “A demanda atual de Viracopos, que é de 7 milhões de passageiros, pode ser de até 70 milhões, porque existe área disponível para essa ampliação”, afirma.

Por fim, Santos acredita em ganhos vindos de uma maior eficiência na gestão. “Em qualquer lugar do mundo, aeroportos são excelentes negócios, quando bem operados”, afirma. “A Infraero [a atual administradora] tem todos os vícios e problemas estruturais de uma empresa estatal, enquanto nosso foco será na eficiência”, completa.

Em breve será possível saber quem fez a conta certa.

FONTE: IG ECONOMIA

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Com IPO e polêmica sobre privacidade, Facebook completa oito anos

Apesar da popularidade entre usuários e investidores, Facebook enfrenta pressão devido ao poder sobre dados pessoais


iG São Paulo | 04/02/2012 08:49

Em 4 de fevereiro de 2004, Mark Zuckerberg, um jovem estudante da Universidade de Harvard (EUA), colocava no ar a primeira versão da rede social Facebook. No quarto da república onde morava, Zuckerberg estava acompanhado por quatro amigos: o brasileiro Eduardo Saverin, Dustin Moskowitz, Andrew McCollun e Chris Hughes. Eles queriam apenas conectar os alunos de Harvard. Nenhum deles imaginava que, ao completar oito anos, o Facebook reuniria mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo.


Foto: Reprodução
Primeira versão do Facebook foi criada em 2004 e completa oito anos com 800 milhões de usuários


De acordo com estudo recente da comScore, o Facebook já é usado por mais da metade dos internautas de todo o mundo (55%). O número representa um crescimento de 43 pontos percentuais em relação a dezembro de 2007, quando a consultoria passou a medir a audiência do Facebook.
Naquela época, o Facebook atingia apenas 12% de todos os internautas. A América Latina lidera entre as regiões onde a rede social mais cresce.

O aniversário de oito anos do Facebook vem acompanhado de outras boas notícias, além da popularidade entre os internautas.

Nesta semana, a empresa registrou um pedido à SEC (Comissão de Segurança de Mercado, equivalente à CVM brasileira) para fazer uma oferta inicial de ações, processo conhecido como IPO, na bolsa americana. Com a venda de ações, a empresa espera levantar até US$ 5 bilhões, valor que pode aumentar de acordo com a demanda pelas ações da rede social.

Com a entrada na bolsa, diversas pessoas que participaram da criação da rede social se tornarão milionárias. Muitos funcionários do Facebook – aqueles que estão desde o início e receberam algumas ações da empresa – devem ganhar entre US$ 4 milhões e US$ 20 milhões com o IPO do Facebook. Zuckerberg deve ficar com US$ 24 bilhões, de acordo com estimativas de analistas de mercado.
Segundo os documentos entregues pelo Facebook no registro para o IPO, o Facebook tem mais de 100 bilhões de conexões entre pessoas em todo o mundo. A rede social registrou a publicação de cerca de 250 milhões de fotos no último trimestre de 2011, período em que os usuários também “curtiram” e comentaram na rede social mais de 2,7 bilhões de vezes. Em 2011, o Facebook teve receita de US$ 3,7 bilhões, 88% maior que em 2010.


Falhas de privacidade perseguem empresa

Apesar da situação favorável, o IPO será responsável por colocar o Facebook sob pressão ainda maior de governos e entidades reguladoras dos países onde atua. O motivo é a privacidade dos dados pessoais, fornecidos pelos próprios usuários, que podem ser usados direcionar publicidade e também para personalizar serviços fornecidos por parceiros. As práticas são condenadas por entidades de proteção aos dados pessoais em todo o mundo.

Foto: Getty Images Ampliar
Zuckeberg: desculpas por erros sobre privacidade



Para evitar problemas para os usuários, o governo dos EUA e a União Europeia impuseram acordos que, entre outras restrições, permitem que auditores independentes acessem o banco de dados pelos próximos 20 anos, para verificar se a rede social respeita os termos de uso aceitos pelos usuários ao se cadastrar na rede social. Os órgãos reguladores também exigem que o Facebook não faça declarações falsas sobre a privacidade ou segurança dos dados armazenados pelo serviço.

No final de novembro de 2011, quando a Federal Trade Comission (FTC), órgão do governo americano, anunciou um acordo com o Facebook para solucionar as acusações sobre privacidade, Zuckerberg escreveu uma carta aberta onde admitiu os erros da empresa. “Acho que um pequeno número de erros muito divulgados, como o projeto Beacon e nossas mudanças de privacidade de dois anos atrás, acabaram escondendo o bom trabalho que fizemos”, disse Zuckerberg.




FONTE: IG TECNOLOGIA

GOVERNO PREPARA MPS DE INCENTIVO A SETOR QUE INOVAR

Fabricantes de semicondutores, equipamentos de telecomunicação e computadores devem se beneficiar com medidas

AE | 05/02/2012 10:28

A presidente Dilma Rousseff prepara quatro medidas provisórias que vão estabelecer Regimes Tributários Especiais (RTE) para facilitar a importação de máquinas para produção, no Brasil, de equipamentos de alto conteúdo tecnológico nas áreas de semicondutores, TV digital, telecomunicações e computadores pessoais.

O objetivo do governo ao cobrar menos imposto na aquisição de máquinas é fazer com que a indústria consiga fabricar produtos melhores e mais avançados gastando menor número de horas, o que aumenta a competitividade. A desoneração vai focar mercadorias que não estão disponíveis no mercado brasileiro, justamente para dotar a indústria local dessas tecnologias.

"Muitas vezes o setor industrial reclama do câmbio, de tributos, mas tem um dever de casa que precisa ser feito. Estamos perdendo produtividade há 10 anos", avaliou Mauro Borges Lemos, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e um dos formuladores da política industrial do governo, lançada em agosto do ano passado.

 As medidas fazem parte de um processo de ampliação e revisão dessa política. Apesar do otimismo do governo, ainda há dúvidas sobre a eficácia do pacote. Algumas ações comemoradas inicialmente, como a desoneração da folha de pagamento, acabaram provocando insatisfação em setores que foram contemplados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


FONTE: IG ECONOMIA

sábado, 4 de fevereiro de 2012

SUPERMERCADOS DE SÃO PAULO TERÃO DE DAR SACOLINHAS POR MAIS 60 DIAS

Termo de ajuste assinado com o Procon prevê também distribuição gratuita de sacolas reutilizáveis em 15 de março, Dia do Consumidor

iG São Paulo | 03/02/2012 19:17


Os supermercados paulistas, que haviam parado de distribuir gratuitamente sacolas plásticas para compras no último dia 24, precisarão voltar a fornecer as sacolas para os clientes por mais 60 dias. Um termo de ajuste assinado nesta sexta-feira pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, a Fundação Procon-SP e a Associação Paulista de Supermercados (APAS) determina que durante esse período os consumidores "terão direito a embalagens gratuitas adequadas e compatíveis com os produtos adquiridos, visando o acondicionamento e transporte das mercadorias".

Acordo determina que caixas terão de avisar cobrança a consumidores por um ano

- LEIA TAMBÉM: Fabricantes de sacolas "verdes" brigam por mercado milionário


Os supermercados poderão dar aos clientes, nesses próximos dois meses, sacolas plásticas ou caixas de papelão, sempre de graça. Além disso, não poderão vender sacolinhas biodegradáveis, pelas quais estavam cobrando entre R$ 0,19 e R$ 0,25.

Após o início da cobrança, os funcionários que trabalham nos caixas de supermercado terão de avisar verbalmente os consumidores, durante um ano, que as sacolas deixaram de ser gratuitas, para que ninguém pague sem saber que está pagando.

O acordo também determina que todas as lojas deverão oferecer uma alternativa de sacola reutilizável com preço de até R$ 0,59. "Essa sacola não pode ser apenas o saquinho plástico comum, precisa ser reutilizável. Mas também não precisa ser necessariamente aquela grandona feita de pano", explicou ao iG a assessoria de imprensa do Procon.

O termo de ajuste também informa que, no dia 15 de março, Dia do Consumidor, haverá distribuição gratuita de uma sacola reutilizável para o cliente que adquirir pelo menos cinco itens. "Essa sacola poderá ser trocada pelo consumidor num prazo de até seis meses, gratuitamente, se estiver danificada", diz comunicado enviado pelo órgão.

Durante a manhã de hoje, o Procon havia afirmado que, na ausência de sacolas gratuitas, os supermercados deverão fornecer sacolas biodegradáveis para os consumidores. O órgão também informa que o termo de ajuste que adia a cobrança em dois meses foi assinado de comum acordo entre as partes.

Desde o último dia 24, os supermercados paulistas estavam cobrando entre R$ 0,19 e R$ 0,25 por saquinhos plásticos vendidos como biodegradáveis. Os "comuns" haviam parado de ser distribuídos, de modo que o consumidor devia optar por comprar um biodegradável ou uma sacola retornável, normalmente mais cara.

FONTE: IG ECONOMIA

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tablets substituem livros em escolas brasileiras

Equipamentos entram na rotina dos colégios em 2012, mas formação de professores e dispersão de alunos ainda são desafios


Priscilla Borges e Tatiana Klix, iG Brasília e São Paulo | 01/02/2012 06:00

No Centro Educacional Sigma, em Brasília, a lista de material escolar do 1º ano do ensino médio ficou mais curta. Em vez de vários livros, os pais tiveram que comprar apenas um item – um tablet – e pagar mais R$ 1,1 mil pelos aplicativos com o conteúdo didático exigido para todas as disciplinas. A novidade com potencial de revolucionar a interatividade em sala de aula começa a se popularizar no País a partir deste ano, mas ainda esbarra em algumas dificuldades, como a falta de preparo dos professores para o uso da ferramenta e o potencial de dispersão que a internet tem sobre os estudantes.

Leia também: Ministério da Educação estuda uso de tablets nas escolas públicas
 
Em outras instituições em diferentes Estados, embora o equipamento ainda não seja obrigatório passou a ser não apenas aceito, mas seu uso será estimulado. No Ceará, uma rede dá opção para os alunos: livros ou um tablet. Em São Paulo, um colégio criou um laboratório móvel com 30 equipamentos e outra investe em formação de professores para o uso da tecnologia.
 
Na instituição no Distrito Federal, no entanto, a substituição dos livros por dispositivos móveis será “testada” em grande escala – por cerca de 1 mil alunos das cinco unidades espalhadas pela cidade.
De acordo com o professor de Física André Frattezi, um dos entusiastas do uso da nova tecnologia, havia uma preocupação da direção da escola além de ganhos de aprendizado. A quantidade de livros carregada pelos alunos diariamente também era motivo de conversas com os professores. Alguns viram no tablet a solução para o problema.

No
s Estados Unidos: Escolas adotam iPad como ferramenta didática

Frattezi conta que, depois de uma procura de material específico para a ferramenta nas editoras brasileiras, os professores perceberam que o desafio de inserir os tablets na sala de aula seria grande. Não encontraram material adaptado para eles no mercado e decidiram produzir o próprio conteúdo.
Com a ajuda de especialistas, cerca de 30 professores prepararam o material que será usado pelos estudantes. O professor faz questão de ressaltar que o conteúdo não é uma simples adaptação do que há em papel, mas há vídeos e gráficos interativos. Todo o investimento nessas tecnologias, segundo ele, justifica o preço pago pelos pais para adquirir esse conteúdo. “Com o tempo, os valores devem baixar”, diz.

Custo mais baixo: Fábricas e isenções podem levar tablet a custar R$ 500 no Brasil

Estratégia diferente adotou o colégio Bandeirantes, de São Paulo, que optou por comprar 30 tablets para os professores usarem como laboratório móvel. Além disso, todas as apostilas usadas pela escola estão disponíveis em formato digital para os alunos que quiserem usar seus próprios dispositivos nas aulas.
“Não é uma imposição, mas uma opção. Estamos sendo cautelosos por enquanto, porque é preciso ter uma estratégia de mudança das aulas”, explica a professora Sílvia Vampré, coordenadora de tecnologia educacional do Bandeirantes. Para isso, um grupo de professores vai estudar as melhores práticas e orientar outros educadores.


Formação de professores
 
No colégio paulistano Lourenço Castanho, a preparação dos professores é o foco da inserção dos tablets em sala de aula. Uma formação de 38 horas está sendo realizada com um grupo de 27 educadores do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) e médio, que posteriormente serão multiplicadores. As aulas são ministradas pela editora Editacuja, empresa de desenvolvimento de estratégias para dispositivos móveis para educação, e tem o objetivo de fazer com que os professores produzam seus próprios aplicativos, principalmente para atividades externas e de estudo do meio.
Na primeira sessão, eles visitaram o parque Ibirapuera e realizaram mapeamento coletivo da área. Divididos em grupos, a partir de uma ferramenta de GPS, cada um foi para um ponto e juntos desenharam o pássaro símbolo da rede social Twitter, de onde enviaram fotos e informações sobre o local onde estavam a partir dos dispositivos móveis.
O diretor da Editacuja, Martin Restrepo, explica que os tablets permitem que professores e alunos deixem de ser apenas consumidores de conteúdos limitados e rígidos, mas possam construir um modelo editorial baseado na colaboração que atende necessidades específicas de cada escola.
“Com as ferramentas de interatividade, imagens animadas e geolocalização, qualquer lugar é transformado em sala de aula. É possível reinventar atividades como gincanas, trilhas de caça ao tesouro, que são extremamente educativas”, diz. No entanto, o engenheiro de sistemas eletrônicos alerta que um tablet na sala de aula não faz diferença se o professor for usá-lo apenas como PowerPoint. “O modelo pedagógico tem que mudar radicalmente”, defende.

Marcello Barra, sociólogo do grupo de estudos de Ciência, Tecnologia e Educação na Contemporaneidade do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), não é otimista nesse sentido e diz que os professores não estão preparados para os tablets e a infra-estrutura das escolas também não.
Para o pesquisador, os colégios ainda precisam ter redes de internet melhores e as editoras têm de produzir materiais didáticos adequados. “Mas o principal é que uma quantidade muito grande de professores não tem ideia de como se usa esse tipo de tecnologia”, afirma.


Internet dispersa


No restante do tempo, apenas os arquivos baixados poderão ser usados”, explica o diretor executivo Ari de Sá Cavalcante Neto. Entre 2 mil alunos do grupo educacional, 320 substituirão livros pelo dispositivo móvel e foram gastos R$ 300 mil entre desenvolvimento de softwares, licenças e compra de equipamentos para os professores para implantar a novidade.

A preocupação com o uso da internet nos tablets é comum em todas as escolas que experimentam a tecnologia. A professora Sílvia, do Bandeirantes, também em São Paulo pondera que apesar das vantagens do uso dos tablets, o potencial de distração dos alunos é grande. “Com tablets, os alunos têm acesso à internet e ao Facebook muito facilmente. Não sabemos o impacto disso ainda”, conclui.


Escolas públicas
O Ministério da Educação (MEC) começou a se mexer para levar tablets às redes públicas de ensino. Na semana passada, o primeiro estágio de pregão eletrônico para a aquisição de 900 mil aparelhos foi concluído. Menina dos olhos do novo ministro, Aloizio Mercadante, quando ainda estava no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a proposta é criar núcleos de aplicação da tecnologia em sala de aula e não oferecer a todos os alunos.

Resta saber se essa tecnologia será realmente aproveitada nas salas de aula. Até hoje, as tentativas de universalizar laboratórios de informática ou laptops para cada aluno fracassaram. Não há laboratórios com computadores em todas as escolas, muito menos internet para que sejam utilizados. O programa Um computador por aluno chegou a poucos alunos.

Mau uso de computador: Sem infraestrutura, laptops ficam guardados em escola de Brasília

No projeto piloto, 380 escolas foram contempladas com os primeiros 150 mil laptops. Depois, 372 municípios adquiriram mais 375 mil equipamentos.
 
No Ceará, quatro escolas do Colégio Ari de Sá que começam este ano dando a opção entre o material convencional ou o tablet para seus alunos incluíram no treinamento aos professores aulas de controle disciplinar do equipamento. “Vamos ter um sistema de internet que o educador abre quando a aula exige.