terça-feira, 19 de junho de 2012

Com crise, ofertas de ações menores e mais baratas têm mais sucesso na bolsa

Com cenário externo ruim, preços falam mais alto do que fundamentos e afastam investidores do mercado; com ação barata, Unicasa é exceção e sobe 5% desde o IPO, em abril

Danielle Brant e Olivia Alonso- iG São Paulo |
Divulgação
Projeto da Favorita, marca da Unicasa: para analista, preço da ação é baixo

Ainda que o momento não esteja favorável às bolsas de valores e, consequentemente, às ofertas iniciais de ações (IPOs), uma das quatro empresas que estrearam na Bovespa no primeiro semestre conseguiu romper a barreira de pessimismo e registrar ganho nos primeiros meses de negociação. Com preço baixo e oferta pouco volumosa, a Unicasa conseguiu atrair investidores para suas ações e não os decepcionou até o momento.
Os papéis da fabricante de móveis e dona das marcas DellAno, Favorita, New e Telasul subiram 5% desde que a empresa realizou sua oferta, em 27 de abril.
Mas os caso contrasta com os outros três IPOs do primeiro semestre deste ano. Até agora, o banco de investimentos BTG Pactual, a locadora de veículos Locamérica e a CCX, empresa do grupo EBX que atua no setor de mineração de carvão na Colômbia, acumulam quedas de 15%, 16% e 34%, respectivamente, desde o dia das ofertas até a última sexta-feira.


Veja: IPOs de BTG, Locamerica e Unicasa movimentam R$ 4,3 bilhões


O sucesso da oferta da Unicasa pode ser explicado, em parte, pelos fundamentos da companhia. A Unicasa fabrica seus próprios produtos e distribui em uma rede de 897 lojas, tem ótima geração de caixa, não tem dívidas e tem alto retorno, segundo relatório de analistas do Santander.
A Locamerica, por sua vez, foi prejudicada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos nacionais, que deverá levar a companhia a registrar perdas no curto prazo. Isso ajuda as ações da companhia a sofrer na bolsa. Já a CCX, empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, ainda está em estágio pré-operacional, o que sempre gera incertezas entre os investidores.


Leia mais: Locamerica prevê perda de 7% a 8% com depreciação da frota no 2º trimestre


Mas não só os fundamentos ditam o sucesso do IPO, principalmente em momentos de crise. Até porque o BTG Pactual, banco do bilionário André Esteves, também é avaliado pelo mercado como uma empresa sólida e com boas perspectivas.
O que acontece, então, é que os preços dos papéis e os volumes oferecidos estão pesando muito nas decisões dos investidores, na opinião de Keyller Carvalho da Rocha, professor de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA) e de Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa
A Unicasa aceitou colocar suas ações no mercado um preço considerado baixo. "A Unicasa mostra um desconto excessivo para o P/L [relação entre preço da ação e lucro] médio ponderado por valor de mercado dos varejistas (puros) do Brasil, em nossa opinião," afirmam analistas do Santander em relatório.
Enquanto isso, as ofertas que não foram bem sucedidas até o momento foram bastante volumosas, ou venderam ações caras. É o caso do banco de André Esteves. “O preço do papel do BTG Pactual saiu muito alto, a R$ 31,25. Não tinha espaço para subir mais. A ação teria que ficar no mesmo nível, ou cair,” afirma Rocha.
O que ajuda a deturpar o preço é o fato de que o IPO é a única chance que a empresa tem de precificar suas ações. “Ela vai querer cobrar caro”, diz Mauro Calil, gerente geral do Instituto Nacional de Investidores (INI).
Assim, antes de investir, mais do que nunca é importante que o pequeno investidor olhe para o preço do papel, comparando a relação entre preço e o lucro da empresa (P/L) com outras empresas com atividades semelhantes. “Se o preço não estiver bom, não vale a pena arriscar uma vez que é possível encontrar empresas já listadas mais baratas, com um histórico mais conhecido,” diz Rocha, da FIA.
André Ferreira, sócio-líder de Mercados Estratégicos e Emergentes da Ernst & Young Terco acrescenta que a precificação do IPO deve estar pautada na expectativa de ganhos que o investidor teria com a ação e também no potencial de dividendo que a empresa vai distribuir ao longo do ano.

Getty Images
Diferença de preço desejado pelo Facebook e o valor que o investidor estava disposto a pagar derrubou ações

Por causa dessa diferença de preço desejado pela companhia e o valor que o investidor está disposto a pagar, muitas ações caem bastante no IPO. É o caso do Facebook, cujos papéis iniciaram a negociação cotados a US$ 38, para depois caírem ao patamar atual de US$ 27.


Veja ainda: Ações do Facebook caem 10%, para abaixo de US$ 30


A movimentação que a ação vai fazer após a oferta inicial também depende da procura que os papéis têm por grandes investidores. Nos maiores IPOs realizados recentemente, como o caso do Facebook e do BTG Pactual, que fizeram ofertas bilionárias, a demanda dos institucionais não foi grande.
“Quando a operação é maior, ela depende muito de uma participação importante dos grandes investidores globais, que estão cada vez mais exigentes em relação ao preço e mais seletivos,” diz Edemir Pinto.
Já os IPOs menores, que ficam nas casas dos milhões, têm um percentual de participação de pessoas físicas acima da média histórica, segundo o executivo. “Isso ajuda um pouco,” diz Edemir Pinto. Na opinião dele, enquanto o cenário externo for de crise, o ideal é que aconteçam as ofertas menores.
No caso da Unicasa, o volume da oferta da Unicasa foi relativamente baixo. A fabricante e varejista de móveis negociou R$ 370 milhões em seu IPO. Enquanto isso, o BTG lançou R$ 3,2 bilhões em ações.


Mais: BTG: Estamos fazendo maior IPO do mundo em 2012, diz Edemir Pinto
Frustração com IPO do Facebook trava lançamentos


Qualicorp e Fibria também lançaram ações no mercado neste ano, mas em ofertas subsequentes (follow-on). A menor oferta teve retorno melhor até o momento. A empresa de planos de saúde ofertou ações em abril a R$ 16,50, abaixo do valor do fechamento dos papéis na Bovespa na véspera, captou cerca de R$ 760 milhões e acumula alta de 7,3% deste então.
Já a companhia de papel e celulose ofereceu papéis a R$ 15,83 em 24 de abril, também abaixo do fechamento do dia anterior, e captou o dobro, R$ 1,36 bilhão. Até a última sexta-feira, as ações caíam 15,6% na Bovespa.



É preciso ter paciência

Mas os investidores que participaram das ofertas cujas ações estão caindo, como é o caso do BTG Pactual, não precisam entrar em pânico, de acordo com especialistas. “Quem está entrando nesse momento pode se confrontar com as perdas no curto prazo”, diz Ferreira.
Isso porque, no longo prazo, os fundamentos voltam a falar mais alto. Se a companhia for sólida, atuar em um setor promissor, tende a recuperar o valor. “Tem que saber no que está investindo, e precisa estar calcado nos fundamentos da empresa e no setor em que ela está”, completa.
Uma análise do Instituto Assaf dos IPOs lançados entre 2005 e 2010 mostrou que 49% das empresas apresentaram prejuízo nos preços das ações. Mas se o período for reduzido para 2005 e 2007, a perda é maior: 68% das companhias tinham cotação menor do que no lançamento.
Por isso, em vez de esperar uma rentabilidade forte no curto prazo, é melhor lembrar do lema: “a paciência é uma virtude”. “Não pode ter ansiedade. O comportamento do investidor é o maior responsável pela boa ou má rentabilidade dos investimentos”, conclui Calil.
O gerente geral da INI acrescenta que há ainda a possibilidade de que as ações que começam a ter ganhos muito rapidamente, depois se estabilizem em caiam. “Se a demanda for grande, é comum o papel subir nos primeiros dias para depois estabilizar e cair. Se for pequena, deve cair ligeiramente, para estabilizar e subir. Mas isso é mais uma crença de mercado do que uma regra”, afirma Calil.


Cenário adverso compromete ofertas de ações em andamento
Pfizer planeja IPO de unidade de saúde animal
BTG Pactual faz maior IPO desde Santander Brasil

fonte: IG ECONOMIA

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Veja os carros mais baratos de consertar

Ranking criado pelo órgão independente Cesvi classifica mais de 50 carros à venda no Brasil

Jair Oliveira | 15/6/2012 09:49
Foto: DivulgaçãoVeja mais fotos
3º Citroën C3 - Car Group: 16

Às vezes uma simples batidinha no carro pode se tornar um enorme dor de cabeça para o proprietário ao descobrir que aquele pequeno amassado na lataria virou um problemão. O problema é que certos modelos têm mais partes atingidas nesses incidentes do dia a dia, comprometendo peças que, a princípio, parecem intactas ou distantes da região da batida.
Além disso, dependendo da montadora, o custo das peças de reposição e da mão de obra também podem encarecer o reparo, um problema que afeta também as seguradoras, que acabam arcando com esse prejuízo.

Pensando nisso, o CesviCentro de Experimentação e Segurança Viária –, um órgão independente, criou o Car Group, programa que avalia o índice de reparabilidade de alguns modelos vendidos no Brasil e que, de forma indireta, pode ajudar o consumidor na hora de definir a compra de um automóvel.

Veja mais: Bateram no meu carro. E agora?


1º Volkswagen Polo Sedan - Car Group: 122º Volkswagen Fox - Car Group: 143º Citroën C3 - Car Group: 164º - Peugeot 408 - Car Group: 185º - Ford Ka - Car Group: 206º - Renault Clio - Car Group: 207º - Chevrolet Corsa - Car Group: 218º - Fiat Punto - Car Group: 219º - JAC J3 - Car Group: 2110º - Renault Sandero - Car Group: 2111º - Chevrolet Prisma - Car Group: 2212º - Chevrolet Celta - Car Group: 2213º - JAC J3 Turin - Car Group: 2214º - Peugeot 308 - Car Group: 2215º - Volkswagen Gol - Car Group: 2216º - Nissan Versa - Car Group: 2317º - Volkswagen SpaceFox - Car Group: 2318º - Renault Mégane Grand Tour - Car Group: 2519º Renault Sandero Stepway - Car Group: 2520º - Volkswagen Voyage - Car Group: 2521º - Citroën C4 Pallas - Car Group: 2622º - Ford New Fiesta - Car Group: 2723º - Nissan Livina - Car Group: 2724º - Nissan March - Car Group: 2725º - Citroën C3 Picasso - Car Group: 2826º - Nissan Tiida - Car Group: 2827º - Chevrolet Meriva - Car Group: 2928º - Nissan Grand Livina - Car Group: 2929º - Renault Logan - Car Group: 2930º - Fiat Bravo - Car Group: 3031º - Citroën C4 Picasso - Car Group: 3132º - Fiat Linea - Car Group: 3133º - Nissan Sentra - Car Group: 3134º - Citroën C4 hatch - Car Group: 3235º - Fiat Uno Mille - Car Group: 3236º - Chevrolet Cobalt - Car Group: 3537º - Fiat Grand Siena - Car Group: 3538º - Novo Fiat Uno - Car Group: 3539º - Peugeot 207 - Car Group: 3540º - Renault Duster - Car Group: 3741º - Suzuki SX4 - Car Group: 3842º - Novo Fiat Palio - Car Group: 4043º - Fiat Palio Fire - Car Group: 4044º - Renault Symbol - Car Group: 4045º - Ford Courier - Car Group: 4246º - Fiat Siena Fire - Car Group: 4447º - Renault Fluence - Car Group: 4448º - Fiat Siena EL - Car Group: 4649º - Peugeot 207 Passion - Car Group: 4850º - Citroën Xsara Picasso - Car Group: 5451º - Fiat Palio Weekend - Car Group: 5552º - Nissan Frontier - Car Group: 60
Veja também: Como contratar um seguro mais em conta


Como funciona
Para saber qual é o índice de reparabilidade de um automóvel, o órgão submete o veículo a dois tipos de crash-test – dianteiro e traseiro – sempre a uma velocidade de 15 km/h. Depois de realizar o teste, é feita uma avaliação dos danos para então saber quanto tempo será gasto com o conserto e quais peças serão substituídas.

Com todas as informações nas mãos, o Cesvi define um grau de dificuldade que vai de 10 a 60, sendo que quanto maior for a nota, mais caro será o custo de reparação do carro.

Além disso, o Car Group também influencia no preço do seguro dos veículos, isso porque quanto maior o índice mais caro será o prêmio que a seguradora cobrará, já antecipando um possível gasto com um sinistro.

Vale destacar que as avaliações são sempre feitas de forma independente e que nem todos os automóveis vendidos no mercado brasileiro foram testados pelo Cesvi. Uma curiosidade é que, às vezes um projeto mais novo e moderno nem sempre é sinônimo de facilidade na hora do conserto.

Entre os carros que foram lançados recentemente no Brasil e que tem alto índice de reparabilidade estão o Renault Fluence e os novos Fiat Palio e Grand Siena. Em contrapartida modelos como o Citroën C3, o Ford Ka e o Renault Clio, modelos com mais de dez anos de vida, estão entre os mais baratos, segundo o órgão.

fonte: IG CARROS