terça-feira, 28 de agosto de 2012

QUAL É A MELHOR FORMA DE FINANCIAR SEUS CARRO ?

Escolha a forma de financiar seu carro

iG Carros explica como funcionam o consórcio, o leasing e o CDC e aponta as vantagens e desvantagens de cada um

Jair Oliveira | 28/8/2012 16:00
 
 
Foto: Getty ImagesAmpliar
Cada modalidade tem suas vantagens e desvantagens


O mercado brasileiro vem atingindo recorde atrás de recorde nas vendas de automóveis. Hoje em dia, somos o quinto país que mais compra veículos no mundo, perdendo apenas para China, Estados Unidos, Japão e Alemanha.

A facilidade que o consumidor passou a ter em adquirir um veículo, principalmente agora com a redução do IPI que, inclusive, deve ser prorrogada para carros populares, em parte justifica isso. Outro fator foi o acesso facilitado ao financiamento de veículos. Entre os mais comuns estão o parcelamento direto com o banco – o famoso Crédito Direto ao Consumidor ou simplesmente CDC –, o leasing e o consórcio.


Leia também: Alvo do governo, marcas chinesas registram queda de 10,3% em 2012


Só para se ter ideia, de acordo com dados da Anef Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras -, no primeiro trimestre deste ano o saldo de crédito para aquisição de automóveis financiados por pessoas físicas correspondeu a 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Mas quais são as “regrinhas” básicas de cada uma dessas modalidades? O que elas oferecem de vantajoso e desvantajoso? Qual é a melhor opção para ter um carro? Se vocês estão pensando em adquirir um automóvel financiado para aproveitar a redução de IPI, mas essas e outras questões ainda não estão esclarecidas, iG Carros explica como funciona cada uma dessas modalidades e aponta em quais situações elas podem ser usadas.



Para quem prefere alugar antes de comprar: Leasing

Embora utilizado como meio de financiamento, o leasing é na verdade uma espécie de locação financeira ou arrendamento mercantil. Entre as modalidades de compra no mercado, essa é a menos utilizada – cerca de 3% das compras hoje em dia são realizadas dessa forma, segundo a Anef.


Veja mais: Vendas de carros de luxo desabam 41% em 2012


Mais utilizado por pessoas jurídicas, o leasing funciona da seguinte maneira: a instituição financeira compra o carro que o interessado ou a empresa escolheu e cobra todos os meses um "aluguel" para que o veículo seja usado. Durante este período, o automóvel fica no nome da instituição. Ao final do contrato existem três alternativas: ou o veículo pode ser comprado pela pessoa, ou o contrato pode ser renovado ou o bem pode ser devolvido à instituição financeira.

Por oferecer menor risco de inadimplência, o leasing possui taxas menores que o CDC e é livre de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Mas, em contrapartida, como o carro fica no nome do banco, existem certas burocracias como a dificuldade para trocar, vender ou até mesmo antecipar a liquidação da dívida do automóvel antes do final do prazo pré-estipulado de “locação”, além do seguro, que pode se tornar um item obrigatório. Também pode ser exigido um contrato com prazo de permanência mínima de 24 meses.



Para quem pode se programar: consórcio

O consórcio é o segundo meio mais utilizado pelos brasileiros para comprar um carro. Ele surgiu na década de 1960 e era constituído por funcionários do Banco do Brasil. A lógica dessa forma de compra é antecipar a aquisição de bens. No entanto, ele é mais indicado para quem não tem pressa e pode programar a sua compra.

Funciona da seguinte maneira: um grupo de pessoas paga mensalmente um determinado valor, que somado é igual ao preço cobrado pelo automóvel. Normalmente, todo mês duas pessoas são contempladas: uma por sorteio e outra por leilão – nesse último, ganha quem der o lance mais alto. Ao final do contrato, todos os integrantes desse grupo estarão com os seus automóveis em mãos.


Leia também: Honda encerra cota de importação do CR-V para este ano


De acordo com Elaine Gomes, gerente do departamento jurídico da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), no consórcio, as taxas são baseadas no valor requerido pelo cliente, e no geral são mais baixas que as do leasing e do CDC. Mas vale ressaltar a importância de ler o contrato, pois nele constam os valores que serão cobrados pela instituição financeira.
Outro ponto positivo é que, diferentemente do leasing, o documento do carro fica no nome do proprietário, então não haverá problemas burocráticos na hora de vender ou trocar de veículo.



Para quem tem pressa: CDC – Crédito Direto ao Consumidor

Talvez por ser a modalidade mais simples e sem muita burocracia, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) seja a forma de financiamento mais procurada pelos brasileiros. Segundo a Anef, 52% das compras efetuadas no primeiro semestre deste ano foram realizadas dessa forma.
Por meio do CDC o consumidor pode parcelar o seu carro diretamente com a instituição financeira de acordo com o que ele precisa e com o que o banco pode oferecer. A vantagem é que, caso aprovado, o carro fica no nome do proprietário e, além disso, caso o dono do automóvel queira, pode antecipar a qualquer momento a liquidação total da dívida.

A desvantagem é que os juros estão entre os mais altos do mercado. De acordo com a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), no mês de julho a taxa ficou em 1,8% ao mês.

FONTE: IG CARROS

POLÍTICA: TEMA CONTURBADO NO TRABALHO

Discutir política no trabalho não é proibido, mas tem de ser feito com cautela
Discutir política no trabalho não é proibido, mas tem de ser feito com cautela (© MSN/Office)
 
 
 
Foi dada a largada da disputa eleitoral para prefeitos e vereadores em todo o país. Desde 21 de agosto os canais de televisão e emissoras de rádio exibem as propagandas eleitorais. O assunto está em voga e não temos como escapar de nossas responsabilidades eleitorais. Entretanto, ao surgir o assunto no ambiente de trabalho é necessário ter cautela. Confira a seguir algumas dicas de como agir.
 
Para o diretor da Divisão de Projetos de Outplacement, da empresa Bernt Entschev Human Capital, Vladimir Araujo, discutir o assunto é saudável, pois demonstra que o profissional não é alienado e sabe expor a sua opinião. O segredo é fazer isso de maneira comedida. Segundo o especialista, 'a palavra chave é parcimônia'.
 
 
Ele ainda explica que o profissional só deve perguntar a intenção de voto do colega se a pessoa se mostrar aberta a falar, pois, como o voto é secreto, a atitude pode soar como falta de educação ou indelicadeza.
 
 
A mesma opinião é compartilhada pela diretora-executiva da Quality Training RH, Marisa Ayub. De acordo com a especialista, o assunto pode ser debatido, mas com muita discrição, pois, segundo ela, 'o profissional não é obrigado a concordar com a opinião do outro, mas tem de entender'.
 
 
Discutir política não é problema, mas tentar convencer os outros a votar no seu candidato ou chamar o colega de 'ignorante' ou 'burro', isso tudo é proibido e pega mal dentro da empresa. 'Não se deve tentar catequizar ninguém', acrescenta Ayub.
 
 
O profissional também não deve usar camiseta do candidato, distribuir 'santinhos', bandeira, canetas, entre outros objetos dentro da empresa, por mais informal que o ambiente seja.
 
Em alguns casos, as empresas financiam a campanha política dos profissionais. Nesta situação, o profissional pode, novamente, expor a sua opinião, mas deve respeitar o posicionamento da empresa. 'Ele pode dizer, eu não concordo, mas respeito. Mas deve se evitar este embate direto', finaliza Araujo.
 
 
 
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

29 PROGRAMAS DE TRAINEE ACABAM EM SETEMBRO

29 programas de trainee acabam em setembro

    Especial Trainee: 29 programas encerram inscrições em setembro 
      
    Veja onde estão as oportunidades, quais são os pré-requisitos e não perca os prazos para conquistar sua vaga
    patrocínio
    Fernanda Bottoni
    segunda-feira, 27 de agosto de 2012

    O mês de setembro está intenso para quem procura uma vaga de trainee. Confira abaixo o calendário de inscrições de 29 grandes programas e boa sorte! ;-)

    2 DE SETEMBRO
    Grupo Abril – São dez vagas para profissionais de todas as áreas graduados entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012 com conhecimentos avançados de inglês. Veja mais.


    Bayer – São 10 vagas para candidatos com formação universitária concluída entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012, nos cursos de Administração, Marketing, Comunicação Social, Publicidade & Propaganda, Farmácia, Psicologia, Agronomia, Engenharia de Produção, Comércio Exterior, Ciências Econômicas ou Ciências Contábeis. Saiba maisaqui.

    Itaú Unibanco – São cerca de 70 vagas para jovens com formação entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012, nos cursos de Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Ciências Atuarias, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Engenharia, Estatística, Física, Marketing, Matemática, Propaganda e Marketing, Publicidade e Propaganda, Psicologia, Relações Internacionais, Relações Públicas, Ciências da Computação, Sistemas de Informação Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Quer saber mais? Aqui.


    3 DE SETEMBRO
    Oxiteno - Para se candidatar a uma vaga de trainee é necessário ter concluído curso de Administração de Empresas, Economia, Química e Engenharias (Ambiental, Computação, Controle e Automação, Produção, Elétrica, Eletrônica, Eletrotécnica, Mecânica, Mecatrônica, Química) entre julho de 2011 e dezembro de 2012. Veja mais aqui.

    4 DE SETEMBRO
    Braskem - As oportunidades estão nos Estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os candidatos devem ter a graduação concluída entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012 e escolher entre as opções Trainee Industrial e Trainee. O primeiro é para os recém-formados em Engenharia, com interesse em carreira técnica. O foco é na formação de engenheiros para as áreas de Processos, Produção, Manutenção, Automação e Saúde, Segurança e Meio Ambiente. Já o segundo, tem oportunidades para os interessados nas demais áreas de negócio da Braskem. Veja mais aqui.


    Foz do Brasil - Empresa de soluções ambientais da Organização Odebrecht busca jovens que tenham concluído, entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012, os seguintes cursos de graduação: Engenharia Ambiental e Sanitarista; Engenharia Química; Engenharia Civil; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica; Geologia; Administração; Economia; Ciências Contábeis; e Química. Veja mais informações aqui.

    5 DE SETEMBRO
    Brasil Foods - São 30 vagas para o escritório de São Paulo, porém, os selecionados podem ser alocados em uma das 51 unidades da BRF, que se distribuem em onze estados brasileiros e em sete escritórios no exterior (Argentina, Reino Unido e Holanda). Veja mais aqui.

    10 DE SETEMBRO
    Ambev - Podem participar recém-formados ou estudantes do último ano dos cursos de Administração de Empresas, Administração Pública, Agronomia, Análise de Sistemas, Ciências Biológicas, Biotecnologia, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Ciências Econômicas, Direito, Direito Internacional, Economia, Engenharia (todas), Estatística, Física, Farmácia, Marketing, Publicidade e Propaganda, Design, Química, Matemática, Processamento de Dados, Relações Internacionais ou Sistemas da Informação. Veja mais.


    Johnson & Johnson - São 34 oportunidades para graduados em cursos superiores das áreas Humanas, Exatas ou Biológicas, com formação entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012. Inglês avançado ou fluente e mobilidade geográfica são outros requisitos. Saiba mais aqui.

    International Paper- Empresa oferece dois programas, o tradicional, que tem um foco mais generalista e proporciona um aprendizado macro das diretorias, e o Programa de Trainee Expert, voltado para profissionais com perfil mais técnico que queiram atuar nas áreas Industrial e de Tecnologia.Para participar é preciso ser graduado entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012. Veja mais aqui.

    Nova Pontocom - Podem participar recém-formados de várias áreas com inglês fluente. Vagas são para a cidade de São Paulo. Veja mais.

    13 DE SETEMBRO
    Danone – Podem participar graduados em todas as áreas com formação entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012 que tenham inglês avançado. Veja mais.

    15 DE SETEMBRO
    Rodobens - Salário oferecido é de R$4 mil, mais até três salários anuais por meio do Programa de Participação nos Resultados. A empresa oferece também vale-transporte, seguro de vida em grupo, ticket refeição (ou alimentação) e seguro saúde. Veja os pré-requisitos aqui.

    16 DE SETEMBRO
    Grupo CCR - Serão selecionados 26 recém-formados para atuar nas unidades de negócio da companhia no Estados de São Paulo (São Paulo, Jundiaí, Tatuí, Barueri e Santa Isabel), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro e Niterói) e Paraná (Ponta Grossa). Veja maisaqui.

    Riachuelo - Para participar é preciso ser graduado entre dezembro de 2008 e dezembro de 2012 ou cursar o último ano de Administração, Economia, Moda, Comunicação, Engenharia ou áreas correlatas. Veja mais aqui.

    VLI – Empresa que presta serviços de logística está com dois programas abertos, o de Trainee Corporativo, para funções administrativas, e o de Trainee de Engenharia, para as operações ferroviárias e portuárias da empresa. Veja mais.

    17 DE SETEMBRO
    Grupo Gafisa - Os candidatos devem ser formados desde 2011 ou estar cursando o último ano dos cursos de Administração de Empresas, Administração com ênfase em Comércio Exterior, Logística, Marketing, Produção, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Engenharias (Civil, Computação, Elétrica, Eletrônica, Industrial, Materiais, Mecânica, Produção, Química e Telecomunicação), Estatística, Gestão da Informação, Informática, Matemática, Matemática Aplicada e Computacional, Processamento de Dados e Relações Internacionais. É preciso ter inglês avançado, bons conhecimentos no pacote Office e disponibilidade para viagens e mudança de estado. Saiba mais.

    18 DE SETEMBRO
    Votorantim - São 50 oportunidades para atuar tanto na parte de operações, em fábricas, fazendas e minas, quanto nas áreas corporativas, como a de finanças, comercial, logística, recursos humanos, comunicação e sustentabilidade. Veja mais aqui.

    20 DE SETEMBRO
    Citibank - Podem se candidatar estudantes de diversos cursos que estejam no último ano da faculdade (conclusão em dezembro de 2012) ou candidatos que tenham se formado até, no máximo, dezembro de 2010. É preciso ter inglês fluente e disponibilidade para trabalhar em São Paulo, onde fica a sede do banco no Brasil. Mais aqui.

    23 DE SETEMBRO
    AES Brasil – São 16 vagas para quem tem conclusão de curso superior entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012 e inglês avançado. Veja mais aqui.

    24 DE SETEMBRO
    Cyrela - Para participar da seleção é preciso se graduar, em 2012, nos cursos de Administração, Arquitetura, Economia ou Engenharia (todas), ter conhecimentos avançados de inglês e disponibilidade para viajar e morar em qualquer lugar do Brasil. Veja mais.

    3M – São 12 vagas nas áreas de Marketing, Manufatura, Pesquisa & Desenvolvimento, Finanças, Recursos Humanos e Supply Chain. Podem se candidatar graduados entre 2010 e 2012, nos cursos de Administração, Economia, Propaganda e Marketing, Psicologia, Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, Química e Engenharias. Mais informarçoes aqui.

    Cielo - São 17 vagas distribuídas nas áreas de Produtos e Negócios, Marketing, Tecnologia, Logística e Operações, Comercial, Gestão de Pessoas, Prevenção a Fraudes, Projetos Estratégicos e Finanças. O salário é de R$ 4,5 mil. Ficou interessado? Veja os pré-requistos aqui.

    Saint Gobain – São 14 vagas para SP e interior. Para se candidatar é preciso ser graduado entre dezembro de 2010 e dezembro de 22012 em Arquitetura, Administração, Ciências Contábeis, Economia, Engenharia Civil, Engenharia de Materiais, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Engenharia de Produção Mecânica, Engenharia Industrial, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Engenharia de Controle e Automação, Marketing, Psicologia ou Química. Saiba mais aqui.

    28 DE SETEMBRO
    BDO Brazil - Auditoria e consultoria está com 30 vagas abertas para os escritórios de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), São José dos Campos (SP) e São Paulo (SP). Veja pré-requistos aqui.

    Philip Morris - Podem se inscrever profissionais formados em cursos superiores, com graduação entre dezembro de 2008 e dezembro de 2012. Os candidatos precisam ter inglês fluente e mobilidade para trabalhar em diferentes locais. Veja mais aqui.

    30 DE SETEMBRO
    GPS - Empresa busca estudantes das áreas de Administração de Empresas, Economia e Engenharia. Veja mais aqui.

    Lafarge – Empresa de materiais de construção tem 14 vagas Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba. Veja mais aqui.

    Redecard - Para se candidatar é necessário ter concluído a graduação em Engenharia, Administração de Empresas, Economia, Marketing, Comunicação Social, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas, entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012, ter inglês avançado e até 27 anos completos em janeiro de 2013. Veja mais.

    FONTE: CLICK CARREIRA - MSN

FII: Fundo de Investimento Imobiliário








Você pode pensar que só conseguiria isso se fosse muito rico e ainda por cima sonegasse impostos, mas está enganado. É exatamente essa a proposta dos FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário), que apresentarei neste artigo.

O que é?

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) é um veículo de investimento em imóveis com o objetivo de conseguir retorno pela exploração de locação, arrendamento, venda do imóvel e demais atividades do setor imobiliário.
Do patrimônio de um fundo, podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos, entre outras opções. Na maior parte dos FII’s o investimento se resume a comprar um imóvel para receber a renda do aluguel e se aproveitar da valorização.

 

Por que investir?

Existem várias vantagens tanto do ponto de vista da comodidade quanto fiscais. As principais são:
  • Substituir o investimento complicado em imóveis de aluguel, sem se preocupar com inquilino;
  • Receber aluguéis sem pagar Imposto de Renda e com a comodidade de investimento da Bolsa de Valores;
  • Diversificação da carteira, com investimento com boa equação de risco e retorno.

 

Investimento Imobiliário

O investimento em FII que aplica em imóveis, na prática, é bastante similar à compra de um imóvel pelo investidor, com vantagens substanciais, como pode ser visto na tabela a seguir:
Compra de ImóvelInvestimento em FII
Simplicidade
Investidor precisa se preocupar, entre outras coisas, com escrituras, certidões, ITBI, locação, vacância, reforma, cobrança
Por meio do Home Broker o investidor negocia as suas quotas sem se preocupar com burocracia e dia-a-dia do investimento
Liquidez
A venda depende de diversas variáveis e complicações que tornam a venda rápida de um imóvel uma tarefa difícil
As quotas são negociadas em bolsa, mitigando o risco de não se conseguir vender o ativo, além de ser livre das complicações burocráticas
Custos
A média cobrada pelo corretor de imóveis para realizar a venda é de 6%
O investidor paga apenas 0,5% de corretagem (pode variar, dependendo da corretora escolhida) para transacionar suas quotas no mercado
Fracionamento
A compra de um imóvel diretamente implica dificuldades de se dividir o aporte com outros investidores, bem como, realizar venda parcial de imóveis
O investimento em FII pode ser fracionado em quotas e o investidor pode comprar/vender mais ou menos de um imóvel, tornando o investimento acessível a mais investidores
Vantagem Fiscal
Os aluguéis provenientes dos imóveis de propriedade direta são tributados pelo IRPF
Não há incidência de IR sobre o rendimento distribuído pelo fundo, o que aumenta o retorno
Risco
A propriedade de um imóvel faz com que o seu proprietário fique exposto ao risco de vacância e inadimplência
O FII investe em grandes empreendimentos, com diversificação de inquilinos, não dependendo da qualidade financeira e presença de um só inquilino
Gestão
O proprietário de um imóvel de aluguel, em geral, não tem tempo para observar o dia-a-dia do imóvel e encontrar maneiras de melhorar os seus ganhos
O fundo possui escala de recursos suficiente para contratar profissionais especializados no setor que irão otimizar a rentabilidade
Imóveis
O investidor fica restrito aos ativos que consegue encontrar e à qualidade de imóvel correspondente ao montante de que tem disponível
O FII pelo seu volume tem acesso a grandes empreendimentos de primeira linha, que, sozinho, o investidor não conseguiria acessar

 

Distribuição dos resultados

Os FIIs ao final do período determinado em seu regulamento (em geral, ao final do mês) apuram o resultado que deve ser distribuído aos quotistas. Por determinação legal, os FIIs devem distribuir pelo menos 95% de todo lucro que auferir no mês.
Assim ao final de cada período o investidor recebe o rendimento como se fosse o aluguel. A valorização do imóvel corresponde à valorização da quota, ou seja, ao ganho de capital observado por meio da cotação que evolui no mercado.

Quais os FII’s disponíveis no mercado?

 

Como investir?

A forma de investimento é similar ao investimento em ações, através do home broker, com a vantagem de ter um risco bem menor. Para isso, basta se cadastrar em qualquer corretora (confirme antes com o assessor de investimento essa possibilidade) e realizar as primeiras operações.

Rentabilidade

Os FII’s renderam entre 8,5% a 10% nos últimos 12 meses, apenas com os alugueis. Lembre-se que eles são isentos de imposto de renda e ainda tem característica. Se levar em consideração os valores pagos mensalmente mais a valorização do fundo (valor da cota), o rendimento médio sobe para entre 20% e 30% no mesmo período, com alguns, como o ABC Plaza Shopping, superando os 60% (dados referentes à abril/2010).
É importante ressaltar que apenas o rendimento mensal é isento do imposto de renda. O lucro obtido pela diferença entre o preço de compra e o preço de venda é tributado como uma operação no mercado de ações, ou seja, 20% de imposto de renda sobre esse lucro.
Ficou alguma dúvida? Já investem nesses fundos? Preferem o investimento em imóveis? Deixe um comentário e participe dessa discussão!

Publicado em 05.10.2010 por Rafael Seabra em Imóveis, Renda Fixa

fonte: Quero ficar rico - educação financeira

domingo, 26 de agosto de 2012

Seis negócios para montar em casa (aprte 4 de 4)

Seis negócios para você montar em casa


 

Para evitar despesas na largada, você pode trabalhar na sala, no quarto ou na garagem

Por Wagner Roque

  
Promotor de eventos Da produção dos convites à contratação dos manobristas do estacionamento, dos garçons ao bufê. E mais: atrações musicais, brindes, cenografia, performances teatrais e tudo o que o cliente desejar.

Uma agência de organização de eventos eficiente deve estar sempre preparada para oferecer toda a estrutura que a atividade exige. E, para começar, você não precisa mais do que um telefone, um computador e uma boa rede de fornecedores. Você pode atender pessoas físicas ou organizar eventos corporativos, que são, em geral, mais lucrativos. A concorrência em ambos os casos é grande. Mas, como em todas as atividades, sempre há espaço para quem faz o serviço com eficiência. A Lumac Criação e Desenvolvimento, dos sócios Maurício Moraes e Lucas Aguiar, por exemplo, que nasceu em 2002, em São Paulo, tem o objetivo ambicioso de oferecer o máximo de serviços para eventos, sem custos elevados para os clientes.

SAIBA MAIS
Com pouca experiência no ramo e quase nenhum dinheiro para investir, a dupla começou apenas com o que tinha no momento: computadores, fax, carros próprios e um espaço livre no apartamento de Aguiar, que acabou se transformando em escritório. Os primeiros clientes chegaram por meio do site que eles criaram na internet. Outros foram indicados por amigos, parentes e ex-colegas de trabalho. Uma pequena parcela retornou o contato que a dupla tinha realizado para divulgar o negócio antes de abri-lo. Um alerta importante para não colocar o caixa em risco: os profissionais terceirizados devem ser sempre contratados de acordo com a demanda de trabalho.

Mas você precisa ficar atento à qualidade da mão-de-obra e à agilidade de execução dos serviços. Um evento que começa atrasado com certeza pode colocar todo o trabalho a perder.

Entretenimento de bolso
Há dez anos, os telefones celulares serviam somente para fazer e receber ligações e eram bem maiores e mais pesados do que hoje. Felizmente, a tecnologia evoluiu e agora basta um aparelho minúsculo para receber e enviar mensagens de texto, tirar fotos, ouvir música, brincar com jogos eletrônicos e navegar na internet em alta velocidade. Na esteira da revolução tecnológica que acontece no mundo dos celulares, surgiu uma nova atividade, que promete bons lucros para quem está no ramo: o desenvolvimento de jogos eletrônicos, com gráficos, imagens e som de alta qualidade.

Uma das pioneiras no ramo no país é a Devworks, de São Paulo, que iniciou as atividades em 1999. A Devworks fornece os programas para grandes companhias de telefonia, que incluem dezenas de jogos, e divide a receita com elas. Quem começar agora no ramo dificilmente vai vender os produtos diretamente para as grandes operadoras.

É mais provável, segundo André Penha — da Délirus, de Campinas, interior de São Paulo, que também desenvolve jogos para celular —, que você venda os produtos para as chamadas publicadoras, que selecionam, divulgam e colocam os jogos no mercado. Penha diz que, para atuar no ramo, é preciso contar com profissionais de arte e de computação gráfica, utilizar softwares específicos e investir no maior número possível de aparelhos para testar os jogos, mas ele afirma que dá para fazer tudo de casa porque a equipe não precisa ser grande.
 
fonte: PEGN

Seis negócios para montar em casa (parte 3 de 4)

Seis negócios para você montar em casa


Para evitar despesas na largada, você pode trabalhar na sala, no quarto ou na garagem
Por Wagner Roque

  
Organizador de viagens Você pode montar sua própria agência de viagens, cujo papel basicamente é vender passagens avulsas para pessoas físicas ou jurídicas e revender pacotes turísticos de operadoras de turismo. O negócio não requer grandes investimentos. Basta uma sala com mesa, computador e telefone. Não é obrigatório ter curso superior em turismo, mas um dos responsáveis pela empresa deve ter, no mínimo, três anos de experiência em atividades ligadas ao setor, de acordo com o Sebrae, a entidade de apoio ao micro e pequeno empresário.

A concorrência no ramo é grande. É preciso seriedade e dedicação para alcançar o sucesso. A empresária Vera Galindo, por exemplo, dona da Multi Turismo, de São Paulo, diz que, desde a abertura da empresa, em 2001, adotou o hábito de fazer extensas entrevistas com os futuros passageiros para descobrir as suas expectativas e preferências. Com um dossiê nas mãos, ela é capaz de traçar roteiros sob medida para qualquer tipo de público.

Vera optou por criar o seu home-office no apartamento em que mora, já que o prédio permite. O número de funcionários depende da estrutura da agência.

SAIBA MAIS
No começo, você pode contar com apenas um nas funções de emissor de passagens e atendente. Mas você precisa se dedicar integralmente à empresa. Nada de deixar tudo nas mãos do funcionário, por julgar que se trata de um negócio simples. Com formação superior em turismo, Vera tem como braço direito a gerente

Vera Padula, que também tem curso universitário na área, com a qual divide o atendimento ao cliente. "Em geral, fico com os serviços administrativos e as viagens aéreas; e a minha gerente, com os pacotes", diz ela.

Se você quiser entrar no ramo, terá que registrar obrigatoriamente o negócio na Embratur, o órgão do governo federal que regulamenta o setor. A filiação à Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) é opcional. A vantagem para quem se associa à entidade é poder frequentar os cursos que ela promove, geralmente ministrados pelo Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc), pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e pelo Sindicato das Empresas de Turismo (Sinditur). Para o segundo semestre de 2006, estão programados cursos de iniciação em turismo para novos empresários, venda de produtos e serviços, marketing, qualidade no atendimento, legislação, gestão e finanças. As aulas são dirigidas tanto aos empresários como a seus funcionários.

O setor também oferece oportunidades para agências especializadas em viagens ecológicas, de negócios e para os praticantes de esportes de aventura. Todos esses nichos registram demanda crescente nos últimos anos. Mas a especialização exige cuidados redobrados na formação dos funcionários, na escolha dos roteiros e constante atualização sobre as novidades do mercado.
 
FONTE: PEGN

Seis negócios para montar em casa (parte 2 de 4)

Seis negócios para você montar em casa


Para evitar despesas na largada, você pode trabalhar na sala, no quarto ou na garagem
 
Por Wagner Roque
  
Designer virtual
A expansão da internet como ferramenta de trabalho nos mais diversos ramos de atividade acabou por abrir boas oportunidades para os webdesigners, aqueles profissionais que criam páginas personalizadas na rede.

É um negócio promissor para quem gosta de informática e quer trabalhar em casa, já que a atividade exige apenas um bom computador conectado à internet, de preferência por banda larga. É claro, porém, que quem pretende atuar no ramo deve ter noções de programação de computador e também uma "veia artística". A criatividade é fundamental para se dar bem na área.

Muitos profissionais que já estão no mercado aprenderam o trabalho na prática, prestando serviços para a clientela, como o designer Fernando Villela, de São Paulo. Mas é possível também frequentar cursos sobre o assunto e depois estagiar com pessoas experientes no ramo. Em geral, o webdesigner atende profissionais liberais e empresas de pequeno e médio portes de diferentes setores.

SAIBA MAIS
Como as empresas encaram a internet, cada vez mais, como uma ferramenta fundamental para o crescimento de seus negócios, elas querem, hoje, ter um portal bem produzido, que funcione como um mecanismo eficaz para interagir com a clientela.

O preço da produção de um site no formato mais simples, com identificação do negócio, exibição dos produtos, serviços e canal para contato, varia. Quanto mais incrementado for o trabalho, obviamente, mais alto será o preço do serviço. O custo e o tempo de produção dependem do nível de complexidade dos itens que serão incluídos no site, como fotos, ilustrações e animação.

Festeiro profissional
Uma festa cuja proposta é fazer os convidados ferverem na pista de dança requer som e iluminação potentes. Como nem sempre os anfitriões dispõem dos equipamentos, a locação é a alternativa mais conveniente. Para você, que entende ou gosta de eletrônica, eis aí uma boa opção de negócio para começar em casa. Recomendamos que você compre primeiro equipamentos para espaços menores, como salões de festa de edifícios.
As festas de amigos e parentes são bons pretextos para testá-los e também para divulgar o negócio. A partir daí, você pode começar a cobrar pelo aluguel, como fez Maurício Szics, de Campinas, interior de São Paulo. Ele começou emprestando seus aparelhos e caixas de som. Depois, a partir de 2002, criou a própria empresa, batizada de Som Szics, em sociedade com o sobrinho, Douglas Szics. Passou a alugar até telão e chega a distribuir brindes aos convidados da festa. Você pode se encarregar do transporte dos equipamentos ou terceirizá-lo, mas precisa ter cuidado para não danificar a aparelhagem. Afinal, a reposição de lâmpadas e os pequenos consertos depois de uma festa estão entre os principais custos de uma empresa do ramo.
 
FONTE: PEGN

Seis negócios para você montar em casa (PARTE 1 DE 4)

Para evitar despesas na largada, você pode trabalhar na sala, no quarto ou na garagem


Por Wagner Roque
  
Foto: Shutterstock
Muita gente que decide montar o próprio negócio prefere fazê-lo em casa, ao menos no começo, para diminuir os riscos da empreitada. Entre outras vantagens, trabalhar por conta própria em casa permite um certo conforto e economia de tempo e de dinheiro. Mas atenção: você precisará ter muita disciplina para que isso não comprometa a sua produtividade. É fundamental delimitar o espaço físico entre a casa e o trabalho e tomar cuidado para que não haja interferência da família no dia-a-dia do negócio. Procure respeitar os horários. Nada de parar no meio do expediente para um cochilo ou para asssitir à TV. Você também não deve estar 24 horas por dia à disposição dos clientes. Lembre-se de que suas horas de descanso e de dedicação à família também devem ser sagradas tanto quanto possível.

Até pouco tempo atrás, trabalhar em casa era algo restrito a atividades como costura, produção de comida congelada e artesanato. Com o tempo, a lista foi crescendo e hoje inclui também atividades descoladas, como promoção de eventos, aluguel de som e luz para festas, agência de turismo, escritório de design para sites, criação de jogos para celulares e produção de incensos, velas e aromas. Se você se interessou por alguma dessas atividades, confira a seguir algumas dicas de empresários que atuam nesses ramos para você se dar bem.

Perfumes terapêuticos
A aromaterapia pode ser uma oportunidade para novos negócios dentro do setor de bem-estar. O mercado ligado ao bem-estar segue em alta no país. Um número cada vez maior de pessoas busca alternativas para equilibrar o corpo e a mente e para reduzir o estresse do dia-a-dia. Muitas atividades exigem investimentos relativamente altos, como a montagem de um spa urbano ou de uma clínica de terapias orientais. Mas se você tem afinidades com o ramo e não dispõe de muito capital, pode iniciar um negócio de produção de incensos, velas, sabonetes, sachês e outros aromatizantes, em sua própria casa, sem fazer grandes investimentos.

SAIBA MAIS
O empresário João Pedro Hessel Filho, de São Paulo, que atua no ramo, diz que o ideal é você começar fazendo um ou outro item apenas e ir aumentando a gama de produtos à medida que for se firmando no mercado. Além de vender os produtos diretamente para o consumidor final e para as lojas, você pode formar parcerias com outras empresas do ramo, como as clínicas de terapias orientais.

Há espaço também para quem quer oferecer serviços de aromatização de ambientes para empresas, como faz a aromaterapeuta e psicóloga Sâmia Maluf, da By Sâmia, de São Paulo. O trabalho consiste em estudar e mapear os problemas existentes no ambiente antes de definir que tipo de aroma será utilizado. Um consultório dentário, por exemplo, pode optar por óleos cujos aromas tranquilizem os pacientes. Para uma loja de doces, um cheirinho que estimule o apetite nos clientes pode ser uma boa ideia. Há também substâncias que instigam o aumento da produtividade. Mas é preciso se precaver com possíveis casos de pessoas alérgicas.

É importante também tomar alguns cuidados com a segurança. Como a parafina e a glicerina, duas matérias-primas muito utilizadas na área, são inflamáveis, procure instalar o negócio num cômodo livre, bem ventilado e que não seja frequentado por crianças, nem por animais de estimação. Mesmo assim, convém manter um extintor de incêndio sempre por perto. É fundamental também conhecer bem as diferentes substâncias utilizadas na produção e seus efeitos. Algumas podem causar alergia em pessoas que têm problemas respiratórios.

FONTE: PEGN

TENDÊNCIAS DE MERCADO A EXPLORAR (PARTE 2 DE 2)

50 tendências para explorar


 

Confira as pesquisas que antecipam os movimentos dos consumidores e fature alto com as novas demandas

Por Bruna Martins Fontes



MOBILIDADE
27 TELINHA QUENTE Já chega a 19 milhões o número de brasileiros com smartphones, segundo estudo realizado pela agência W/McCann e pelo grupo Ponto Mobi. De acordo com a pesquisa, 83% desses usuários acessam a internet pelo aparelho. Apesar da boa penetração, só 16% deles fizeram compras pelo celular — nos EUA, o número chega a 29%, segundo o Google. Mais uma prova de que não adianta investir só no site da empresa: é hora de transformar a telinha em plataforma para compra on-line e vitrine para aplicativos. Vale a pena também ficar de olho no conteúdo para tablets — 450 mil foram vendidos no Brasil em 2011, segundo o IDC.

28 GEOLOCALIZAÇÃO O crescente uso de smartphones no Brasil abre outro mercado promissor: o da geolocalização. Com esse recurso, é possível saber quais são as empresas e as ofertas disponíveis perto de onde o consumidor está, o que favorece a compra por impulso. Segundo pesquisa da Think Insights/Google, uma em cada três buscas feitas no celular está relacionada à localização; 59% dos usuários visitam lojas locais após fazer busca na web móvel e 30% das buscas por restaurantes são feitas pelo mobile. Para a Copa, vale fazer seu anúncio em outros idiomas para entrar no radar dos turistas.

29 LOJA CONECTADA No Brasil, já é comum ter acesso à internet por Wi-Fi em cafeterias e restaurantes. Mas esse tipo de conexão ainda não chegou às lojas. O comércio deve se preparar, pois nos EUA e na Europa os consumidores estão adorando a mania de usar o smartphone durante as compras, para fazer consultas na hora e saber mais sobre seus objetos de desejo. Usando ferramentas como aplicativos, realidade aumentada e códigos QR, eles conseguem ter acesso a informações mais aprofundadas sobre o produto, como histórias de quem já o utilizou, comparações de preço e avaliações de especialistas.

NOVAS DEMOGRAFIAS
30 TERCEIRA IDADE Engana-se quem pensa que os mais velhos se preocupam apenas com a saúde. Esse grupo adora comprar presentes para filhos e netos — e não mede gastos. Mas, para ganhar esses clientes, é preciso oferecer um serviço diferenciado. No Japão, a loja de departamentos Keio facilita a experiência de compra com prateleiras mais baixas, letras maiores e cadeiras para descanso. Já na Finlândia, os idosos aprovaram o caixa do supermercado K Citymarket. Além de bater um papo com o funcionário e ganhar ajuda para empacotar as compras, eles esperam, literalmente, sentados, já que existem poltronas à disposição.

31 SEM SAIR DE CASA Fazer da sua residência um ambiente seguro e confortável para se proteger do mundo — e não ter mais que sair de lá — é uma tendência de comportamento que se fortalece a cada ano no Brasil e em muitos países. Com isso, aumenta a demanda por sistemas de automação e mobiliário que deixem o lar mais prático e aconchegante, seja no ambiente de home office ou na cozinha gourmet. Esse enclausuramento também abre um bom mercado para serviços de conveniência, especialmente os de entrega de produtos de alto valor agregado, como alimentos orgânicos, vinhos finos e cervejas artesanais.

32 FOCO NA CLASSE C A classe que reúne famílias com renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854 já representa mais de metade da população brasileira (55%). Foi o único estrato que cresceu no ano passado: ganhou 3,6 milhões de integrantes entre maio de 2010 e o mesmo mês de 2011, segundo estudo da FGV com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses consumidores priorizam qualidade e não preço, pesquisam na internet antes de comprar e concentram sua atenção na educação — para 66% deles, essa é a prioridade do orçamento, segundo o instituto de pesquisas Data Popular.

33 BELEZA ACESSÍVEL As brasileiras querem ficar bonitas, especialmente as que estão chegando agora ao mercado de trabalho. Entre as mulheres da classe C, 69% investem na aparência para crescer na carreira, segundo dados do Data Popular. De 2003 a 2010, a venda de esmaltes para essa fatia do mercado passou de 40% para 53% do total. Salões de beleza também estão faturando, mas com famílias da classe B (renda de R$ 4.854 a R$ 6.329), as que mais gastam com esse serviço — R$ 281 milhões mensais, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).

34 PORÇÃO PARA UM O número de pessoas que moram sozinhas subiu de 8,6% da população do país, em 2000, para 12,1%, em 2009, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, Porto Alegre é a capital dos solitários, que representam 21,6% da população. Vale a pena investir nsse público de solteiros, idosos e divorciados, que procura serviços domésticos especializados, como os de reparo e limpeza, e produtos feitos para consumo unitário, especialmente os alimentícios.

35 EDUCAÇÃO ON-LINE Aulas complementares e cursos técnicos e profissionalizantes são os dois segmentos mais promissores do ensino a distância. Esse é outro segmento que tende a crescer ancorado na base da pirâmide de renda — 19% dos jovens das classes C, D e E que usam lan houses fazem cursos on-line para se qualificar, aponta a consultoria Plano CDE. “O uso de vídeos deve decolar”, diz William Halal, fundador da consultoria de tendências Tech Cast. “A ideia é deixar a educação mais eficiente e mais barata.”

36 CIDADES MÉDIAS As cidades de médio porte, que têm entre 100 mil e 500 mil habitantes, já concentram 25% da população brasileira. São as que mais crescem, de acordo com dados do IBGE. O aquecimento econômico dessas regiões aumenta o poder de compra de um público que anseia por produtos e serviços mais sofisticados. “É uma boa oportunidade para comércio eletrônico em segmentos como o de bebês, vinhos, pet e moda”, diz Anibal Messa, investidor em startups ligadas a tecnologia e internet, como o BuscaPé.

NICHOS EM ALTA
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37 MICROARTESANATO Quem faz ou vende acessórios deve ficar atento a uma nova tendência do artesanato: joias, presentes e acessórios com miniaturas divertidas, com aparência de que foram feitas em casa. O público-alvo aqui são os adultos, mas quem quiser cativar também os adolescentes pode extrapolar a tendência para pingentes de corrente e de celular, broches e chaveiros com motivos como frutas, docinhos, flores e animais fofinhos.

38 ESTÁDIO ACESSÍVEL A legislação brasileira prevê que 2% dos assentos de um estádio sejam destinados a quem usa cadeira de rodas; outros 2% devem atender a deficientes visuais, pessoas obesas e com pouca mobilidade. A Fifa usa como referência um guia que recomenda separar ao menos 266 cadeiras para essa parcela do público. Mesmo com os lugares reservados, esses consumidores não têm todas as suas necessidades atendidas: faltam por todo o país serviços em áreas como transporte, alimentação e segurança.

39 MODA PARA POUCOS
No universo da moda, uma boa tática para escapar da concorrência com megalojas de departamentos é apostar em roupas para nichos muito pouco explorados no Brasil — pessoas que estão acima do peso, que usam sapatos com numeração diferente da convencional, ou ainda o público da terceira idade. Quem decidiu explorar um segmento bem restrito foram os americanos da Downs Designs, pioneiros em fabricar roupas sob medida para quem tem Síndrome de Down, levando em conta sua estrutura óssea e o formato de seu corpo.

40 EXCLUSIVIDADE Para o público classe A, a nova faceta do luxo é consumir em menor quantidade, mas com maior exigência de exclusividade. O excesso de sacolas sai de cena para dar lugar a peças únicas, artesanais e de altíssimo valor agregado. “O cliente tem consciência de que o item é caro devido ao longo tempo de produção, e isso vale tanto para um vinho envelhecido como para uma bolsa incrível, com materiais únicos”, afirma Andrea Bisker, fundadora da consultoria de tendências Mindset e diretora da WGSN na América Latina.

41 CUSTOMIZAÇÃO O consumidor não quer ser tratado como mais um na multidão. Por isso, está trocando as marcas genéricas por produtos e alimentos customizados, mais adequados ao seu estilo de vida. A indústria já desenvolve tecnologias que permitem fazer essa personalização com baixo custo. Em 2010, a Nike aumentou seu faturamento em 25% após colocar em seu site um aplicativo que permite aos consumidores montar seu próprio tênis. A customização em massa deve ser responsável por 30% das vendas no varejo em 2017, prevê a consultoria Tech Cast.

42 DEGUSTAÇÃO DE CERVEJA O brasileiro está tomando gosto por experimentar cervejas diferentes — o que inclui tanto as artesanais quanto as importadas. O câmbio favorável à importação contribuiu para aquecer esse mercado: nos últimos três anos, a venda de cervejas premium cresceu mais do que a das tradicionais. Sua participação de mercado, atualmente na casa dos 5%, pode alcançar 20% até 2020. Bares, lojas e serviços especializados podem aproveitar essa mudança no nicho da bebida, que movimenta R$ 300 milhões anuais no país.

43 NECESSIDADES ESPECIAIS
Cerca de 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência física ou intelectual. São 45,6 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atendê-las é uma das prioridades do governo federal: até 2014, R$ 7,6 bilhões devem ser investidos no programa Viver Sem Limite, que inclui projetos relacionados a educação, saúde e acessibilidade. O governo vai ainda abastecer a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com R$ 150 milhões para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas. Mais uma razão para prestar atenção nesse mercado.

NEGÓCIOS GLOBAIS
Editora Globo
44 SERVIÇO POLIGLOTA Como a tendência é que os cenários econômicos dos Estados Unidos e Europa permaneçam complicados em 2012, muitos estrangeiros já começam a procurar emprego no Brasil. E estão conseguindo — o número de autorizações do Ministério do Trabalho e Emprego para que eles possam atuar aqui cresceu 19,4% no primeiro semestre de 2011, em relação ao mesmo período de 2010. Quem quiser cativar esse público deve pensar em outras línguas. Assim, também poderá tirar proveito do fluxo de turistas que visitarão as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.

45 PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS Conforme aumenta o número de estrangeiros que vêm trabalhar em empresas brasileiras ou em multinacionais com filiais no país, ensinar português a eles está se revelando uma atividade promissora. Um indício importante do interesse por aprender e dominar nosso idioma é que o número de candidatos inscritos para fazer o Celpe-Bras (exame de proficiência em português reconhecido pelo Ministério da Educação e bastante valorizado pelas empresas) quintuplicou em uma década: saltou de 1.155 em 2001 para 6.139 no ano passado.

46 LOCAL E UNIVERSAL A crescente globalização do consumo não implica em oferecer os mesmos produtos e serviços para todo mundo. Muito pelo contrário: são cada vez mais valorizados os itens de origem, que mostram suas raízes e, ao mesmo tempo, são capazes de transcender suas fronteiras, aponta a consultoria Future Concept Lab. Por conta dessa tendência, o novo lema do varejo é “pense no local, aja no global”, uma paráfrase do antigo mantra “pense de forma global e atue no local”, que se popularizou no início do processo de globalização. Para a nova receita dar certo é preciso contar com sensibilidade para captar o espírito de uma região, saber utilizar a internet como aliada para ampliar o alcance da publicidade e ter estrutura para atuar em escala global. A empresa precisa estar preparada para atender públicos novos, com necessidades e exigências distintas.

QUALIDADE DE VIDA
Editora Globo
47 SAÚDE NO CELULAR A preocupação crescente com a saúde tem ampliado o mercado para aplicativos e aparelhos que permitam monitorar desde as características de uma pinta no rosto até a evolução de uma dieta. O mercado ligado a esse tipo de ferramenta deve movimentar US$ 4 bilhões no mundo até 2014, segundo a consultoria Technavio. Uma startup que se deu muito bem em 2011 foi a americana HealthTap, que recebeu aporte de US$ 11,5 milhões para turbinar sua operação: qualquer usuário pode fazer perguntas a uma rede de 6 mil médicos, usando um computador ou celular.

48 MOMENTO ZEN A crescente correria diária em grandes centros urbanos faz com que as pessoas valorizem cada vez mais os momentos de pausa e reflexão. Algumas aprendem a praticar meditação, outras fazem retiros em lugares onde não é permitido falar, e há quem decida comparecer a cursos ou palestras para desenvolver a sua espiritualidade. São muitas as possibilidades de negócios para atender esse público: lojas, editoras, livrarias, espaços para meditação e palestras, produtoras de vídeos etc.

49 NUTRIMÉTICOS A palavra é o resultado da mistura entre nutrição e cosméticos. Nessa tendência de mercado, vitaminas, colágeno e outros ingredientes relacionados à indústria da beleza ganham corpo em bebidas, suplementos nutricionais, petiscos e balas. O termo já se popularizou na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Por aqui, uma das pioneiras no ramo é a empresária Cristiana Arcangeli, que lançou a marca beauty’in, com barras de cereais, balas e bebidas que misturam ativos de frutas orgânicas com proteínas e minerais.

50 FUNCIONAIS E ENERGÉTICAS O consumo desses dois tipos de bebida está começando a decolar no Brasil. Tanto que grandes fabricantes de energéticos estão fugindo dos já saturados mercados nos Estados Unidos, na Austrália e na Europa ocidental para apostar na expansão na América Latina — essa região registrou um crescimento de 22% do segmento em 2010. Outro ramo relacionado à qualidade de vida, o de bebidas funcionais, que trazem benefício à saúde, segue aquecido: faturou US$ 24 bilhões no mundo em 2010 e tem crescido acima da média do mercado de alimentação.

FONTE: PEGN

TENDÊNCIAS DE MERCADO A EXPLORAR (PARTE 1 DE 2)

50 tendências para explorar


 

Confira as pesquisas que antecipam os movimentos dos consumidores e fature alto com as novas demandas

Por Bruna Martins Fontes
AMBIENTE Editora Globo
1 B2B SUSTENTÁVEL As grandes companhias estão começando a reduzir o impacto de seus processos produtivos no ambiente — e esta é uma oportunidade para pequenas e médias desenvolverem tecnologias e serviços para ajudá-las nessa tarefa, aponta o Sebrae-SP. É um mercado que deve movimentar US$ 10 trilhões no mundo em 2020, de acordo com a consultoria americana Tech Cast. Algumas possibilidades de atuação estão no planejamento de ações para neutralizar a emissão de gases de efeito nocivo, a oferta de fontes alternativas de energia e o desenvolvimento de materiais menos poluentes.

2 LOGÍSTICA REVERSA Alguns setores da indústria (pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos) terão de se responsabilizar pelo descarte final de seus produtos. A partir de 2014, os fabricantes vão gerenciar a retirada dos itens que o consumidor descartar e dar a esses produtos o destino correto, em parceria com governos e com o varejo. É aí que entram transportadoras e empresas de reciclagem e de destruição certificada. Segundo o Conselho de Logística Reversa do Brasil, o setor movimenta R$ 18 bilhões anuais e deve crescer até 2015, data limite para os fabricantes se enquadrarem.
COLABORAÇÃO
3 CLIENTE FALANTE As redes sociais deram ao consumidor um potente canal de comunicação com as empresas — geralmente usado para reclamar. Muitas já reforçaram seu SAC 2.0 no Facebook e no Twitter, mas é possível fazer mais: em vez de esperar o cliente falar, convidá-lo a testar um produto antes do lançamento. Essa é a premissa do sampling: apresentar o produto ao público-alvo, para colher opiniões. A agência Tryoop!, de Campinas (SP), já ouviu 15 mil usuários para avaliar produtos de 15 clientes. “Eles fazem críticas que ajudam a melhorar os produtos. A maioria dos comentários é positiva”, diz a sócia Milena Escabeche.

4 SOCIAL COMMERCE Transformar as redes sociais na versão digital da divulgação boca a boca é a principal tendência do comércio eletrônico em 2012, já vislumbrada em 2011. As empresas começam a abrir lojas no Facebook para que seus seguidores compartilhem com os conhecidos o que está na vitrine. Mas, para estimular as vendas por meio da recomendação social, é preciso engajar o público. O Magazine Luiza, por exemplo, permite que alguns seguidores no Facebook e no Orkut montem uma vitrine com os seus produtos e façam sugestões de compras a seus amigos, em troca de uma comissão de até 4,5% do valor vendido.

COMPORTAMENTO
Editora Globo
5 FESTA PARA CASAMENTO GAY A união formal de pessoas do mesmo sexo ganhou impulso no Brasil no ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal autorizou o primeiro matrimônio gay do país. Os casais começam a planejar festas, mas faltam organizadores especializados. Em Nova York (EUA), empresas envolvidas na produção de casamentos gays vão faturar US$ 100 milhões ao ano, aponta um relatório produzido por senadores. Banqueteiros, floristas, joalheiros, fabricantes de lembrancinhas e organizadores já comemoram o aumento das vendas, diz reportagem da revista americana Business Week.

6 BELEZA MASCULINA O Brasil já é o segundo maior mercado de cosméticos para homens — só perde para os EUA. Em 2011, esse segmento especializado faturou US$ 3,73 bilhões no Brasil, um crescimento de 14% sobre 2010, aponta estudo da consultoria Euromonitor. Apostando no interesse deles pela estética, a fabricante de cosméticos Fiorucci investiu R$ 2 milhões em 2011 para desenvolver novos produtos, como xampus com silicone e com ingredientes fortalecedores. A paranaense Feito Brasil lançou no ano passado a linha Homem Urbano, que tem desde hidratante até sabonete “com pegada refrescante”.

7 MATURIDADE SEM IDADE Há quem diga que os 60 são os novos 40. A geração dos baby boomers, nascida entre 1946 e 1964, passa longe do sofá: com boa saúde e dinheiro guardado, eles querem mais é consumir, viajar e se divertir. Mas faltam serviços e produtos para atender bem esse consumidor, sem tratá-lo como avô. Alguns segmentos pouco explorados são turismo, alimentos para manter a boa saúde e roupas. “Há poucas marcas com boas coleções para quem tem mais de 60 anos. É um mercado promissor, inclusive na nova classe C”, diz Andrea Bisker, diretora da consultoria WGSN na América Latina.

8 BAIXINHOS CONSUMISTAS Homens e mulheres que trabalham e passam pouco tempo com os filhos procuram cada vez mais agradá-los com experiências enriquecedoras em centros de lazer, cursos e bons livros e brinquedos. Outros fazem um reembolso afetivo por meio do consumo, diz Sabina Deweik, diretora da consultoria Future Concept Lab no Brasil. Na prática, os pequenos ditam as compras dos pais. “Essa é a ponte para a criança crescer de forma mais rápida. Antes da adolescência, elas já estão ansiosas para entrar no universo adulto e das celebridades, e isso define seu padrão de escolhas.”

9 ESPÍRITO RETRÔ Em busca de um tempo em que não tinham preocupações, adultos buscam conforto em produtos queridos da infância. É a deixa para a volta ao passado e à valorização de seus ícones — até os jovens curtem a nostalgia de um período que não vivenciaram, apontam as consultorias WGSN e Brain Reserve. No mundo da moda, o vintage está em alta. Neste ano, as referências aos anos 1960 e 1970 vão aparecer no estilo, nas cores e nas propagandas de roupas e de acessórios. Até as curvas, como as das pin-ups, serão valorizadas.

10 CAPRICHO ANIMAL Por devoção ou diversão, donos de cães e gatos investem cada vez mais em mimos para eles. Tanto que roupas, acessórios e produtos de beleza para esses pets já respondem por 75% do valor de vendas de produtos para animais no Brasil, de acordo com a consultoria Euromonitor. As projeções para o setor são de um crescimento médio de 8% ao ano até 2016. E é um bom nicho para pequenas e médias empresas, aponta o Sebrae, já que as multinacionais do setor estão concentradas em cuidados com a saúde.

11 PET SITTER Nada de jaulinhas no pet shop ou hotéis veterinários. Quando viajam, os donos de cães e gatos querem que os bichinhos se sintam em casa — e fiquem por lá mesmo, com todos os cuidados necessários. Assim, cresce o interesse pelo serviço de pet sitter, um profissional que visita os animais todos os dias para dar comida, limpar os sanitários e brincar com eles. E, claro, mandar notícias para os donos, que estão longe. Nos EUA, já existe até um aplicativo de geolocalização, o Stayhound, para encontrar um pet sitter que esteja por perto e checar as opiniões de quem já utilizou os seus serviços.

12 CONSUMO INDULGENTE Para aliviar as pressões do dia a dia, as pessoas tentam se recompensar de alguma forma. A mais comum é se presentear com um pequeno mimo, não muito caro — como uma xícara de café especial ou um chocolate importado. Mas há quem radicalize e decida se libertar da tensão se deliciando com prazeres como jantar uma bela picanha durante a semana sem nem ligar para o colesterol. A chave para servir bem a esse consumidor de maior poder aquisitivo é oferecer uma experiência libertadora — um produto ou serviço cuja fruição dê a sensação de quebrar a rotina.

13 JOGO DA VIDA A internet é um poderoso instrumento de interação em rede, e os brasileiros têm se divertido com jogos on-line sociais, disputados entre vários participantes e a distância. A popularização desse tipo de entretenimento sinaliza um bom mercado para desenvolvedores, especialmente porque as empresas também resolveram entrar na onda. Elas começam a usar jogos e desafios em seus sites ou redes sociais para envolver seus consumidores, de forma lúdica, no conteúdo que querem divulgar, e assim provocar engajamento com a marca.

14 MESA COMPLETA A mistura de preocupação com a saúde e busca de atividades que deem prazer favorece os cuidados com a alimentação. Isso significa que as pessoas não só estão examinando cardápios em busca de ingredientes orgânicos e nutritivos, mas também se aventurando mais na cozinha. Com isso, abre-se um leque de oportunidades no mercado gourmet, como nas áreas de utensílios sofisticados para a cozinha, ingredientes premium e fornecimento ou catering especializado — em culinária vegetariana, por exemplo.

15 SENSAÇÃO DE SEGURANÇA Nas grandes cidades, o medo de ser assaltado ou chegar em casa e ter uma surpresa desagradável leva as pessoas a reforçar seus gastos com segurança pessoal. Mas isso não significa apenas blindar o carro ou equipar a casa toda com câmeras e sistema de monitoramento remoto. Ainda há uma grande carência de serviços de “leva e traz”, para minimizar deslocamentos como o de levar o carro à oficina, aponta o Sebrae-SP.

CONSUMO ESPERTO
Editora Globo
16 PAIS QUE COMPARTILHAM A velha prática de doar roupas, berços e brinquedos que os filhos não usam mais foi repaginada. Formando uma rede que vai além de amigos e parentes, alguns sites permitem vender itens ou alugá-los temporariamente, para não desperdiçar dinheiro com artigos que serão usados por pouco tempo. Pioneiro na área, o reCrib, dos EUA, entrou no ar em 2011, comprando e vendendo berços e acessórios de marcas desejadas. Na sequência, o StorkBrokers também virou referência para revenda de itens infantis. Por aqui, o Clube do Brinquedo oferece planos para locação de brinquedos — dependendo da assinatura, os pais alugam de dois a sete produtos por mês. Existe a opção de trocá-los ou renovar a locação.

17 COMÉRCIO JUSTO A premissa é distribuir lucro de maneira equilibrada, gerando mais renda para produtores de alimentos e de artesanato. Os consumidores valorizam o esforço: 79% acham que as empresas têm papel importante na redução da pobreza e 85% se preocupam com a remuneração justa de fazendeiros e trabalhadores, segundo pesquisa mundial da consultoria GlobeScan. Por aqui, Walmart, Tok&Stok e Lojas Renner são algumas das empresas que têm em suas prateleiras itens que seguem esses princípios.

18 PECHINCHA CHIQUE A febre das compras coletivas causou uma avalanche de ofertas de descontos em 2011. Resultado: os consumidores aderiram à prática de caçar o melhor preço, não só para economizar, mas também pela satisfação de ter feito uma compra esperta. Hoje, a pechincha compartilhada com amigos nas redes sociais é motivo de orgulho, e não de embaraço, diz a consultoria internacional trendwatching.com. Com uma mãozinha da tecnologia, fica mais fácil compartilhar ofertas, recomendá-las aos amigos e consultar avaliações para se certificar de que está fazendo um bom negócio. Uma pesquisa do Google & Ipsos em 2011 mostrou que 48% dos americanos que têm um smartphone usam o aparelho para procurar descontos; 77% deles recorrem ao mobile quando estão dentro de uma loja.

19 ÉTICA E ESTÉTICA Tanto no Brasil quanto no exterior, a preocupação socioambiental influencia cada vez mais a decisão de compra. Assim, aumenta a preferência por produtos de empresas que adotam iniciativas de responsabilidade social, compra de créditos de carbono ou comércio justo. “É o processo, e não apenas o item em si, que importa. A comunicação das ações realizadas deve ser lúdica e suave, não em tom de patrulha”, diz Sabina Deweik, diretora do Future Concept Lab no Brasil. Mas não basta ser bonzinho: os produtos devem ser esteticamente atraentes e de boa qualidade, pois a generosidade do consumidor tem limite.

20 TROCA COM DESCONTO A mania de querer sempre o último modelo tem inspirado algumas lojas a darem descontos para quem apresentar um produto usado na hora da compra. Nos EUA, grandes lojas de eletrônicos (como a Best Buy e a Radio Shack) e operadoras de telefonia celular (como a AT&T e a Verizon) implantaram programas para que os clientes possam trocar seus artigos usados por outros novos. A sensação do momento é o site Gazelle, que compra eletrônicos usados para revender com desconto. A empresa já arrematou itens de mais de 175 mil clientes e fez parcerias com grandes redes, como o Walmart. Depois de faturar US$ 21 milhões em 2010, recebeu aporte de US$ 22 milhões em 2011 para expandir suas atividades.

21 ECONOMIA COMPARTILHADA
Em vez de gastar dinheiro com pequenos e grandes luxos, os consumidores começam a valorizar a experiência de compartilhar produtos variados — de um par de sapatos assinados até um passeio de helicóptero. Usar é mais interessante do que ter — além de ser mais barato, existe a conveniência de não precisar fazer a manutenção. A Rent the Runway faz sucesso nos EUA alugando vestidos assinados para um número de usuárias que já chegou aos 20 mil — elas pagam de US$ 50 a US$ 200 por quatro dias de uso. Na loja, as peças podem custar até US$ 7 mil. Por aqui, a Zazcar aposta no público que precisa de um carro apenas por algumas horas — o veículo pode ser retirado em diversos pontos de São Paulo, que ficam abertos 24 horas.

EXPERIÊNCIAS À VENDA
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22 VIAGEM-SURPRESA Agências de viagem nos EUA lançaram a moda: você compra um pacote sem saber muito sobre o destino, o hotel e as atrações locais. A ideia é conquistar o turista com a promessa de mistério e diversão. A Luxury Link faz sucesso com leilões de viagens-surpresa em que os descontos chegam a 50%. A American Express cria pacotes de acordo com as preferências do cliente e usa o celular para avisá-lo sobre cada etapa do passeio. O público-alvo são adultos na faixa de 20 a 34 anos — games e redes sociais são boas iscas para atraí-los.

23 CONVENIÊNCIA E QUALIDADE A crescente valorização da experiência de consumo, aliada à falta de tempo, faz com que haja uma demanda cada vez maior por produtos e serviços que sejam convenientes e práticos, mas sem perder a qualidade. Entre os exemplos de sucesso no mundo está uma vending machine de água Perrier. Para fidelizar o consumidor, a dica é pensar em produtos simples e eficazes, ou então em lojas que ultrapassem a mera relação de compra e venda, oferecendo aos seus clientes aromas, sons ou ainda orientação para fazer a melhor compra sem perder tempo.

24 TESTE AO VIVO O raciocínio é simples: já que comprar pela internet é tão rápido e prático, é preciso criar um diferencial para fazer o cliente ir até a sua loja. O grande trunfo das vendas físicas é permitir que os clientes testem e aprendam a usar o produto na hora. Para isso, é importante ter vendedores que gostem do que estão oferecendo e sejam prestativos, dispostos a sanar as dúvidas do consumidor. Depois, é necessário proporcionar uma experiência real com o produto. No Japão, a Shiseido tem simuladores que permitem testar o efeito da maquiagem sem passá-la no rosto.

25 CANAIS INTEGRADOS Se não quiser perder público para o comércio eletrônico, ofereça ao cliente o que ele mais valoriza no mundo on-line: conveniência, comparação de preços e acesso à opinião de quem já comprou. A rede de supermercados Walmart (EUA) lançou em 2011 um serviço para que o cliente compre on-line, quando está em trânsito, e retire os produtos na loja. A Canon coloca tags nos equipamentos de fotografia que produz para que os clientes acessem as avaliações de quem já comprou.

26 CASA ELETRÔNICA Seja para descansar ou trabalhar, as pessoas ficam cada vez mais tempo em casa. Por isso, passaram a consumir mais sistemas e serviços que facilitam o funcionamento dos aparelhos domésticos — como automação de luz, comandos e sistemas sem fio para home theater e rede interna. Só que ninguém tem paciência para ficar horas configurando os eletrônicos — esse público valoriza os equipamentos que funcionam intuitivamente, do tipo “plugue e use”.

FONTE: PEGN

Teixeira da Costa: “Não vejo nenhuma medida para baixar custo da energia”

O discurso de Dilma Rousseff em defesa de um custo mais baixo de energia para o setor produtivo está em dissonância com a prática do governo. Um dos exemplos mais recentes desse descasamento é a portaria 455 publicada no dia 3 de agosto pelo Ministério de Minas e Energia (MME), que muda as regras dos contratos de compra e venda de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre (ACL) ou Mercado Livre – hoje 25% do consumo do país. Em resumo, a decisão do MME proíbe a comercialização de energia excedente. Isso quer dizer que o consumidor adquire uma quantidade maior de energia daquela que ele realmente usou no processo de produção e quando decide vender é obrigado a aceitar um valor menor que o preço de mercado. “O consumidor é livre para comprar, mas não é livre para vender!”, diz Roberto Teixeira da Costa, sócio da Brix, Brazilian Intercontinental Exchange, uma bolsa eletrônica formada há um ano por ele e mais quatro sócios: Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, Marcelo Parodi, CEO da Compass Energia, a operadora global ICE e de Eike Batista, da EBX. Nesta entrevista ao Poder Econômico, na sede da Brix, em São Paulo, Roberto Teixeira da Costa fala de energia e de como é ser sócio do Gulliver brasileiro.


Poder EconômicoO governo está realmente trabalhando para reduzir o custo de energia ao setor industrial?
Roberto Teixeira da Costa – A Dilma vive falando que precisa baixar o custo de energia. Tem mesmo. Mas não vejo nenhuma medida nesse sentido. Pelo contrário, a portaria 455 do Ministério de Minas e Energia vai no sentido contrário. Como o consumidor do mercado livre é obrigado a vender o excedente adquirido na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, cria-se uma distorção que encarece a produção. Ou seja, quando o consumidor livre precisa comprar mais energia, ele paga o preço de mercado. Mas quando há sobra do insumo, ele recebe um valor menor. Essa situação surrealista é decorrente da enorme distorção regulatória atual, que proíbe a comercialização de excedentes. A portaria 455 ignorou isso. É um exemplo.


Poder Econômico - O que o governo deve fazer, além de questões como essa, regulatórias, para reduzir o custo da energia?
Roberto Teixeira da Costa – O problema é tributário. É a alta taxação. Se reduzisse, teria um impacto muito positivo no custo de energia. Mas nesses últimos anos, a economia foi bem. Quando vai bem, a tendência é jogar os problemas para de baixo do tapete. Só que os investidores estrangeiros levantam o tapete. A arma que o governo tem para reduzir o custo de energia é a tributação. Por que não usa? É uma questão de fonte e receita.


Poder EconômicoNegócios como a Brix podem ajudar a reduzir o custo da energia?
Roberto Teixeira da Costa – Sem dúvida. Já comercializamos um volume equivalente ao consumo do Rio de Janeiro. Em um ano e quatro meses, temos 250 agentes do mercado livre [de 1.700 que negociam na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica]. Criamos índices de preços que trouxeram transparência ao mercado. Até dezembro, teremos 170 empresas do porte de uma Votorantim. Temos concorrência, que é bom. Mas estamos criando um ambiente de negócios favorável á redução de custos e aos investimentos.


Poder Econômico – No caminho de reduzir custos da energia, o ideal seria o governo renovar ou fazer nova licitação das concessões do setor que irão vencer até 2015?
Roberto Teixeira da Costa – Creio que pragmaticamente o governo deveria renovar as concessões. Abrir licitações como estava previsto vai demandar desgaste e muito tempo. No entanto, o governo deveria exigir algo como moeda de troca. Esse algo deveria estar ligado a uma redução do custo de energia, em beneficio de todos os consumidores.


Poder EconômicoComo fundador da Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, e um dos pioneiros em instituições reguladoras no Brasil, como vê a atuação desses órgãos hoje?
Roberto Teixeira da Costa – Na origem desses órgãos que surgiram no governo FHC tinha a lógica de serem instituições de Estado e não de governo. Seus dirigentes têm, inclusive, mandatos, sem coincidência com os de chefes de governo, etc. O que aconteceu na realidade é que o governo do PT teve muita dificuldade de lidar com isso. O partido não quer perder o poder do ministério, onde pode influenciar, mandar e nomear. Não querem perder essa moeda política. Não se conforma com isso. Houve, sem dúvida, o enfraquecimento dessas instituições. A CVM é uma exceção. A gestão da Maria Helena Santana [que terminou seu mandato] foi excelente. A indicação do Leonardo Pereira para substituí-la também é um sinal bom. Vamos ver. Creio que a Dilma tem uma percepção que esses órgãos precisam ser fortalecidos.


Poder EconômicoComo é ser sócio de Eike Batista?
Roberto Teixeira da Costa – Conheço o pai dele há muitos anos. Sempre tive boa relação com o Eliezer [Batista]. E foi assim que tudo se deu. Nós encontramos o Eike uma vez no restaurante dele, no Rio, o Mr. Lam. Ele tinha chegado de Nova Iorque, desceu do helicóptero e teve a solenidade de fundação da Brix. Depois disso, o vi no fim do ano passado e nos convidou para o lançamento do livro dele. E o X da Brix já existiria. O nome anterior seria Benx, que foi descartado. Mas o importante é que de toda a chamada família X, a Brix é a única empresa do Eike na qual ele é sócio como pessoa física. As outras são participações jurídicas.

fonte: IG COLUNISTAS