domingo, 2 de agosto de 2015

SUCESSO: ACERTE EM FRANQUIAS

    

Cinco passos obrigatórios para

acertar na abertura de franquia


Por Luis Philipe Souza - iG São Paulo      
 

Abrir uma franquia é mais do que pagar pelo direito de ser parte de uma marca; confira dicas de especialistas


O modelo de franquias se popularizou no País nos últimos anos e vem crescendo cada vez mais. Em 2014, o segmento movimentou cerca de R$ 129 bilhões, um crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior. Grande parte desse movimento está relacionado à vantagem de ter o próprio negócio sem ter de começar uma marca “do zero”, já o empreendedor apenas se insere em um modelo pronto.
Em crescimento constante nos últimos anos, o Franchising é opção para quem quer empreender
EBC
Em crescimento constante nos últimos anos, o Franchising é opção para quem quer empreender

No entanto, há pontos importantes – ignorados com frequência em meio à empolgação das reuniões de franquias – que devem ser levados em conta antes que se tome a decisão de se tornar um franqueado. O iG conversou com especialistas e listou os principais.
 
 
 
1 = Perfil de franqueado
 
A análise inicial consiste em saber que franquia é a ideal ou mesmo se o franchising é a melhor opção para o empreendedor. O modelo de franquias demanda muita disciplina e não dá ampla liberdade para tocar o negócio.
 
De acordo com Ana Vecchi, diretora da consultoria de inteligência estratégica Vecchi Ancona, a franquia não é indicada para pessoas que querem ser independentes de patrões para não terem que dar satisfações relacionadas ao trabalho. “Se a pessoa quer ser dona do próprio nariz, a franquia não é para ela. O franqueado que foge ao padrão é punido, inclusive com multas. O franqueador determina tudo e o franqueado cumpre”, explica.
 
 
 
 
2 = Ramo de atuação
 
Erro comum dos empreendedores de primeira viagem é achar que o que os dá prazer necessariamente é o mesmo que os trará sucesso. Gostar de lidar com o público, por exemplo, não é exatamente a mesma coisa que saber gerir uma franquia na qual o relacionamento com pessoas é o carro-chefe. “É extremamente importante que não se confunda encantamento com o produto com a operação do dia a dia. Não basta amar lidar com o produto, precisa ter aptidão para a coisa”, explica Diego Simioni, consultor de franquias da GoAkira.
 
 
 
3 = Análise paralela do mercado
 
Paralelamente ao que for vendido pela franqueadora, com todos os números e expectativas de lucro que encantam os potenciais franqueados, é papel do investidor fazer uma análise paralela do recorte do mercado para o ramo de atuação específico. “Conhecer o mercado no qual se vai entrar é fundamental. Se não tem esse conhecimento, é altamente recomendável pedir ajuda ao Sebrae ou a consultorias externas”, diz Simioni.
 

 
4 = Check-in" na satisfação dos franqueados
 
Tomada a decisão de se tornar um franqueado, agora é hora de ouvir quem já tem vivência no assunto – e nada melhor do que conversar com aqueles que vivem o trabalho na marca que o investidor tem como alvo. “O segredo é averiguar se tudo que foi vendido pela franqueadora se fez valer. Fazer um cruzamentro do que é falado entre a franqueadora e os franqueados é o melhor termômetro”, aponta Vecchi.
 
 
 
5 = Entender os custos reais de todo o processo
 
A última das providências básicas para uma abertura segura de franquias demanda conhecimento e domínio das finanças próprias do futuro franqueado. Isso porque o modelo já vem pronto, assim como o know-how do negócio e todos os detalhes de operação, mas o tempo de retorno e o capital de giro devem ser observados com a máxima atenção.
“Tem de colocar tudo na ponta do lápis: a expectativa de faturamento, de gastos com produtos, de manter o estoque pedido, etc. É aí mora a grande armadilha, pois o capital de giro é o grande responsável pelas falências”, conclui o especialista.
 
 
 
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CONFIRA: MENTIRAS SOBRE REDUÇÃO DA MOIORIDADE PENAL



11 FALÁCIAS SOBRE A
REDULÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
 
 
 
 
1 – “Julgar menor de 18 anos como adulto vai diminuir o número de homicídios”
 
Dados da Unicef apontam que, dos 21 milhões de adolescentes brasileiros, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida.

“Se colocar adultos nas cadeias de um sistema falido não resolveu o problema da violência, e essas pessoas voltam a cometer crimes após ficarem livres, por que achamos que prender cada vez mais cedo será eficiente?”,  resumiu o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em políticas de segurança pública, membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos e ex-integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

Mais informações na matéria: Conheça as 11 falácias que se diz por aí quando o assunto é a diminuição da maioridade penal
 
 
 
 
2 – “Eles cometem crimes e não acontece nada”
 
Errado. O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), em seu artigo 112, prevê internação e medidas socioeducativas para jovens infratores.

Segundo dados do 8º Anuário do Fórum de Segurança Pública, a população carcerária formada por menores era de 20.532 em 2012 - destes, 19.788 homens. Desse total, mais de 13 mil jovens cumpriam medidas socioeducativas em caráter de reclusão contínua, enquanto outros 5 mil em caráter provisório e mais 2 mil estando em semiliberdade
 
 
 
 
 
3 – “Eles matam mais do que morrem”
 
De acordo com o 8º Anuário do Fórum de Segurança Pública, que é baseado em documentos oficiais e considera dados de 2013 em todo o Brasil, divulgado no segundo semestre do ano passado, os homicídios respondem por 9% (1.963) do total de atos infracionais (21.744) cometidos por menores no País.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o 4º em uma lista de 92 países quando o assunto são os homicídios de crianças e adolescentes. São 13 assassinatos para cada 100 mil jovens entre 15 e 19 anos, índice que varia de 50 a 150 vezes às registradas em países europeus.
Ainda não convencido? Não há estudos ou levantamentos que liguem a diminuição da maioridade penal com a redução da criminalidade.
 
 
 
 
 
4 – “A legislação está ultrapassada”
 
O artigo 60 da Constituição Federal de 1988 trata dos direitos e garantias individuais como “cláusulas pétreas”. Já o artigo 228, também da Constituição, define como direito do adolescente menor de 18 anos responder pelos seus atos mediante o cumprimento de medidas socioeducativas, sendo inimputável a ele ser ligado ao sistema carcerário tradicional.
Mas qualquer cláusula pétrea não pode ser modificada? Pode, desde que se realize uma nova Assembleia Nacional Constituinte, caminho que não foi o adotado pelos defensores da diminuição da maioridade penal no Congresso Nacional.
 
 
 
 
 
5 – “Eles não querem sair da vida do crime”
 
O ECA possibilita seis medidas socioeducativas para punição de atos infracionais, de acordo com a gravidade: 1) advertência; 2) obrigação de reparar o dano; 3) prestação de serviços à comunidade; 4) liberdade assistida; 5) inserção em regime de semiliberdade; 6) internação em estabelecimento educacional. O cerceamento da liberdade é a última alternativa.
 
Para manter um adolescente preso é preciso seguir três premissas: 1) tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa; 2) por reiteração no cometimento de outras infrações graves e 3) por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
 
 
 
 
 
6 – “Não adianta dar oportunidade”
 
De acordo com o Relatório Disque Direitos Humanos, de 2012, mais de 120 mil crianças e adolescentes brasileiros foram vítimas de agressões e maus-tratos diversos. Não por acaso, grande parcela dos jovens que acabam apreendidos vêm de um ambiente familiar desestruturado, com poucas oportunidades e, em geral, ausência de itens básicos como saúde e educação – de responsabilidade do Estado brasileiro.
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até junho de 2011 foram registradas ocorrências com mais de 90 mil adolescentes, dos quais cerca de 30 mil, segundo o CNJ, cumpriam medidas socioeducativas pelo Brasil. Levando em conta o número acima de 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos, é uma parcela ínfima – 0,5% – que acaba cometendo delitos. Destes, somente 0,013% cometeram delitos. Destes, somente 0,013% cometeram crimes contra a vida.
 
 
 
 
7 – “Não pode ter pena de bandido”
 
A desmoralização imposta a toda pessoa que comete um crime é potencializada quando envolve menores. As péssimas condições e as seguidas denúncias de violência fizeram da extinta Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) um exemplo clássico do que não se deve fazer quando se pensa em internar e devolver jovens recuperados à sociedade.
Há exemplos no Brasil que comprovam que o índice de recuperação pode crescer e o de reincidência pode diminuir quando adotadas medidas socioeducativas de fato.
 
 
 
 
 
8 – “Se pode votar aos 16 anos, pode responder pelos seus atos”
 
O comparativo entre a idade mínima para o voto opcional nas eleições brasileiras (16 anos) e a violência apenas enfatiza que, para o Estado brasileiro, é mais fácil prender do que educar, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra. Com essa idade ele pode votar, mas não ser votado, por exemplo.
Esse entendimento também se esquece que qualquer criança e adolescente pode ser punido por infrações a partir dos 12 anos, com base no que prevê o ECA, que tem como premissa julgar que aquele menor infrator é uma pessoa em fase de desenvolvimento, e não um adulto que tem total noção de todos os seus atos.
 
 
 
 
 
9 – “Reduzir a maioridade penal vai mandar um recado aos jovens”
 
Não, isso não vai acontecer. Especialistas dizem que o crime organizado, aquele que em várias situações recruta crianças e adolescentes – sobretudo o submundo do tráfico de drogas – vai apenas intensificar a busca de ‘mão-de-obra’ entre jovens ainda mais novos.
Fica clara aqui a noção de que crianças mais novas no mundo do crime significa mais violência, e não menos violência. Reduzir a maioridade penal não vai levar lazer, educação, estrutura familiar e serviços urbanos básicos e essenciais para as comunidades que mais necessitam.
 
 
 
 
10 – “Morre tanto jovem branco quanto negro no Brasil”
 
Não. A grande maioria de adolescentes assassinados no País é negra, menos favorecida economicamente e, quase sempre, vive na periferia das grandes cidades brasileiras. Assim, é de se esperar que saia dessa parcela dos jovens a maioria dos menores infratores, porém isso não deve ser confundido com o pensamento de alguns setores de que “todo negro e pobre é bandido”.
 
 
 
 
11 – “A maioria quer a redução da maioridade penal”
 
Essa postura, em geral, apenas ecoa o sentimento comum em outras áreas da sociedade de “colocar os problemas embaixo do tapete”, conforme explicou um estudo de mestrado da Faculdade de Ciências Humanas da Unesp.
A vontade popular não deve ser desconsiderada em sua íntegra, mas também não pode servir para maquiar um cenário que, até o presente momento, não possui dados concretos e que endossem claramente a eficácia de uma medida como a redução da maioridade penal no Brasil.
 
 
 
FONTE:
BRASIL POST
 
 
 
 
 

 
 

ARROGANCIA DOS POLITICOS



mas entregaram o Rei Herodes
 
 
Prometeram a redução da maioridade penal, mas entregaram o Rei Herodes
 
 
A declaração do relator do projeto que reduz a maioridade penal, defendendo que sejam impedidos de nascer os bebês que
tenham propensão ao crime é um sintoma escancarado do
 câncer que está se espalhando no meio político:
a arrogância de se achar acima do povo
 

Quando eu ganhei a última eleição, meu pai me disse, na frente de todo mundo, algo que me volta à cabeça todos os dias: o homem público acaba quando sua vaidade se torna maior que as causas que defende.

A declaração do relator do projeto que reduz a maioridade penal, defendendo que sejam impedidos de nascer os bebês que tenham propensão ao crime é um sintoma escancarado do câncer que está se espalhando no meio político: a arrogância de se achar acima do povo.

É bizarro imaginar que alguém realmente pense ser mais humano, ou ter mais valor como ser humano, que uma criança que, numa viagem de ficção científica, teria características genéticas de criminosa. Duvido que a população apoie esse tipo de ideia, que pisoteia o valor da vida, e de que todos fomos criados iguais, à imagem do Criador. Logo, a vida não deve apenas ser respeitada, ela tem que ser reverenciada. Aliás, isso sequer foi discutido.

A declaração exata do deputado, segundo o áudio divulgado pelo jornalista Bruce Douglas, do The Guardian, é: "Daqui uns 20 anos vão reduzir para 14 e vai baixando até chegar na barriga da mulher. Quando chegar na barriga da mulher, os cientistas já inventaram uma fórmula de descobrir antes do moleque nascer se ele já é criminoso perigoso e não vão deixar nascer."

O repórter perguntou três vezes ao deputado se ele estava brincando. Chegou a ligar de volta para confirmar e ouviu diferentes versões da mesma ideia, que remonta às práticas mais odiosas da história da humanidade.

Depois de dizer isso, Laerte Bessa (PR-DF), aparenta ser uma figura isolada, o único a defender esse desrespeito absurdo à vida humana e a se achar melhor que os outros. Mas será mesmo possível que ele tenha sido escolhido para relator sem que seus pares - inclusive os evangélicos - soubessem quais são as ideias dele? Um repórter descobriu em minutos de conversa.

A população tem um clamor legítimo por respostas para a criminalidade. O debate teve uma simplificação grotesca em torno da redução da maioridade penal e não faltou quem se aproveitasse da situação para promover a própria imagem na lógica do business do ódio, em que vingança é vendida como sinônimo de coragem.

Nesse caso específico, a discussão foi feita à sombra de uma lógica que parece ressuscitar o Rei Herodes. Numa das passagens bíblicas mais conhecidas, ao saber que o Messias havia nascido na cidade de Belém, algo que abalaria sua estrutura de poder, decidiu matar todos os meninos de menos de 2 anos de idade. Agora se fala em julgar e sentenciar no útero.

A declaração escancara o total descolamento das demandas reais das pessoas e a falta de limites a que o discurso político está se acostumando. Numa entrevista recente para a Revista Trip, o cineasta José Padilha, responsável por Tropa de Elite, disse que "o Brasil perdeu a sensibilidade para o absurdo".

Estamos diante do absurdo, dito e repetido com todas as letras. É hora de fazer o mea culpa e entregar à população o debate sério sobre criminalidade, violência, segurança e impunidade, com as soluções que são devidas há muito tempo. O mandato político é concedido com a finalidade de representar os cidadãos, não dá o direito a ninguém de querer brincar de ser "Deus".
 
 
FONTE:


Carlos Bezerra Jr. Headshot