sexta-feira, 10 de junho de 2016

DILMA DEFENDE NOVAS ELEIÇÕES




DILMA: 
POPULAÇÃO DECIDE 
SOBRE NOVAS ELEIÇÕES


Lula Marques/ Agência PT



Dilma defende consulta para que população decida se quer novas eleições



A presidenta afastada Dilma Rousseff defendeu na quinta-feira (9), em entrevista especial concedida à TV Brasil, uma consulta popular caso o Senado não decida pelo seu impedimento. 
Ao apresentador Luís Nassif, Dilma disse que é a população que tem que dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas eleições. 
“O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito que a população seja consultada”, disse.
Para ela, o país não conseguirá superar a crise com o governo interino. 
Dilma acredita que o povo não terá confiança no comando de Temer pelo fato de ele não ter passado pelo crivo das urnas. 
“Como você acha que alguém vai acreditar que os contratos serão mantidos se o maior contrato do país, que são as eleições, foi rompido?“, indagou. “Não acho possível fazer pacto nenhum com o governo Temer em exercício”, completou.
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Dilma criticou uma vez mais a admissibilidade do processo de afastamento usando como o argumento o fato de que, embora a Constituição preveja o impeachment, ela também estipula que é preciso haver crime para que se categorize o impedimento. 
“Não é possível dar um jeitinho e forçar um pouquinho e tornar esse artigo elástico e qualificar como crime aquilo que não é crime. Os presidentes que me antecederam fizeram mais decretos do que eu. O senhor Fernando Henrique [Cardoso] fez entre 23 e 30 decretos do mesmo tipo”, 
disse, referindo-se aos decretos de suplementação orçamentária que embasaram o pedido de impeachment feito pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Pascoal.

“Não é o meu mandato, mas as consequências que tem sobre a democracia brasileira tirar um mandato. Isso não afeta só a Presidência da República, afeta todos os Poderes”, disse ela.

Dilma disse que reivindica voltar ao posto por compreender que não cometeu crime. Ela criticou os que defendem um semiparlamentarismo, ou eleição indireta, por considerar que isso traria um grande risco ao país. A presidenta afastada defendeu que haja uma reforma política que discuta o tema. "Não temos que acabar com o presidencialismo, temos que criar as condições pela reforma política”.

Nesse contexto, ela defendeu novamente a consulta popular. “Só a consulta popular para lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer”. Segundo ela, nos momentos de crise pelo qual o Brasil passou, na história da democracia recente, foi com o presidencialismo que o país superou as crises. “Foi sempre através do presidencialismo que o país conseguiu dar passos em direção à modernidade e à inclusão”.


Eduardo Cunha

Para Dilma, no final do seu primeiro mandato, começou a se desenhar, especialmente na Câmara dos Deputados, um movimento político “do centro para a direita”, com o surgimento de pautas conservadoras, processo, segundo ela, comandado pelo então líder do PMDB e hoje presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (RJ). “Ele é o líder da direita no centro. O processo culmina na eleição dele”, disse.

Com a ascensão de Cunha à presidência da Câmara, a interlocução do governo com o Casa ficou inviabilizada, de acordo com ela, porque o peemedebista tem “pauta própria”. “O grande problema de compor com o Eduardo Cunha é que ele tem pauta própria. 

No momento em que o centro passa ter pauta própria, uma pauta conservadora, a negociação fica difícil”. Dilma voltou a defender a tese de que o peemedebista acatou a denúncia dos advogados contra ela em retaliação ao fato de o PT não ter se comprometido a votar, no Conselho de Ética, contra a abertura do processo de cassação do mandato de Cunha.

“Atribui-se a mim não querer conversar com parlamentares. Agora, não tem negociação com certo tipo de práticas. Quando começa o aumento da investigação que a Procuradoria-Geral da República faz sobre ele [Cunha], qual a reação dele? Ou você me dá três votos ou eu aceito a questão do impeachment. E a imprensa relata. Trata-se de uma chantagem explícita.”


Política externa
A presidenta afastada também criticou as ações tomadas pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra, em relação a alguns países vizinhos. 

Ela defendeu a aproximação do Brasil com países da região e com a África, iniciada no governo Lula e mantida na sua gestão. "Fomos capazes de refazer nossas relações com a América Latina e com a África. 
Ter uma visão de fechar embaixada é ter uma visão minúscula da política externa”.


Lava Jato

Perguntada sobre a Operação Lava Jato e os casos de corrupção deflagrados no país recentemente com a ação da Polícia Federal e do Ministério Público, Dilma que disse que o grande problema da corrupção é o controle privado que se faz das verbas do Estado. 
“Não se pode fazer a escandalização de investigações sobre o crime de corrupção. O que tem que se fazer é, doa a quem doer, investigar e punir. Quando for as empresas é aplicar multas. Há uma hipocrisia imensa em relação a essa questão das investigações”.


Celso Kamura
Sobre as denúncias de que teve despesas com cabeleireiro pagas com dinheiro de propina, Dilma disse ter comprovantes de todas gastos que teve com o cabeleireiro Celso Kamura e a cabeleireira particular que a acompanha até hoje.
Dilma contou que conheceu Kamura após o fim do tratamento a que se submeteu para combater um linfoma, em 2009, por meio da empresa responsável por sua campanha à presidência. 
Kamura, segundo ela, a ajudou na fase em que seus cabelos voltaram a crescer. 
Para ela, esse tipo de acusação é uma tentativa intimidá-la. “Eles não vão me calar porque vão falar do meu cabelo. 
A sorte é que tenho todos os comprovantes do pagamento, de transporte dele [Kamura] e da minha cabeleireira particular. 
Também disseram que comprei um teleprompter. 
Já viu alguém ter um teleprompter pessoal? 
Para que eu quero um teleprompter?
Essa eu achei fantástica”, ironizou, referindo-se ao aparelho usado pelas TVs que mostra o texto a ser falado por apresentadores de telejornais e programas jornalísticos.
Da Agência Brasil
Foto: Lula Marques



FONTE:


10 de junho de 2016






sábado, 4 de junho de 2016

HOMEM ROUBA PARA ALIMENTAR BEBÊ E EMOCIONA POLICIAIS





PMs montam 

cesta básica 

após ladrão dizer 

que roubou para 

alimentar bebê


Crédito: Arquivo

Foto: Arquivo Pessoal


Policiais militares de Brasília fizeram uma “vaquinha” e doaram R$ 400 em comida à família de um ladrão de 19 anos que alegou só ter roubado para alimentar o filho de 1 ano e 1 mês. 

O crime aconteceu na última sexta-feira (27) no P Sul, na região administrativa de Ceilândia. 

Na ocasião, Joarles Souza simulou ter uma arma debaixo da camiseta e tomou o celular e R$ 48 de uma pastora evangélica. 

Ele continuava detido até quinta-feira (2).

O homem conta estar desempregado e fala que disse à vítima que só estava roubando porque precisava, por causa da falta de comida para o bebê.

Os PMs decidiram então ir à casa dele, também no P Sul, checar a situação.

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Ele disse que na casa dele não tinha nada para comer, que o filho dele estava sem comer até aquela hora, que já era 13h. Eu fiquei muito comovido. No local [casa da família] achamos a mulher dele, e realmente não tinha nada, nada, nada. A criança estava sem comer. Não tinha nada, nem para a criança, nem para a mulher dele”, contou o soldado Aislan Alvez.

 A mulher de Souza contou disse ao portal G1 que ele perdeu o emprego de vendedor de roupas em abril e que desde então o casal tem dependido da ajuda de familiares para sobreviver. 

Ela, que era operadora de caixa de um mercado, foi demitida assim que descobriu estar grávida do único filho do casal.

Nenhum dos dois tem antecedentes criminais. 

O casal morava de aluguel em casa com um único cômodo, que só tinha cama e fogão. 

Os PMs contam terem se sensibilizado por não haver geladeira e armários no espaço. 

O botijão de gás havia sido emprestado por uma vizinha.





FONTE:


3 de junho de 2016

sexta-feira, 3 de junho de 2016

IMPEACHMENT: SENADORES AGORA ESTÃO INDECISOS ??





Um em cada cinco senadores que votou por impeachment agora se declara indeciso



Apenas 35 dos 81 senadores seguem abertamente favoráveis à queda definitiva de Dilma, para a qual são necessários 54 votos

Estadão Conteúdo
Senador Cristovam Buarque (PPS-DF) diz que levará em conta o
Agência Senado
Senador Cristovam Buarque (PPS-DF) diz que levará em conta o "conjunto da obra" de Temer

Dos 55 senadores que votaram a favor da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff em maio, 12 parlamentares, pouco mais de um quinto deles, agora se declaram "indecisos" ou evitam tornar público seu posicionamento. No grupo indicado como "indeciso/não quis responder" estão, ao todo, 19 senadores.
O grupo será o fiel da balança na votação, que pode ocorrer em julho ou agosto – o cronograma do julgamento no Senado que vai decidir sobre a perda ou não do mandato da petista ainda está em discussão –, uma vez que 53 senadores já tornaram público seu posicionamento e disseram que pretendem mantê-lo.
Até esta sexta-feira (3), eram 35 votos declarados a favor do impedimento e 18 contrários. Nove parlamentares não foram localizados. Para o afastamento definitivo são necessários 54 votos favoráveis entre os 81 senadores. Dos 22 que votaram contra o impeachment, três, passaram para o grupo "indeciso/não quis responder".
"Ambiente"Representantes do grupo que votou a favor do impeachment em maio e agora migraram para a opção "indeciso/não quis responder", os senadores Romário (PSB-RJ), Wellington Fagundes (PR-MT), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Roberto Rocha (PSB-MA) afirmam que vão "aguardar os desdobramentos dos acontecimentos" antes de decidir sobre a questão.
Romário (PSB-RJ) é outro indeciso; ex-jogador pediu para deixar a Comissão do Impeachment
Marcos Oliveira/Agência Senado - 21.10.15
Romário (PSB-RJ) é outro indeciso; ex-jogador pediu para deixar a Comissão do Impeachment

Segundo Buarque, passa não só pelo julgamento técnico do processo, mas pela análise do ambiente político do presidente em exercício Michel Temer. O senador do PPS, que já havia declarado que votaria pela admissibilidade do pedido de impeachment, mas analisaria o processo antes de formar uma opinião sobre o mérito, reforçou as diferenças entre as duas votações: "Agora, vamos analisar se há constatação de crimes e isso não é votar, é julgar".
Para Buarque, se, em maio, foi levado em conta o "conjunto da obra" de Dilma, ou seja, fatos alheios ao que consta na denúncia, na votação definitiva também será considerado o "conjunto da obra" de Temer. "Além do afastamento, o Senado vai decidir se Temer fica ou não. A questão será decidida por diferença de um ou dois votos", disse ele.
A composição atual do Senado é diferente da que votou em maio, com volta de parlamentares e entrada de suplentes. Mas a possibilidade de alteração do placar é pequena. Substituto de Marcelo Crivella (PRB-RJ), que vai disputar a prefeitura do Rio e votou pelo afastamento em maio, Eduardo Lopes (PRB-RJ) não quis revelar seu voto, mas disse que "o parecer do partido aponta para ocorrência da pedalada". 


Veja quais são os 21 senadores que fazem parte da comissão do impeachment:
  1. O senador Gladson Cameli (AC) é um dos indicados do PP para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Fotos Públicas
  2. A senadora Ana Amélia (RS) é uma das indicadas do PP para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado - 10.11.15
  3. O senador José Medeiros (MT) é um dos indicados do PSD para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado - 15.12.15
  4. O senador Zezé Perella é um dos indicados do PTB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado - 02.12.14
  5. O senador Wellington Fagundes (MT) é um dos indicados do PR para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 18.3.16
  6. A senadora Vanessa Grazziotin (AM) é uma das indicações do PCdoB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
  7. O senador Romário (RJ) é um dos indicados do PSB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado - 21.10.15
  8. O senador Fernando Bezerra (PE) é um dos indicados do PSB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
  9. O senador Telmário Motta (RR) é o indicado do PDT para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado - 10.11.15
  10. O senador José Pimentel (CE) é uma das indicações do PT para compor a comissão especial do impeachment no Senado. Foto: Pedro França/Agência Senado - 14.10.15
  11. A senadora Gleisi Hoffmann (PR) é uma das indicações do PT para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado - 04.04.16
  12. O senador Lindbergh Farias (RJ) é uma das indicações do PT para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 19.2.16
  13. O senador Ronaldo Caiado (GO) é um dos indicados do DEM para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
  14. O senador Cássio Cunha Lima (PB) é um dos indicados do PSDB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 7.3.16
  15. O senador Antonio Anastasia (MG) é um dos indicados do PSDB para compor a comissão especial do impeachment no Senado. Foto: Moreira Mariz/Agência Senado - 24.2.16
  16. O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) é uma das indicações do PSDB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
  17. O senador Waldemir Moka (MS) é um dos indicados do PMDB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 30.09.15
  18. O senador Dário Berger (SC) é um dos indicados do PMDB para comport a comissão de impeachment no Senado. 
  19. Senador Raimundo Lira (PMDB-PB) já presidiu três vezes a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 17.3.16
  20. A senadora Simone Tebet (MS) é uma das indicadas do PMDB para compor a comissão do impeachment no Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 16.12.15
  21. A senadora Rose de Freitas é uma das indicações do PMDB para compor a comissão. Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil - 14.12.15

Por Estadão Conteúdo  - Atualizada às