segunda-feira, 2 de outubro de 2017

POLÊMICA: FIM DO SUPER IPI



Fim do 'Super IPI' 

não deixaria carros 

mais baratos, 

diz Anfavea




Fim do Inovar-Auto não trará queda de preços, diz Anfavea (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)


Na prática, nenhuma fabricante ou importadora traz carros de outros países além da cota do Inovar-Auto.




Se o e o governo acabar com o chamado "Super IPI" para os carros importados, eles não vão ficar mais baratos. É o que diz a associação de fabricantes de veículos (Anfavea), em um comunicado sobre o fim do programa Inovar-Auto, que acontecerá no fim do ano.
Criado em 2012, o programa prevê cobrança de 30 pontos percentuais a mais de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para carros vindos de fora do México e do Mercosul.
Mas permite que as montadoras e importadoras tragam veículos de outros países sem essa cobrança extra, desde que cumpram determinadas regras, como investimento na indústria nacional, e respeitem um limite determinado pelo governo, as cotas.
Esta norma termina no dia 31 de dezembro, junto com as demais do Inovar. O plano que o sucederá, chamado Rota 2030, ainda está em discussão.
Enquanto isso, a Anfavea diz que "surgiu uma informação completamente equivocada de que haveria quase que uma redução automática dos preços dos veículos a partir de janeiro de 2018".

Como é na prática?

Segundo a entidade, as fabricantes e as importadoras que fazem parte do Inovar não estão trazendo carros fora das cotas determinadas. Ou seja, ninguém está pagando o IPI aumentado, mas as alíquotas como eram em 2011, antes do Inovar.
"Em outras palavras, os importados dentro da cota não tiveram o imposto elevado e também não há razões para acreditar em redução de preços", completou Megale.
As cotas previstas para quem aderiu ao regime automotivo são de 4.800 unidades, no máximo, ao mês. Elas variam conforme a média de importações de cada marca nos últimos anos.
Alíquotas de IPI em 2011
MotorIPI
Até 1.07%
1.0 a 2.0 flex11%
1.0 a 2.0 gas13%
Acima de 2.0 flex18%
Acima de 2.0 gas25%

Medida condenada

Em 2012, quando o mercado estava em alta e o dólar baixo, ainda compensava trazer veículos acima dessas cotas, repassando o acréscimo de tributos ao consumidor.
No entanto, nos anos seguintes, praticamente nenhuma empresa trouxe carros fora da cota determinada.
O tratamento dado aos importados foi condenado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), após reclamações da União Europeia e do Japão. No fim de agosto último, a OMC exigiu que o Brasil mudasse essa regra dentro de 3 meses, mas o governo vai recorrer da decisão.
Vendas de autos e comerciais leves importados
18 marcas que fazem parte da Abeifa
Em unidades2011201220132014201520162017 (est.)050k100k150k200k250k
Fonte: Abeifa

Novo fôlego

As importadoras, que tiveram as vendas bastante afetadas com o "Super IPI", já contam com o fim da sobretaxa e das cotas no Rota 2030 e esperam, pelo menos, dobrar as vendas em 2018. Além disso, marcas que deixaram o mercado já preparam a volta, como a sul-coreana Ssangyong.
O Rota 2030 ainda está em discussão. Para valer logo após o fim do Inovar, uma nova regra relacionada ao IPI precisaria ser publicada até o próximo dia 3. Isto é porque esse tipo de mudança tributária só pode vigorar depois de 3 meses do anúncio.
Na questão do IPI, uma das intenções do governo é passar vincular as alíquotas do imposto aos níveis de eficiência energética dos veículos e à emissão de poluentes, e não apenas ao tamanho do motor, como é atualmente.
FONTE:
Por G1
 


domingo, 1 de outubro de 2017

CNH DIGITAL




Estreia do app da

 CNH digital 

é adiada para a 

1ª quinzena de outubro




Imagens do aplicativo da CNH-e (Foto: Reprodução)



Lançamento estava previsto para este sábado (30), com início em Goiás.



O aplicativo da Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e) não estará disponível a partir deste sábado (30) como anunciado. Segundo o Serpro, que desenvolve o sistema, o lançamento foi adiado para a primeira quinzena de outubro.
A iniciativa, que começará a ser implantada pelo Detran de Goiás, foi atrasada por causa de um pedido do Ministério das Cidades e do Denatran, que alegaram uma necessidade de ajuste de agenda, informou o Serpro. A nova data ainda não foi divulgada.
O documento virtual será implantado aos poucos pelos Detrans nos próximos meses, e obrigatoriamente em todos os estados até 1º de fevereiro próximo.
Uma versão de demonstração do app foi retirada do ar porque o download exigia que os usuários habilitassem uma opção que abrem as portas do sistema operacional para arquivos maliciosos. A versão final não terá este problema.
Saiba como será a CNH digital

VEJA PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CNH DIGITAL

Quando começa a valer?

Até 1º de fevereiro de 2018 todos os Detrans devem estar aptos a emitir a versão digital.
Segundo o governo, a CNH virtual terá a mesma validade daquela em papel, que continuará sendo emitida.

O que é preciso para tirar?

A CNH digital deverá ser obtida por meio de um aplicativo, que estará nas lojas oficiais da Apple e do Google (para aparelhos Android) a partir de fevereiro próximo.
Após baixar o aplicativo, o motorista terá que optar entre usar um certificado digital (pago), para fazer todo o processo pela internet, ou ir até um posto do Detran para se cadastrar.
É preciso fazer cadastro no Portal de Serviços do Denatran. Depois disso, o usuário fará o "login" no aparelho que utilizará a CNH digital. Neste primeiro acesso, será gerado um PIN (código) de segurança, criado para poder visualizar os documentos.
A CNH-e só poderá ser emitida para quem tem a nova CNH, com QR Code, um código específico para ser lido por aparelhos eletrônicos que existe nas carteiras de habilitação emitidas desde maio último.
CNH digital (Foto: Divulgação)CNH digital (Foto: Divulgação)
CNH digital (Foto: Divulgação)

Quais outras funções tem o aplicativo?

O aplicativo que abrigará a CNH digital prevê que o motorista terá algumas funções extras, como "exportar" e compartilhar o arquivo da carteira (por e-mail e até whatsapp) para usar em situações que exigem um documento autenticado.
No futuro, o motorista também poderá conferir no aplicativo a pontuação de infrações cometidas e ser avisado quando a CNH estiver perto de vencer, informou o Ministério das Cidades.

Quanto custará? Quem tem a CNH impressa terá de pagar para ter a digital?

O Denatran diz que a cobrança de possíveis taxas para emissão da CNH digital ficará a cargo dos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans). São eles que determinam atualmente os valores das taxas da CNH impressa, que variam de estado para estado.
O Detran-SP afirmou que ainda não tem nenhuma definição sobre cobrança do documento digital.

E se eu quiser a CNH impressa?

A CNH-e será opcional, para quem tiver interesse em ter o documento no smartphone. A carteira impressa continuará a ser emitida normalmente nos padrões atuais.
Imagens do aplicativo da CNH-e (Foto: Reprodução)Imagens do aplicativo da CNH-e (Foto: Reprodução)
Imagens do aplicativo da CNH-e (Foto: Reprodução)

É preciso ter certificado digital?

Não é obrigatório, diz o Denatran. O certificado digital, que é uma assinatura eletrônica com a mesma validade da assinatura física, e possibilita realizar operações pela internet, vai permitir que todo o processo de obtenção da CNH digital seja feito onde o motorista estiver.
Caso contrário, ele terá de ir até o Detran.
O certificado digital é pago e oferecido por entidades credenciadas, como os Correios e a Serasa. Em ambos, o pacote de 1 ano do certificado digital custa R$ 164. Os Correios também oferecem o serviço por 36 meses por R$ 267.
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), empresa pública que desenvolve o sistema da CNH digital, também oferece certificados digitais. Com válidade de 1 ano, o preço é de R$ 145, enquanto para 36 meses é de R$ 220.
"Para a maioria das pessoas, eu duvido que vai valer a pena comprar um certificado digital por R$ 200 ou mais (incluindo custo do cartão e leitor) só para fazer o pedido dessa CNH. Talvez a melhor maneira de tratar desse assunto é: quem já precisa de e-CPF para suas atividades (como alguns empresários, advogados, contadores) vai ter a opção de emitir e bloquear a CNH digital sem ir ao Detran", aponta Altieres Rohr.
Levou multa? Saiba o que fazer para não perder sua CNH

É segura? E se roubarem meu celular?

O Ministério das Cidades afirma que há um conjunto de padrões técnicos para suportar um sistema criptográfico que assegura a validade do documento.
A autenticidade da CNH digital poderá ser comprovada pela assinatura com certificado digital do emissor (Detrans) ou com a leitura de um QRCode, mas isso não quer dizer que será preciso ter sinal de internet para acessar o documento.
Mas sempre será necessária uma senha de 4 dígitos para abrir CNH digital, diz o Serpro.
Caso o smartphone com a CNH digital seja roubado, o usuário deverá bloquear o documento. Se tiver o certificado digital, ele poderá entrar no Portal de Serviços do Denatran e solicitar o bloqueio remoto. Caso contrário, terá que ir até algum posto do Detran.
"É positivo. Se eles baixam demais a segurança no bloqueio, por exemplo, alguém que rouba sua senha poderia invalidar sua CNH digital enquanto você está numa viagem e te causar uma série de problemas. Então, faz sentido que esse tipo de solicitação exija uma segurança adicional", diz Altieres, especialista em defesas contra ataques cibernéticos.

E se não tiver sinal de internet ou wi-fi onde o guarda pedir minha CNH?

Não há problema. De acordo com o Denatran, será necessária conexão com a internet somente no primeiro acesso, depois, a CNH estará disponível off-line. O acesso é feito com uma senha de 4 dígitos, afirma o Serpro.

Qual a multa para quem esquece a CNH?

Quem tem habilitação, mas não está com o documento ao dirigir, comete infração leve, com multa no valor de R$ 88,38, mais 3 pontos na carteira. O veículo fica retido até a apresentação do documento.

Multa para quem esquecer a CNH vai acabar?

Existe um projeto que extingue a multa para quem esquecer a CNH, mas ele ainda está tramitando no Congresso.
Ele foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e da Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados no mês passado, em caráter conclusivo, e deveria seguir para o Senado. Mas foi apresentado um recurso, pedindo que a proposta seja analisada no plenário. Até a última quinta-feira (27), esse recurso ainda estava na Mesa Diretora da Câmara, para ser apreciado.
Além de passar na Câmara e no Senado, o projeto precisará também da sanção do presidente Michel Temer para valer.



FONTE:

Por G1