segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lojas de câmbio lançam barrinhas de ouro de 5 e 10 gramas

Com cotações recordes, pequenos investidores e clientes passaram a buscar produto; barras custam entre R$ 400 e R$ 2 mil



Claudia Facchini, de São Paulo 27/11/2010 05:00


Barra de 250 gramas de ouro do Grupo Fitta. A partir do mesmo peso, metal também pode ser comprado na Bolsa

A febre do ouro, cujos preços dispararam com as incertezas econômicas mundiais e atingiram patamares nunca antes alcançados, chegou aos pequenos consumidores. Mais pessoas querem ter em casa barras do metal precioso, ainda que pequenas, interesse que já entrou no radar das casas de câmbio e corretoras.



O grupo Fitta, que controla uma rede de franquias de 50 lojas de câmbio espalhadas por várias capitais do País, começou a vender em novembro pequenas barras - de cinco, dez, vinte e cinquenta gramas - para atender à procura de pessoas que têm entre R$ 400 e R$ 2 mil disponíveis para investir. O grama do ouro fechou na sexta-feira cotado a R$ 87 na BM&FBovespa.



“A diversificação do portfólio de investimentos está na moda e, com a queda do dólar, vínhamos recebendo muitas ligações de pequenos clientes, que queriam alternativas para investir em ouro”, afirma o presidente do grupo Fitta, André Nunes, que lançou as pequenas barras para o varejo com marca Reserva D’Ouro.



O produto é a grande aposta da rede de lojas de câmbio para o Natal.


Os contratos da BM&FBovespa são de 250 gramas e exigem um investimento de mais de R$ 21 mil atualmente, afirma Nunes. “Para os pequenos investidores, esse é um valor muito elevado”, explica Nunes.



Mas, desde que o metal retomou o seu prestígio, muitos clientes passaram a comprar ouro não só como investimento e sim como sinal de status, como acontecia no passado. “Há empresas, por exemplo, que querem premiar seus funcionários pelo cumprimento de metas”, diz Nunes. Outros clientes querem apenas presentear a família.



O Grupo Fitta é sócio da empresa Marsan na Ello Metais Preciosos, a maior fornecedora de ouro do País para o atacado e varejo e a maior fundidora certificada pela BM&FBovespa. A expectativa é de que as barras de ouro passem a representar 5% dos negócios do grupo Fitta na divisão de ouro. A Ello prevê crescer 10% neste ano e faturar R$ 277 milhões.





Lojas de câmbio

Mas o segmento que mais vem prosperando no Grupo Fitta é o de lojas de câmbio. Com o dólar em baixa, os brasileiros estão viajando como nunca para o exterior, o que reanimou o mercado. A franqueadora de lojas de câmbio prevê crescer 140% neste ano e atingir o faturamento R$ 545 milhões.



A rede, que possui atualmente 7 lojas próprias e 47 unidades franqueadas, abrirá 27 pontos de vendas em 2010. Em 2011, a expectativa é de uma expansão ainda mais acelerada, com a abertura de 40 novas lojas, afirma Rodrigo Macedo, responsável pela divisão de franquias do Grupo Fitta.



Até 2014, a empresa projeta chegar a 200 franquias. Com a realização da Copa do Mundo e a Olimpíada, no País, a rede avalia que a procura por casas de câmbio se manterá aquecida no País.

“A maior demanda tem sido pelas barras de 10 gramas”, diz o executivo.




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FONTE: IG ECONOMIA - MERCADOS

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