domingo, 14 de novembro de 2010

Portugal diz que pode abandonar o euro

País viu uma perda da confiança dos investidores nas últimas semanas, em meio a crescentes preocupações com a Irlanda



Reuters 13/11/2010 14:33



LISBOA (Reuters) - O fracasso em obter uma coalizão governista ampla para enfrentar a crise financeira poderia forçar Portugal a abandonar o euro, disse o ministro das Relações Exteriores, Luís Amado, em entrevista publicada neste sábado no semanário "Expresso".



A oposição e governo devem se unir para lidar com uma "situação extrema", disse o ministro.



Portugal viu uma perda acentuada da confiança dos investidores nas últimas semanas, em meio a crescentes preocupações com a frágil situação do orçamento da Irlanda, empurrando os prêmios de risco de Portugal aos níveis mais altos desde que adotaram o euro.



"O país precisa de uma grande coalizão que nos permita superar a situação atual", Amado disse à publicação semanal.



"Acredito que os partidos (políticos) compreendem que a alternativa para a situação que enfrentamos é, eventualmente, sair do euro", disse ele. "Essa é uma situação que poderíamos ser inevitavelmente obrigados pelo mercado a considerar."



Grande parte da preocupação com os esforços de Portugal para reduzir o seu déficit orçamentário nas últimas semanas vieram de dúvidas sobre se a oposição social-democrata iria apoiar o plano austero de orçamento de 2011 no parlamento.



As medidas do governo socialista que não tem maioria no parlamento precisam do aval da oposição para serem aprovadas.



Os socialistas e social-democratas finalmente chegaram a um acordo que levaram à aprovação do primeiro esboço do orçamento de 2011 no Parlamento este mês, mas os investidores estão observando atentamente até a votação final em 24 de novembro.



Analistas disseram duvidar que os socialistas consigam se manter no governo até o fim de seu mandato que termina em 2013, especialmente agora que os social-democratas lideram as pesquisas de opinião, mas em Portugal, eleições antecipadas Constituição não pode ser realizada antes de maio.



FONTE: IG ECONOMIA

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