quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FGV: Empresários estão otimistas e devem começar ano contratando

Os setores que apresentaram maior otimismo foram os de minerais não metálicos, vestuários e calçados, têxteis e alimentares

AE | 28/12/2010 19:05

 
As perspectivas dos empresários da indústria brasileira para o início de 2011 são otimistas, de acordo com os resultados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de dezembro, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento mostra que o indicador emprego previsto atingiu 126 pontos, o melhor nível desde maio deste ano, quando chegou a 126,2 pontos. "A indústria deve começar o ano contratando", disse o especialista em análises econômicas do Ibre, Jorge Braga.

De acordo com ele, os setores que apresentaram maior otimismo foram os de minerais não metálicos, vestuário e calçados, produtos têxteis e produtos alimentares. "Todos os setores são intensivos em mão de obra e foram beneficiados pelo aumento da renda e do crédito", afirmou. Outro indicador que registrou otimismo é o de produção prevista que atingiu 142,1 pontos, o melhor nível desde dezembro de 2009, quando estava em 144,1 pontos. De acordo com o levantamento, 42,9% dos empresários acreditam que a produção deve crescer nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e apenas 0,8% acreditam que deve diminuir.

O indicador tendências dos negócios para os próximos seis meses registrou 145,2 pontos. De acordo com Braga, embora em um patamar elevado, o resultado está distante do registrado em fevereiro deste ano, quando atingiu 169,6 pontos. Para 46,8% dos industriais, a situação dos negócios deve melhorar nos próximos seis meses. Para 1,6%, deve haver piora. Para Braga, os dados indicam perspectivas favoráveis para o início de 2011.

Braga citou que o indicador de estoques, que atingiu 98,7% em dezembro, aponta que as indústrias conseguiram ajustar os estoques no fim deste ano depois de terem acumulado mercadorias no terceiro trimestre que foi o mais fraco em vendas. Para 6,5% dos consultados, os estoques estão excessivos e para 5,2% estão baixos, confirmando que para a maioria dos industriais os estoques estão ajustados. Na avaliação de Braga, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) é uma síntese desses resultados. "A média do ICI do quarto trimestre superou a média do terceiro trimestre, mas ficou abaixo do primeiro e do segundo trimestres deste ano", disse.



FONTE: IG ECONOMIA

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